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Experimento 2

Frequências Complexas Próprias

Disciplina ESTA004 – Circuitos Elétricos II

Doscente Prof° Dr. Ricardo Caneloi

Herbert Alexandrino – RA 11106911


Renato Koiti Yoshimura – RA 11043615
Rodrigo Reichert Gomes – RA 11005816
Saulo de Figueiredo – RA 11045814

Noturno 02.2019

Santo André, 09 de Julho de 2019


Índice

Sumário
1. OBJETIVO................................................................................................................................... 2
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
2.1. Aplicação ao Circuito Ressonante Paralelo ................................................................................ 4
2.1.1. Medição de α e ωd ............................................................................................................... 6
2.1.2. Determinação do Índice de Mérito, Q (circuito altamente oscilatório) ................................. 6
3. EXPERIMENTO .......................................................................................................................... 8
3.1. Materiais Utilizados ..................................................................................................................... 8
3.2. Metodologia ................................................................................................................................. 9
3.2.1. Medição dos componentes .................................................................................................. 9
3.2.2. Medição das Frequências Complexas Próprias ................................................................... 9
3.2.3. Comparação com o Regime Permanente Senoidal ........................................................... 12
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 14
4.1. Frequência Complexa Própria ................................................................................................... 14
4.2. Regime Permanente Senoidal................................................................................................... 14
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 15
1. OBJETIVO

Este relatório tem por objetivo apresentar os resultados relacionados ao experimento


de frequências complexas próprias. A partir de um circuito RLC e as medidas realizadas
através desse circuito, é possível determinar as frequências complexas próprias desse circuito
utilizando o transitório repetitivo. Isso permite determinar algumas características importantes
desse circuito como, por exemplo, determinar o valor de um dos componentes do circuito
desde seja conhecido o valor dos demais, bem como determinar qual o valor de frequência
proporcionará a maior queda de tensão sobre dado componente do circuito.

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2. INTRODUÇÃO

Seja 𝑦(𝑡) a resposta de um circuito linear, de parâmetros constantes, excitado por 𝑢(𝑡).
A resposta e a excitação estarão relacionadas por uma equação diferencial do tipo:

𝑑 (𝑛−𝑖) 𝑦(𝑡) 𝑑 (𝑚−𝑗) 𝑢(𝑡)


∑𝑛𝑖=0 𝑎𝑖 = ∑𝑚
𝑗=0 𝑏𝑗 (1)
𝑑𝑡 (𝑛−𝑖) 𝑑𝑡 (𝑚−𝑗)

sendo os 𝑎𝑖 e 𝑏𝑗 constantes reais, e admitindo-se 𝑎0 = 1 para maior comodidade.


A função de transferência, que relaciona 𝑦(𝑡) e 𝑢(𝑡) é obtida tomando-se a transformada
de Laplace da equação (1), com condições iniciais nulas, chegando-se a:

𝑌(𝑠) 𝑏0 𝑠𝑚 +𝑏1 𝑠𝑚−1 +⋯+𝑏𝑚−1 𝑠+𝑏𝑚


𝐺(𝑠) = 𝑈(𝑠) = 𝑠𝑛 +𝑎1 𝑠𝑛−1 +⋯+𝑎𝑛−1 𝑠+𝑎𝑛
(2)

O denominador da equação (2):

𝑃(𝑠) = 𝑠 𝑛 + 𝑎1 𝑠 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 𝑠 + 𝑎𝑛 (3)

é o polinômio característico da equação (1). Os zeros (𝑠𝑘) deste polinômio, correspondentes


aos pólos de 𝐺(𝑠), são as frequências complexas próprias da resposta 𝑦(𝑡).
Estes pólos podem ser simples ou múltiplos. Examinando-se o mecanismo de inversão
da transformada, verifica-se que aos pólos simples correspondem, na resposta transitória,
parcelas do tipo:
𝐴𝑘 𝑒 𝑠𝑘𝑡 (pólos simples) (4)
sendo os Ak constantes.
Os pólos múltiplos gerarão uma soma de parcelas do tipo:

𝐴𝑘1 𝑒 𝑠𝑘 𝑡 + 𝐴𝑘2 𝑡𝑒 𝑠𝑘 𝑡 + ⋯ + 𝐴𝑘𝑙+1 𝑡 𝑙 𝑒 𝑠𝑘 𝑡 (5)

sendo os 𝐴𝑘𝑖 constantes e 𝑙 a multiplicidade do pólo menos um.


