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MULTIMETRO DIGITAL

PROFESSOR: CAIO PICKCIUS


Todas as informações e especificações Sumário
desta apostila são as mais recentes
disponiveis na ocasião de sua impressão. História....................................................3

O professor se reserva o direito de efetuar Conceitos Basicos....................................4


alterações nesta apostila a qualquer
momento e sem prévio aviso, não Definições................................................5
incorrendo por isso em obrigações de
qualquer espécie. Medições de Eletrecidade/Multimetro.10

Nenhuma parte desta apostila pode ser Tres Passos Para a Medição...................12
reproduzida sem autorização por escrito.
Classificando Inst. de Medição..............15

Como Utilizar um Multimetro Digital.....22

Noções Basicas Multimetro Digital........30

Medidas de Tensão................................31

Medidas de Corrente.............................32

Medidas de Resistência.........................33

Cuidados Manuseio Multimetro............34

Simbolos, Prefixos e Fórmulas...............36

Cálculos Elétricos...................................41

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INTRODUÇÃO

HISTORIA

Eletrecidade é um fenomeno fisico associadoa cargas eletricas estaticas ou em movimento.


Seus efeitos se observam em diversos acontecimentos naturais, como relampagos, que são
faiscas eletricas de grande magnitude geradas a partir de nuvens carregadas. Modernamente,
confirmou-se que a energia eletrica permite explicar grande quantidade de fenomenos fisicos
e quimicos.

Nas civilizações antigas já eram conhecidas as propriedades eletricas de alguns materiais. A


palavra eletrecidade deriva do vocabulario grego elektron (âmbar), como consequência da
propriedade que tem essa substância de atrair particulas de pó ao ser atritada com fibras de lã.

No seculo XVIII, o françês Charles François de Cisternay Du Fay comprovou a existência de dois
tipos de força eletrica: Uma de atração, já conhecida, e outra de repulsão. Suas observações
foram depois organizadas por Benjamin Franklin, que atribuiu sinais – positivo e negativo –
para distinguir os dois tipos de carga. Nessa época, já haviam sido reconhecidas duas classes
de materiais: isolantes e condutores.

Foi Benjamin Franklin quem demonstrou, pela primeira vez, que o relâmpago é um fenômeno
eletrico, com sua famosa experiência com uma pipa (Papagaio). Ao empinar a pipa num dia de
tempestade, conseguiu obter efeitos eletricos através da linha e percebeu, então, que o
relâmpago resultava do desequilibrio eletrico entre a nuvem e o solo. A partir dessa
experiência, Franklin produziu o primeiro pára-raios. No final do seculo XVIII, importantes
descobrimentos no estudo das cargas estacionarias foram conseguidos com o trabalho de
Joseph Priestley, Lord Henry Cavendish, Charles-Augustin de Coulomb e Siméon-Denis Poisson.
Os caminhos estavam abertos e em poucos anos os avanços dessa ciência foram
espetaculares.

Em 1800, o conde Alessandro Volta inventou a pilha eletrica, ou bateria, logo transformada
por outros pesquisadores em fonte de corrente eletrica de aplicação pratica. Em 1820, André-
Marie Ampére demonstrou as relações entre correntes paralelas e, em 1831, Michael Faraday
fez descobertas que levaram ao desenvolvimento do dínamo, do motor eletrico e do
tranformador.

As pesquisas sobre o poder dos materiais de conduzir energia estatica, iniciadas por Cavendish
em 1775, foram aprofundadas na Alemanha pelo fisico Georg Simon Ohm. Publicada em 1827,
a lei de Ohm até hoje orienta o desenho de projetos eletricos. James Clerk Maxwell encerrou
um ciclo da história da eletricidade ao formular as equações que unificam a descrição dos
comportamentos elétrico e magnetico da matéria.

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INTRODUÇÃO

CONCEITOS BASICOS

Todas as substâncias são compostas por átomos e moléculas. Por exemplo, a substância
conhecida como água é composta por dois átomos de Hidrogênio (H) e um átomo de Oxigênio
(O), que possuem individualmente caracteristicas totalmente diferente da água.

Vamos utilizar outro exemplo:

NaCI – Cloreto de Sódio (Sal de cozinha).

Por mais que você consiga dividir os grãos de sal em particulas minusculas, o máximo que
podemos atingir é uma única molécula de sal, que possuem as mesmas caracteristicas de um
punhado de sal. Porém se fossemos dividir esta última molécula teríamos separadamente um
átomo Sódio (Na) e um átomo Cloro (CI), que possuem caracteristicas totalmente diferente do
sal de cozinha.

Os átomos por sua vez, tambem são constituídos de minusculas particulas: os prótons, os
elétrons e ou nêutrons. Os prótons estão localizados na parte central do átomo, tambem
conhecida como núcleo, juntamente com os nêutrons, enquanto os elétrons estão orbitando,
o núcleo, ou seja girando em torno do núcleo do átomo, do forma parecida com a dos planetas
em torno do sol.

No exemplo acima temos um modelo simples de representação do átomo e sua composição,


onde no núcleo estão os prótons e nêutrons e orbitando em torno deste os elétrons. Vale
salientar que existem várias camadas de órbita de elétrons, mas para estudo utilizamos
somente a ultima, pois é exatamente nesta que se concentra as maiores diferenças e
comportamentos entre mateirais. Ela é conhecida como ´´camada da Valência``. Os núcleos
(prótons e nêutrons ) são responsáveis pela estrutura física da materia, enquanto o elétron
pela caracteristica eletrica do mateiral (Condutor, semi-condutor, isolante).

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INTRODUÇÃO

Definições

Os prótons e os elétrons possuem uma propriedade fisica conhecida como ´´carga eletrica``. É
justamente pela existencia destas cargas que existe o raio, podemos assistir televisão, tomar
um banho quente no inverno e outras comodidades que não existiam até que esses fossem
descobertos e estudados. As cargas eletricas em movimento produzem a corrente eletrica
(carga), durante o deslocamento elas precisam de um caminho (condutor) e energia necessária
para que se desloquem por esse caminho (tensão).

Outros elementos importantes são os isolantes, que não permitem que as cargas eletrica se
movimentam em seu interior.

GRANDEZAS ELÉTRICAS

 Tensão ----------------------- Força.

 Corrente --------------------- Volume.

 Resistência ------------------ Oposição ao fluxo de corrente.

 Potência --------------------- É o trabalho realizado por um consumidor.

NOTAS

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TENSÃO / DIFERÊNÇA DE POTENCIAL

Definição: Tensão elétrica ou diferença de potencial (DDP) é a quantidade de energia utilizada


para movimentar uma certa quantidade de carga elétrica de um ponto a outro. As baterias em
geral são fontes geradores de tensão elétrica.

𝐸
Formula: V = 𝑄

Onde:
V – Tensão (Volt)
E – Energia (Joule)
Q – Carga elétrica (Coulomb)

Fonte de tensão Fonte de tensão


de corrente de corrente
contínua alternada

Tensão – (V) volt - continuo (CC) (DCV) (V)


- alternado (CA) (ACV) (V)

NOTAS

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CORRENTE ELÉTRICA

CORRENTE ELÉTRICA

Definição: É o fluxo ordenado de elétrons que passa na seção transversal de um meio condutor
em um sentido por unidade de tempo. A corrente elétrica possui dois sentidos, o sentido real e
o sentido convencional. O sentido real é do polo negativo para o polo positivo, já o sentido
convencional é do polo positivo para o polo negativo.

