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ÍNDICE
Tópico 1 Coerência de Dimensões e Unidades
Coerência Dimensional
Coerência de Unidades
Tópico 2 Conversão de Unidades e Notação Científica
Fatores de Conversão de Comprimento
Fatores de Conversão de Tempo
Notação Científica
Algarismos Significativos
Critérios de Arredondamento
Operações com Algarismos Significativos
Tópico 3 Estudo de Erros em Medidas
Erros de uma Medida
Propagação de Erro
Erro Propagado nas Operações Básicas
Tópico 4 Como elaborar um relatório
Tópico 5 Como formatar gráficos
Tópico 6 Paquímetro e Micrômetro
O Paquímetro
O Micrômetro
Prática
Tópico 7 Tempo de reação Humana
Prática
Tópico 8 Pêndulo Simples
Prática
Tópico 9 Empuxo
Prática
Tópico 10 Sistema Massa-Mola (Papel Milimetrado)
Prática
Tópico 11 Mínimos Quadrados em Papel Milimetrado
Tópico 12 Decaimento da Temperatura (Papel MonoLog)
Prática
Tópico 13 Mínimos Quadrados em Papel MonoLog
Bibliografia Utilizada
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1. COERÊNCIA DIMENSIONAL E DE UNIDADES
Coerência Dimensional
Comprimento [L]
Massa [M]
Tempos [T]
3
Aplicando a fórmula dimensional na equação (1) teremos:
x posicao= [ L ]
t tempo=[ T ]
posição [ L]
v =
tempo [T ]
[ L]
x=x 0 +vt ⇒ [ L ]=[ L ] [T ] ⇒ [ L]=[ L ][ L ]
[T ]
Note que finalmente a equação (1) é uma equação que possui uma coerência de
unidades.
F=−kx (2)
No lado esquerdo da equação temos a força F, enquanto que no lado direito temos
uma constante k, que queremos determinar sua dimensão, multiplicada pela posição x.
Então, realizando a análise dimensional:
F=massa×aceleraçao
comprimento [L] [L]
aceleraçao= = =
tempo×tempo [ T ] [ T ] [T ]2 , logo
[L]
F=massa×aceleraçao= [ M ]
[ T ]2
[L] [M ] [L] [M ]
[M ] 2
=k [ L ] ⇒ 2
=k ⇒ k=
[T ] [ L ] [T ] [ T ]2
4
Note que a constante k tem que ter dimensão de massa ([M]) por tempo ao
quadrado, ou seja, g/ s2 ou kg/s 2 .
1. Velocidade:
se [ s] = L
e [ t] = T
2. Aceleração:
3. Força: F = m · a
[F] = M1 · M0 · L1 · T–2
4. Trabalho e Energia: = F · d
[ ] = M1 · L1 · T–2 · L
5. Potência:
5
6. Quantidade de movimento: Q = m · v
Q] = M1 · M0 · L1 · T–1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 2
a) x=x 0 +v 0 t+ 2 at
2
b) v=v 0 +at
2
c) v=v 0 2a Δx
v 0 sen θ
d) t=
g
v
e) a= r
f) W=F Δx cos θ
M m
a) F=G 2
r
6
Coerência de Unidades
O Sistema Internacional de Unidades - SI
“Todo o conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade
pobre e insatisfatória". (Lorde Kelvin, grande cientista britânico).
Exemplos:
7
Certo Errado
segundo s s. ou seg.
metro m m. ou mtr.
kilograma kg kg. ou kgr.
hora h h. ou hr.
Certo Errado
cinco metros 5m 5 ms
dois kilogramas 2 kg 2 kgs
oito horas 8h 8 hs
Toda vez que você se refere a um valor ligado a uma unidade de medir, significa
que, de algum modo, você realizou uma medição. O que você expressa é, portanto, o
resultado da medição, que apresenta as seguintes características básicas:
Certo Errado
quilômetro por hora quilômetro/h
km/h km/hora
metro por segundo metro/s
m/s m/segundo
O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil.
Portanto, não pode ser usado sozinho.