As equações (4) e (5) constituem os modos naturais da resposta 𝑦(𝑡).
A parte real da frequência complexa própria dá o amortecimento do modo natural, ao
passo que sua parte imaginária fornece a frequência angular de oscilação do modo natural.
Seja uma frequência complexa própria dada por:

𝑠𝑘 = −𝑎𝑘 + 𝑗𝜔𝑘 (6)

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Se a frequência própria for real e simples, o correspondente modo natural é do tipo
𝐴𝑘 𝑒 𝑠𝑘𝑡 ; se a frequência própria for real e múltipla tem-se modos naturais 𝐴𝑗𝑘+1 𝑡𝑗 𝑒 −𝛼𝑘 𝑡 , para
𝑗 = 0, 1, … , 𝑙.
Se a resposta tiver uma frequência própria complexa 𝑠𝑘 , necessariamente o conjugado
𝑠𝑘 ∗ será também uma frequência própria; além do mais, o par 𝑠𝑘 e 𝑠𝑘 ∗ dará origem a um par
complexo conjugado de modos naturais, que compõem uma parcela da resposta do tipo:

𝐴𝑘 𝑒 −𝛼𝑘𝑡 cos(𝜔𝑘 𝑡 + 𝜙𝑘 ) (7)

sendo – 𝛼𝑘 a parte real da frequência complexa própria e 𝜔𝑘 sua parte imaginária.


Quando as frequências complexas próprias de um circuito reduzem-se a um só par de
complexos conjugados, sua determinação experimental, através da medida de 𝛼 e 𝜔 é
particularmente simples, como será visto a seguir.

2.1. Aplicação ao Circuito Ressonante Paralelo

Considerando-se o circuito mostrado esquematicamente na figura 01 e aplicando-se a


Lei de Kirchhoff ao nó A, chega-se a:
𝑑𝑣(𝑡) 1
𝐶 𝑑𝑡
+ 𝐺𝑣(𝑡) + 𝐿 ∫ 𝑣(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑖𝑠 (𝑡) (8)

Figura 01: Circuito RLC paralelo.

Derivando-se a equação (8) uma vez, vem:


𝑑 2 𝑣(𝑡) 𝑑𝑣(𝑡) 1 𝑑𝑖𝑠 (𝑡)
𝐶 𝑑𝑡 2
+ 𝐺 𝑑𝑡
+ 𝐿 𝑣(𝑡) = 𝑑𝑡
(9)

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A equação (9) está na forma da equação (1), em consequência, o polinômio
característico do circuito será:
1
𝑃(𝑠) = 𝐶𝑠 2 + 𝐺𝑠 + (10)
𝐿

cujos zeros são:


𝐺 𝐺 2 1
𝑠1,2 = − 2𝐶 ± √(2𝐶 ) − (𝐿𝐶 ) (11)

ou
𝑆1,2 = −𝛼 ± 𝑗𝜔𝑑 (12)
com:
𝐺 1
𝛼 = 2𝐶 ; 𝜔0 = ; 𝜔𝑑 = √𝜔0 2 − 𝛼^2 (13)
√𝐿𝐶

Se 𝜔0 > 𝛼, as frequências próprias são complexos (conjugados), o sistema é oscilatório


e sua resposta transitória é do tipo:
𝑣(𝑡) = 𝑣0 𝑒 −𝛼𝑡 cos(𝜔𝑑 𝑡 − 𝜙) (14)

cuja forma de onda é aquela mostrada no gráfico da figura 02.


Obs.: Para maior facilidade de observação de uma forma de onda semelhante àquela da
Figura 2, convém obtê-la com um transitório repetitivo conseguido, por exemplo, excitando-se
o circuito com uma onda quadrada de período muito maior que 2π/ωd , condição facilmente
verificável experimentalmente.

