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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Centro de Ciências e Tecnologia - CCT


Departamento de Física
Disciplina: Física Experimental 2 Turma: 6
Professor: Pedro Luiz
Aluna: Albaniza Alves Tavares MAT: 20621366
Curso: Engenharia de Materiais

PONTE DE WHEATSTONE

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1.Introdução

1.1-Inrodução teórica
Existem muitas maneiras de saber ou medir os valores das resistências, como exemplo
pode-se citar o código de cores dos resistores e o multímetro.Da mesma forma como se mede a
corrente com um amperímetro e a ddp com um voltímetro, constroem-se circuitos para a medida
da resistência elétrica. Um dos circuitos mais usado é denominado Ponte de Wheatstone, sendo
o mesmo, um método preciso e prático para medições. Charles Wheatstone era um cientista
talentoso e versátil. Ele inventou a concertina, experimentou com a fotografia estereoscópica,
inventou o estereoscópio e teve uma participação importante no desenvolvimento das
comunicações com o telégrafo da época. Ele não reivindicou ter inventado o circuito que mais
tarde veio a receber o seu nome, mas foi certamente um dos primeiros a explorar o circuito para
fazer medidas de resistências. A ponte de Wheatstone consiste em quatro resistores, dispostos
segundo os lados de um losango, da seguinte maneira:

Onde: R1 e R2 – resistores de razão conhecida;


Rx – resistor desconhecido;
R4 – resistor de valor conhecido.
Entre os pontos A e B é ligado um galvanômetro que permite “equilibrar” a ponte.
Conhecendo-se a razão R1/R2 e sendo R4 um resistor variável de valor conhecido, pode-se
ajustar os valores das resistências até que não haja corrente no galvanômetro. Portanto não há
corrente circulando pelo galvanômetro. Diz-se então que a ponte está equilibrada.
Não passando corrente pelo galvanômetro, isto significa que o potencial em A é igual
ao potencial em B. Por outro lado, como não existem correntes através de G, a corrente que
passa por R1 é a mesma que deve passar por R 2, e a corrente que passa por R x é a mesma que
deve passar por R4. Ou seja, pela lei de Ohm:
E
Sendo VAC = VBC e VDA = VDB , obtemos:
OU
Se R1 ou R2 forem de precisão, e se R4 tiver muitas possibilidades de variação, a
medição de R poderá ser bastante precisa, muito mais precisa que as medições efetuadas com o
ohmímetro convencional.
O circuito da ponte de Wheatstone pode ser usado para medir não só resistores, como
também indutores e capacitores, tanto em AC como em DC.
Como o galvanômetro é muito sensível à passagem de pequenas correntes, deve-se
colocar em série com o mesmo, uma resistência Rs, variável, de grande valor, que no início da

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experiência terá valor máximo, reduzindo assim a sensibilidade do galvanômetro e protegendo-
o quando a fonte não estiver equilibrada. O circuito montado deve seguir o seguinte esquema:

O ponto a é um contato móvel que deslizará sobre R1 e R2, permitindo encontrar o ponto
de equilíbrio da ponte. Os resistores R1 e R2 serão as duas partes de um fio de comprimento fixo
(para o experimento 1 metro).
Como para um fio de seção reta uniforme:
ENTÃO,
Resultando:

Substituindo então, a equação (III) em (I), teremos:

Vê-se, portanto, que basta saber o valor de um resistor R4, e a relação dos comprimentos
L1 e L2 para obtermos Rx , com a ponte equilibrada.

1.2-Objeivos do experimento
O objetivo dessa experiência é de aprendermos um método preciso para medir resistências,
sem o auxílio do multímetro.

