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Aumento da PME.......................................28
Carter.........................................................39
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CONCEITOS BASICOS
Pelo que já vimos sobre preparação de motores quatro tempos na apostila de preparação de
motor nivel I adiquirimos um conceito do que se pode fazer em um motor para melhora-lo. A
apostila de preparação de motor nivel II ensinara como fazer a preparação de motores 2
tempos, o motor de dois tempos como já é de nosso conhecimento é um motor de concepção
bem diferente do de quatro tempos, a pesar de muitas das coisas que já estudamos e
calculamos serem iguais para ambos. Por exemplo quando falamos em aumentar o diâmetro
do cilindro para aumentar a cilindrada o mesmo é valido tanto para o motor quatro tempos
quanto para o de dois tempos, e assim não vemos o motivo para tratarmos o mesmo assunto
nessa apostila.
Em verdade o motor de dois tempos não eliminou os dois tempos do motor quatro tempos,
eles apenas foram associados os tempos de dois a dois.
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VANTAGEM/DESVANTAGEM MOTOR 2 TEMPOS
1- O cabeçote possui somente o orifício da vela de ignição, não existindo por tanto um
cabeçote com o sistema de válvulas de admissao e escape e seus conjuntos como
varetas, molas, guias, balancins, sistemas de admissão e escape, etc.
2- Em vista do acima esclarecido o peso ficou bem reduzido assim sendo uma vantagem
nos motores de competição, além da econômia de tais peças.
3- Seu arranque é bem mais poderoso, pois como veremos mais para frente toda faísca
da vela é usada na em uma expansão e trabalho efetivo do pistão, enquanto que no
motor de quatro tempos para cada expansão o motor sobe e desce duas vezes, uma
para compressão e outra para espulsão dos gases, e uma faísca é perdida.
Teoricamento o motor de dois tempos possui 1400 vezes mais força que um motor de
quatro tempos. Não chega porem a tanto na pratica pois devido a imperfeição (ainda)
no sistema de admissão por transferência.
4- Motivado pelos motivos acima as motos de competição ´´ TRAIL`` são em sua grande
maioria dois tempos.
5- Não possuindo ´´CARTER`` como os motores quatro tempos seu peso ficou ainda mais
reduzido
1- Por mais avançado que esta o motor de dois tempos, seu ponto fraco é ainda o
sistema de lubrificação pistão/cilindro/biela/virabrequim. Por ser tal lubrificação feita
com a mistura ar/combustível/óleo, qualquer deficiência em tal dosagem implicará no
engripamento dos componetes descritos.
2- O consumo de combustível tambem é maior do que os motores quatro tempos.
De qualquer forma tais desvantagens não fazem diminuir os aficcionados de tal motor que
ocupa um lugar de destaque em todo o mundo esportivo.
Sabemos que atualmente existem centenas de técnicos e engenheiros estudando tal motor
para torna-lo cada vez melhor, mais econômico e mais forte.
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CICLO 2 TEMPOS – DEFINIÇÃO
ADMISSAO/COMPRESSÃO – QUEIMA/ESCAPE.
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CICLO 2 TEMPOS – DEFINIÇÃO
Na descida do pistão do PMS para o PMI, encontra a porção inferior do cilindro cheia de
mistura ar/óleo/combustível, comprimindo contra o Carter e os condutos de transferência,
pois até dado ponto da descida do pistão, as janelas de transferência estão fechadas,
permitindo a compressão.
Quando o pistão passa pelas janelas de transferência, abrindo a mistura ali contida sob certa
compressão, entra no cilindro e chega de encontro a sua parede na região oposta a janela de
escape. Lembre-se de que esse neste instante o pistão esta descendo do PMS para o PMI na
fase de escape.
ESCAPE
A fase de ESCAPE é a que desenvolve quando o pistão vai desde o PMS ao PMI, porém como
foi visto acima, mais a titulo de ilustração, é uma fração do percurso da descida PMS PMI,
pois efetivamente ocorre no instante em que a janela de escape foi liberada permitindo a
saída dos gases.
Agora cada mecânico deve cada vez mais raciocinar e admitir que a fase de escape é
constituída como pertinente ao ciclo de operação do motor, porém, é neste mesmo
movimento, que se desenvolve o processo da transferência.