Certo Errado
quilograma; kg quilo; k
8
comprimento metro metros m
tempo segundo segundos s
massa quilograma quilogramas kg
corrente elétrica ampère ampères A
tensão elétrica volt volts V
temperatura grau Celsius graus Celsius ºC
Celsius
temp. kelvin kelvins K
termodinâmica
Unidades Derivadas
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2. CONVERSÃO DE UNIDADES E NOTAÇÃO
CIENTÍFICA
Embora a tabela seja útil, convém aprender a forma clássica de efetuar a conversão
de unidades, conforme segue no exemplo:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
10
Logo: 100000 dm2 = 100000 x 0,00000001 km2
100000 dm2 = 0,001 km2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
5) Converta:
e) 300 dias em segundos
f) 89000 segundos em dia, hora, minutos e segundos
g) 35 km/h em m/s
h) 100 m/s em km/h
11
1kg/m3 = 103g/m3 libra (lb) = 454g
1kg/l = 103 kg/m3 1A = 1C/s
1 g/cm3 = 103 kg/m3 1m/s = 3,6km/h 1V = 1J/C
1mph ≈ 1,6 km/h
1J/s = 1W 1Pa = 1N/m2
1cv ≈ 735W 1Kgf = 9,8N 1atm = 760mmHg
1HP 746W 1atm ≈ 105N/m2
1N/m2 ≈ 10-5kgf/cm2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
6) Converta:
a) 600 W em HP
b) 35 Hp em cv
c) 3,5 cv em J/s
d) 500mmHg em kgf/cm2
e) 15 m/s em km/h
f) 1000 pol em km
g) 10 jardas em milhas
h) 3500 ml em galões
Conversão de Temperatura
7) Converta
a) 109 °F em K
b) -50 °C em K
c) 300 K em °C
Notação Científica
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A notação científica possui algumas regras simples de serem utilizadas, são elas:
Exemplos:
3563 , 2m 3,5632×103 m
0,000001234 mm 1,234×10−6 mm
0,02 m × 0,13 m=2,0×10−2 m × 1,3×10−1 m=2,0×1,3×10−2−1=2,6×10−3 m
3 3
6,31×10−5 m = 6,31 3× 10−5 m3 =251 , 2396×10−15 m3 =2,512396×10−13 m 3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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Algarismos Significativos
A regra geral, portanto, é que se deve apresentar a medida com apenas os algarismos
de que se tem certeza mais um único algarismo duvidoso. Estes algarismos são
denominados algarismos significativos da medida.
É importante salientar que, em uma medida, os zeros à esquerda do número, isto é,
que posicionam a vírgula, não são algarismos significativos. Exemplos:
Critérios de Arredondamento
Quando se tem que trabalhar com várias medidas com diferentes números de
algarismos significativos, é necessário exprimir estas medidas segundo a norma de que
deve se ter apenas um algarismo duvidoso. Então, os critérios (Portaria 36 de 06/07/1965 -
INPM - Instituto Nacional de Pesos e Medidas) adotados são:
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3. Se o primeiro algarismo após aquele que formos arredondar for 5, seguido apenas
de zeros, conservamos o algarismo se ele for par ou aumentamos uma unidade se
ele for ímpar desprezando os seguintes.
Ex.: 6,2500 → 6,2
12,350 → 12,4
Se o 5 for seguido de outros algarismos dos quais, pelo menos um é diferente de zero,
aumentamos uma unidade no algarismo e desprezamos os seguintes.
Ex.: 8,2502 → 8,3
8,4503 → 8,5
Adição
Subtração
Multiplicação
Divisão
15
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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3. ESTUDO DE ERROS EM MEDIDAS
A medida de uma grandeza é obtida, em geral, através de uma experiência, na qual o
grau de complexidade do processo de medir está relacionado com a grandeza em questão e
também com o processo de medição. Por isso, este tópico visa introduzir conceitos
importantes sobre erros de medidas.
O erro aleatório pode ser calculado utilizando-se os postulados de Gauss, que por
motivo de brevidade não será citado aqui, entretanto, aos estudantes interessados neste
assunto consulte o livro Introdução ao Laboratório de Física.