Area de seção transversal

A corrente cuntinua caminha em apenas um sentido, já a corrente alternada cominha ora em


um sentido ora em outro.

Corrente – (A) Ampere – continuo (AC) (DCA) (A)


– alternado (AA) (ACA) (A)

NOTAS

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CORRENTE CONTINUA / CORRENTE ALTERNADA

CORRENTE CONTINUA

A corrente contínua é uma corrente cuja magnitude e sentido permanecem constantes,


portanto, não variam com o tempo.

No circuito eletrico de corrente continua, a corrente flui em um único sentido. Por convenção
a corrente flui do positivo para o negativo.

A corrente continua pode ser armazenada, por exemplo na bateria de um veiculo, na bateria
de relogios ou nas pilhas.

Num circuito de corrente continua, o componente eletrico


determina a amperagem de saida da fonte (bateria).

CORRENTE ALTERNADA

No circuito de corrente eletrica alternada, a corrente flui em ambos os sentidos, portanto,


muda-se de valor da tensão (voltagem) e a polaridade.

Do inicio da tensão positiva até o término da tensão negativa é conhecido como um ciclo.

Para faróis que operam em AC, as lampadas se apagam quando o fluxo de corrente é zero e,
em seguida, acendem-se quando a polaridade torna-se invertida. Este ciclo é repetido em alta
frequência (número de ciclos em um segundo) e portanto, as pessoas não percebem a
lampada se apagar, tendo a impressão que permanece acesa continuamente.

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RESISTÊNCIA ELETRICA E A 1ª LEI DE OHM

RESISTÊNCIA ELETRICA

Definição: A resistência eletrica é a dificuldade encontrada pelos elétrons para passarem por
um condutor. A resistência eletrica depende do material do condutor, da temperatura, do
comprimento e da area de secção transversal. Sua unidade de medida é Ohms.

Comparando-se com a água poderemos dizer que, quando mais fino for o tubo de água maior
a resistência para a passagem da água. Num condutor eletrico acontece o mesmo que a água,
quanto mais fino o fio, maior a resistência á passagem de corrente eletrica.

SIMBOLOS DE RESISTORES

Onde:
I – Corente elétrica (Ampére)
𝑉
V – Tensão elétrica (Volt) Formula: I = 𝑅
R – Resistência elétrica (Ohm)

Resistência – (R) ou (Ω).

NOTAS

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MEDIÇÕES DE ELETRECIDADE

CONDUTORES, SEMI CONSUTORES, ISOLANTES

Um condutor tem a propriedade de deixar a corrente


eletrica fluir pelo seu interior. Possui eletrons livres.
Lembra do conceito dos eletrons livres, um bom
condutor como o cobre, ouro ou prata possuem apenas
um na camada de valência.

O semi-condutor apresenta certa resistência á


passagem da corrente elétrica. Possuem um
numero intermediario, de 5 a 6 eletrons na
camada de valência, então possuem
caracteristicas, de condutores ou não
condutores dependendo do estado em que se
apresentam. São excelentes para confecção de
componentes eletronicos como o diodo,
transístor, tirístor, etc.
Exemplos:

Germânio, silício, chumbo, etc.

O não condutor não possuem eletrons livres, devido a


sua camada de valência estar quase ou totalmente
preenchida, não permitindo a passagem de corrente em
seu interior. Exemplos como a borracha, plastico, vidros
podem ser considerados materiais isolantes.

DIODO

O diodo permite que a corrente passe somente em


uma direção, não permitindo que a corrente retorne.
Quando a corrente está passando, existe uma ligeira
queda de tensão no diodo.

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MEDIÇÕES DE ELETRECIDADE

MULTÍMETRO

Função dos aparelhos

Multimetro Convencional

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TRES PASSOS PARA A MEDICAO

TRES PASSOS PARA A MEDIÇÃO

O objetivo deste capítulo é ensinar, de uma forma simples, segura e eficaz, quais os três passos

Fundamentais para se efetuar uma medição de tensão ou corrente elétricas:

1º - Ter uma idéia do valor da grandeza.

2º - Instrumento que temos = Instrumento que precisamos?

3º - Proceder à medição

1º - Ter uma Idéia do Valor da Grandeza

Uma regra fundamental em metrologia, nomeadamente na medição de grandezas elétricas, é


que nunca se procede a uma medição sem ter uma idéia (mesmo que aproximada) do valor da
grandeza que se pretende medir. Isto poderá evitar a ocorrência de conseqüências nocivas
para pessoas, equipamento e meio ambiente.

Isto pode ser conseguido tendo em conta o tipo de fonte de alimentação que está em jogo,
bem como a potência dos receptores.

Imaginemos por exemplo que pretendermos medir a corrente consumida por duas lâmpadas
da mesma potência nominal - 60 W, uma usada num candeeiro em nossa casa e outra utilizada
no nosso automóvel como farol de máximo. É fácil de perceber que vai haver uma diferença
substancial entre o valor das duas correntes. A corrente consumida pelo candeeiro vai “andar
à volta de” I = P/U = 60/230 = 0,26 A, enquanto que a corrente consumida pelo farol de
máximo será “aproximadamente de” I = P/U = 60/12 = 5 A.

Claro que uma coisa é “ter uma idéia do valor” de uma grandeza, outra coisa é medi-la, com
maior ou menor exatidão. É para isso que utilizamos os instrumentos de medição: para
confirmar o valor de uma grandeza, para determinar o valor de uma grandeza com maior
exatidão.

2º - Instrumento que temos = Instrumento que precisamos?

É fundamental verificar se o instrumento de medição de que dispomos é adequado à medição


que pretendemos efetuar, fundamentalmente em quatro aspectos:

1. Mede a grandeza pretendida?

É mais que trivial que se pretendemos medir uma dada grandeza, o instrumento de medição
tem de permitir medir essa grandeza. No caso particular da medição de tensão e corrente
elétricas, são fundamentais ainda saber se o instrumento mede grandezas contínuas e/ou
alternadas e se eventualmente permite medir o verdadeiro valor eficaz de um dado sinal de
tensão ou corrente (ver ‘9.2. … para definir o sistema de corrente,’).

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TRES PASSOS PARA A MEDICAO

2. Tem o alcance necessário?

É também lógico que o instrumento deve ter o alcance (valor máximo numa dada escala)
adequado à medição que pretendemos efetuar. Isto se aplica tanto nos casos em que o
alcance é inferior ao valor que pretendemos medir, como aos casos em que o alcance é muito
superior ao valor medido. O primeiro caso é mais fácil de perceber, pois não podemos medir
uma corrente de 30 A com um amperímetro que permite apenas medir até 10 A. No segundo
caso, trata-se de um problema de sensibilidade e resolução do instrumento. É óbvio que, se
dispusermos de um amperímetro que mede até 10 A (quer seja analógico ou digital), se formos
medir correntes na ordem dos µA ou mesmo mA, não vamos obter qualquer desvio do
ponteiro, no caso de um instrumento analógico, nem um número aceitável de algarismos
significativos (se tivermos algum), no caso de um instrumento digital.