Com isto pode-se dizer que o fator transferência é um trabalho realizado pelo conjunto sem,
contudo se caracterizar por uma fase. A transferência então se apresenta com um trabalho
interno.
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CICLO 2 TEMPOS – DEFINIÇÃO
Janelas de transferência prestes a serem totalmente aberta, quando o pistão estiver bem
próximo do PMI, permitindo a chegada da nova mistura a ser então comprimida.
Cilindro tendo a parte inferior ocupado pela mistura ar/óleo/combustível sendo comprimido
para os dutos da transferência. Na parte superior do cilindro, sobre a cabeça do pistão, uma
turbulência com a chegada da nova mistura e acima desta os gases expandidos do ciclo
anterior, sendo expelidos pela janela do escape.
Uma vez expostas as fases do ciclo de trabalho do motor cabem algumas menções para que o
preparador fique bem ciente entre as diferenças de um a outro tipo de motor:
No motor de dois tempos a cada volta do virabrequim o pistão sobe e desce uma vez e nesse
giro faz os quatro tempos.
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CICLO 2 TEMPOS – DEFINIÇÃO
Esse choque da mistura com a parede do cilindro cria uma turbulência que ajuda os gases
expandidos a entrar na janela do escape.
Esta não é uma fase de trabalho do motor trata-se apenas de uma particularidade do
procedimento. Assim é que se dá a transferência.
A outra fase do ciclo de trabalho do motor que se desenvolve quando o pistão vai do PMI ao
PMS, como foi citado no inicio desta parte Admissão/Compressão, é a compressão.
COMPRESSÃO
A mistura, uma vez sobre a cabeça do pistão, começa a ser conduzida para a câmara de
combustão. No percurso PMI-PMS o pistão vedará inicialmente as janelas das transferências, e
quando isto ocorrer apenas uma pequena fração da janela de escape estará por ser bloqueada
uma vez que a base três esta na mesma altura do cilindro, porém em áreas distintas.
A fase COMPRESSÃO estará concluída no instante em que o pistão quase alcançando o PMS
tiver a centelha iniciando a queima da mistura que comprime.
QUEIMA/ESCAPE
A queima ou fase de expansão tem seu tem o seu desenvolvimento com a chegada da centelha
na câmara de combustão, através dos eletrodos da vela de ignição. A queima, neste como em
outro tipo de motor, se desenvolve progressivamente, pois o combustível misturado ao ar, sob
pressão, entra em combustão ao receber a faísca.
Essa combustão produz uma elevada temperatura e os gases sob elevada compressão se
expandem e essa força de expansão empurra o pistão para baixo = PMI, efetuando o trabalho.
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CICLO 2 TEMPOS – DEFINIÇÃO
Em seu percurso desde o PMS o pistão percorre uma distancia absorvendo toda potência de
expansão dos gases ate que ao passar pelo topo da janela de ESCAPE os gases ali encontrando
uma abertura escapam por ela, atenuando a potencia.
Pode se dizer então, que no instante em que a linha da cabeça do pistão coincidiu com a linha
de topo da janela de ESCAPE é que se deu o final da fase de queima ou EXPANSÃO.
NOTAS
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DESMONTAGEM, INSPEÇÃO MONTAGEM MOTOR 2T
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DESMONTAGEM, INSPEÇÃO MONTAGEM MOTOR 2T
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DESMONTAGEM, INSPEÇÃO MONTAGEM MOTOR 2T
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DESMONTAGEM, INSPEÇÃO MONTAGEM MOTOR 2T
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DESMONTAGEM, INSPEÇÃO MONTAGEM MOTOR 2T
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DESMONTAGEM, INSPEÇÃO MONTAGEM MOTOR 2T
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REBAIXAMENTO DE CABEÇOTES
Muitos motores a gasolina (antes da era do álcool) eram regulados para a péssima qualidade
da mesma, pois a octanagem era medíocre. Com o advento da era do álcool nossa gasolina
adquiriu mais octanagem o que beneficiou os motores, tanto em potencia como em economia.
Assim um rebaixamento do cabeçote aumentando sua taxa de compressão, além de melhorar
seu desempenho o consumo também é poupado.
Com a octanagem aumentada os fabricantes de motores puderam fabricar motores com taxas
de compressão maiores, Isso não seria possível se não houvesse a adição de 22% de álcool em
nossa gasolina. Infelizmente as grandes maiorias batizam o combustível quer com água no
álcool ou o álcool já adulterado na gasolina, isso sem duvida acarretará perda de potencia do
motor.