O valor mais provável de uma grandeza é a média aritmética das diversas medidas
da grandeza, sendo representado por x :
x 1 +x 2. .. +x n = 1 n
x =
n n
∑ xi
i=1
σ=
x 1−x 2 x 2−x 2 .. . x i −x 2
n−1
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Como exemplo da teoria acima proposta, dada a seguinte tabela abaixo, com valores
de medidas de comprimento de um corpo de prova qualquer, iremos calcular o seu valor
mais provável (média) e o seu desvio padrão.
1
C=
1 . 421 . 401 .381 . 411. 431 . 421 .391. 40 =11. 25 =1. 4 0 625 m
8 8
=1 . 4
C 1m
σ=
1. 42−1 . 41 2 1. 40−1. 41 21 .38−1. 41 2 1 . 41−1 . 41 2 1. 43−1. 41 21 . 42−1 . 412 1 .3
8−1
σ=
0 . 00010 . 00010 . 000900 . 00040 .00010 .00040 . 0001
7
σ= 0. 0
1 732m ⇒ σ= 0. 02 m
1 . 41±0. 02 m
Note que o número de casas após a virgula para ambos os valores têm que ser
compatíveis.
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Propagação de Erros
Este assunto é de grande relevância em todas as áreas de atividade onde são
realizadas medidas experimentais. O objetivo deste assunto é justamente estudar a
propagação de erros associados a cada medida em particular.
Seja uma grandeza y que depende de outras grandezas x 1 , x 2 , . Então, a
grandeza y pode ser escrita da seguinte forma:
y=f x 1 ,x 2 ,
Δy=
∂f
∂ x1
Δx 1
∂f
∂ x2
Δx 2
Agora iremos utilizar os erros das medidas com comprimento e diâmetro do cilindro
∂V ∂V π DL π D2
V=f D,L ⇒ ΔV=∣ ∣ ΔD+∣ ∣ ΔL ⇒ ΔV=∣ ∣ΔD+∣ ∣ ΔL
∂D ∂L 2 4
2
π ×2,00×4,00 π × 2,00
ΔV=∣ ∣0 .2∣ ∣ 0 . 1=2 .513 mm 3 0 .3141 mm3
2 4
3 3
ΔV= 2.
8 273 mm ⇒ ΔV= 2. 8 mm
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O resultado final deve ser expresso da seguinte maneira:
x . Δy+y . Δx
Divisão: x± Δx ÷ y± Δy = x÷ y ±
y2
Potenciação: x± Δx n =x n ±n . x n−1 . Δx
Δx
Logaritmação natural: ln x±Δx =ln x ± x
Δx
Logaritmação decimal: log x±Δx =log x ±0 . 4343 . x
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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4. COMO ELABORAR UM RELATÓRIO
Introdução: Resumo teórico para situar a experiência. Exposição dos conceitos teóricos
que vai usar. Referências à literatura pertinente (Livros texto, livros de referência,
internet, etc...).
Para experiências simples, os itens Introdução e Objetivos podem muito bem ser
tratados em uma única seção. Em todos os itens, deve-se fazer referência aos livros texto,
apostilas, sites na internet, etc.
Mais alguns detalhes que devem ser levados em conta durante a confecção do
relatório:
• Unidades para cada grandeza.
• Avaliação de erros nas suas medidas (e, se for o caso, propagar os erros nos
resultados finais).
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• Legendas das figuras.
• Numerar as figuras e gráficos e se referir neles no texto.
• Mencionar a data da realização da experiência.
• Se usar textos ou figuras de outras fontes (esta apostila, internet, livros, artigos,
relatórios de colegas...), deixe isto claro, colocando entre “aspas", e dê a referência!