3. Respeita a categoria de sobre tensão necessária?

Devemos observar qual a categoria de sobre tensão do instrumento, de forma a garantirmos


uma total segurança na sua utilização (ver ‘9.5. … para definir a categoria de sobre tensão,’).
Os circuitos elétricos, dependendo da sua natureza, podem estar mais ou menos sujeitos ao
aparecimento de sobre tensões (tensões muito mais elevadas do que as nominais). O
isolamento elétrico do instrumento poderá então não ser suficiente para proteger o utilizador
no caso de este estar a efetuar uma medição de tensão. Devemos, portanto respeitar a
categoria de sobre tensão referida no mostrador, ou parte frontal do instrumento, bem como
no seu manual de utilização.

4. Tem a exatidão necessária?

A exatidão de um instrumento de medição é sem dúvida o fator mais importante no seu preço.
Dependendo do intervalo de incerteza que consideramos aceitável no resultado, o
instrumento poderá ser adequado, inadequado, ou mesmo “bom de mais”. Enquanto que os
multímetros mais utilizados têm uma incerteza na ordem do 1% - 3%, custando entre 10 e 30
contos, se pretendermos incertezas na ordem dos 0,1% - 0,3% poderemos pagar cerca de 10
vezes mais! Não tem interesse gastar muito dinheiro num instrumento que não vai ver todas
as suas potencialidades (qualidades metrológicas) aproveitadas…

3º - Proceder à medição

Este terceiro e último passo englobam todas as operações necessárias na execução de uma
dada medição. Fazem parte destas operações a montagem do circuito elétrico adequado à
aplicação do método de medição pretendido, tendo em conta aspectos como a ligação correta
do instrumento de medição (nomeadamente a escolha correta dos terminais, escala e
polaridade) e a determinação do intervalo de incerteza, de forma a apresentar corretamente o
resultado da medição.

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TRES PASSOS PARA A MEDICAO

NOTAS

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

CLASSIFICANDO OS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

É fundamental, antes de fazer qualquer consideração sobre o funcionamento dos multímetros,


esclarecer alguns conceitos relacionados com os instrumentos de medição, conceitos esses
que os leigos não conhecem e que raramente estão claros nas mentes dos técnicos
especializados nas áreas de eletrotécnica/eletrônica. Para elaborar este capítulo, foi
fundamental a consulta do Vocabulário Internacional de Metrologia ([IPQ, 1996]), editado na
nossa língua pelo Instituto Português da Qualidade.

Um instrumento de medição é um dispositivo destinado à execução da medição, isolado ou em


conjunto com outros equipamentos suplementares. Um instrumento de medição pode fazer
parte de um sistema de medição, que representa o conjunto completo de instrumentos de
medição e outros dispositivos montados para executar uma medição específica.

No caso de um sistema de medição estar permanentemente instalado, este é chamado de


instalação de medição. Um exemplo poderá ser um laboratório de controlo da qualidade numa
fábrica, onde se procede à inspeção e teste de um dado produto.

Se um instrumento de medição envolve tecnologia elétrica ou eletrônica, ou seja, se inclui


circuitos com componentes elétricos (resistências, bobinas, condensadores, etc.) e/ou
eletrônicos (díodos,transistores,etc.), ele é denominado de instrumento de medição
elétrico/eletrônico.

Instrumentos Analógico-Digitais

Quando se classifica um instrumento de medição como analógico ou digital deve ter-se em


conta a forma de apresentação do sinal de saída ou da indicação e não o princípio de
funcionamento do instrumento:

• Um instrumento de medição analógico, o sinal de saída ou indicação é uma função contínua


do valor da mensurada ou do sinal de entrada.

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

• Um instrumento de medição digital apresenta o sinal de saída ou a indicação sob a forma


digital (numérica).

Consideremos os seguintes exemplos para uma melhor compreensão:

• Podemos ter instrumentos de medição digitais com princípio de funcionamento puramente


mecânico, tal como um contador de água, onde existe uma indicação digital a quantidade de
metros cúbicos consumidos e uma indicação analógica que representa o caudal de água. Um
relógio mecânico apresenta normalmente uma indicação analógica (horas, minutos e
segundos) e uma indicação digital (dia do mês).

• Os painéis de instrumentos de um automóvel contem normalmente instrumentos analógicos


e digitais: o velocímetro e o nível do reservatório de gasolina são normalmente analógicos.

Eletrônica Analógica/Digital

É também importante eliminar uma possível confusão com os conceitos de eletrônica


analógica e eletrônica digital. O que distingue um circuito elétrico de um circuito eletrônico é
que o segundo envolve a utilização de dispositivos semicondutores, tais como transistores,
díodos , além da utilização de dispositivos elétricos (resistências, condensadores, indutâncias,
etc.),

A eletrônica analógica distingue-se da eletrônica digital, pois num circuito digital a informação
é em algum sítio convertida para digital (dois níveis apenas). É cada vez maior o número de
sistemas com circuitos digitais, dada a utilização cada vez mais vulgarizada de
microprocessadores, desde os eletrodomésticos (máquina de lavar louça, televisão, telefone,
aparelhagem de som) a relógios, unidades de controlo dos automóveis, sistemas de alarme,

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

sistemas de controlo industrial, etc. Um caso típico de um circuito de eletrônica analógica é um


rádio FM.

Devemos então distinguir o tipo de indicação (analógica ou digital) do princípio de


funcionamento de um instrumento de medição elétrico/eletrônico (analógico ou digital). São
clarificadores os seguintes exemplos:

• Um contador de energia elétrica não contém nenhuma eletrônica digital, no entanto a


indicação (número de kW.h) é digital.

• Um relógio “digital” (ou seja, com eletrônica digital) poderá dar uma indicação analógica
(através de um mostrador de cristais líquidos onde aparecem os ponteiros).

• Os osciloscópios são normalmente classificados como analógicos ou “digitais”, de acordo


com o seu princípio de funcionamento (o digital recolhe amostras do sinal, que converte em
palavras de bits). No entanto, ambos dão uma indicação analógica, ou seja, ambos mostram a
evolução do sinal de entrada ao longo do tempo. Claro que um osciloscópio digital, dados as
suas potencialidades, também poderá apresentar algumas indicações digitais, tal como a
freqüência do sinal ou o seu valor eficaz. A figura seguinte demonstra claramente essa
característica:

• Um multímetro dito “digital” (ou seja, com eletrônica digital) poderá dar uma indicação
analógica (através de uma barra no mostrador de cristais líquidos que aumenta ou diminui
com o valor da grandeza medida):

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

• Da mesma forma, um analisador de harmônicos “digital” poderá misturar indicações


analógicas (barras com a amplitude de cada harmônico e o indicador analógico no canto
superior esquerdo do monitor) com indicações digitais (6,12 A, por exemplo):

Deve ainda ser referido que os instrumentos de medição analógicos, ao contrário dos que
pensam que estes estão antiquados ou obsoletos, continuam a ter uma grande utilização.