Assim o motor que foi projetado para taxas baixas de compressão consome muito mais
combustível para seu medíocre desempenho. Assim é aconselhável o rebaixamento do
cabeçote.
O rebaixamento do cabeçote é feito por uma fresadora especial e geralmente as retificas é que
são especializadas em executar esse serviço. Mediante seus cálculos é que será feito o
rebaixamento.
VOLUMES
A taxa de compressão como já vimos em nosso curso é a relação entre os volumes da câmara
de combustão e o volume do deslocamento do pistão do seu PMS ao seu PMI. Assim os
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REBAIXAMENTO DE CABEÇOTES
volumes são bem definidos, pois alem de separados por uma junta os pontos de limites são
bem definidos.
Muitas vezes para se evitar aplainar o cabeçote é usar pistões denominados de ´´Cabeçudo``
pois somente a parte côncava adentra a câmara de combustão o que também aumenta a taxa
de compressão do motor.
Por exemplo, um motor AE 1300 com taxa de compressão 8,0 : 1 e queremos passar para
9,0 : 1. Nunca esquecer que a junta entre o bloco e o cabeçote aumenta a câmera diminuindo
a taxa. Então precisamos retirar 6,1 cm³ terão que ser eliminados. O volume do novo cabeçote
terá que diminuir de 42 cm³ para 35,9 cm³ (42 cm³- 6,1 cm³ = 35,9cm³).
Com o processo já ensinado, despeje por uma bureta os 35,9 cm³ na câmara de combustão. O
espaço que sobrou para o preenchimento ou que chegou para chegar a borda, e o que
precisara ser retirado para obter a compressão desejada. O espaço acima devera ser medido
com um paquímetro de profundidade. O serviço de usinagem deverá ser feito por uma retifica
e você que vai calcular as medidas a ser retirada.
CUIDADOS A SE TOMAR
Após o serviço de usinagem (retifica) você devera trabalhar no cabeçote para retirar os cantos
vivos e rebarbas. A operação é feita com uma faca de aço ou rasquete.
Agora já com o motor rebaixado o cabeçote e montado você deverá trocar a vela de ignição
por velas mais frias, geralmente diminui um ponto.
V
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐴𝑚𝑒𝑟𝑖𝑐𝑎𝑛𝑜 𝑉𝑐𝑐 = Onde V=Volume Cilindro
V
V=Volume da Câmara
V+V
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐽𝑎𝑝𝑜𝑛ê𝑠 𝑉𝑐𝑐 = É o mais usado atualmente
V
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REBAIXAMENTO DE CABEÇOTES
NOTAS
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AUMENTO DA PME
AUMENTO DA PME
A primeira das operações que poderemos fazer para aumentar a PME de um motor de 2
tempos é aumentar a PME mudando a razão de compressão. Neste aspecto devemos observar
o mesmo trabalho que tivemos ao trabalharmos no motor de quatro tempos. Assim todos
aqueles procedimentos de se medir a câmara de combustão com as provetas e o calculo do
volume do deslocamento do pistão no cilindro que é o mesmo.
Vc = 𝜋𝑟 2 . L
Vc = Volume do Cilindro
= (PI) = Constante = 3,1416
L = Deslocamento do Pistão no cilindro (PMS-PMI)
V
𝑉𝑐 =
Rv − 1
Nos motores de 2 tempos temos que cuidar da luz
mínima que o pistão deve ter entre o PMS e o inicio
da câmara de combustão como mostra a figura 49,
esse detalhe onde o pistão em seu PMS, e com o
cabeçote bem arrochado, deverá existir uma luz
mínima entre 0,5 a 1mm. O sistema correto de se
verificar tal folga é ilustrado pela figura 50. Uma vez
colocado o cabeçote, o mesmo deverá ser apertado
de acordo com as indicações do fabricante da
motocicleta. Isso feito retira-se a vela e
introduzimos um arame de chumbo como mostra a
figura, e faz o pistão subir até seu ponto morto
superior diversas vezes. Esta operação ira amassar o
arame que, aliás, deverá ter o diâmetro de 2mm
(maior do que a luz).