1.3-Procedimento Experimental
O material utilizado foi o seguinte:
● Prancheta com bornes;
● Microamperímetro;
● Multímetro;
● Fonte;
● Fio de resistência com 1 metro de comprimento;
● Resistores e cabos.
Primeiramente, conhecendo-se o valor de R4(resistor conhecido) sendo de 560 Ω e, com os
resistores em mãos, Rx1, Rx2, Rx3 e Rx4 (resistores desconhecidos), medimos e anotamos, pelo
código de cores seus valores teóricos. Medimos e anotamos também, pelo código de cores, os
valores das resistências conhecidas R41 , R42 , R43 e R44 . Após isso, com o auxílio do multímetro,
medimos o valor da voltagem na fonte, onde indicava 1,5V. Com isso feito, montamos o
circuito, indicado abaixo, onde A é o microamperímetro, R1 e R2 são as duas partes do fio de
resistência com 1 metro de comprimento, R4(resistor conhecido) e Rx (resistor desconhecido).
Logo após isso, com o circuito fechado e, movendo-se o fio de contato móvel ao longo do fio de
resistência, medimos e anotamos os valores L1 e L2 , onde a ponte ficava equilibrada. E, fizemos
isso para cada Rx desconhecido. Realizamos também os procedimentos anteriores, utilizando
como resistores conhecidos R41 , R42 , R43 e R44 e como resistores desconhecidos Rx1, Rx2 , Rx3 e
Rx4 , ou seja, R41 e Rx1 , R42 e Rx2 , R43 e Rx3 , e R44 e Rx4.

2.Desenvolvimento

2.1- Cálculo das resistências R1, R2, R3 e R4, a partir dos valores obtidos de L1 e L2.

● R44=560Ω:
L1=50,5cm e L2=49,5cm:
● L1=60cm e L2=40cm:
● L1=78,5cm e L2=21,5cm:
● L1=81,5cm e L2=18,5cm:

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● Para os dois resistores variando:
 L1=46cm e L2=54cm e R41=47Ω:
 L1=60,5cm e L2=39,5cm e R42=560Ω:
 L1=70,5cm e L2=29,5cm e R43=820Ω:
 L1=56,5cm e L2=43,5cm e R44=1800Ω:

2.2-Apresentação dos resultados.

Tabela 2.2.1 – Rxi = (L1/L2)R44


RXi (cores) R44 (cores) L1 (cm) L2 (cm) RXi (calc.) (%)
RX1 560 560 50,5 49,5 571,3 2,02
RX2 820 560 60 40 840,0 2,44
RX3 1800 560 78,5 21,5 2044,6 13,6
RX4 2200 560 81,5 18,5 2467 12,14

Tabela 2.2.2– Rxi = (L1/L2)R4i


RXi (cores) R4i (cores) L1 (cm) L2 (cm) RXi (calc.)  (%)
RX1 39 47 46 54 40,04 2,56
RX2 820 560 60,5 39,5 857,7 4,60
RX3 1800 820 70,5 29,5 1959,7 8,87
RX4 2200 1800 56,5 43,5 2337,9 6,27

2.3-Cálculo dos desvios percentuais

● Para Tabela 2.2.1:

RX1:
 RX2:
 RX3:
 RX4:

● Para Tabela 2.2.2:

 RX1:
 RX2:
 RX3:
 RX4:

2.4- Condições para maior precisão da ponte de Wheatstone


A ponte de Wheatstone dará resultados mais confiáveis quando o valor de L 1 não for muito
valor que o de L2 e vice-versa. Caso esses valores se distanciem enormemente, ocorrerão erros
muito grandes, apresentando grandes desvios porcentuais.

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O melhor resultado para a ponte de Wheatstone seria se L1 e L2 se igualassem, pois, desta
forma, a ponte seria equilibrada exatamente no meio do fio. Teríamos também resultados
precisos se R1 e R2 forem de precisão e se R4 tiver muitas possibilidades de variação, pois assim
a medição de R poderia ser bem precisa.
Não poderíamos realizar tal experimento usando um resistor de 100K ohm, pois poderíamos
não encontrar valores para L1 e L2 ou se encontrássemos seriam muito grosseiros.

3.Conclusão
Com o experimento pôde-se perceber que quanto mais afastados os valores de L1 e L2,
maior é o desvio percentual da leitura.Considerando alguns erros experimentais, como:
● O erro de paralaxe da leitura da medição;
● A falha na leitura da voltagem pela fonte;
● O atrito nos pontos de suspensão dos fios;
● A imprecisão dos resistores utilizados e
● Ponte sem o seu devido alinhamento.
Podemos considerar, portanto, o experimento como válido,os desvios mostraram-se, em
sua grande maioria bem pequenos,considerando que um erro até 10% seja favorável ao
experimento.

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