Aluno:
Fabrício Leite Alves
Orientadora:
Ana Tereza de Abreu Lima
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RELATÓRIO CONTENDO EXPERIMENTOS DE
ELETROSTÁTICA COM O GERADOR DE VAN DE
GRAAFF, INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS E
SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................4
2. OBJETIVOS ............................................................................................................5
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..........................................................................5
3.1 Experimento 1: Eletrostática com o Gerador de Van de Graaff ....................6
3.1.1 O Gerador de Van de Graaff .....................................................................6
3.1.2 “Cabelos em pé” ..........................................................................................6
3.2 Experimento 2: Instrumentos de Medidas Elétricas .......................................7
3.2.1 Classificação dos Instrumentos de Medidas Elétricas ..........................7
3.2.2 Instrumentos analógicos e digitais ............................................................8
3.2.2.1 Voltímetro e Amperímetro..................................................................8
3.2.2.2 Ohmímetro ..........................................................................................8
3.2.2.3 Multímetro digital x analógico ...........................................................9
3.2.3 Código de Cores para Resistores ................................................................9
3.3 Experimento 3: Superfícies Equipotenciais .....................................................9
3.3.1 Superfícies Equipotenciais .........................................................................9
3.3.2 Importância da Linha de Força e Superfícies Equipotencial .................10
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ..............................................................11
4.1 Parte I – Experimento I ...................................................................................11
4.2 Parte II – Experimento II ................................................................................12
4.3 Parte III – Experimento III .............................................................................13
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .........................................................................14
5.1 Resultados e comentários – Experimento I ....................................................14
5.2 Resultados e comentários – Experimento II ..................................................16
5.3 Resultados e comentários – Experimento III .................................................20
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................22
BIBLIOGRAFIA/REFERÊNCIAS ......................................................................23
ANEXOS .................................................................................................................26
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1. INTRODUÇÃO
O último tópico que será abordado nessa etapa é sobre as Superfícies Equipotenciais.
O conceito principal é que são superfícies de um campo elétrico os pontos que apresentam
o mesmo potencial elétrico (valor constante). Estas superfícies têm duas propriedades
fundamentais: a primeira é que a força elétrica durante o deslocamento de uma carga
elétrica puntiforme através de uma superfície do tipo equipotencial é nula; a segunda é
que as superfícies equipotenciais são perpendiculares (ângulo de 90º) às linhas de forças,
e com consequência, também perpendiculares ao vetor do campo elétrico (ANEXO A).
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2. OBJETIVOS
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta etapa do trabalho irá ser apresentado um breve embasamento teórico sobre
os conteúdos abordados em laboratório. A ordem de apresentação será dada
respectivamente sobre o Equilíbrio Eletrostático com o Gerador de Van de Graaff,
seguido dos Instrumentos de Medidas Elétricas e posteriormente sobre as Superfícies
Equipotenciais.
De acordo com Capelari & Zukovski (2009), ao ser colocado o bastão de metal perto
da esfera metálica e se caso a diferença de tensão entre os materiais – bastão de metal e a
esfera de metal- for igual a 30,000 V/cm de ar seco, flui uma corrente da própria esfera
até o bastão de metal por meio do ar seco.
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“Quando se toca a esfera metálica com as mãos, o cabelo da pessoa fica em pé, cada
fio é carregado com a mesma carga repelindo-se mutuamente” (CAPELARI &
ZUKOVSKI 2009). Pode-se perceber esse fenômeno físico na imagem 3 anexada em
(ANEXO C).
Ainda segundo os mesmos autores, pode ser explicado o fato dos “cabelos em pé” da
seguinte forma: a partir do momento em que o gerador de Van de Graaff começa a
carregar é transferido a carga para o indivíduo que estiver em contato com a esfera de
metal. Dessa forma, como o cabelo da pessoa está sendo possivelmente carregado com o
mesmo potencial elétrico eles se repelem, ficando assim, em pé.
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Finalidade de utilização: em industrias não são às vezes tão precisos, porém
mostra-se apropriado para o trabalho diário sob diversas condições; em
laboratórios são utilizados equipamentos que prezam pela precisão e exatidão.
Portabilidade: podem ser portáteis, de painel, fixos ou de bancadas.
3.2.2.2 Ohmímetro
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circuito elétrico deverá estar desernergizado” (DALSON RIBEIRO N., cap. 2, pág. 50,
2010). Veja a uma imagem ilustrativa na imagem 5 em (ANEXO E).
Dalson R. N. (2010) ainda afirma que outras diferenças existem entre o multímetro
digital e analógico como: resistência interna, novas funções contidas no aparelho digital
e correspondência entre polaridade da pilha e pontas.
“Os resistores têm por finalidade apresentar uma resistência elétrica, ou seja, uma
oposição à passagem de uma corrente. A medida da resistência é feita numa unidade
denominada ohms (W). Os resistores mais comuns são os de carbono e os de fio de
nicromo ou simplesmente “de fio” (NEWTON C. BRAGA, pág. 10, 2001).
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Catalão, deixou claro ainda, que quando movendo numa superfície equipotencial, não
varia no potencial e com consequência não tem realização de trabalho (sentido estático).