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AUMENTO DA PME
em ´´A`` um cilindro cujo cabeçote não foi rebaixado. Por nossos cálculos, deveremos rebaixar
o que mostra na parte que esta achureada
(1). Uma vez efetuado o trabalho de
rebaixamento do cabeçote, e ao assentar o
mesmo sobre o bloco poderemos nos
deparar com uma sobra ´´B`` como mostra a
figura, o que forma um ângulo vivo e
precisará ser retirado com uma lima e depois
polido. Se não fizermos essa operação os
cantos vivos se incandescerão e serão
pontos de pré-combustão, o que não se
deseja de toda forma. A figura 52 mostra o
trabalho em ´´B`` da figura anterior. Feito
isso obteremos o volume correto da câmara
de combustão.
NOTAS
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
Sendo a primeira etapa cumprida ou obtido o primeiro aumento de taxa de compressão pelo
rebaixamento do cabeçote, vamos agora partir para outros métodos de aumentar a PME do
motor de 2 tempos.
Outra diferença muito grande em relação a taxa de compressão entre um motor de 4 tempos e
2 tempos, é que a relação é mais apertada como por exemplo no de 4 tempos, assim quando
falamos em compressão de ´´9:50:1`` em um motor de 4 tempos a relação é bem mais próxima
da realidade do que ´´9:50:1`` de um motor de 2 tempos. Isso por que pelo sistema de
alimentação da câmara de combustão que é totalmente diverso daquele de 4 tempos. Tanto
um quanto o outro não preenchem totalmente o volume geométrico de seus cilindros e no
motor de 2 tempos se complica ainda mais, pois a câmara de combustão é preenchida por
transferência pelos orifícios que possui o pistão denominados de janelas, assim como aqueles
do cilindro que são correlatos, como veremos mais adiante.
Assim a razão de compressão de motor de 2 tempos deverá ser considerada mesmo a partir do
momento que o pistão supera a cota das janelas de transferência e as de escape, o que é bem
diverso do que consideramos nos motores de 4 tempos.
Tomando por exemplo uma compressão geométrica de 9,27:1, como a que possui na YAMAHA
RD 350, na realidade apresenta uma compressão de 6,2:1 se a compararmos com um motor de
4 tempos. Analisando esse fato chegamos a conclusão que em relação a compressão
poderemos alcançar razoes bem mais altas em motores 2 tempos quando dificilmente se
chega nos motores de 4 tempos a uma taxa maior do que 9,50:1, no motor de 2 tempos chega-
se fácil na razão de 12:1 (O que acontece com os motores a Álcool de 4 tempos), que já
dissemos que não é muito apertada. Isso que expulsemos, teremos que ter em conta em todo
o trabalho de preparação.
Os cabeçotes dos motores de 2 tempos sendo simples, são mais baratos e podemos trabalhar
com mais tranqüilidade alem da facilidade pois não teremos os orifícios das sedes das válvulas.
AS JANELAS DE TRANSFERENCIA
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
em conjunto, e por fim as elípticas são utilizadas como janelas de escape e poucas vezes como
admissão.
A figura 53 mostra is tipos que acabamos de relatar e sua utilização definitiva, como desenho
depende, por certo, dos cálculos de engenharia mecânica, que criaram o motor e estão ate
hoje para conseguir melhor desempenho do mesmo o que será feito pelas janelas sem
duvidas.
A disposição das janelas em uma camisa de cilindro tem uma importância decisiva no
funcionamento do motor, de tal forma que na preparação poderemos somente pensar no
aumento das janelas, porem, jamais pensar em mudar-lhes a forma, isto quer dizer: se as
janelas tiverem formato retangular a modificação nunca poderá lhe fazer um formato elíptico
ou mesmo quadrado.
Na figura 54 poderemos ver o desenvolvimento de uma camisa de um motor SUZUKI 380 GT,
onde se indica alem da localização das janelas suas medidas.
Uma forma pratica para se atuar nas janelas é aumentar sua superfície de passagem. E, com
efeito, pois se quisermos aumentar a PME deveremos nos ater em aumentar o preenchimento
do cilindro e sua câmara de combustão, aí não dando muita importância ao consumo de
combustível, que por certo será bem maior.
