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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ANANINDEUA

FACULDADE DE ENGENHARIA DE ENERGIA

PABLO VENICIUS COSTA GUIMARÃES

RELATÓRIO SOBRE GERAÇÃO EÓLICA 2

ANANINDEUA, PA
2023
PABLO VENICIUS COSTA GUIMARÃES

RELATÓRIO SOBRE GERAÇÃO EÓLICA 2

Relatório apresentado como requisito


parcial para obtenção da aprovação na
disciplina Laboratório de Energias
Renováveis, no Curso de Engenharia de
Energia, ministrado pelo Professor Dr.
Jerson Rogerio Pinheiro Vaz, em abril de
2023, na Universidade Federal do Pará.

ANANINDEUA, PA
2023
1
RESUMO
Este trabalho apresenta introdução, objetivo geral e revisão da literatura, sobre
os experimentos realizados no laboratório de Energias Renováveis. Apresenta como
intuito realizar experimentos sobre Energia Eólica, para chegar a conclusões acerca
do tipo energia gerada pelo aerogerador, das fases presentes no sistema, e sobre
oque incide cada uma dessa fazes no resultado final. Incluindo o material e a
metodologia utilizados. Além disso, retratando os resultados e discussões sobre os
experimentos já citados, e a conclusão dos relatórios e suas referências.

Palavras-chave:
Energias Renováveis, Fases do Circuito, Gráfico de tensão, O Que Representa Cada
Uma das Fases, Osciloscópio, Tipo de Energia.

2
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................4
2. OBJETIVOS........................................................................................................................................................... 5
3. REVISÂO DA LITERATURA....................................................................................................................................5
3.1. PERFIL AERODINÂMICO.........................................................................................................................6
3.2. TIPOS DE TURBINAS EÓLICAS..............................................................................................................10
3.2.1. TURBINAS DE EIXO VERTICAL................................................................................................10
3.2.1. TURBINAS DE EIXO HORIZONTAL..........................................................................................10
3.3. SISTEMA DE CONVERSÃO....................................................................................................................11
3.4. GERAÇÃO DE SINAL ALTERNADO........................................................................................................11
3.5. AMPLITUDES CARACTERÍSTICAS DO SINAL ALTERNADO....................................................................13
3.6. DEFASAGEM ENTRE SINAIS ALTERNADOS..........................................................................................13
3.7. INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE SINAIS CA........................................................................................14
3.8. SENOIDES.............................................................................................................................................15
3.9. FORÇA ELETROMOTRIZ INDUZIDA......................................................................................................16
4. PROCESSO EXPERIMENTAL................................................................................................................................18
4.1. GERAÇÂO DE ENERGIA ELÉTRICA POR MEIO DE UM AEROGERADOR...............................................18
4.1.1. Material Utilizado................................................................................................................ 18
4.1.2. Metodologia........................................................................................................................ 18
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................................................... 21
5.1. GERAÇÂO DE ENERGIA ELÉTRICA POR MEIO DE UM AEROGERADOR............................................... 21
6. CONCLUSÃO.......................................................................................................................................................26
REFERÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................................27

3
1. INTRODUÇÃO

A geração de energia elétrica é um dos maiores tópicos no cenário tecnológico


atual, a necessidade de suprir um consumo mundial levou a engenharia a pensar em
modos de gerar energia elétrica sem prejudicar o meio ambiente, dessa problemática,
nasce a geração de energia elétrica por fontes sustentáveis, por meio da energia solar,
do movimento de queda das águas ou também por advento da força dos ventos.
Atualmente existem instalações de energia eólica comerciais em mais de 90
países, com capacidade total instalada de mais de 837 GW no final de 2022,
oferecendo cerca de 12% fornecimento de energia elétrica global (GWEO, 2022).
A velocidade dos ventos são uma fonte essencial de geração de energia
elétrica sendo ao lado dos métodos solar e hidroelétrico responsável por 71,1% da
geração de energia brasileira.
As características do vento variam com o tempo (segundos até meses) e
também com o espaço (centímetros até milhares de quilômetros). Isso implica na
realização de análise estatística do vento dependente da correlação com o tempo. Já
as variações espaciais são geralmente dadas numa dimensão principal, a altura
(MANWELL, 2009).
As variações Interanuais representam o comportamento do vento ao longo dos
anos. Os meteorologistas afirmam que levam, em média, 30 anos de aquisição de
dados para determinação do clima a longo prazo e pelo menos 5 anos para previsão
adequada da velocidade do vento anual, fator essencial para o dimensionamento de
rotores eólicos. É estaticamente aceitável dados coletados durante um período de 1
ano para previsão a longo prazo da velocidade do vento desde que seja aplicada a
ressalva de uma precisão de 10% e intervalo de confiança de 90% (MANWELL, 2009).
A tensão variante no tempo, fornecida pelas empresas geradoras de energia
elétrica, a qual é normalmente denominada tensão CA, é de interesse particular (As
letras CA são uma abreviação de Corrente Alternada, do inglês Alternating Current —
AC). Em termos mais rigorosos, a terminologia tensão CA ou corrente CA não é
suficiente para descrever o tipo de sinal em questão. O termo alternada indica apenas
que o valor da tensão ou da corrente se alterna, ao longo do tempo, regularmente
entre dois níveis predefinidos. Para ser precisos, e necessário usar os termos
senoidal, quadrada ou triangular (BOYLESTAD, 2012).

4
2. OBJETIVOS

• Reconhecer que um aerogerador retira energia mecânica útil do vento para


converter em energia elétrica;
• Compreender o funcionamento básico de um gerador elétrico trifásico;
• Obter o gráfico da tensão fornecida pelo aerogerador (turbina eólica);
• Reconhecer as três fases de tensão do sistema trifásico R, S e T;
• Compreender conceitos como tensão de pico e tensão eficaz;
• Determinar amplitude, período e frequência do gráfico de tensão fornecidas
pelo aerogerador.