Figura 02: Forma de onda referente à equação (14).


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2.1.1. Medição de α e ωd

Supondo-se que seja observada a forma de onda descrita pela equação (14) num
osciloscópio, deseja-se determinar os parâmetros 𝛼 e 𝜔𝑑 .
a) Determinação de 𝜔𝑑
Para a determinação de 𝜔𝑑 mede-se a duração 𝜃 de 𝑛 ciclos do transitório. Então resulta:

2𝜋 2𝜋𝑛
𝜔𝑑 = = [rad/s] (𝑛 inteiro) (15)
𝑇 𝜃

Convém tomar 𝜃 tão grande quanto possível para reduzir o erro de medida.
b) Determinação de 𝛼
A relação entre dois máximos de 𝑣(𝑡), separados por 𝑛 ciclos, é dada por:

𝐴0
= 𝑒 𝑛𝛼𝑇
𝐴𝑛
Portanto,
1 𝐴0
𝛼= ln ( )
𝑛𝑇 𝐴𝑛
Como 𝑛𝑇 = 𝜃, vem:
1
𝛼 = 𝜃 [ln(𝐴0 ) − ln(𝐴𝑛 )] [𝑠 −1 ] (16)

Obs.: O fator de amortecimento 𝛼 pode também ser determinado medindo-se as amplitudes


𝐴0 , 𝐴1 , … , 𝐴𝑛 , nos instantes 0, 𝑇, 2𝑇, … , 𝑛𝑇, e usando-se uma rotina de ajuste de curva.
Uma vez determinados 𝛼 e 𝜔𝑑 , e conhecido um dos três parâmetros do circuito, os
outros dois podem ser determinados. A resistência 𝑅 representa não só eventuais resistores
inseridos no circuito, como também as perdas existentes nos demais elementos (resistências
parasitas).

2.1.2. Determinação do Índice de Mérito, Q (circuito altamente oscilatório)

𝜔𝑑
Nos circuitos 𝑅𝐿𝐶 altamente oscilatórios (𝛼 < 10
) pode-se adotar a seguinte

aproximação 𝜔𝑑 ≅ 𝜔0.
Nesse caso define-se o índice de mérito, em 𝜔0 , por:

𝑅
𝑄= (17)
𝜔0 𝐿

6
Sendo que 𝑅 inclui as resistências de perdas dos elementos 𝐿 e 𝐶. Das equações (11)
e (12), e com a aproximação 𝜔𝑑 ≅ 𝜔0, resulta:

𝜔
𝑄 = 2𝛼0 (18)

Conhecendo-se 𝜔0 e 𝛼, o índice de mérito pode ser calculado.


Como verificação, 𝑄 pode ser obtido determinando-se em quantos ciclos a envoltória do
sinal cai a 1/𝑒 ≅ 0,368 do seu valor inicial. Sendo 𝑛1 esse número (em geral não inteiro),
resulta:
𝜔0 𝐴0 𝜔0
𝛼≅ ln ( )=
2𝜋𝑛1 𝐴𝑛1 2𝜋𝑛1

ou, levando-se em consideração a equação (18)

𝑄 = 𝜋𝑛1 (19)

Comparando-se este valor com o calculado pela equação (18) tem-se uma ideia da
precisão das medições.

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3. EXPERIMENTO

3.1. Materiais Utilizados

Nesse experimento foram utilizados os seguintes materiais:


 Multímetro portátil com pontas de prova;
 Gerador de sinais;
 Resistor 1kΩ (1/4 W);
 Resistor 10kΩ (1/4 W);
 Indutor 1mH;
 Capacitor 0,1 µF (100 V);
 Cabos de conexão banana/jacaré;
 Placa protoboard;
 Multímetro LCR de bancada;
 Osciloscópio e pontas de prova;

Conhecer os instrumentos de medição utilizados durante o experimento, assim


como suas marcas e respectivas incertezas, aumenta a confiabilidade dos resultados
encontrados. Na Tabela 1 obtemos os dados referentes aos equipamentos de
medição utilizados.