Então é melhor facilitar a entrada de combustível em maior quantidade o que será obtido pelo
aumento da superfície de passagem. E isso deve ser considerado desde o carburador ate a
admissão no Carter do motor pela janela de admissão e desde o Carter até a parte alta do
motor pela janela ou janelas de transferência, e finalmente a saída dos gases pela janela
correspondente.
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
JANELA DE ADMISSAO
A janela de admissão deverá ser rebaixada pela parte de baixo e o rebaixo deverá ser suave,
tendo em conta que o cilindro a feche completamente quando estiver no seu ponto morto
inferior PMI. Se passarmos esse limite, a mistura terá a tendência de voltar ao carburador. A
figura 55 nos mostra até onde a janela de admissão poderá ser rebaixada, e sempre seguindo
seu perfil. Deve-se cuidar para que as modificações do pistão não venham a afetar sua ação de
válvula que abre e fecha as janelas.
A figura 56 pode ver as cotas de alargamento das janelas de admissão num motor de 250cm³.
Nesse caso em especial as janelas não devem ser rebaixadas na parte inferior, e sim polidas
para facilitar a entrada da mistura. Como mostra
a figura 57, o que evitara a presença de
turbulência na passagem da mistura.
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
JANELAS DE TRANSFERENCIA
As janelas de escape podem também ser retocadas porem de forma muito delicada, pois se
aumentarmos demasiadamente sua superfície e escapará mistura fresca, o retoque nas janelas
de escape se fazem necessárias somente quando há aumento enorme de revoluções. Em um
retoque de janelas de escape o mesmo nunca deverá ser executado na parte superior da
mesma, pois a compressão fatalmente escapará.
Em um motor de dois tempos, trabalhar no alargamento das janelas equivale ao trabalho que
se faz nas válvulas e eixo do comando em motores de quatro tempos. Estaremos trabalhando
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
em algo delicado como a circulação de jorro de mistura que vai desde o carburador até a
câmara de combustão. Nesse trabalho delicado o fato, talvez o mais importante, será o
polimento obrigatório que deverá ser feito em toda parte interna em que trabalhamos. O
polimento é importante porque as paredes trabalhadas deixarão de ter porosidades e a
circulação da mistura será mais rápida e sem perda, praticamente. Os poros absorvem mais de
25% da mistura e isso representa muita potência desperdiçada.
Não estamos falando de combustível desperdiçado e sim no que ele se transforma (Potência
cinética) quando se queima sob compressão na câmara de combustão.
O polimento deverá ser feito serem retirados, como já disse, todo obstáculo no caminho dos
gases (estamos aqui falando em gases que vem tambem a ser a mistura já aquecida dentro do
Carter. Chamamos então de mistura propriamente dita quanto o combustível é misturado e
atomizado juntamente com o ar, quando passa para o Carter e recebe o calor do mesmo, o
combustível atomizado se gaseifica e chamamos então de gases.)
Primeiramente, antes de começar a trabalhar nas janelas, precisamos ver se esta perfeito o
ajuste dos condutos formados pelas janelas. Como sabemos o bloco do motor se assenta sobre
os dois semi-carters e entre os mesmos se estabelece o conduto que sobe até as janelas de
transferência. Assim é muito conveniente que a união assim formada seja perfeita, e os dutos
se coincidindo. Na figura 62, todas as montagens se mostram defeituosas e devemos evitar o
Maximo possível que isso aconteça, o melhor é nunca fazer tal montagem! Em ´´A`` e ´´B``, os
tubos não coincidem exatamente em seus diâmetros e isso tem que ser corrigido pela lima até
o perfeito ajuste. Em ´´C`` e ´´D``, as juntas inadequadas, a primeira estrangula o ducto e a
segunda reterá um pouco da mistura, criando uma zona de depressão prejudicando desta
forma a circulação da mistura que deverá ser livre.
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
Tambem o chanfro de entrada ou de saída dos gases nos condutos tem grande importância em
criação de correntes perturbadoras ou turbilhona-mento. A figura 63 nos mostra diversos tipos
de chanfros. Tenha presente que ao analisar a figura os chanfros parabólicos evitam o
turbilhona-mento e deixam a passagem da mistura ou gases bem livres conseguindo assim um
ótimo aproveitamento e aumento de potencia do motor. Assim essa trilogia deverá ser
observada nos seguintes aspectos: Polimento dos ductos, eliminação dos obstáculos e
chanfros parabólicos, dará ótima preparação e fama ao preparador. O mecânico devera se
aprimorar e cada vez mais lutar pela perfeição dos ajustes e polimentos. Cada centésimo
deverá ser observado.