3. REVISÃO DA LITERATURA

O vento e o ar em movimento, o que gera tal movimento e a circulação das


camadas de ar provocada pelo aquecimento desigual do planeta. O ar em movimento
produz energia (MILTON, 2013).
E dito que a energia cinética desse movimento é a energia eólica. Sabe-se que
o vento tem natureza estocástica, existe uma variação constante tanto na sua direção
quanto em sua velocidade (MILTON, 2013).
Toda quantidade de ar que se desloca a uma dada velocidade (𝑉) cruza
perpendicularmente o cilindro. Considerando que toda a massa de ar que ultrapassa
o cilindro e simbolizada por (𝑚). A energia cinética de um corpo (no caso toda massa
de ar) é:
1
𝐸𝑐 = 2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑉 2 (1)

Na prática, essa equação está dizendo que a energia cinética aumenta com o
quadrado da velocidade do vento. De modo mais popular, pode-se dizer que, ao
duplicar a velocidade do vento de um ventilador caseiro, se está sujeito a quatro vezes
mais energia cinética do vento (MILTON, 2013).
Se for verificado como essa energia cinética varia com o passar do tempo, tem-
se então a potência. Isso e feito por meio da taxa de variação da função. Logo, a
potência P disponível pelo vento e simplesmente a derivada da energia cinética para
aquele intervalo de tempo:
𝜕𝐸𝑐 𝑚∙𝑉 2
𝑃= 𝜕𝑡
= 2
(2)

Para tornar a equação 2 mais “usável”, e substituído 𝑚 por 𝜌𝐴𝑉, resultando em:
5
1
𝑃 = 2 ∙ 𝜌𝐴𝑉 3 (3)

É uma equação que nos dá uma boa análise do fluxo de potencial eólico, e
pode-se também a interpretar de outro modo, como a quantidade de energia por uma
dada área:
𝑃 1
= 2 𝜌𝑉 3 (4)
𝐴

P/A é apenas a densidade de potência P que o vento disponibiliza em uma


dada área A, isso tudo, obviamente, dependendo da massa específica do ar e da
velocidade do vento, em que:
P é a potência disponível do vento (W); M é o fluxo de massa de ar (kg/s); ρ é
a massa específica do ar (kg/m³) - também chamada de densidade absoluta; A é a
área da sessão transversal do cilindro que é ultrapassada pelo vento (m²); V é a
velocidade do vento (m/s); Ec é a energia cinética do vento (joules/s); P/A e a
densidade de potência (W/m²) (MILTON, 2013).
A interpretação mais relevante que se pode obter a partir da análise da equação
4 é que a potência disponível no vento e diretamente proporcional ao cubo da
velocidade desse vento. Isso significa que, se o vento aumenta sua velocidade apenas
em 10%, a potência disponível aumentará em 33%. Se o vento duplicar seu valor de
velocidade, a potência aumenta em oito vezes. Se, por exemplo, tiver um vento que
aumente sua velocidade de 7 m/s para 8 m/s, a potência disponível passara de 343
W para 512W; em termos de energia, esse simples (aparentemente) acréscimo de
169 W é bem considerável (MILTON, 2013).
A equação 4 também informa que a potência do vento e proporcional à área
varrida pelo rotor da turbina eólica. Para uma turbina de eixo horizontal convencional,
a área A é = (π/4) D², logo a potência do vento e proporcional ao quadrado do diâmetro
da pá (MILTON, 2013).

3.1. PERFIL AERODINÂMICO

Existem diversos tipos de perfis aerodinâmicos sendo preparados para


atividades e aplicações específicas tais como: asas de avião, turbina de avião, pás de
propulsores de embarcações e geradores eólicos. Eles são modelados numa
formulação generalizada, onde suas coordenadas geométricas (x, y) podem ser
escaladas com sua largura ou espessura. As propriedades aerodinâmicas são
avaliadas em testes de túnel de vento e escoamento. A Figura 1 apresenta os
6
parâmetros principais como as forças de sustentação, de arrasto e momento fletor de
torção (HANSEN, 2008).

Figura 1. Forças de sustentação, arrasto e momento de torção num perfil aerodinâmico. Fonte: HANSEN, 2008.

O fluxo de vento causa no perfil aerodinâmico uma série de distribuição de


pressões gerando forças na superfície do aerofólio. A velocidade do vento na parte
superior do perfil é maior do que na parte inferior e, consequentemente a pressão do
ar é menor. O oposto ocorre na região inferior do aerofólio, a velocidade do ar é menor
e a pressão do vento é maior. Esse gradiente de pressões originam as forças
indicadas. Esses esforços são advindos de interações entre o atrito viscoso do ar e
propriedades da superfície do perfil, como sua geometria, rugosidade, etc (HANSEN,
2008).
Segundo Manwell (2009), as forças já citadas, são definidas como:
• Força de sustentação: é perpendicular à direção do ângulo de ataque do vento,
sendo uma consequência das pressões desiguais na superfície superior e
inferior do perfil aerodinâmico;
• Força de arrasto: é paralela à direção do ângulo de ataque do vento, surgindo
devido às forças viscosas na superfície e às pressões desiguais no aerofólio;
• Momento de torção: sua direção é paralela ao eixo de corte da seção do perfil
aerodinâmico e gera tensões de torção ao longo do vão da lâmina da pá.
Teoria e pesquisas mostram que vários modelos de fluxo de fluidos podem ser
caracterizados por parâmetros não-dimensionais, sendo o mais importante deles o
número de Reynolds. O número de Reynolds define em que tipo de regime (laminar,
transiente ou turbulento) se apresenta o escoamento (MANWELL, 2009). O número
de Reynolds é dado pela equação (5):
7
𝑈𝐿 𝜌𝑈𝐿
𝑅𝑒 = = (5)
𝑣 𝜇

