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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA FLORESTAL

FÍSICA B - Turma 03

JADE CRISTINY DA SILVA LIMA - 21953077

KARLA CRISTINA OLIVEIRA - 21951640

VITÓRIA SILVA DA SILVA - 21952920

RELATÓRIO DE FÍSICA B

RESISTORES LINEARES E NÃO LINEARES

MANAUS – AM

2021
1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVOS

Este trabalho consiste em um relatório de laboratório de Física B com


o assunto de “Resistores lineares e não lineares”, tendo como objetivo
traçar e relatar a análise do gráfico 𝑉 = 𝑓(𝑖).

1.2 TEORIA

O primeiro relato que temos sobre fenômenos elétricos foi observado


no século VI a.C pelo filósofo e matemático grego Tales de Mileto, que
registrou que o âmbar atritado com um corpo adquiria propriedade de
atração. Anos depois Willian Gilbert (1544-1603) observou que outros
corpos se comportam como o âmbar, ele nomeou de “eletrizado”,
“eletrização” e "eletricidade” nomes derivados para âmbar. O cientista
françois du fay (1698-17390) procurou dar uma explicação para esses
fenômenos, e propôs que dois corpos eletrizados poderia se atrair, até
então não havia uma explicação sobre essa propriedade física, segundo
ele havia eletricidade vítrea e resinosa todos os corpos que possuíam
eletricidade do mesmo nome era repelida e nomes diferentes atraídas,
essa teoria ficou conhecida como teoria dos dois fluidos elétricos, com
isso definiu que a eletricidade não era criada quando os corpos eram
atritados, os fluidos já existiam e eram distribuídos ao serem atritados.
No século XVIII, segundo a teoria do cientista americano Benjamin
Franklin (1701-1790), os corpos não eletrizados possuem uma
quantidade natural de fluido elétrico, quando atritado com outro, um
deles perde fluidos, sendo assim, é transferida. Outra contribuição foi a
que o fluido elétrico é conservado, ou seja, já existe apenas são
distribuídos, com descoberta da teoria atômica ficou comprovada a
teoria de Franklin, também definiu carga carregada positivamente e
negativamente, que na teoria du Fay corresponde a resinosa e vítrea.
A teoria atômica comprova que todos os corpos são compostos por
átomos que possuem partículas elementares sendo nomeadas de
prótons e nêutrons que estão localizados no núcleo, e os elétrons na
eletrosfera em volta do núcleo, sendo assim, possuem propriedade
elétrica. Com isso, associamos a uma grandeza escalar que é
denominada carga elétrica.
A corrente elétrica é uma das grandezas físicas fundamentais,
podendo ser definida como uma característica das partículas
elementares que proporciona a capacidade de interação entre elas, de
natureza elétrica.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Existem dois tipos de resistores: os lineares ou ôhmicos e os não


lineares.
Para os resistores lineares é válida a Lei de Ohm, considerada como a
equação de um resistor ôhmico de resistência elétrica R:
U=R.i
onde possui uma função linear entre a ddp (U) e a corrente elétrica (i) e, por
isso, um resistor ôhmico é também chamado condutor linear.

O gráfico de U em função de i é uma reta que passa pela origem,


constituindo, assim, a curva característica de um resistor ôhmico. O coeficiente
angular da reta (tg θ) é numericamente igual à resistência elétrica do resistor,
ou seja:
Para resistores que não obedecem à lei de Ohm, a curva característica
passa pela origem, mas não é uma reta. Esses resistores não-ôhmicos são
denominados condutores não-lineares. Para eles, define-se resistência
aparente em cada ponto da curva pelo quociente:
𝑈1 𝑈2
Rap = e Rap’ =
𝑖1 𝑖2

Nos condutores não-lìneares, a curva característica é sempre


determinada experimentalmente. A resistência aparente em cada ponto será
numericamente igual ao coeficiente angular da secante que passa pela origem

e pelo ponto considerado ( tg 𝛽 = Rap e tg 𝛽’ = R’ap ).

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS USADOS


- Fonte de cc variável
- Resistor
- Diodo
- Lâmpada incandescente
- Amperímetro
- Protoboard

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Primeiramente foi conectado uma fonte de voltagem a um amperímetro
a 200 Miliampere para medir a corrente que irá para o resistor que está inserido
no protoboard, todos os fios são conectados formando um sistema.
A partir desse momento podemos obter os valores para verificar se o
gráfico é linear ou uma parábola, de acordo com o experimento dos resistores
lineares e não lineares.
Foram coletados os dados de medição de energia dos resistores,logo em
seguida, com a fonte desligada foram trocados os fios no protoboard do resistor
para a lâmpada e a escala foi trocada de 200 Mili Ampere para 1 Ampere,
ligando a fonte podemos ter os resultados.
Com os resultados da lâmpada coletados, novamente foi trocado a escala
de 1 Ampere para 10 Ampere e no protoboard também foi trocado o fio da
lâmpada para o diodo, assim temos a coleta de dados do último elemento.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 TABELA COM OS VALORES DE TENSÃO E CORRENTE DE


CADA ELEMENTO RESISTIVO

Resistor Lâmpada Diodo

V(v) i(mA) V(v) i(A) V(v) i(A)