Nomeadamente nos sistemas de segurança crítica, onde a ocorrência de uma falha pode
originar conseqüências catastróficas para pessoas, bens materiais ou para o meio ambiente, a
grande maioria dos instrumentos são analógicos.

Porquê este interesse dos instrumentos analógicos? Porque a percepção da quantidade e da


tendência crescente ou decrescente da grandeza é muito mais rápida do que no caso duma
indicação digital. Vejamos exemplos disso:

• Num automóvel, o velocímetro e o conta giros são sempre analógicos (salvo raras exceções).
A maior preocupação do automobilista é conduzir o automóvel em segurança, pelo que,
apenas lhe interessa ter uma idéia aproximada do valor da velocidade (se vai a mais ou menos
de 90 km/h, por exemplo) e do regime de rotação do motor (se já atingiu “o vermelho”, por
exemplo). Sendo instrumentos analógicos o condutor consegue efetuar essas operações em
décimos de segundo, sendo mais demoradas se a indicação fosse digital.

• No caso dos aviões, mais uma vez apesar de estes incorporarem as mais avançadas (e mais
caras) tecnologias, a instrumentação de bordo (altímetro, atitude, nível do reservatório de
combustível, etc.) é praticamente toda analógica.

• O mesmo se passa nas salas de controlo das centrais produtoras e nas subestações de
energia elétrica, na maior parte das máquinas industriais, etc.

Obviamente que estes assuntos são alvo de estudo aprofundado nas ciências da ergonomia e a
psicologia, pelo que não se enquadram no âmbito deste trabalho.

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

Multímetro = Voltímetro + Amperímetro + Ohmímetro +… O nome normalmente atribuído


aos instrumentos de medição classifica-os quanto às grandezas que medem. Referem-se aqui
alguns exemplos de instrumentos de medição que envolve circuitos elétricos ou eletrônicos,
bem como a grandeza a que se destinam:

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

Existe, no entanto, outro equipamento que pode ser necessário num sistema de medição:

NOTAS

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CLASSIFICANDO INSTRUMENTOS DE MEDICAO

NOTAS

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COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

Um multímetro digital oferece a facilidade de mostrar diretamente em seu visor, que


chamamos de display de cristal líquido, ou simplesmente display, o valor numérico da
grandeza medida, sem termos que ficarmos fazendo multiplicações (como ocorre com
multímetros analógicos).

Um multímetro digital pode ser utilizado para diversos tipos de medidas, agora iremos citar as
três mais comuns:

- tensão elétrica (medida em volts – V).

- corrente elétrica (medida em ampere – A).

- resistência elétrica (medida em Ohms – Ω - letra ômega).

Além deste ele pode ter escalas para outras medidas específicas como:

temperatura, freqüência, semicondutores (escala indicada pelo símbolo de um diodo),


capacitância, ganho de transistores, continuidade (através de um apito), etc.

Em multímetros digitais o valor da escala já indica o máximo valor a ser medido por ela,
independente da grandeza. Temos abaixo uma indicação de valores encontrados na prática
para estas escalas:

Escalas de tensão contínua: 200mV, 2V, 20V, 1000V ou 200m, 2, 20, 1000.
Escalas de tensão alternada: 200V, 750V ou 200, 750.
Escalas de resistência: 200, 2000, 20K, 200K, 2M ou 200, 2K, 20K, 200K, 20000K.
Escalas de corrente contínua: 200u, 2000u, 20m, 200m, 2A, 20A ou 200u, 2m, 20m, 200m, 2,
10.
Escalas de corrente alternada: 2A, 10A ou 2, 10.

A seleção entre as escalas pode ser feita através de uma chave rotativa, chaves de pressão,
chaves tipo H-H ou o multímetro pode mesmo não ter chave alguma, neste caso falamos que o
multímetro digital é um equipamento de auto-range, ou seja, ele seleciona a grandeza e a
escala que esta sendo medida automaticamente. Em alguns casos podemos encontrar
multímetros que tem apenas uma escala para tensão, uma para corrente e uma para Uma
coisa muito importante ao se usar um multímetro digital é saber selecionar a escala correta
para a medição a ser feita. Sendo assim podemos exemplificar algumas grandezas com seus
respectivos nomes nas escalas:

Tensão contínua = VCC, DCV, VDC (ou um V com duas linhas sobre ele, uma tracejada e a outra
continua ).

Tensão alternada = VCA, ACV, VAC (ou um V com um ´´~`` sobre ele).

Corrente contínua = DCA, ADC (ou um A com duas linhas sobre ele, uma tracejada e uma
continua).

Corrente alternada = ACA (ou um A com um ´´~`` sobre ele).

22
COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

Resistência = Ohms, Ω

Para medirmos uma tensão é necessário que conectemos as pontas de prova em paralelo com
o ponto a ser medido. Se quisermos medir a tensão aplicada sobre uma lâmpada devemos
colocar uma ponta de prova de cada lado da lâmpada, isto é uma ligação em paralelo.

Para medirmos corrente com um multímetro digital, devemos colocar ele em série com o
ponto a ser medido. Se quisermos medir a corrente que circula por uma lâmpada devemos
desligar um lado da lâmpada, encostar neste ponto uma ponta de prova e a outro ponta deve
ser encostado no fio que soltamos da lâmpada. Isto é uma ligação em série (é importante frisar
que a maioria dos multímetros digitais só mede corrente contínua, portanto não devem ser
usados para se medir a corrente alternada fornecida pela rede elétrica. Encontramos corrente
contínua em pilhas. Dínamos e fontes de alimentação, que são conversores de tensão e
corrente alternada em tensão e corrente contínua).

Para medirmos resistência devemos desligar todos os pontos da peça a ser medida (uma
lâmpada incandescente, por exemplo, deve estar fora do seu soquete) e encostarmos uma
ponta de prova em cada lado da peça. No caso de uma lâmpada incandescente encostamos
uma ponta de prova na rosca e outra na parte inferior e metálica do conector da lâmpada.
Resistência, este tipo de multímetro também é auto-range, nele não é preciso se procurar uma
escala específica para se medir um determinado valor de tensão.

Todas estas medidas devem ser feitas com critério e nunca devemos encostar as mãos em
nenhuma ponta de prova durante uma medida, caso isto aconteça corremos o risco de
levarmos um choque elétrico e/ou termos uma leitura errada. Treine bastante como manipular
as pontas antes de começar a medir tudo por aí.

Uma coisa importante de se perceber é que a grande maioria dos multímetros digitais tem 3
ou 4 bornes para a ligação das pontas de prova. Normalmente um é comum e os outros
servem para medição de tensão, resistência e corrente. A indicação dos bornes sempre mostra
para quais escalas eles podem ser usados. Preste atenção. Eis abaixo uns exemplos de como
eles estão dispostos:

Borne comum, normalmente indicado por COM – é onde deve estar sempre ligada a ponta de
prova preta.

Borne indicado por V/Ohms/mA – nele deve estar conectada a ponta de prova vermelha para a
medição de tensão (contínua ou alternada), resistência e corrente na ordem de miliamperes.

Borne indicado por A – a ponta de prova vermelha deve ser ligada nele para a medição de
corrente continua ou alternada (observação: a grande maioria dos multímetros digitais não
mede corrente alternada, verifique se existe uma escala em seu instrumento para isto antes de
fazer a medição).