Onde:
𝑅𝑒: Número de Reynolds;
𝑈: Velocidade do fluxo em m/s;
𝑣: Viscosidade cinemática em m2/s, tal que 𝑣 = 𝜇/𝜌;
𝜇: Coeficiente de viscosidade do vento, tal que 𝑁 ∙ 𝑠/𝑚2 ;
𝜌: Massa específica do fluido em 𝑘𝑔/𝑚3 ;
𝐿: Comprimento característico do fluido, para perfis aerodinâmicos é a corda
em 𝑚.
Como o número de Reynolds descreve o regime do fluxo e, por consequência,
a intensidade das forças viscosas no escoamento, logo as forças de arrasto e
momento de torção são funções do número de Reynolds. Estes esforços podem ser
dimensiona lizados por coeficientes definidos para objetos bidimensionais e
tridimensionais e são inspecionados por ensaios em túneis de vento (MANWELL,
2009).
Os coeficientes de sustentação, arrasto e momento são dados,
respectivamente, pelas equações (6) a (8):
𝐿
𝑙
𝐶𝑙 = 1 (6)
𝜌𝑈 2 𝑐
2

𝐷
𝑙
𝐶𝑑 = 1 (7)
𝜌𝑈 2 𝑐
2

𝑀
𝐶𝑀 = 1 (8)
𝜌𝑈 2 𝐴𝑐
2

Onde:
𝐿: Força de sustentação em 𝑁;
𝐷: Força de arrasto em 𝑁;
𝑀: Momento de torção em 𝑁 ∙ 𝑚;
𝑙: Comprimento em 𝑚;
𝑈: Velocidade do vento não perturbado ou velocidade média do vento na entrada do
volume de controle;
𝑐: Corda do perfil em 𝑚;
𝜌: Massa específica do fluido em 𝑘𝑔/𝑚3 ;

8
𝐴: Área projetada do perfil (corda x vão) em 𝑚2 .
A camada limite do perfil aerodinâmico pode apresentar tanto os regimes de
fluxo laminar, suave e permanente, quanto o turbulento com vórtices tridimensionais.
Ao seguir em direção à parte superior, o escoamento apresenta um regime laminar
que é preferível por gerar menos forças viscosas no aerofólio, contudo em algum
ponto do mecanismo o escoamento se torna turbulento. Por consequência, as forças
viscosas se tornam mais relevantes e o arrasto aumenta, elevando as tensões
estruturais e diminuindo a potência eólica extraída.

Figura 2. Comportamento do fluxo de ar num perfil aerodinâmico. Fonte: HANSEN, 2008.

A análise da distribuição de pressão sobre a camada limite de aerofólios


permite estudar as consequências dos padrões apresentados na Figura 3. O gradiente
de pressão acelera ou desacelera o escoamento de ar na camada limite do perfil, outro
fator que também retarda o fluxo é o atrito superficial. Assim, caso atuem na superfície
gradientes de pressão que aumentem a pressão somada aos efeitos do atrito, o fluxo
pode ser impedido ou invertido, o que causa a separação do escoamento da superfície
do perfil, nomeado Estol (Stall), como pode ser visto na Figura 2 e Figura 3. Se este
fenômeno acontecer, a sustentação e, portanto, a eficiência aerodinâmica diminui
(HANSEN, 2008).

9
Figura 3. Comportamento do gradiente de pressão na camada limite . Fonte: HANSEN, 2008.

A turbulência afeta o comportamento do gerador eólico de duas formas


diferentes em função da sua escala. A turbulência na escala da camada limite afeta
consideravelmente a eficiência da turbina. Entretanto regimes turbulentos de
escoamento em escala atmosférica não impactam a potência do rotor tanto quanto na
escala da camada limite, pois o fenômeno de separação do escoamento da superfície
do perfil ocorre somente para vórtices proporcionais às suas dimensões. Os efeitos
da turbulência em escala atmosférica são a mudança de ângulo de ataque do vento,
diferentes padrões e distribuições de pressão (HANSEN, 2008).

3.2. TIPOS DE TURBINAS EÓLICAS

3.2.1. TURBINAS DE EIXO VERTICAL

Por sua vez, as turbinas eólicas de eixo vertical têm o eixo de rotação do rotor
perpendicular ao fluxo de vento. O seu funcionamento pode ser baseado no princípio
de sustentação, situação em que se designam por turbinas de Darrieus ou por
impulso, designando-se assim por turbinas de Savonius (PERREIRA, 2014).
Atualmente não existem aplicações comerciais de turbinas eólicas de eixo vertical com
potência comparável às de eixo horizontal (PERREIRA, 2014).

3.2.2. TURBINAS DE EIXO HORIZONTAL

As turbinas de eixo horizontal, são assim designadas por terem o eixo de rotação do
rotor paralelo ao solo. Este é montado, no topo de uma torre para permitir a rotação
das pás, a uma velocidade que varia tipicamente entre 5 e 30 rpm (PERREIRA, 2014).
O funcionamento destas turbinas baseia-se no princípio de sustentação do perfil alar
das pás e, portanto, a aerodinâmica é um aspeto de elevada importância no seu

10
projeto. Os estudos realizados nesta área possibilitam que atualmente, numa turbina
de eixo horizontal com 3 pás se consiga um rendimento a rondar 50% quando o limite
físico é cerca de 59.3 % (PERREIRA, 2014).