200 mA 10 A 10 A

1,0 8,9 0,5 0,12 0,5 1,78

2,0 17,7 1,0 0,16 0,6 2,32

3,0 26,7 1,5 0,20 0,7 3,13

4,0 36,1 2,0 0,25 0,8 3,95

5,0 46,3 2,5 0,29 0,9 4,18

6,0 55,5 3,0 0,32 1,0 5,12

4.2 GRÁFICOS 𝑉 = 𝑓(𝑖)


Gráfico do Resistor:

A resistência elétrica de um circuito é a razão entre a Voltagem (V) e a


corrente (i), os valores obtidos resultam em uma linearidade.
Para encontrar a resistência aparente foram escolhidos três pontos
equidistantes.
Ponto A: X(i) = 13,23; Y(v) = 1,51
𝑉(𝑣) 1,51 3
Rap = 𝑖(𝐴)
= 13,23
= 0,1441. 10 = 114,1Ω

Ponto B: X(i) = 29,84; Y(v) = 3,28

𝑉(𝑣) 3,28 3
Rap = 𝑖(𝐴)
= 29,84
= 0,1099 . 10 = 109,9Ω
Ponto C: X(i) = 48,17; Y(v): 5,23

𝑉(𝑣) 5,23 3
Rap = 𝑖(𝐴)
= 48,17
= 0,1085 . 10 = 108,5 Ω

Para encontrar a resistência diferencial, são escolhidos dois pontos para


encontrar a variação entre essas resistências.
Ponto 1: X(i) = 31,53; Y(v) = 3,45
Ponto 2: X(i) = 52,65; Y(v) = 5,72

𝑉2−𝑉1 5,72−3,45 2,27 3


Rdif = 𝑖2−𝑖1
= 52,65−31,53
= 21,12
= 0,1074 . 10 = 107,4Ω
Gráfico da Lâmpada

Para encontrar as resistências desse sistema não linear foram escolhidos


esses pontos.
Ponto A: X(i) = 0,12; Y(v) = 0,55
𝑉(𝑣) 0,55
Rap = 𝑖(𝐴)
= 0,12
= 4,58Ω

Ponto B: X(i) = 0,19; Y(v) = 1,42


𝑉(𝑣) 1,42
Rap = 𝑖(𝐴)
= 0,19
= 7,47 Ω

Ponto C: X(i) = 0,27; Y(v) = 2,39

𝑉(𝑣) 2,39
Rap = 𝑖(𝐴)
= 0,27
= 8,85Ω

Para encontrar a resistência diferencial foram escolhidos esses pontos.


Ponto 1: X(i) = 0,17; Y(v) = 1,13
Ponto 2: X(i) = 0,31; Y(v) = 2,84

𝑉2−𝑣1 22,84−1,13 1,71


Rdif = 𝑖2−𝑖1
= 0,31−0,17
= 1,13
= 12,21Ω

Gráfico do Diodo
Ponto A: X(i) = 2,21; Y(v) = 0,56

𝑉(𝑣) 0,56
Rap = 𝑖(𝐴)
= 2,21
= 0,25Ω
Ponto B: X(i) = 2,85; Y(v) = 0,66

𝑉(𝑣) 0,66
Rap = 𝑖(𝐴)
= 2,85
= 0,23 Ω

Ponto C: X(i) = 3,49; Y(v) = 0,76


0,76
Rap = 3,49
= 0,21 Ω

Os pontos escolhidos para a variação da resistências são os seguintes:

Ponto 1: X(i) = 3,02; Y(v) = 0,69


Ponto 2: X(i) = 5,01; Y(v) = 0,98

𝑉2−𝑉1 5,01−3,02
Rdif = 𝑖2−𝑖1
= 0,98−0,69
= 6,86 Ω
5. CONCLUSÃO

Neste trabalho analisamos por meio dos gráficos sobre o comportamento


dos resistores em diferentes níveis de energia, e tendo como resultado a
variação da resistência de todos os elementos apresentados. Trazendo como
princípio a Lei de Ohm que ao empregarmos um tensão (V) nos terminais de
um componente, teremos uma corrente (A) a qual percorre proporcionalmente
a primeira. Além disso, foram observados o comportamento de três elementos
resistivos: o resistor, a lâmpada e o diodo. Para o resistor, o gráfico mostra um
linearidade e com a tabela observa-se que é diretamente proporcional pois as
duas grandezas crescem juntas de maneira, quase, proporcional, já para a
lâmpada, o gráfico é não-linear ou seja a lâmpada não é um resistor ôhmico
assim como o diodo que também apresenta a não-linearidade. Com os
cálculos das resistências aparentes e diferencial, no resistor, os resultados
são próximos, por ele ser linear; na lâmpada por não ser linear os resultados
possuem uma breve diferença; no diodo a diferença é muito maior.
Portanto, o experimento permitiu uma análise na prática de cada um dos
três elementos.

6. REFERÊNCIAS

1. Fundamentos da física III, Wagner Corradi et al, Belo Horizonte, Editora


UFMG, 2010.
2. Teoria do Eletromagnetismo, Vol I, Kleber Daum Machado, Ponta
Grossa, Editora UEPG, 2000.
3. FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Toledo; JUNIOR, Francisco
Ramalho. Os Fundamentos da Física: Eletricidade, Introdução à Física
Moderna e Análise Dimensional. 9. ed. [S. l.]: Moderna, 2007. 520 p. ISBN
8516056597.

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