O quarto borne em um multímetro pode ser utilizado para a medição de correntes continuas
mais elevadas, como exemplo, até 10A. Neste caso a indicação no borne seria 10A ou 10 ADC.

Quando um multímetro apresenta escalas para medição de capacitância ou ganho (beta) de


transistores normalmente eles têm conectores específicos para isto. Estes conectores estão

23
COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

dedicados no painel do instrumento. É bom lembrar que capacitores devem ser sempre
descarregados antes da medição. Para fazer isto coloque os seus dois terminais em curto
usando uma chave de fenda (se o capacitor tiver mais de um terminal positivo ele deverão ser
colocados em curto com o terra individualmente).

Multímetros digitais normalmente mostram uma indicação que a bateria está se esgotando,
isto normalmente é feito, através de um símbolo de bateria que aparece continuamente ou
que fica piscando no display. Quando isto ocorrer troque a bateria, multímetros digitais com
bateria “fraca” costumam apresentar um grande erro em suas leituras. Caso a leitura precise
ser monitorada durante um longo tempo este problema poderá fazer com que você acredite
que uma tensão, ou corrente, está variando, quando ela está fixa e é a bateria do multímetro
que está fraca.

A chave de liga-desliga de um multímetro digital pode ser uma das posições da chave rotativa
como pode ser uma chave ao lado do instrumento. Deixe sempre desligado o multímetro caso
não o esteja utilizando.

A maioria dos multímetros digitais que existem a venda são chamados de multímetros digitais
de 3 ½ dígitos (3 dígitos e meio). Isto quer dizer que ele é capaz de medir grandezas de até 3
números completos mais meio número. Vamos exemplificar para ficar mais fácil:

Suponha que você vai medir uma tensão de 1250V na escala de 1500V, a leitura que aparecerá
no display será de 1250, ou seja:

- primeiro número = 1 - este dígito é considerado ½ dígito pois não pode assumir outro valor
maior que 1.

- segundo número = 2 - este dígito é considerado um dígito inteiro, pois pode assumir valores
entre 0 e 9.

- terceiro número = 5 - este dígito é considerado um digito inteiro, pois pode assumir valores
entre 0 e 9.

- quarto número = 0 - este dígito também é considerado um digito inteiro, pois pode assumir
valores entre 0 e 9.

Ao ligar um multímetro de 3 ½ dígitos apareceram no display apenas três dígitos, mas não se
assuste é assim mesmo (caso o tenha ligado em uma escala de tensão ou corrente, nas escalas
de resistência aparecerá um número 1 no lado esquerdo do display).

Entendendo os múltiplos e submúltiplos das grandezas

Vimos que temos escalas indicadas por diversos valores: 200mA, 2000mV, 20K, mas o que é
isto.

Para explicar vamos estudar uma grandeza por vez:

Tensão elétrica – a tensão elétrica é medida em volts (V).

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COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

Seus submúltiplos são milivolts (mV) e microvolts (uV).

Seu múltiplo mais usado é o kilo-volt (KV).

Sempre que façamos uma medida menor que 1 volt o multímetro poderá nos indicar assim:

0,9 ou assim: 900 traduzindo: estamos medindo um valor de tensão de 0,9V, portanto a
indicação no display, dependendo da escala utilizada pode ser 0,9 ou 900. Se estivermos em
uma escala indicada por mV o valor apresentado será 900 e corresponderá a 900mV, se
estivermos numa escala indicada por volts o valor será 0,9 e corresponderá a 0,9V.

Veja as comparações abaixo:

1V = 1.000mV = 1.000.000uV

1.000V = 1KV (1 x K = 1 x 1000 = 1.000V).

500V = 0,5KV (0,5 x K = 0,5 x 1000 = 500V).

Quando colocamos a letra K depois de um valor de tensão estamos multiplicando este valor
por 1.000 (mil), é por isto que 1.000 volts é igual a 1KV.

Se você estiver usando um multímetro digital na escala de 1000V e medir 10V aparecerá no
display o seguinte: 10 Se for na escala de 200V aparecerá o seguinte: 10,0.

Perceba que o ponto mudará de posição dependendo da escala, mas a leitura será sempre a
mesma. Este mesmo critério, do ponto mudar de casa, é usado na medida de qualquer
grandeza.

Analise estes exemplos e faça outras leituras para praticar. Coloque o seu multímetro em uma
escala superior a 200VCA (volts de tensão alternada, que é a tensão que temos na rede
elétrica, tomadas, etc).

Escolha, por exemplo, a escala de 750 VCA e faça a medição, o que aparecerá? Algo próximo a
isto: 127 que você já sabe que é igual a 127 volts alternados.

Veja se o seu multímetro tem uma escala mais baixa do que 750, porém, superior a 127 VCA.
Vamos supor uma escala de 200 VCA, qual será a leitura agora? Algo próximo a: 127,1 que
você já sabe que é igual a 127,1 volts alternados.

Qual a diferença de uma escala para a outra? A diferença está na precisão da leitura. Quanto
mais próximo estiver a escala do valor medido maior a precisão. Você pode perceber isto no
exemplo acima. Na escala de 750 medimos 127 e na escala de 200 medimos 127,1.

Então é correto se começar a medir pelas escalas mais baixas?

25
COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

Não, muito pelo contrário. Se você fizer isto você corre o risco de danificar o seu multímetro.
Sempre se começa a medição pela escala mais alta e, se for possível, se abaixa a escala para se
ter uma leitura com mais precisão.

Mas pode-se mudar de escalas com o multímetro fazendo a medição?

Não, isto pode danificar o seu aparelho. Primeiro se separa as pontas de prova do lugar
medido, depois se muda a escala e somente agora é que se volta a fazer a medição,
encostando as pontas de prova, novamente.

O que representa um sinal de – (menos ou negativo) antes do número no display? Representa


que você ligou a ponta de prova (+) vermelha no negativo ou vice-versa. Inverta as pontas e
este sinal sumirá.

Corrente elétrica – a corrente elétrica é medida em Amperes (A).

Seu sub-multiplos são miliamperes (mA) e microamperes (uA). Seu múltiplo mais usado é o
kiloampere (KA).

É comum termos em multímetros digitais várias escalas de mA. As leituras feitas nestas escalas
podem ser lidas diretamente, ou seja, se fizermos um medição na escala de 200mA e aparecer
45, estaremos medindo 45mA.

Também é comum em multímetros digitais termos uma escala separada para a medição de
corrente na ordem de amperes. Se numa escala de 10A obtivermos a leitura de 2,00 é que
estamos medindo 2A. Se nesta mesma escala medirmos 0,950 é que estamos medindo 0,95A
ou 950mA.

Veja as comparações abaixo:

1A = 1.000mA = 1.000.000uA

1.000A = 1KA (1 x K = 1 x 1000 = 1.000A)

500A =0,5KA (0,5 x K = 0,5 x 1000 = 500A)

Da mesma forma que na tensão o K representa o valor numérico multiplicado por 1.000 (mil).

Se você for medir uma corrente continua de 50mA na escala de 10A o valor lido será 0,05 que
corresponderá a 50mA. Mas para ter mais precisão é aconselhável se usar uma escala mais
baixa como, por exemplo, a de 200mA.