3.3. SISTEMA DE CONVERSÃO

A produção de energia elétrica a partir de uma turbina eólica tem como princípio a
conversão do movimento linear do vento em movimento de rotação que, por sua vez,
aciona um gerador elétrico (PERREIRA, 2014).
A captação da energia cinética linear do vento e obtida por um conjunto de pás, que
se encontram no rotor da turbina, aerodinamicamente projetadas para fazer a
conversão desta energia mecânica em rotação (PERREIRA, 2014)

3.4. GERAÇÃO DE SINAL ALTERNADO

Considerando um enrolamento em área 𝑆, em 𝑚², formado por 𝑁 espiras e


imerso em um campo magnético 𝐵, em 𝑊𝑏/𝑚², perpendicular ao eixo de rotação do
enrolamento (ALBUQUERQUE, 2012).
O plano 𝑆 forma um ângulo 𝜃, em 90º ou rad, com o valor de referência em 𝐵.
O fluxo magnético 𝛷, em 𝑊𝑏, é o produto do campo 𝐵 pela área efetiva do
enrolamento, isto e, ele varia segundo o cosseno de 𝛼, que é o ângulo entre o vetor
𝑛, normal ao plano 𝑆, e o vetor 𝐵 (ALBUQUERQUE, 2012).
Portanto a expressão do fluxo em função de 𝛼 e:
𝛷(𝛼) = 𝐵. 𝑆. cos 𝛼 (9)
Mas, 𝛼 = 90º + 𝜃, pois não é perpendicular ao plano 𝑆, de forma que:
𝛷(𝛼) = 𝐵. 𝑆. 𝑐𝑜𝑠 (90º + 𝜃) (10)
Mas, 𝑐𝑜𝑠 (90º + 𝜃) = −𝑠𝑒𝑛 𝜃, portanto a expressão final do fluxo é:
𝛷(𝛼) = −𝐵. 𝑆. 𝑠𝑒𝑛 𝜃 (11)
Se o enrolamento estiver girando com velocidade angular 𝜔, em 𝑟𝑎𝑑/𝑠, o
ângulo 𝜃 varia com o tempo 𝑡, em 𝑠, conforme a expressão 𝜃 = 𝜔𝑡. Assim a
expressao do fluxo instantâneo também é:
𝛷(𝛼) = −𝐵. 𝑆. 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 (12)
O sinal negativo em 𝛷(𝛼) indica a inversão do plano 𝑆 em relação ao sentido
do fluxo (ALBUQUERQUE, 2012).

11
Pela lei de Lenz, o movimento da espira imersa no campo magnético induz uma
tensão 𝑣, em 𝑣, que tende a se apor à causa que a gerou, sendo proporcional à
variação de fluxo magnético no tempo e ao número 𝑁 de espiras, ou seja:
𝑁∙(𝑑∙𝛷(𝑡))
𝑉(𝑡) = − (13)
𝑑𝑡

Na expressão de 𝑣(𝑡), o termo 𝑁. 𝐵. 𝑆. 𝜔 é uma constante que corresponde ao


valor máximo da tensão máxima gerada, que denominaremos de tensão de pico 𝑉𝑝,
portanto, concluímos que:
𝑉𝑝 = 𝑁. 𝐵. 𝑆. 𝜔; (14)

𝑣(𝑡) = 𝑉𝑝. 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡; (15)

𝑣(𝜃) = 𝑉𝑝. 𝑐𝑜𝑠 𝜃 (16)


A tensão gerada pode ser analisada pela sua forma de onda ou pelo seu
diagrama fasorial, considerando um enrolamento com movimento giratório no sentido
anti-horário imerso em um campo magnético 𝐵, em que 𝜃 é o ângulo entre o plano 𝑆
e as linhas de campo 𝐵 no diagrama fasorial, a amplitude do sinal 𝑣(𝑡) correspondente
a projeção do respectivo fasor 𝑣(𝜃) no eixo horizontal, pois a tensão é cossenoidal
(ALBUQUERQUE, 2012).

Figura 4. Forma de onda e diagrama fasorial. Fonte: Análise de Circuitos em Corrente Alternada.

Os sistemas elétricos que produzem um sinal CA por meios eletromecânicos


são chamados de geradores CA ou alternadores. Os equipamentos eletrônicos que
produzem um sinal CA a partir de um sinal CC (corrente contínua) são os geradores

12
de audiofrequência (AF) e os geradores de radiofrequência (RF) (ALBUQUERQUE,
2012).
Embora a tensão alterne a sua polaridade (a cada meio ciclo), é comum
representá-las por setas unidirecionais, já que todo circuito possui um ponto de
referência para as tensões (ALBUQUERQUE, 2012).

3.5. AMPLITUDES CARACTERÍSTICAS DO SINAL ALTERNADO

Um sinal CA (tensão ou corrente) pode ser especificado, em termos de


amplitude, de várias formas diferentes. O valor instantâneo 𝑣(𝑡) é a amplitude do sinal
em um determinado instante 𝑡, matematicamente, ele deve ser calculado por:
𝑣(𝑡) = 𝑉𝑝. 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 (17)
Valor de pico (𝑉𝑝), corresponde à amplitude máxima (positiva ou negativa) que
o sinal possui (ALBUQUERQUE, 2012).
Valor de pico a pico (𝑉𝑝𝑝), corresponde à amplitude total entre dois pontos
máximos (positivo e negativo) e, portanto, ele e o dobro do valor de pico: 𝑉𝑝𝑝 = 2𝑉𝑝.
Os valores 𝑉𝑝 e 𝑉𝑝𝑝 são mais significativos que o instantâneo, pois por meio
deles e possível comparar a amplitude de sinais diferentes. Além disso, ao
analisarmos um sinal com um osciloscópio, esses valores podem ser facilmente
medidos (ALBUQUERQUE, 2012).
Valor eficaz ou RMS (Root Mean Square), corresponde ao valor de uma tensão
alternada que, se fosse aplicada a uma resistência, dissiparia uma potência média,
em Watt, de mesmo valor numérico de uma tensão contínua aplicada à uma
𝑉𝑝𝑝
resistência: 𝑉 = (ALBUQUERQUE, 2012).
√2

O valor eficaz de um sinal alternado é, em termos de amplitude, o mais


importante do ponto de vista prático, pois a tensão e a corrente eficazes podem ser
medidas diretamente, respectivamente, pelos voltímetros e amperímetros CA.