Porém, este movimento não significa ser nem contra nem a favor da direção do campo
força. Em decorrência disso, as linhas de forças são todas perpendiculares (ângulo de 90º)
às superfícies equipotenciais.
Para o autor Leandro N. N. (2011) uma das maneiras mais genéricas para englobar
a magnitude e a direção de campos elétricos, além de como também o potencial elétrico
é partilhado no espaço é por meio do conceito em conjunto tanto de linhas de força como
linhas equipotenciais.
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
- Procedimento experimental:
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3. Foi colocado uma faixa fina feita de papel alumínio sobre um gancho
conectado ao gerador conforme pode ser visto na figura 2 abaixo. Esse
processo foi chamado de ELETROSCÓPIO DE FOLHAS.
- Procedimento experimental:
1. Através da tabela de código de cores foi possível identificar as cores dos três
anéis que o resistor contém, assim como também foi calculado o valor
nominal do resistor através da expressão: R = (10.A + B).10C.
2. Identificou-se todas as partes do multímetro. Nele foi possível averiguar os
tipos de medidores, escalas utilizadas, pontas de prova.
3. Colocou-se os três resistores estudados no protoboard para serem feitas as
medidas dos valores nominais de resistência e dos valores medidos pelo
multímetro.
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4. Montou-se o circuito de acordo com o estabelecido no roteiro de aula com
uma fonte de alimentação para uma tensão de 10 V.
5. Com o mesmo circuito foi medido a corrente que passou pelos três resistores
chamados de R1, R2 e R3 abrindo-se o circuito e conectando o multímetro em
uma escala maior de corrente elétrica em série.
- Procedimento experimental:
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Cálculo simples:
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a carga elétrica livre se distribuiu igualmente entre os corpos e criou-se uma força de
repulsão.
No processo de PODER DAS PONTAS foi colocado uma tachinha pontiaguda sobre
a cúpula do gerador e aproximou a esfera auxiliar da tachinha sem entrar em contato e foi
percebido que o gerador não induziu eletricidade para o bastão (esfera auxiliar), nem
mesmo nos pontos que estavam um pouco afastados da tachinha. Ou seja, quando se
aproximou a esfera auxiliar ao objeto pontiagudo mesmo com uma pequena distância,
não foi notado a descarga de raios. Isso ocorre porque o campo elétrico na ponta do objeto
é muito alto, pois torna a DDP muito baixa e, por isso, não forma centelhas. Essa
experiência permite perceber que os raios só atingem o para-raios se a carga elétrica for
muito grande e este estiver com uma distância pequena da nuvem. Caso contrário, o raio
não cai devido a presença de para-raios com uma distância maior da nuvem.
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Para calcular a carga máxima Qmáx acumulada no gerador de Van de Graaff
utiliza-se a expressão que relaciona a Qmáx com a área A da esfera metálica:
Qmáx = A . δmáx
Agora,
Qmáx = A . δmáx Qmáx = 4. π .r2. δmáx Qmáx = 4. π . (0,11m)². 2,655.10-5 C/m²
Qmáx = 4,04.10-6 C
Resistores:
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Dando procedimento, foram também registrados os valores medidos dos três
resistores pelo multímetro. Estes valores serão apresentados na tabela abaixo juntos com
os valores nominais.
Obs.: Pode-se ver que tanto os valores nominais calculados como também os
valores medidos pelo multímetro apresentaram pequenas variações, mas com valores
aproximados. Como já se sabe, os resistores possuem um grau de tolerância, o que mostra
o quanto ele pode variar o valor de sua resistência quando comparado com o valor
nominal. Neste experimento, os resistores R1 e R3 possuem valores nominais de 1000 Ω,
porém quando medidos, reduziu um pouco o valor para 997 Ω. Do mesmo jeito aconteceu
com o resistor R2; o mesmo possuía um valor nominal de 100 Ω, porém quando medido,
aumentou um pouco o valor para 102 Ω.
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Tabela 02 – Valores das tensões (DDP) nos pontos
Com o mesmo circuito montado foi medido a corrente que passava pelos resistores
R1, R2 e R3 abrindo o circuito e conectando o multímetro na maior escala de corrente em
série. Os resultados obtidos estão apresentados na tabela 03.
Problemas e casos
Se caso alguma escala que apresenta a medição mais precisa de uma certa voltagem
é a de 100 mV, não seria possível ou até mesmo não seria necessário medir a mesma
grandeza em uma escala maior. Pois a melhor opção seria utilizar uma escala mais
aproximada da que já se tinha utilizado para tirar essa dúvida. Em outro caso, se fosse
querer saber uma voltagem desconhecida, era melhor iniciar sim o teste com uma
escala bem maior para evitar até mesmo uma possível queima do instrumento de
medida.
Se caso for conectado o multímetro na escala de voltagem em série com o circuito
irá ser mostrado no display uma resistência a mais do que a sua resistência interna,
ou seja, o multímetro não estaria sendo objetivo e estaria modificando a resistência
total do determinado sistema trabalhado. Na verdade, a forma de ligação para a
medição da voltagem deveria ser em paralelo.