Então é correto se começar a medir pelas escalas mais baixas?

Não, muito pelo contrário. Se você fizer isto você corre o risco de danificar o seu multímetro.
Sempre se começa a medição pela escala mais alta e, se for possível, se abaixa a escala para se
ter uma leitura com mais precisão.

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COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

Mas pode-se mudar de escalas com o multímetro fazendo a medição?

Não, isto pode danificar o seu aparelho. Primeiro se separa as pontas de prova do lugar
medido, depois de muda a escala e somente agora é que se volta a fazer a medição,
encostando as pontas de prova, novamente.

O que representa um sinal de – (menos, negativo) antes do número no display?

Significa que a corrente está circulando, por dentro do multímetro, no sentido inverso, você
deve ter conectado a ponta positiva no negativo ou vice-versa.

Resistência elétrica – a resistência elétrica é medida em Ohms (Ω ).

Seus múltiplos são kiloohms (KΩ ) e megaohms (MΩ ).

Seu submúltiplo mais usado é miliohms (mΩ ).

1 Ohm = 1.000 mΩ

1.000 Ohms = 1 KΩ

1.000.000 ohms = 1 MΩ

Quando colocamos a letra K depois de um número estamos multiplicando este número por
mil, portanto 470KΩ é igual a 470.000 ohms.

Quando colocamos a letra M depois de um número estamos multiplicando este número por 1
milhão, portanto 10MΩ é igual a 10.000.000 ohms.

Em um multímetro digital a máxima resistência possível de ser medida por uma escala
corresponde ao valor da escala, assim, se tivermos uma escala de 200 ohms poderemos medir
uma resistência com um valor de 200 ohms para menos. Se medirmos uma resistência de 100
ohms a parecerá no display o número 100. Sempre que medirmos um valor maior do que o
máximo valor da escala aparecerá um numero 1 no lado esquerdo do display. Isto indica que
devemos tentar medir esta resistência em uma escala maior.

Estas escalas de resistência (preferivelmente a mais baixa) podem ser usadas para a verificação
de curto-circuito e de continuidade ou não de interruptores, fiações elétricas, fusíveis,
lâmpadas, trilhas de cobre, etc.

Alguns multímetros têm uma escala que apita quando suas pontas de prova são encostadas,
com esta escala somos capazes de verificar se pontos estão em curto ou ligado apenas com o
ouvido, sem a necessidade de olhar para o display.

Em elétrica, na maioria das vezes, mediremos valores baixos de resistência ou verificaremos se


dois pontos não estão em curto (estaremos então medindo valores muito elevados de
resistência e devemos usar escalas mais altas. Caso não exista curto entre os dois pontos um
número 1 aparecerá no lado esquerdo do display).

27
COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

Em eletrônica temos uma infinidade de valores que podem ser encontrados. Para utilizar
corretamente e com eficiência um multímetro digital é interessante que você meça valores de
tensão, corrente e resistência conhecidos, mude de escalas e perceba as diferenças. Preste
sempre muita atenção no ponto e na escala para fazer a leitura correta. Lembre-se que:

O ponto mudará de posição dependendo da escala mas a leitura será sempre a mesma. Este
mesmo critério, do ponto mudar de casa, é usado na medida de qualquer grandeza.

Observações finais:

Um multímetro digital deve ter no mínimo:

- Escalas para tensão alternada.


- Escalas para tensão continua.
- Escalas para corrente continua.

- Escalas para resistência.

Para a medição de corrente alternada é mais fácil e prático o uso de alicates amperiométricos
que podem fazer esta leitura sem estar em série com o circuito (sem interrompê-lo). Uma
alicate amperiométrico digital também terá as mesmas escalas (pelo menos as 4 básicas:
tensão alternada, tensão continua, corrente continua e resistência) de um multímetro digital,
porém ele possui uma “garra” capaz de envolver o fio e medir a corrente que circula por ele.

Mas é bom lembrar que este tipo de alicate só mede, desta forma, corrente alternada. Isto
acontece devido a medição do campo eletromagnético.... mas isto é uma outra história.

NOTAS

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COMO UTILIZAR UM MULTIMETRO DIGITAL

NOTAS

29
NOCOES BASICAS MULTIMETRO DIGITAL

Introdução e Noções Básicas

Um multímetro digital oferece a facilidade de mostrar diretamente em seu visor, que


chamamos de display de cristal líquido, ou simplesmente display, o valor numérico da
grandeza medida, sem termos que ficarmos fazendo multiplicações e leituras em escalas
complicadas como ocorre com multímetros analógicos.

Um multímetro digital pode ser utilizado para diversos tipos de medidas, as mais comuns são:

• tensão elétrica (medida em volts – V).

• corrente elétrica (medida em ampere – A).

• resistência elétrica (medida em Ohms – Ω – letra Grega ômega).

Além destas ele pode ter escalas para outras medidas específicas como: temperatura,
freqüência, semicondutores (escala indicada pelo símbolo de um diodo), capacitância, ganho
de transistores, continuidade (através de um sinal sonoro), etc.

Em multímetros digitais o valor da escala já indica o máximo valor a ser medido por ela,
independente da grandeza. Temos abaixo uma indicação de valores típicos encontrados na
prática para estas escalas:

• Escalas de tensão contínua: 200mV, 2V, 20V, 1000V ou 200mV, 2V, 20V, 1000V ou 1kV.
• Escalas de tensão alternada: 200V, 750V ou 200V, 750V.
• Escalas de resistência: 200Ω, 2000Ω ou 2kΩ, 20kΩ, 200kΩ, 2MΩ ou 20000kΩ.
• Escalas de corrente contínua: 200uA, 2000uA ou 2mA, 20mA, 200mA, 2A, 10 ou 20A.
• Escalas de corrente alternada: 2A, 10A.

A seleção entre as escalas pode ser feita através de uma chave rotativa, chaves de pressão,
chaves tipo H-H ou o multímetro pode mesmo não ter chave alguma, neste caso falamos que o
multímetro digital é um equipamento de auto-range (auto-escala), ou seja, ele seleciona a
grandeza e a escala que esta sendo medida automaticamente. Em alguns casos podemos
encontrar multímetros que tem apenas uma escala para tensão, uma para corrente e uma
para resistência, este tipo de multímetro também é auto-range, nele não é preciso se procurar
uma escala específica para se medir um determinado valor de tensão.

Uma coisa muito importante ao se usar um multímetro digital é saber selecionar a escala
correta para a medição a ser feita. Sendo assim podemos exemplificar algumas grandezas com
seus respectivos nomes nas escalas:

• Tensão contínua: VCC, DCV, VDC ou V com duas linhas sobre ele, uma tracejada e outra
continua.
• Tensão alternada: VCA, ACV, VAC ou V juntamente com o símbolo ~ sobre ele.
• Corrente contínua: DCA, ADC ou A com duas linhas sobre ele, uma tracejada e outra
continua.
• Corrente alternada: ACA ou A juntamente com o símbolo ~ sobre ele.
• Resistência = Ohms, Ω

30
MEDIDAS DE TENSAO

Medidas de Tensão

Para medirmos uma tensão é necessário que conectemos as pontas de prova em paralelo com
o ponto a ser medido, tal como ilustrado na figura 1. Se quisermos medir a tensão aplicada
sobre uma lâmpada devemos colocar uma ponta de prova de cada lado da lâmpada, isto é
uma ligação em paralelo.