3.6 DEFASAGEM ENTRE SINAIS ALTERNADOS

A diferença de fase entre dois sinais de mesma frequência é chamada de


defasagem. Para que a defasagem possar ser utilizada matematicamente de uma
modo mais fácil, e importante estabelecer um dos sinais como referência
(BOYLESTAD, 2012).

13
A defasagem entre tensão e corrente e simbolizada por 𝜑, tendo a corrente
como referência (BOYLESTAD, 2012).
Considerando uma tensão 𝑣(𝑡) = 𝑉𝑝 ∙ cos 𝛼𝑡 + 𝜃𝑣 e uma corrente 𝑖(𝑡) = 𝐼𝑝 ∙
cos 𝜔𝑡 + 𝜃𝑖, sendo 𝑖(𝑡) a referencia. Nesse caso, a defasagem é dada por:
𝜑 = 𝜃𝑣 – 𝜃𝑖 (18)

Figura 5. Defasagem do circuito. Fonte: Análise de Circuitos em Corrente Alternada.

Se 𝑣(𝑡) estiver adiantado em relação a 𝑖(𝑡), a defasagem 𝜑 será positiva. Se


𝑣(𝑡) estiver atrasado em relação a 𝑖(𝑡), a defasagem 𝜑 será negativa.

3.7. INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE SINAIS CA

Na prática, as formas de onda das tensões podem ser analisadas diretamente


por um osciloscópio, com o qual podemos medir diretamente a tensão de pico a pico
(𝑉𝑝𝑝) e o período (𝑇) e, indiretamente, as tensões de pico (𝑉𝑝) e eficaz (𝑉), e a
frequência e a defasagem (𝛥𝜃) entre duas tensões (BOYLESTAD, 2012).
Considere a tensão alternada mostrada na tela do osciloscópio, conforme a
figura abaixo:

Figura 6. Tensão alternada. Fonte: Análise de Circuitos em Corrente Alternada.


14
Por meio do controle de posição vertical do canal usado, o sinal e ajustado na
tela de modo que os seus pontos máximos inferiores coincidam com uma das linhas
horizontais escolhidas como referência (BOYLESTAD, 2012).
A tensão de pico a pico 𝑉𝑝𝑝 é o produto do número de divisões verticais 𝑁𝑣
pelo valor selecionado no controle de atenuação vertical, ou seja:
𝑉𝑝𝑝 = 𝑁𝑣 ∙ 𝑉𝑂𝐿𝑇𝑆⁄𝐷𝐼𝑉 (19)
Assim as tensões de pico 𝑉𝑝 e eficaz 𝑉 valem, respectivamente:
𝑉𝑝𝑝
𝑉𝑝 = (20)
2

𝑉𝑝𝑝
𝑉 = (21)
√2

3.8. SENOIDES

Considera-se a tensão senoidal:


𝑣(𝑡) = 𝑉𝑚 sin 𝜔𝑡 (22)
Onde:
𝑉𝑚 : Amplitude da senoide
𝜔: Frequência angular em radianos/s
𝜔𝑡: Argumento da senoide
A senoide é mostrada na Figura 7a em função de seu argumento e na Figura
8b em função do tempo. Fica evidente que a senoide se repete a cada T segundos;
portanto, T é chamado período da senoide. A partir dos dois gráficos da Figura 7, é
observado que: 𝜔𝑇 = 2𝜋 (SADIKU, 2013).
2𝜋
𝑇= 𝜔
(23)

Figura 7. Esboço de 𝑉𝑚 sin 𝜔𝑡: (a) em função de 𝜔𝑡; (b) em função de t. Fonte:

O fato de 𝑣(𝑡) repetir-se a cada 𝑇 segundos é demonstrado substituindo-se 𝑡


por t + T na Equação (22). Obtém-se:
2𝜋
𝑣(𝑡 + 𝑇) = 𝑉𝑚 sin 𝜔 (𝑡 + 𝑇) = 𝑉𝑚 sin 𝜔 (𝑡 + 𝜔
) (24)

= 𝑉𝑚 sin 𝜔𝑡 + 2𝜋 = 𝑉𝑚 sin 𝜔 𝑡 = 𝑣(𝑡)

15
Portanto,
𝒗(𝒕 + 𝑻) = 𝒗(𝒕) (25)
ou seja, 𝑣 apresenta o mesmo valor em 𝑡 + 𝑇 que aquele em 𝑡 e diz-se que 𝑣(𝑡) é
periódica. Em geral, função periódica é aquela que satisfaz 𝑓(𝑡) = 𝑓(𝑡 + 𝑛𝑇), para
todo 𝑡 e para todos os inteiros 𝑛 (SADIKU, 2013).
O período 𝑇 da função periódica é o tempo de um ciclo completo ou o número
de segundos por ciclo. O inverso desse valor é o número de ciclos por segundo,
conhecido como frequência cíclica 𝑓 da senoide. Consequentemente:
1
𝑓=𝑇 (26)

A partir das Equações (23) e (26), fica evidente que:


𝜔 = 2𝜋𝑓 (27)
Enquanto 𝜔 é em radianos por segundo (𝑟𝑎𝑑/𝑠), 𝑓 é dado em hertz (𝐻𝑧)
(SADIKU, 2013).