Se caso for tentado medir a resistência elétrica de um resistor R sem tirá-lo do circuito
o valor apresentado não será do próprio resistor, mas sim dos membros vizinhos a
ele ou até mesmo do circuito interno.
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Sabendo que R2 = 8,2 mA e R3 = 0,84 mA, a soma das correntes que passam por R2
e R3 é de 9,04 mA. Sabemos que intensidade da corrente do circuito principal é
dividida entre os ramos de todos os resistores. Utilizando a conservação da carga
elétrica, pode-se dizer que a intensidade de corrente que entra é igual à que sai. Por
isso, a soma das intensidades das correntes dos resistores R2 e R3 é igual a corrente
apresentada em R1.
Como já foi falado nesse trabalho, o voltímetro é manuseado para medição de DDP
entre dois pontos. Devido a isso, ele deve ser ligado em paralelo com o circuito que
se deseja obter o objetivo principal. A resistência interna utilizada deve ser muito alta
para que não se tenha precauções no circuito e para que o aparelho seja considerado
ideal. Os voltímetros medem tensões contínuas ou alternadas.
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5.3 Resultados e comentários – Experimento III
Fixado uma das pontas de prova do multímetro em uma das placas, moveu-se
lentamente na direção perpendicular as placas a outra ponta de prova entre os eletrodos e
o multímetro marcou uma variação na diferença de potencial. Já no caso de mover
lentamente na direção paralela as placas a outra ponta de prova entre os eletrodos, a DDP
permaneceu constante. Ou seja, por serem placas paralelas geram campos paralelos e na
mesma linha vertical não há variação de tensão.
Foram identificados quatro pontos distintos aos quais estavam dentro do plano
cartesiano estudado e que obtivessem os determinados valores dos potenciais desejados.
Com a ajuda do multímetro foi conseguido marcar os pontos em que tivessem os seguintes
potenciais: + 3,5 V, + 5,2 V e + 7,4 V. Os resultados obtidos estão registrados na tabela
01 abaixo.
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3 (30, 129) mm (20, 97) mm (25, 15) mm
4 (40, 130) mm (30, 97) mm (30, 10) mm
Fonte: dados extraídos do laboratório de Eletricidade e Magnetismo
Seguindo procedimento foi medido a DDP entre quaisquer dois pontos que
mantivessem na mesma coluna e viu-se que a diferença de potencial entre eles é a mesma.
Esse fato ocorre justamente pelo conceito de superfície equipotencial, pois chama-se de
uma superfície equipotencial quando em uma região do campo elétrico todos os seus
pontos apresentam o mesmo potencial elétrico apesar das suas diversas formas
geométricas.
# Coordenada (x, y)
1 (20, 36) mm
2 (33, -33) mm
3 (40, -60) mm
4 (50, -10) mm
5 (53, 85) mm
Fonte: dados extraídos do laboratório de Eletricidade e Magnetismo
0
(50, -10)
0 10 20 30 40 50 60
-50
(33, -30)
(40, -60)
-100
Fonte: Gráfico produzido no Word e Excel; os dados foram extraídos do laboratório de Eletricidade e
Magnetismo
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Foi percebido uma forma circular da superfície relacionada. Os pontos
encontrados foram os que estão demonstrados na tabela 02 como visto acima. Lembrando
que as linhas de campo elétrico são sempre perpendiculares a ela (superfície).
* Medidas dadas em mm
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA/REFERÊNCIAS
BREVE, Fabrício. Gerador de Van de Graaff. 1997. Fabrício Breve: página pessoal.
Disponível em: <fabriciobreve.com/trabalhos/gerador_van_de_graaf.php#.Wk6aYN-
nHIV>. Acesso em: 03 jan. 2018.
24
GRAÇA, Cláudio. Eletrostática, Eletrização e Geradores Eletrostáticos. Apostila do
Dep. Física UFSM. Disponível em: <coral.ufsm.br/cograca/rot03.pdf>. Acesso em: 03
jan. 2018.
Pocovi 2002. M. CECILIA POCOVI, FRED FINLEY, Lines of Force: Faraday’s and
Students’ Views, Science & Education 11: 459–474, 2002.
25
SANTOS, Marco Aurélio da Silva. O Gerador de Van de Graaff. Mundo Educação.
Disponível em: <mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/o-gerador-van-graaff.htm>.
Acesso em: 03 jan. 2018.
TIPLER, Paul A.; Física para cientistas e engenheiros. 3ª edição, LTC editora S.A., Rio
de Janeiro, 1995.
Tornkvist 1993. Tornkvist, S., Pettersson, K. & Transtromer, G.: 1993, ‘Confusion by
Representation: On Student’s Comprehension of the Electric Field Concept’, American
Journal of Physics 61(4), 335–338.
WILSON. Gerador de Van der Graff: Como Funciona. Cola da Web. Disponível em:
<coladaweb.com/fisica/eletricidade/experimento-com-gerador-de-van-der-graff>.
Acesso em: 22 jan. 2018.
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(ANEXOS)
ANEXO A
ANEXO B
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ANEXO C
ANEXO D
28
ANEXO E
ANEXO F
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