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5. COMO FORMATAR GRÁFICOS
Nas atividades experimentais, muitas vezes, precisamos estudar como uma
propriedade ou quantidade depende ou varia com relação a outra. Por exemplo, para medir
o poder de aceleração de um carro, medimos como a sua velocidade se modica em função
do tempo. Dados desse tipo são apresentados na Tabela abaixo
t (s) v (km/h)
0 42±7
5 67±7
10 101±7
15 134±7
20 161±7
25 183±7
30 196±7
35 200±7
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Regras práticas para construção de gráficos
Os eixos
Cada um dos eixos deve conter o nome (ou símbolo) da variável representada, a
escala de leitura e a unidade correspondente. Escolha uma escala conveniente para a qual o
gráfico represente bem o intervalo medido para cada variável. A regra prática para esta
denição é dividir a faixa de variação de cada variável pelo número de divisões principais
disponíveis. Toma-se então um arredondamento a valor superior e de fácil leitura. Estes
valores de fácil leitura são: 1, 2 ou 5 unidades ou qualquer múltiplo ou submúltiplo de 10
delas. Por exemplo, no papel milimetrado, se a faixa de variação dos dados for de 35
unidades e o número de cm disponíveis for de 10 cm, chegamos ao valor ideal de 5
unidades para cada divisão do gráfico
No caso da Figura 2, a variável tempo varia 35s e temos mais ou menos 10 divisões
principais, o que daria 3,5 s por divisão, o que não e conveniente. Portanto escolhemos 5s
por divisão. Da mesma maneira foi escolhido 20km/h por divisão no eixo y. As escalas dos
eixos não precisam comecar na origem (zero, zero). Elas devem abranger a faixa
devariação que você quer representar. É conveniente que os limites da escala correspondam
a um número inteiro de divisões principais. Indique os valores correspondentes as divisões
principais abaixo do eixo-x e a esquerda do eixo-y usando números grandes.
Os dados
Assinale no gráfico a posição dos pontos experimentais: use marcas bem visíveis
(em geral círculos pequenos). Nunca indique as coordenadas dos pontos graficados no eixo.
Coloque barras de erros nos pontos se for o caso. Se os erros são menores que o tamanho
dos pontos, indique isso na legenda. As vezes ajuda a visualização traçar a melhor curva
média dos pontos, ignorando alguns pontos que fogem demasiadamente do comportamento
médio. Em outras palavras, pode-se dizer que a curva média deve ser traçada de maneira a
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minimizar os deslocamentos da curva em relação aos pontos experimentais ao longo do
traçado. Use o seu juízo. Não é correto simplesmente ligar os pontos experimentais.
A legenda e o título
Todo gráfico deve ter um título, pelo qual é referido no texto (Figura 1.1, no nosso
exemplo). Geralmente, o título do gráfico é colocado na legenda, abaixo do gráfico. A
legenda deve conter também uma descrição suscinta do que é apresentado no gráfico. Note
que uma legenda tipo “velocidade vs. tempo" é redundante pois esta informação já está
contida nos rótulos dos eixos.
Na Figura 3, ilustramos os erros mais comuns, que devem ser evitados na
construção de graáfico.
Figura 3: Ilustração dos erros mais comuns que devem ser evitados na construção de gráficos.
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6. PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO
O PAQUÍMETRO
Um aspecto importante deste instrumento é que este possui uma escala auxiliar
denominada de nônio, cuja leitura na escala principal só pode ser efetuada utilizando-se
como referência o zero do nônio.
A leitura no nônio é dada diretamente pelo traço do nônio que coincidir com
algum traço da escala principal.
O MICRÔMETRO
26
PRÁTICA
PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO
OBJETIVO
A finalidade desta experiência é familiarizar o aluno com algumas técnicas
de medidas, cuidados experimentais no laboratório, algarismos significativos,
desvios avaliados e propagação de erros, utilizando instrumentos de medida muito
simples (paquímetro e micrômetro).
MATERIAIS UTILIZADOS
1. Esferas, cilindros e cubo metálicos;
2. Paquímetro e Micrômetro .
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
CONCLUSÕES
Através das seguintes questões, monte suas conclusões:
27
7. TEMPO DE REAÇÃO HUMANA
A seguir vamos propor uma experiência para medir o tempo de reação humana.
Embora seja um experimento bastante simples, que não fornece um resultado muito
preciso, ele permite uma avaliação aproximada do tempo de reação.