O maior trabalho que as mesmas podem nos dar será sua adaptação para um carburador de
maior diâmetro. Existe uma regra básica, mas empírica, que estabelece o seguinte: O
comprimento da longitude da janela de admissão não pode exceder aos 65% do diâmetro do
cilindro, e isso se refere somente quando há uma janela para a admissão, e de uns 80%
quando há janelas separadas por coluna de separação. Essa ultima porcentagem serve só para
motores de competição, nos motores preparados a porcentagem é um pouco menor, digamos
que entre 67% a 70%.
Vamos dar um exemplo: Seja um cilindro de 40mm de diâmetro e com uma janela só de
admissão:
65 x 40
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝐿𝑜𝑛𝑔. 𝑑𝑎 𝐽𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = = 26mm
100
Caso a janela tenha por medida 24mm, poderemos fazer um retoque de 2mm e assim por
diante.
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
As janelas de transferência pelo contrario já são mais difíceis o trabalho nas mesmas. A
dificuldade esta no relacionamento que existem entre as próprias, o rendimento do Carter e a
bomba de aspiração do carburador. E esse relacionamento não pode ser quebrado, se
aumentarmos uma janela de transferência por menor que seja um aumento proporcional
deverá ser feito tanto nos ductos quanto na alimentação dos cilindros. De nada adiantará o
trabalho se não houver uma proporção correta em todo o conjunto. Daí a delicadeza de se
mexer nas janelas de transferência, e essa delicadeza não se tratam da perfeição e precisão do
trabalho e sim na seqüência correta que se deve seguir:
Aumento da alimentação
Resumindo, o mecânico deverá analisar pelo exposto o que melhor fazer. Em geral é
prejudicial dar as janelas uma orientação que
projeto o gás para a parte mais alta da câmara
de combustão, tal como mostra a figura 64,
pois isso facilita a rápida saída do gás à janela
de escape. Por ultimo nos cabe falar da janela
de escape. Aqui a regra longitudinal da janela
de escape não deve passar dos 60% do
diâmetro do cilindro, podendo variar a maior
quando ao invés de uma janela houver duas ou
a sua forma for elíptica. Naturalmente as
janelas de escape têm que ser algo mais alta
do que as janelas de transferência, com a
finalidade de quando esta ultima estão com
suas aberturas livres a pressão do cilindro se
mantenha a baixo da pressão dos gases novos
que sobem pelos condutos de transferência,
pois de outra forma os gases novos teriam
dificuldade para subir.
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AUMENTO DA RAZÃO DE COMPRESSÃO
NOTAS
38
CARTER
O Carter de um motor de dois tempos funciona como se fosse uma bomba de aspiração e
como receptor da mistura procedente do carburador e seu lançamento pelos ductos de
transferência até as partes altas da câmara de combustão, nos dão condições de atuar sobre
os volumes internos desse Carter, para se conseguir um preenchimento deste mais completo,
e por conseqüente maior aspiração de gás, e assim o aumento da PME.
O Carter do motor de dois tempos deve possuir o menor espaço morto possível, de modo que
possua um volume que seja o estreitamento necessário para permitir o giro do virabrequim e
seus contrapesos com a mínima folga entre eles e as paredes do Carter. Desta forma, a
depressão que se forma dentre do Carter aumenta seu poder de sucção consideravelmente
completando melhor e aumentando desta forma sua pré-compressão o que determina
tambem maior velocidade dos gases até os cilindros pelos ductos de transferência. Se
chamamos a depressão de ´´força de sucção`` que exerce sobre o carburador e de ´´pressão``
a força que exerce para lançar os gases até a câmara de combustão, poderemos então
exemplificar para esclarecer tal conceito.
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CARTER
PREPARAÇÃO DO CARTER
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CARTER
Na figura 71 podemos ver um desses discos que posteriormente será remachado, soldado ou
colado nos contra pesos do virabrequim. Na figura 72 vemos o trabalho depois de pronto,
muito bem feito. De qualquer forma, o critério para a preparação dessa parte no motor é a
redução do volume do espaço morto. Assim qualquer alternativa resguardada nossas
orientações, serão apreciáveis.
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CARTER
NOTAS
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