3.9. FORÇA ELETROMOTRIZ INDUZIDA

E possível compreender melhor a origem da f.e.m. induzida nessas situações,


examinando as forças magnéticas que atuam sobre as cargas do condutor. A Figura
8 mostra a mesma haste deslizante da formula 28, destacada agora do condutor em
forma de U (YOUNG, 2008).
⃗ é uniforme e está dirigido para dentro da página, e
O campo magnético 𝐵
deslocamos a haste para a direita com uma velocidade constante 𝑣. Uma partícula
com carga q no interior da haste sofre a ação de uma força magnética dada por
⃗ , cujo módulo é 𝐹 = |𝑞|𝑣𝐵 (YOUNG, 2008).
𝐹𝑚 = 𝑞𝑣 ∙ 𝐵

Figura 8. Haste isolante em movimento. Fonte:


16
Essas forças magnéticas produzem movimento das cargas na haste, criando
um excesso de cargas positivas na extremidade superior 𝑎 e de cargas negativas na
extremidade inferior 𝑏. Isso faz surgir um campo elétrico 𝐸⃗ no interior da haste no
sentido de 𝑎 para 𝑏 (contrário ao da força magnética) (YOUNG, 2008).
As cargas continuam a se acumular nas extremidades da haste até que a força
elétrica orientada de cima para baixo (de módulo 𝑞𝐸) seja exatamente igual à força
magnética orientada de baixo para cima (de módulo 𝑞𝑣𝐵). Então, 𝑞𝐸 = 𝑞𝑣𝐵 e as
cargas permanecem em equilíbrio.
O módulo da diferença de potencial 𝑉𝑎𝑏 = 𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 é igual ao módulo do campo
elétrico E multiplicado pelo comprimento 𝐿 da haste. De acordo com a discussão
precedente, 𝐸 = 𝑣𝐵, portanto:
𝑉𝑎𝑏 = 𝐸𝐿 = 𝑣𝐵𝐿 (28)
em que o ponto 𝑎 possui um potencial maior que o do ponto 𝑏 (YOUNG, 2008).

17
4. PROCESSO EXPERIMENTAL

4.1. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA POR MEIO DE UM AEROGERADOR

4.1.1. Material Utilizado

01 Aerogerador;
01 Gerador de fluxo de ar de 150 mm;
01 Atuador de potência;
01 Conjunto rede de transmissão;
01 Rotor com 3 Pás, 220 mm, adesão magnética;
01 Atuador de potência elétrica, com fonte de alimentação, entrada 85 a 230 VCA e
saída 12 VCC / 3 A - EQ338K;
01 Conjunto rede de transmissão;
03 Sensor de tensão -20 a 20 V e cabo de ligação mini-DIN - CL019B;
01 software para aquisição de dados, interface Lab200 USB, cabo de força, cabo USB
2.0, fonte de alimentação - CL005C,

4.1.2. Metodologia

Inicialmente, foi explicado sobre os materiais que seriam utilizados no


experimento, seguindo a uma discussão de como era formado o gráfico de tensão da
energia gerada no aerogerador. Para comprovar a teoria discutida, utilizou-se um
gerador de fluxo de ar de 150 mm, assim como um aerogerador com uma pá de
220mm posicionada em um ângulo de passo de 30º.
Fixando a velocidade do vento, o objetivo foi de verificar no CidepeLab os
dados requisitados no experimento, sendo demonstrado a partir do tópico 5. Após
analisar os gráficos gerados, verificou-se a comprovação da teoria.
Foi posicionado o gerador de fluxo de ar a 20 cm do aerogerador, conforme
especificado no roteiro, podendo ser visto na página seguinte:

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Figura 9. Aerogerador Com Gerador de Fluxo de Ar. Fonte: Autoral.

Depois sendo conectados os cabos da seguinte forma:


• Os cabos pretos S2 e R2 foram plugados aos terminais T2;
• Os cabos vermelhos R1, S1 e T1 foram plugados aos terminais R1, S1 e T1
respectivamente;
• Os cabos pretos R1, S1 e T1 foram plugados aos terminais R1, S1 e T1
respectivamente.
Sendo possível ver as conexões na figura abaixo:

Figura 10. Conexões realizadas nos terminais do aerogerador. Fonte: Autoral.

Os 3 sensores de tensão foram posicionados um ao lado do outro para


identificação, sendo da esquerda para a direita os sensores R, S e T respectivamente.
Em seguida utilizando os cabos mini-DIN, foram conectados os três sensores a
interface as seguinte maneira:
• Sensor R: ao canal 1 da interface;

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• Sensor S: ao canal 2 da interface;
• Sensor T: ao canal 3 da interface.
Por fim fora configurado os parâmetros do CidepeLab de acordo com as
instruções abaixo:

Figura 11. Configurações utilizadas no CidepeLab. Fonte: Estúdios Cidepe Digital.

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5. RESULTADO E DISCUSSÃO

5.1. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA POR MEIO DE UM AEROGERADOR

Em primeiro momento foi realizada a aquisição de dados no CidepeLab, os


resultados obtidos no experimento já citado foram obtidos e analisados:

Figura 12. Gráfico de tensão. Fonte: Software CidepeLab.