Instrumento Marca Modelo

Multímetro Minipa ET-2510

Osciloscópio Infinii Vision DSO-X 2024A


Gerador de sinais Tek AFG3021B
Fonte de Tensão Minipa MPL3303M
Tabela 1: Dados dos equipamentos de medição utilizados no experimento.

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3.2. Metodologia

Nesse experimento foi determinado as frequências próprias de resposta de um


circuito RLC à uma entrada em degrau a partir das medições da frequência de
oscilação e da diferença entre picos consecutivos da resposta. Por fim, comparou-se
a frequência em que esse mesmo circuito obteve a amplitude máxima para uma
entrada senoidal com a frequência da resposta oscilatória.

3.2.1. Medição dos componentes

Foi medido a impedância de cada elemento de circuito utilizado no experimento


utilizando o multímetro LCR de bancada, bem como a resistência parasita do indutor
e do capacito. Os valores são apresentados na tabela 02.

𝑅𝑠1 [Ω] 𝑅𝑠2 [𝑘Ω] 𝐿 [𝑚𝐻 ] 𝐶 [µ𝐹 ] 𝑅𝐿 [Ω] 𝑅𝐶 [Ω]

975,45 9,98 0,849 0,077 337,5 21,7


Tabela 02: impedância dos elementos de circuito utilizados no experimento.

3.2.2. Medição das Frequências Complexas Próprias

Foi ajustado o gerador de sinais para produzir uma onda quadrada com
frequência de 500 Hz, tensão de pico-a-pico de 10V e 5 V de offset. A figura 03
apresenta a medição dessa onda feita através do osciloscópio.

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Figura 03: Onda quadrada 𝑉𝑝𝑝 = 10𝑉 e 𝑓 = 500 𝐻𝑧.

Em seguida, foi montado o circuito da figura 04 sendo o resistor 𝑅𝑠 = 1𝑘Ω e a


resistência interna da fonte 𝑅𝑔 = 50Ω. Esse circuito é análogo ao circuito da figura 01,
bastando realizar uma transformação de fonte de tensão para fonte de corrente.

Figura 04: Circuito montado no laboratório.

Obteve-se a curva da resposta do valor de 𝑣(𝑡), como mostra a figura 05. Mediu-
se o período de oscilação da resposta entre 5 picos consecutivos (𝑛 = 5) pelo
osciloscópio, obtendo-se o valore de 249 𝜇𝑠 (𝜃 = 249 𝜇𝑠). A partir da equação (15),
determinou-se os valores 𝑇, 𝜔𝑑 e 𝑓𝑑 .
𝜃 249𝜇𝑠
𝑇= = = 49,8 𝜇𝑠
𝑛 5
10
2𝜋 2𝜋
𝜔𝑑 = = = 126,17 ∗ 103 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑇 49,8𝜇𝑠
1
𝑓𝑑 = = 20,08 𝑘𝐻𝑧
𝑇

Figura 05: Resposta do circuito 𝑅𝐿𝐶.

Na sequência, mediu-se a amplitude de 6 picos consecutivos da resposta,


obtendo-se a tabela 03.

𝐴𝑛 [𝑚𝑉 ] 𝑛

860,0 0
497,5 1
285,0 2
165,0 3
95,0 4
57,5 5
Tabela 03: Medidas de amplitude da resposta do circuito.

Utilizando os valores de amplitudes medidos, obteve-se, a partir da equação


(16), o valor de 𝛼.