É importante observar que, no caso particular de tensão continua (VDC, VCC ou DCV), a leitura
no multímetro fornece uma medida da diferença de potencial entre as ponteiras vermelha
(ponteira de polaridade positiva) com relação a preta (comum ou ponteira de polaridade
negativa). Na ilustração acima iremos portanto ler um valor positivo de tensão. Por outro lado,
se por um acaso invertermos as ponteiras iremos ler um valor negativo.

No caso de medidas de tensão alternada (VCA, VDC ou DCV) a polaridade ou cor das ponteiras
não é importante. O multímetro incorpora um retificador adequado para uso com correntes
alternadas de freqüência tipicamente entre 40 e 400 Hz. O valor lido no multímetro
corresponde

ao valor eficaz ou RMS da tensão alternada entre as ponteiras. Para a medida de tensões
elevadas, tento alternada como continua, superiores a 250 Volts, será necessário o uso de
ponteiras especiais e muitas vezes deslocar o borne da ponteira positiva (ponteira vermelha)
para um conector especialmente dedicado as medidas de altas tensões. Para isto devemos
consultar cuidadosamente o manual do multímetro digital que estamos utilizando.

31
MEDIDAS DE CORRENTE

Medidas de Corrente

Para medirmos corrente com um multímetro digital, devemos colocar ele em série com o
ponto a ser medido, como ilustrado na figura 2. Se quisermos medir a corrente que circula por
uma lâmpada devemos desligar um lado da lâmpada, encostar neste ponto uma ponta de
prova e a outro ponta deve ser encostado no fio que soltamos da lâmpada, ou seja, uma
ligação em série.

É importante salientar que muitos multímetros digitais só medem corrente contínua, portanto
não devem ser usados para se medir a corrente alternada fornecida pela rede elétrica.

Encontramos corrente contínua em pilhas, dínamos e fontes de alimentação, que são


conversores de tensão e corrente alternada em tensão e corrente continua.

Cabe observar cuidadosamente a polaridade das ponteiras. Uma leitura de um valor positivo e
corrente corresponde a uma corrente fluindo da ponteira vermelha para a ponteira preta
passando pelo circuito do multímetro (ver figura 2). Uma leitura negativa corresponderá ao
caso contrario.

Para medirmos correntes elevadas devemos tipicamente deslocar o borne da ponteira positiva
(ponteira vermelha) para um conector especialmente dedicado as medidas de altas correntes.

Para isto devemos consultar cuidadosamente o manual do multímetro digital que estamos
usando.

Multímetros digitais mais modernos já incorporam medidas de corrente alternada (ACA ou Ã).

O procedimento usado para a medida de valores moderados de corrente (alguns mA’s) é em


geral bastante similar ao caso de correntes continuas (DCA), sendo a polaridade das ponteiras
completamente sem importância. Contudo, devido a enorme variedade de modelos e marcas
disponíveis no mercado, é imprescindível uma cuidadosa leitura do manual do multímetro
digital que estamos usando antes de efetuarmos tal medida.

32
MEDIDAS DE RESISTENCIA

Medidas de Resistência

Para medirmos resistência devemos desligar todos os pontos da peça a ser medida (uma
lâmpada incandescente, por exemplo, deve estar fora do seu soquete) e encostarmos uma
ponta de prova em cada lado da peça. No caso de uma lâmpada incandescente encostamos
uma ponta de prova na rosca e outra na parte inferior e metálica do conector da lâmpada. Este
procedimento é ilustrado na figura 3.

Muitos multímetros incorporam também testes de continuidade (ou baixas resistências) que
se utilizam de avisos sonoros (um “beep” agudo). Estes testes são particularmente úteis
quando estamos testando a continuidade de cabos elétricos. O procedimento usado é
inteiramente similar ao usado para medidas de resistência (o cabo sob teste substituirá o
resistor da figura 3).

33
CUIDADOS MANUSEIO MULTIMETRO

Cuidados no Manuseio de um Multímetro

Todas estas medidas devem ser feitas com bastante critério e nunca devemos encostar as
mãos em nenhuma ponta de prova durante uma medida, caso isto aconteça corremos o risco
de levarmos um choque elétrico e/ou termos uma leitura errada.

Treine bastante como manipular as ponteiras e leia o manual do multímetro antes de começar
a medir.

Uma coisa importante de se perceber é que a grande maioria dos multímetros digitais tem 3
ou 4 bornes para a ligação das pontas de prova. Normalmente um é comum (COM) e os outros
servem para medição de tensão, resistência e corrente. A indicação dos bornes sempre mostra
para quais escalas eles podem ser usados. Preste atenção. Eis a seguir um exemplo de como
eles estão dispostos em um multímetro VOLTCRAFT com auto-range.

• Conector ou Borne comum, normalmente indicado por COM – é onde deve estar sempre
ligada a ponta de prova preta.
• Conector ou Borne indicado por V/Ohms/mA – nele deve estar conectada a ponta de prova
vermelha para a medição de tensão (contínua ou alternada), resistência e corrente na ordem
de miliamperes.
• Conector ou Borne indicado por 10A MAX – a ponta de prova vermelha deve ser ligada nele
para a medição de corrente continua ou alternada superiores a 400mA. Observação: vários
multímetros digitais não medem corrente alternada, verifique se existe uma escala em seu
instrumento para isto antes de fazer a medição.

Quando um multímetro apresenta escalas para medição de capacitância ou ganho (beta) de


transistores normalmente eles tem conectores específicos para isto. Estes conectores estão

34
CUIDADOS MANUSEIO MULTIMETRO

indicados no painel do instrumento. É bom lembrar que capacitores devem ser sempre
descarregados antes da medição. Para fazer isto coloque os seus dois terminais em curto
usando uma chave de fenda (se o capacitor tiver mais de um terminal positivo ele deverão ser
colocados em curto com o terra individualmente). Alguns modelos mais sofiticados incluem
tambem medidas de freqüência e temperatura. Nestes casos devemos consultar o respectivo
manual para procedermos corretamente tais medidas.

Multímetros digitais normalmente mostram uma indicação que a bateria está se esgotando,
isto normalmente é feito, através de um símbolo de bateria que aparece continuamente ou
que fica piscando no display. Quando isto ocorrer troque a bateria, multímetros digitais com
bateria “fraca” costumam apresentar um grande erro em suas leituras. Caso a leitura precise
ser monitorada durante um longo tempo este problema poderá fazer com que você acredite
que uma tensão, ou corrente, está variando, quando ela está fixa e é a bateria do multímetro
que está fraca.

A chave de liga-desliga de um multímetro digital pode ser uma das posições da chave rotativa
como pode ser uma chave ao lado do instrumento. Deixe sempre desligado o multímetro caso
não o esteja utilizando.