Em primeiro lugar, como pode ser visto no gráfico 12 é possível identificar que
as tensões geradas variam em uma escala decrescente da curva S, R e T
respectivamente, não existindo material bibliográfico referente a isso especificamente.
Portanto e possível se apoiar somente no teórico em que se diz que durante a
montagem do sistema ouve um manuseio indevido dos equipamentos o que acabou
por gerar avarias não visíveis a olho nu, o que corrompeu a obtenção de dados,
também podendo haver desgaste interno nos equipamentos, ou outras inúmeras
respostar, independente da resposta e impossível obtê-la no momento sem poder
contar com os equipamentos utilizados em mãos, durante o experimento também se
provou não possível comprovar qualquer uma das teorias devido ao pouco tempo de
uso dos equipamentos.
Foi explicado pelos monitores do laboratório que teoricamente as curvas
formadas teriam o mesma tensão pico a pico ou Vpp, já que os sensores estavam
tirando a energia do mesmo aerogerador com os mesmos parâmetros para todos eles,
o que não ocorreu no prático.
Segundo Svoboda (2012), os circuitos trifásicos são usados para gerar,
distribuir e utilizar a energia na forma de três tensões de mesma amplitude, defasas
de 120º.
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As três partes de um sistema trifásico são chamadas de fases. Como a tensão
de fase aa’ chega primeiro ao valor máximo, seguida pela fase bb’ e pela fase cc’, e
dito que a rotação de fases é abc. Trata-se de uma convenção arbitrária (SVOBODA,
2012).
E dito que as três tensões são tensões equilibradas porque têm a mesma
amplitude, a mesma frequência e estão defasadas exatamente a 120º (SVOBODA,
2012).
Sendo possível identificar a falta de assertividade na realização do experimento
pelo dito acima.
Com o gráfico obtido na figura 12 e possível calcular:

1. A frequência (f) em Hertz de qualquer uma das fases de tensões R, S e T


fornecidas pelo aerogerador;
2. A amplitude do gráfico de tensão de qualquer uma das fases de tensões R, S
e T, fornecidas pelo aerogerador;
3. A tensão de pico (𝑉𝑃) e a tensão eficaz (𝑉𝑅𝑀𝑆) fornecidas pelo aerogerador.

Sendo possível verificar as respostar abaixo:

1. Para calcular-se a frequência e necessário dividir 1 sobre o tempo (𝑇) de uma


oscilação completa:
1
𝑓=
𝑇
1
𝑓= = 12,5
0,08 𝑠
Para Hertz (sendo esse uma oscilação em um segundo completo) e necessário
somente somar o resultado dado acima com ¼ do mesmo resultado, resultando assim
em um segundo completo, sendo o resultado 𝑓 = 15,625 𝐻𝑧 .

2. Para calcular-se a amplitude (𝐴) do gráfico de tensão apenas e necessário


somar e tirar a média dos picos de tensão que está tendo no gráfico:
48,941 𝑉/𝐷
𝐴 = = 4,8941
10
3. Para calcular-se tanto a tensão pico (𝑉𝑝) como a tensão eficaz (𝑉𝑅𝑀𝑆)
primeiro e necessário calculara tensão pico a pico (𝑉𝑝𝑝). Será utilizado a Curva
S para o cálculo.
𝑉𝑝𝑝 = 𝑁𝑣 ∙ 𝑉𝑂𝐿𝑇𝑆⁄𝐷𝐼𝑉
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𝑉𝑝𝑝 = 10 ∙ 48,941 𝑉/𝐷
𝑉𝑝𝑝 = 489,41 𝑉/𝐷
O 𝑉𝑝𝑝 foi calculado baseado nas medições de tensão em volts dado na figura
11, após o resultado e possível calcular, também, tensão de pico (𝑉𝑃) e a tensão
eficaz (𝑉𝑅𝑀𝑆):
489,41 𝑉/𝐷 489,41 𝑉/𝐷
𝑉𝑝 = = 244,705 𝑉/𝐷 𝑉𝑅𝑀𝑆 = = 346,065
2 √2

Figura 13. Gráfico no osciloscópio. Fonte: Software CidepeLab.

Com relação a curva formada no osciloscópio e característico de uma corrente


alternada ou senoidal isso se deve ao fato de a energia gerada no aerogerador ser
continua e alternada entre sinais positivos e negativos.
De acordo com Sadiku (2013), Senoide é um sinal que possui a forma da função
seno ou cosseno. Uma corrente senoidal é normalmente conhecida como corrente
alternada (CA). Uma corrente desse tipo inverte-se em intervalos de tempo regulares
e possui, alternadamente, valores positivos e negativos. Os circuitos acionados por
fontes de tensão ou de corrente senoidais são chamados circuitos CA.
Uma função de alimentação senoidal produz tanto uma resposta transiente
como uma resposta em regime estacionário, de forma muito parecida com uma função
degrau. A resposta transiente se extingue com o tempo de modo a permanecer
apenas a parcela correspondente à resposta em regime estacionário. Quando a
resposta transiente se torna desprezível em relação à resposta em regime
estacionário, dizemos que o circuito está operando em regime estacionário senoidal.
Sendo o ocorrido no gráfico da figura 13.

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Com o obtido, analisado e observado no experimento e possível responder
algumas perguntas, sendo essas:

1. O que provoca o giro das pás de um aerogerador?


2. Que tipo de energia tem o vento que chega às pás do aerogerador?
3. Qual fenômeno físico aplicado para transformar a rotação dos ímãs em corrente
elétrica no aerogerador do parque eólico?
4. Que tipo de tensão elétrica é fornecida pelo aerogerador?
5. O que representa cada uma das fases R, S e T de tensão elétrica?
6. Qual o motivo para que as tensões nas fases R, S e T das bobinas estejam
defasadas?