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1 𝐴0 1 860,0 𝑚𝑉 3
𝛼= [ln ( )] = [ln ( )] = 10,864 ∗ 10 𝑠−1
𝜃 𝐴5 249 𝜇𝑠 57,5 𝑚𝑉

𝜔𝑑
O circuito satisfaz a condição de circuito altamente oscilatório (𝛼 < ) e a
10

condição 𝜔𝑑 ≅ 𝜔0 pode ser considerada. Portanto, podemos determinar o índice de


mérito 𝑄 através da equação (18), como segue.
𝜔0 126,17 ∗ 103
𝑄= = = 5,81
2𝛼 2 ∗ 10,864 ∗ 103

Agora, com os valores medidos de 𝐿 e 𝐶 vmos calcular os valores de 𝜔𝑜 , 𝑓0, 𝜔𝑑 e 𝑓𝑑


pela equação (13):

1 1
𝜔0 = = = 123,68 ∗ 103 𝑟𝑎𝑑/𝑠
√𝐿𝐶 √0,849 ∗ 10−3 ∗ 0,077 ∗ 10−6

𝜔0 123,68 ∗ 103
𝑓0 = = = 19,68 𝑘𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋

𝜔𝑑 = √𝜔0 2 − 𝛼 2 = √(123,68 ∗ 103 )2 − (10,864 ∗ 103 )2 = 123,20 ∗ 103 𝑟𝑎𝑑/𝑠

𝜔𝑑 123,20 ∗ 103
𝑓𝑑 = = = 19,61 𝑘𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋

Com o valor de 𝛼, podemos calcular a resistência equivalente do circuito pela equação


(13).

1 1
𝑅= = = 597,71Ω
2𝛼𝐶 2 ∗ 10,864 ∗ 103 ∗ 0,077 ∗ 10−6
O valor da resistência equivalente do circuito obtido pelo calculo das resistências parasitas
do indutor e do capacitor é mostrado abaixo.

𝑅𝐿 ∗ 𝑅𝐶 337,5 ∗ 21,7
𝑅 = 𝑅𝑔 + 𝑅𝑠 + = 50 + 975,45 + = 1045,84Ω
𝑅𝐿 + 𝑅𝐶 337,5 + 21,7

3.2.3. Comparação com o Regime Permanente Senoidal

Ao circuito da figura 03, foi aplicado um sinal senoidal com tensão de pico-a-pico de
3V. Em seguida a frequência foi variando até se obter o máximo valor de 𝑣(𝑡). O valor

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máximo de 𝑣(𝑡) foi de 1,721𝑉 obtido na frequência de 20,11 𝑘𝐻𝑧. Os valores obtidos através
do osciloscópio são apresentados na figura 06.

Figura 06: Valor máximo de 𝑣(𝑡).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Frequência Complexa Própria

Comparando os resultados obtidos experimentalmente e através dos cálculos


utilizando os valores nominais dos componentes, notamos que para alguns, como ωd,
ω0, ƒd e ƒ0, os valores são similares e estão apresentados na tabela 04.

𝜔𝑑 [rad/s] 𝜔0 [rad/s] ƒ𝑑 [kHz] ƒ0 [kHz]


Experimental 126168,38 126168,38 20,08 20,08
Nominal 123202,30 123680,37 19,61 19,68
Tabela 04: Valores Experimentais x Valores Nominais.

A divergência nos valores das resistências equivalentes obtidas através das


frequências complexas e do cálculo da resistência equivalente do circuito se justifica
pela diferença de frequência adotada ao medir as resistências dos componentes do
medidor LCR (10 kHz) e do adotado no gerador de sinais (500 Hz).

4.2. Regime Permanente Senoidal

Vemos que o valor máximo para 𝑣(𝑡) foi obtido na frequência de 20,11 𝑘𝐻𝑧. Esse valor
é equivalente ao valor de 𝑓𝑑 = 20,08 𝑘𝐻𝑧 obtido através da determinação das frequências
complexas. Podemos concluir que a tensão máxima para 𝑣(𝑡) ocorre na frequência de
ressonância 𝑓𝑑 pois nessa frequência os valores de reatância indutiva 𝑋𝐿 do indutor e de
reatância capacitiva 𝑋𝐶 do capacitor se igualam. Com a ligação em paralelo dos dois
componentes, os valores iguais de 𝑋𝐿 e 𝑋𝐶 propiciam a menor impedância o que justifica o
valor máximo de 𝑣(𝑡).

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sadiku, Matthew N. O. e Alexander, Charles K, “Fundamentos de Circuitos elétricos”, 3° Ed.


McGraw, 2008

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