A maioria dos multímetros digitais que existem a venda são chamados de multímetros digitais
de 3 ½ dígitos (3 dígitos e meio). Isto quer dizer que ele é capaz de medir grandezas de até 3
números completos mais meio número. Vamos exemplificar para ficar mais fácil:

EXEMPLO: Suponha que você vai medir uma tensão de 1250V na escala de 1500V, a leitura que
aparecerá no display será de 1250, ou seja:

• primeiro número = 1 - este dígito é considerado ½ dígito pois não pode assumir outro valor
maior que 1.
• segundo número = 2 - este dígito é considerado um dígito inteiro, pois pode assumir valores
entre 0 e 9.
• terceiro número = 5 - este dígito é considerado um digito inteiro, pois pode assumir valores
entre 0 e 9.
• quarto número = 0 - este dígito também é considerado um digito inteiro, pois pode assumir
valores entre 0 e 9.

Ao ligar um multímetro de 3 ½ dígitos apareceram no display apenas três dígitos, mas não se
assuste é assim mesmo. Isto tipicamente ocorre caso o tenha ligado em uma escala de tensão
ou corrente, nas escalas de resistência aparecerá um número 1 no lado esquerdo do display
(LCD).

Cabe salientar que no caso de medidas de corrente e tensão devemos sempre tomar cuidado
em selecionarmos uma escala correta para efetuarmos a medida. Caso a ordem de grandeza
do valor a ser medido seja completamente desconhecido, devemos iniciar a medida pela
escala mais alta.

Para multímetros auto-range este cuidado é em geral desnecessário. Contudo, devido a


enorme variedade de modelos e fabricantes, uma boa leitura do manual é sempre uma ótima
precaução.

35
SIMBOLOS, PREFIXOS E FORMULAS

Apêndice A: Unidades Básicas

Apêndice B: Prefixos para indicar frações ou múltiplos de unidades

Apêndice C: Fórmulas úteis

Eis aqui algumas fórmulas que serão de grande utilidade quando for necessário o cálculo de
tensão (E), resistência (R), corrente (I) e potência (P):

36
SIMBOLOS, PREFIXOS E FORMULAS

Apêndice D: Tensão Alternada - Valores de Pico e Eficazes

Consideremos um sinal de tensão alternadas (ex. senoidal) de freqüência f, tal como ilustrado
abaixo.

• Tensão de pico (Vp): É o valor máximo (positivo) que a tensão pode assumir.
• Tensão pico à pico (Vpp): É dada pela diferença entre a tensão máxima (positiva) e mínima
(negativa), ou seja: Vpp = Vp – (-Vp) = 2⋅Vp
• Tensão eficaz ou RMS (VRMS): É o valor quadrático médio da tensão em um ciclo de
oscilação do sinal.

Para um sinal senoidal teremos: V(RMS) = Vp/ 2

O mesmo tipo de raciocínio e definições poderá ser aplicado no caso de correntes alternadas.

Apêndice E: Resistores – Informações Gerais

Sendo talvez, um dos componentes mais comuns, as resistências em geral possuem um


formato cilíndrico e faixas coloridas que definem o seu valor em Ohms (Ω). O código mais
comum é o que utiliza quatro faixas coloridas, cada qual indicando um valor. As duas primeiras
faixas correspondem a uma cifra, a qual deve ser multiplicada pelo valor da terceira faixa. A
quarta faixa está um pouco afastada das outras três primeiras e indica a tolerância, ou seja, a
precisão daquele componente.

Mais recentemente os resistores passaram a ser especificados por cinco faixas coloridas. A
primeira e a segunda faixa indicam o primeiro e o segundo dígito, respectivamente. A terceira
faixa indica o número de zeros que segue os dois primeiros dígitos, exceto quando as faixas
ouro e prata são usadas, que representam os fatores multiplicativos. A quarta faixa indica a

37
SIMBOLOS, PREFIXOS E FORMULAS

tolerância. A ausência desta faixa significa que a tolerância é de +/- 20%. A quinta faixa indica
que o resistor possui um dígito a mais na representação de seu valor ôhmico. Por exemplo, se
um resistor possui as faixas nas cores azul, cinza, prata e ouro, o valor de resistência é 0,68 +/-
5% Ohms.

Na tabela, mostrada na pagina seguinte, estão relacionados as cores juntamente com os


respectivos valores que elas representam.

Alem de resitores identificados por faixas coloridas (resitores de filme ou carbono) existe
resitores de fio e resitores variaveis que em geral possuem seu valor e sua tolerância escrito no
corpo do componente. Na figura abaixo temos alguns exemplos das diversas construções
possíveis dos resistores.

38
SIMBOLOS, PREFIXOS E FORMULAS

Uma forma de se obter uma resistência de um determinado valor, é se associando resistências,


de duas formas: em série e em paralelo. Na associação em série, a resistência total (RT) será
igual a soma de todas as resistências empregadas. Na associação em paralelo o inverso da
resistência equivalente (1/RT) será igual a soma do inversos de todas as resistências
empregadas.

Os valores de resistores comerciais, tipicamente encontrados no mercado, são listados na


tabela abaixo.

39
SIMBOLOS, PREFIXOS E FORMULAS

Cabe ainda observar a potência máxima que um resistor pode dissipar. Isto esta relacionado
com o aquecimento, e portanto, com a temperatura máxima que o componente pode operar
sem degradar suas características. Tipicamente encontramos resistores com capacidade de
dissipar 1/8, 1/4, 1/2, 1, 2, 5, 10 e 50 W (ou mais).

NOTAS

40
CALCULOS ELETRICOS

Cálculos elétricos

E= Tensão Elétrica - Unidade de Medida Volt (V)


i = Corrente Elétrica - Unidade de Medida Ampére (A)
P = Potência Elétrica - Unidade de Medida Watt (W)
R = Resistência Elétrica - Unidade de Medida Ohm (Ω)

Logo: (/ = Dividir) (X Multiplicar)

Exemplo:

R X i = E ---> 22Ω X 10A = 220V


E / i = R ---> 220V / 10A= 22Ω
E / R = i ---> 220V / 22Ω = 10ª
P / i = E ---> 2200W / 10A = 220V
P / E = I ---> 2200W / 220 = 10ª
i X E = P ---> 10A X 220V = 2200W

Associação de Resistores

Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação


de resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores,
sendo seus possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.

Associação em Série

Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda
a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a
resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:

41
CALCULOS ELETRICOS

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:

Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é
possível concluir que a resistência total é:

RT = Resistencia total

Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é:

Associação em Paralelo:

Ligar um resistor em paralelo significa basicamente dividir a mesma fonte de corrente, de


modo que a ddp em cada ponto seja conservada. Ou seja:

42
CALCULOS ELETRICOS

Usualmente as ligações em paralelo são representadas por:

Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das
intensidades medidas sobre cada resistor, ou seja:

Pela 1ª lei de ohm:

E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos
concluir que a resistência total em um circuito em paralelo é dada por:

Associação Mista:

Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo circuito, de associações


em série e em paralelo, como por exemplo:

43
CALCULOS ELETRICOS

Em cada parte do circuito, a tensão (U) e intensidade da corrente serão calculadas com base
no que se conhece sobre circuitos série e paralelos, e para facilitar estes cálculos pode-se
reduzir ou redesenhar os circuitos, utilizando resistores resultantes para cada parte, ou seja:

Sendo:

NOTAS

44

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