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ARARAQUARA
2018
GABRIELA MENOSSI FLORIANO
GUILHERME OLTREMARE
RENAN NETTO DA SILVA
FELIPE KREFT BATISTA
JOÃO VICTOR PINTO
1. INTRODUÇÃO
1.1. PARTE A
1.1.1. TRANSFERÊNCIA DE CALOR
A prática em questão tem o objetivo termodinâmico de analisar as interações
de energia entre o sistema e a vizinhança em um estado de equilíbrio. Essas
interações podem ser referentes ao trabalho ou a transferência de calor.
1.1.1.1. CONDUÇÃO
A condução, segundo Incropera, é a transferência e energia de partículas
mais energéticas para as menos energéticas, por meio de interações entre uma
partícula e outra, tal energia está associada a movimentos de translação, rotação ou
vibração das moléculas.1
Sendo:
𝑑𝑇
𝑑𝑥
: a variação da temperatura em relação a distância x [(K/m)].
2
1.1.1.2 CONVECÇÃO
Segundo Incropera, a convecção ocorre quando há transferência de calor
entre uma superfície e um fluido em movimento. Esse fenômeno abrange dois
mecanismos, o primeiro é a difusão (transferência de energia causada pelo
movimento molecular aleatório) que ocorre em contato à superfície onde a
velocidade do fluido é nula e a segunda, a transferência devido ao movimento
macroscópico do fluido.1
Sendo:
1.1.1.3. RADIAÇÃO
Segundo Incropera, radiação térmica é a energia emitida pela matéria que
se encontra a uma temperatura diferente de zero e podem ser associadas a
mudanças nas configurações eletrônicas nos átomos que constituem a matéria. Tal
modo de transferência de calor, diferente dos outros, não precisa de um meio
material para se propagar.1
3
Fonte: Incropera.¹
𝐸𝑏 = σ𝑇𝑠
4 (4)
Fonte: Incropera1.
Sendo:
4
𝐸𝑏 = εσ𝑇𝑠
4 (5)
Fonte: Incropera1.
Sendo:
2. OBJETIVOS
● Observar e discorrer sobre os diferentes processos de transferência de calor em
variados materiais com formatos e propriedades diferentes.
● Analisar qualitativamente a transferência de calor por meio do processo de
convecção natural.
● Avaliar o processo de transferência de calor por condução em materiais com
propriedades e espessuras diferentes.
3. METODOLOGIA
3.1. PARTE A
3.1.1. EXPERIMENTO 1:
● Estufa de secagem com circulação de ar.
● Cilindros, esferas e placas de cobre e alumínio.
● Anemômetros.
● Medidores de temperatura.
3.1.2. EXPERIMENTO 2:
● Béquer.
● Resistência elétrica (Rabo-quente).
● Corante azul.
3.1.3 EXPERIMENTO 3:
● Kits com diferentes espessuras e compostos.
● Termômetros digitais
● Termômetro a laser.
● Régua.
● Placa de aquecimento.
● Lã de vidro.
● Lã de rocha.
● MDF (Placa de fibra de média densidade).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. PARTE A
4.1.1. CONDUÇÃO
A primeira parte do experimento consistiu em fazer medidas de temperaturas
para analisar a condução de calor em uma parede composta, rearranjando os
materiais de diferentes formas.
4.1.1.1. MODELO 1
A Figura 01 mostra um esquema da disposição dos materiais para ser feita a
análise de condução de calor através das camadas. Sendo a camada superior
composta por lã de rocha, a intermediária por madeira MDF e a inferior, lã de vidro.
Condutividade
Camada Espessura (m) Temperatura (°C)
térmica (W/m.K)
Lã de vidro 0,05 75,8 T2 0,04
Madeira MDF 0,02 52,1 T3 0,3
Lã de rocha 0,04 34,2 T4 0,04
Fonte: Próprios autores.
7
𝑞 (𝑊) =− 𝑘 ( )×𝐴(𝑚 ) × ( )
𝑊
𝑚.𝐾
2 ∆𝑇
∆𝑥
𝐾
𝑚
(6)
Fonte: Incropera¹.
179,2
𝑞 =− 0, 04× × 0,05
= 𝑊
𝑞" ( ) = ( ) =− 𝑘(
𝑊
2
𝑚
𝑞
𝐴
𝑊
𝑚
2
𝑊
𝑚.𝐾 )× ( ) ∆𝑇
∆𝑥
𝐾
𝑚
(1)¹
𝑞"( ) =− 0, 04×
𝑊 179,2 𝑊
2 0,05
= − 146, 36 2
𝑚 𝑚
Têm-se que a madeira MDF, nessa distribuição, foi responsável pela maior
condução de calor dentre os três materiais, seguido pela lã de vidro e lã de rocha.