A idéia é medir o tempo que uma pessoa leva para perceber que um objeto está
caindo e reagir a isso fechando a mão para interromper a queda do objeto. O tempo de
reação será determinado a partir do quanto o objeto andou, desde o momento em que foi
largado pelo experimentador até o instante em que a pessoa fechou os dedos e o segurou.
Um experimentador deve segurar o objeto pela extremidade superior, deixando sua
extremidade inferior exatamente entre os dedos (abertos) da pessoa que terá o tempo de
reação medido. Em um determinado instante, sem avisar, o experimentador solta o objeto e
a pessoa deve fechar os dedos para segurá-la.
Recomendamos o uso de uma régua de 30 cm ou maior, pois assim pode-se medir
quanto o objeto andou diretamente pela escala da régua.
A conversão desta distância em tempo, para saber o tempo de reação, pode ser feita
partindo-se da equação horária da posição de um movimento uniformemente variado
(a queda de um objeto é um “movimento uniformemente variado”, certo ? Por quê ?)
28
Equação do movimento uniformemente variado: x = x0 + v0.t + a.t2/2 (I)
No caso da queda livre de um objeto, x é a posição do corpo no tempo t e x0 é a
posição inicial do corpo. A distância que o objeto percorreu na queda é exatamente x - x0,
que chamaremos de Δx.
Em nosso caso, a velocidade inicial do corpo (v0) é zero porque o experimentador
apenas soltou o objeto. O que faz o objeto cair é a ação da gravidade; assim, a aceleração a
que o objeto tem durante a queda é igual à aceleração da gravidade (9,8 m/s2).
Colocando estas informações na equação I, chega-se à expressão que permite
calcular o tempo de reação:
Você pode fazer este experimento com diversas pessoas e descobrir o tempo de
reação humana típico. Repita o experimento 10 vezes com cada pessoa, para chegar a uma
conclusão mais confiável, pois os valores obtidos através deste experimento apresentam
uma imprecisão natural (dispersão). Tente mudar de experimentador (quem solta a régua) e
verifique se isto também influencia o resultado.
Esta forma de medir o tempo de reação mede na verdade o tempo de reação à
estimulo visual, pois a pessoa detecta visualmente que o objeto foi largado. Você também
pode medir o tempo de reação à estimulo sonoro com o mesmo experimento, bastando para
isso falar “JÁ” no instante em que se solta o objeto. Neste caso, há diferença se a pessoa
estiver de olhos abertos ou fechados ? E se estiver olhando para outro lado ? Por quê ?
Repita o experimento várias vezes.
Outra questão que podemos colocar a respeito deste experimento é a seguinte: será
que, em horários diferentes do dia, o tempo de reação para uma determinada pessoa varia ?
Em caso de resposta afirmativa, como poderíamos explicar isso ?Objetivo
29
8. PÊNDULO SIMPLES
OBJETIVO
O objetivo deste experimento é obter a aceleração da gravidade fazendo-se uso de
um pêndulo simples. Iremos ver que, basta realizar apenas as medidas do tempo de
oscilação deste pêndulo para o cálculo da aceleração. Em vista dessa simplicidade, iremos
aprender a seguir como isso é possível.
TEORIA
30
A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de
Tensão do fio, sendo assim, a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então:
Onde ao substituirmos em F:
Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas
oscilações, um pêndulo simples descreve um MHS.
31
e como
4π2
g= .r
t2
32
PRÁTICA
PÊNDULO SIMPLES
OBJETIVO
Determinar a aceleração da gravidade local fazendo uso de um pêndulo simples.
MATERIAIS UTILIZADOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Ajuste o comprimento do fio do pêndulo de modo que tenha uma medida pré
determinada da ponta do fio ao centro de massa do pêndulo. Meça o
comprimento, em metros, do pêndulo;
2. Para a realização do experimento, deslocase a esfera da posição de equilíbrio,
até um ângulo θ, obedecendo a relação de que este ângulo não deve ser maior do
que 15º.
3. Após ter deslocado a massa e determinado uma posição inicial de lançamento,
soltase a massa e marcase o tempo de 10 oscilações completas, repetindo esta
operação 10 vezes para cada comprimento L do fio;
4. Calcular a média e o erro padrão da média do tempo;
5. Calcular a aceleração da gravidade local, em metros por segundo ao quadrado (
2
m/s ).