Sendo possível verificar as respostar abaixo:

1. E possível obter uma resposta ao olhar a obra de Hansen, “Aerodynamics of


Wind Turbine”:
O fluxo de vento causa no perfil aerodinâmico uma série de distribuição de
pressões gerando forças na superfície do aerofólio. A velocidade do vento na
parte superior do perfil é maior do que na parte inferior e, consequentemente a
pressão do ar é menor. O oposto ocorre na região inferior do aerofólio, a
velocidade do ar é menor e a pressão do vento é maior.
Esse gradiente de pressões originam as forças indicadas. Gerando esforços
que movimentam o aerofólio. Esses esforços são advindos de interações entre
o atrito viscoso do ar e propriedades da superfície do perfil, como sua
geometria, rugosidade, etc.
2. Segundo Milton Oliveira (2013), O vento e o ar em movimento, o que gera tal
movimento e a circulação das camadas de ar provocada pelo aquecimento
desigual do planeta. O ar em movimento produz energia.
E dito que a energia cinética desse movimento é a energia eólica. Sabe-se que
o vento tem natureza estocástica, existe uma variação constante tanto na sua
direção quanto em sua velocidade.
Toda quantidade de ar que se desloca a uma dada velocidade (𝑉) cruza
perpendicularmente o cilindro. Consideramos que toda a massa de ar que
ultrapassa o cilindro e simbolizada por (𝑚).
3. O fenômeno físico aplicado e a força eletromotriz induzida (f.e.m.).

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Considerando uma barra condutora em movimento dentro de um campo
⃗ . Sobre cada partícula com carga 𝑞 dentro do condutor
magnético uniforme, 𝐵
atua uma força magnética:

𝐹𝑚 = 𝑞𝑣 ∙ 𝐵
Essa força magnética faz deslocar as cargas de condução no condutor; na
situação da figura acima, ficará um excesso de cargas negativas no extremo
inferior da barra, e um excesso de cargas positivas no extremo superior,
independentemente do sinal das cargas de condução.
E possível encontrar uma explicação um pouco mais detalhada no capitulo 3.9.
4. Tensão alternada devido a energia gerada no aerogerador ser continua e
alternada entre sinais positivos e negativos.
A tensão gerada pode ser analisada pela sua forma de onda ou pelo seu
diagrama fasorial, considerando um enrolamento com movimento giratório no
sentido anti-horário imerso em um campo magnético 𝐵, em que 𝜃 é o ângulo
entre o plano 𝑆 e as linhas de campo 𝐵 no diagrama fasorial, a amplitude do
sinal 𝑣(𝑡) correspondente a projeção do respectivo fasor 𝑣(𝜃) no eixo
horizontal, pois a tensão é cossenoidal (ALBUQUERQUE, 2012).
E possível encontrar uma explicação um pouco mais detalhada no capitulo 3.4.
5. Como dito anteriormente as 3 fases representam uma distribuição igualitária da
defasagem, possibilitando uma maior e melhor distribuição da energia gerada.
Para um maior entendimento consultar Svoboda, James A.; Dorf, Richard C.
Introdução aos Circuitos Elétricos.
6. Foi constatado pelo autor na obra de Sbovoda (2012) que, a tensão gerada em
cada espira do enrolamento está (ou no caso do experimento atual deveria
estar) ligeiramente defasada em relação a tensão gerada no enrolamento
vizinho porque é atravessada por uma densidade máxima de fluxo magnético
ligeiramente antes ou depois que a espira vizinha.

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6. CONCLUSÃO

Portanto, conforme os dados mostrados, foi possível concluir que não foi
possível obter no experimento aquilo inicialmente preterido, como já foi dito
anteriormente não se sabe ao certo oque causou as anomalias, entretanto se sabe
com certeza que elas estavam presentes e acabaram por atrapalhar o experimento.
Além disso, e possível afirmar que a energia gerada no aerogerador e de uma
corrente alternada pois a energia e continua é alternada entre sinais positivos e
negativos, também identificando o tipo de energia gerada pelo vento sendo essa a
energia cinética, juntamente com a descrição do fenômeno físico de como um
aerogerador pode distribuir sua energia gerada por indução magnética.
Através dos gráficos gerados no CidepeLab foi calculado a frequência,
amplitude, assim como as tensões de pico e eficaz.
Um novo experimento deve ser feito com o equipamento propriamente ajustado
e feito sua manutenção para que sejam feitas novas avaliações.
Valendo ressaltar o objetivo didático do experimento, servindo para um
atendimento aprofundado dos alunos, além de uma possível área de interesse pessoal
dos mesmos para estudos futuros.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALBUQUERQUE, Rômulo Oliveira. Análise de Circuitos em Corrente Alternada. 2º. Ed.


Editora Saraiva. São Paulo. 2012.
BOYLESTAD, Robert L. Introdução e Análise de Circuitos. 12º. Ed. Pearson Prentice Hall.
2012.
GWEO, Global Wind Energy Outlook, 2022. Disponível em: https://gwec.net/wp-
content/uploads/2022/09/GWEC-GWO-Global-Wind-Workforce-Outlook-2022-2026-1.pdf.
Acesso em: 02/04/2023
HANSEN, M. O. L. Aerodynamics of Wind Turbine. 2ª. Ed. EUA: Earthscan. 2008.
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MANWELL, J. F.; MCGOWAN, J. G.; ROGERS, A. L. Wind Energy Explained – Theory,
Design and Application. 2ª. Ed. Willey. 2009.
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Eólica. Universidade Federal Do Rio De Janeiro (UFRJ). TCC. 2017. Disponível em:
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Gestão Industrial (Onegi). 2014.
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Eólicas Verticais com Exemplo de Dimensionamento de Uma Turbina Eólica Darrieus
para Aplicação em Edifícios. Universidade Federal Do Espírito Santo (UFES). TCC. 2012.
Disponível em:
SADIKU, Matthew N. O.; ALEXANDER, Charles K. Fundamentos de Circuitos Elétricos.
5ª. Ed. Porto Alegre. AMGH. 2013.
SVOBODA, James A.; DORF, Richard C. Introdução aos Circuitos Elétricos. 8ª. Ed. Rio
de Janeiro. GEN – Grupo Editorial Nacional. 2012.
YOUNG, H. D.; FREEDMAN, A. Roger. Física 1 - Mecânica. 12. Ed. 2008.

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