4.1.1.2. MODELO 2
A Figura 02 mostra um esquema da disposição dos materiais para ser feita a
análise de condução de calor através das camadas. Sendo que da camada superior
para inferior temos: madeira MDF, lã de vidro, lã de rocha e lã de vidro,
respectivamente.
8
Condutividade
Camadas Espessura (m) Temperatura (°C)
térmica (W/m.K)
Lã de vidro 0,045 105 T2 0,04
Lã de rocha 0,04 61 T3 0,04
Lã de vidro 0,05 54 T4 0,04
Madeira MDF 0,015 33 T5 0,3
Fonte: Próprios autores.
Da mesma maneira que foi feito para o modelo 1, com os dados foi possível
calcular a variação de temperatura em cada camada, começando através da
temperatura inicial T1. E com isso calculou-se a taxa de transferência de calor
através da Equação (6) para a primeira camada de lã de vidro.¹
𝑞 (𝑊) =− 𝑘 ( )×𝐴(𝑚 ) × ( )
𝑊
𝑚.𝐾
2 ∆𝑇
∆𝑥
𝐾
𝑚
(6)¹
126
𝑞 =− 0, 04× × 0,045
= 𝑊
𝑞" ( ) = ( ) =− 𝑘(
𝑊
𝑚
2
𝑞
𝐴
𝑊
𝑚
2
𝑊
𝑚.𝐾 )× ( )
∆𝑇
∆𝑥
𝐾
𝑚
(6)¹
𝑞"( ) =− 0, 04×
𝑊 126 𝑊
2 0,045
= − 112 2
𝑚 𝑚
Para este segundo modelo, a madeira MDF também foi responsável pela
maior parte da condução térmica, seguida da primeira camada de lã de vidro e a lã
de rocha. A terceira camada, composta por lã de vidro, foi a que menos propiciou
uma variação de temperatura. Assim, pode-se inferir que a lã de vidro tem um bom
desempenho para isolamento quando colocada próxima a fonte de calor, quando
comparado ao modelo 1.
𝑞 (𝑊) = 𝑘 ( )×𝐴(𝑚 ) × (𝑇
𝑚 .𝐾
𝑊
2
2
𝑒𝑠𝑡𝑢𝑓𝑎 )
− 𝑇𝑜𝑏𝑗 (𝐾) (7)
Fonte: Incropera.¹
10
𝑞" ( ) = ( ) = 𝑘( ) × (𝑇 − 𝑇 )(𝐾)
𝑊
𝑚
2
𝑞
𝐴
𝑊
𝑚
2
𝑊
2
𝑚 .𝐾 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑓𝑎 𝑜𝑏𝑗
(2)¹
Tabela x5: Taxa e fluxo de transferência de calor por convecção em objetos dentro de uma estufa.
Composiçã
o Formato Área (m²) Temperatura (°C) q (w) q" (W/m²)
7,384
Esfera 0,0082 59 9 900,6
26,29
Alumínio
Placa 0,0292 59 8 900,6
39,17
Cilindro 0,0285 57 6 1374,6
14,82
Esfera 0,0077 58 1 1924,8
44,34
Cobre
Placa 0,0291 59 3 1523,8
88,20
Cilindro 0,0282 55 4 3127,8
Fonte: Próprios autores.
nos formatos temos que a esfera, por possuir menor área, é a que menos recebe
calor da fonte seguida da placa e do cilindro.
8 1,4 43,5
9 1,65 45,5
10 1,3 42,5
Fonte: Próprios autores.
Foi possível observar a convecção livre com o experimento uma vez que este
tipo de convecção é caracterizada pela transferência de calor através da
movimentação do fluído devido uma diferença de densidade causada por uma
diferença de temperatura, como foi discutido no item 1.1.2.2.
15
5. CONCLUSÕES
5.1 PARTE A
5.1.1 CONDUÇÃO
O processo de condução através de paredes compostas foi estudado de duas
formas diferentes, alternando-se a composição da parede de duas formas distintas.
Apesar do estudo ter sido realizado com materiais considerados isolantes térmicos
(kcondução <1), observou-se que o desempenho destes materiais foi diferente. Os
valores de kcondução para a lã de vidro e lã de rocha são iguais, enquanto que o MDF é
quase 10x maior, uma ordem de magnitude maior que os outros dois. Isso se deve a
própria estrutura do material: lã de vidro e lã de rocha são fibras emaranhadas e
preenchidas com ar (um isolante térmico eficiente), fornecendo assim um material
pouco denso e composto que consegue segurar bem o calor. Já ao MDF, é um
material fibroso e bem prensado, muito denso, cujas fibras de madeira estão em
contato apenas com outras fibras de madeira, conseguido assim conduzir o calor de
forma mais eficiente se comparado as lãs, preenchidas de ar
6. REFERÊNCIAS
1.