6. Comparar a medida da aceleração gravitacional obtida experimentalmente em
sala de aula (aceleração determinada pela equação do período utilizando os
dados experimentais) com o valor existente na literatura científica e determine o
desvio percentual;
7. Discuta os desvios encontrados entre os valores de g (valor obtido em sala de
aula com o da literatura);
8. Comente sobre a variação do período com a massa do pêndulo. Há
dependência? Justifique.
33
9. EMPUXO
OBJETIVO
TEORIA
O empuxo é uma força que atua nos corpos quando imersos total ou parcialmente
em um fluído. Sua descrição segue o princípio de Arquimedes segundo o qual ele é uma
força igual ao peso do fluído deslocado e atuando na mesma direção e sentido contrário ao
peso.
Matematicamente, o empuxo (E) pode ser escrito em termos das densidades e do
volume do fluído deslocado:
34
Peso aparente é o peso efetivo, ou seja, aquele que realmente sentimos. No caso de
um fluido:
E= P−P a
m l . g=m c . g−m a . g
ml =mc−m a
ρ l .V =m c −ma
mc−ma
V=
ρl
35
PRÁTICA
EMPUXO
Lista de Materiais
Experimento
mc−ma
V=
ρáqua
36
π D2L
V=
4
37
10. SISTEMA MASSA-MOLA
(PAPEL MILIMETRADO)
OBJETIVO
TEORIA
Iremos utilizar a lei de Hooke que relaciona força com o deslocamento da massa,
através da seguinte equação:
F =−k x (1)
F =−k x
38
P=mg
PF=0
m g- k x=0 m g=k x
m
k= g
x
onde m é a massa e g a gravidade.
Note que podemos obter a constante k através das quantidades m, x e g. É com essa
relação que iremos obter a constante elástica da mola, k, na prática seguinte, onde a relação
m/x será o coeficiente angular da reta obtida através do gráfico em papel milimetrado, ou
seja:
k=a . g (3)
39
PRÁTICA
SISTEMA MASSA-MOLA
Lista de Materiais
Experimento
m2 −m1
a=
d 2 −d 1
40
11. MÍNIMOS QUADRADOS
(PAPEL MILIMETRADO)
N ∑ x . y −∑ x ∑ y
a= 2
N ∑ x2− ∑ x
e
b=
∑ y ∑ x 2−∑ x ∑ x . y
2
N ∑ x 2− ∑ x
41
12. DECAIMENTO DA TEMPERATURA
(PAPEL MONOLOG)
OBJETIVO
TEORIA
tempo Temperatura
(horas) (Celcius)
0 250
1 152
2 92
3 56
4 33
5 20
6 12
7 7
8 4
9 2
10 1
Tabela: Valores de temperatura por tempo de uma hipotética xícara de café.
42
Figura 10: Temperatura em função do tempo de uma hipotética xícara de café.
ln T −ln250=−0 . 51 t ⇒ ln
T
250
=−0 . 51t
43
exp ln
T
250
=exp −0 . 51t ⇒
T
250
=e−0. 51t
−0. 51 t
T=250 e
44
13. MÍNIMOS QUADRADOS EM PAPEL MONOLOG
Dada a seguinte tabela abaixo:
Tempo Temperatura
0 215
1 101
2 54
3 22
4 12
5 6
6 2
7 1
8 0.7
9 0.3
10 0.2
11 0.1
Tempo Ln(Temperatura)
0 5.3706
1 4.6151
2 3.9890
3 3.0910
4 2.4849
5 1.7918
6 0.6931
7 0
8 -0.3567
9 -1.2040
10 -1.6094
45
Figura 12: Temperatura em função do tempo
Agora, o objetivo é calcular a reta que melhor se ajusta aos dados. Para isso, é
necessário utilizar a seguinte equação:
N ∑ XY −∑ X ∑ Y
Coeficiente angular da reta: a= 2
N ∑ X 2 − ∑ X
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BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
Fonte: http://webfis.df.ibilce.unesp.br/cdf/roem/mec/empu/empu.html
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