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Injeção eletrônica em motocicletas

Índice:
1- Introdução .................................................................... 3
2- Conceitos básicos da eletricidade ...................................... 3
3- Grandezas elétricas ........................................................ 3
4- Fórmulas para relação de grandezas elétricas (Lei de Ohm)... 4
5- Utilizando o multímetro ................................................... 5

7- Siglas: Linha +15, +30 e +50 .......................................... 6


8- Módulo de Controle do motor (ECM) .................................. 7
9- Módulo de amplitude do TI (Tempo de Injeção) .................. 8
10- Sensores e atuadores (Funções) ..................................... 9
11- Sensores:
11.1- Sensor de temperatura do motor (EOT) ................... 9
11.2- Sensor de rotação (CKP) ...................................... 10
11.3- Sensor de oxigênio (O2 – Sonda lambda) ............... 10
11.4- Sensor MAP (Hibrido) .......................................... 11
11.5- Sensor IAT de temperatura do ar (Hibrido) ............. 12
11.6- SensorTPS do Corpo de Borboleta (Hibrido) ............ 12
11.7- Sensor de inclinação do chassi .............................. 15
12- Atuadores:
12.1- Válvula corretora de marcha lenta (IACV) ............... 16
12.2- Eletro-injetor ..................................................... 17
12.3- Bomba de combustível ......................................... 18
12.4- Bobina de ignição ............................................... 19
13- Componentes do sistema injetado e suas localizações ....... 20
14- Sistema de desaceleração-Cut-off .................................. 21
15- Aterramento do chassi ................................................. 21
16- Códigos de defeitos ..................................................... 21
17- Seqüências de inspeção e Tabela Geral de testes............. 22
18- Diagrama elétrico......................................................... 23
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1 - Introdução.
Com a chegada do sistema de injeção eletrônica no mercado de
motocicletas Brasileiro, para muitos mecânicos trouxe preocupações e para
outros a esperança de ter um serviço mais valorizado. Para que isto aconteça
o mecânico tem que estar apto, investindo em cursos e equipamentos, pois a
era de vendas de motos carburadas está definitivamente chegando ao fim
pelo fato de ter entrado em vigor a nova lei PROMOT 4 (Programa de
Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares) que visa
diminuir o índice de emissão de gases poluentes, hoje a necessidade de
diminuir a poluição, tornou-se prioridade nos meios de transportes com
motores movidos por combustão.

2 - Conceitos básicos da eletricidade.


Eletricidade é um fenômeno físico originado por cargas
elétricas estáticas ou em movimento (dinâmica). Esta interação ocorre
através de:
Átomos: Todas as substâncias sejam elas sólidas ou liquidas são formadas
de pequenas partículas chamadas átomos.
Elétron: O elétron é uma partícula sub-atômica de carga negativa e é
responsável pela criação de campos magnéticos e elétricos.
Próton: O próton é uma partícula sub-atômica de carga positiva e também é
responsável pela criação de campos magnéticos e elétricos.

3 - Grandezas elétricas.
Tensão: é a pressão elétrica causada pelo excesso e falta de elétron, por sua
vez da origem corrente elétrica.
Corrente elétrica: é o movimento ordenado de elétrons livres em condutor
devidamente alimentado.
Resistência: é a dificuldade que certos materiais oferecem a passagem da
corrente elétrica.
Potência: é a força posta em serviço a partir da circulação da corrente em
um determinado componente elétrico ou eletrônico. Ex: a lâmpada (exerce
força luminosa quando alimentada).

Grandeza Símbolo Unidade


Tensão U ou V Volt (V)
Corrente I Ampère (A)
Resistência R Ohm (Ω)
Potência P Watt (W)
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4 – Fórmulas para relação de grandezas elétricas (Lei de Ohm).

Aproveitando parte do estudo da lei de ohm (descoberta pelo alemão


George Simon Ohm), utilizaremos fórmulas que relacionam valores de
grandezas para cálculo de corrente consumida da bateria por lâmpadas e
atuadores no sistema elétrico da motocicleta. Os triângulos abaixo servirão
como base de relação de valores práticos. Ex: Voltagem, resistência e
potência.

U ou V=Tensão
I=Corrente
R=Resistência
P=Potência

Ilustração: Sistema hidráulico X Circuito elétrico


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5 - Utilizando o multímetro.

Funções mais utilizadas:

DCV: Utilizada para medição de tensão continua.


ACV: Utilizada para medição de tensão alternada.
Resistência: Valores em ohms, Kilo ohms e Mega ohms.
Ampères: Utilizada para medição de correntes elétricas.
Continuidade: Utilizada para checagens de fios rompidos.
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6 - Siglas:
Linha +15 = alimentação pós-chave de ignição.

Linha +30 = alimentação direta da bateria.

Linha +50 = alimentação pós arranque de partida.


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7-Módulo de controle do motor (Engine Control Module-ECM).
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Este é o cérebro da injeção eletrônica, ele é responsável por analisar as


informações geradas pelos sensores, e estrategicamente comandar os
atuadores para que a moto tenha um perfeito funcionamento com alta
eficiência. O sistema de injeção da HONDA chama-se PGM-FI
(Programmed Fuel Injection). Além de processar as informações, o
módulo se adapta nas variações causadas por desgastes de peças do motor,
para ter o controle de alimentação de combustível ao longo do tempo de uso
da motocicleta (Sistema de parâmetros auto-adaptativos)
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09 - Sensores e atuadores (funções).

Para que as estratégias do TI sejam realizadas com eficiência e


também estratégias de marcha lenta, mistura correta, avanço e outras, o
ECM necessita de varias informações. Os sensores são responsáveis por
captar e enviar estes dados vitais ao ECM, depois que o mesmo é informado
sobre os acontecimentos do sistema, trabalha então com os atuadores
através de pulsos de tensões. Este processo ocorre em milésimos de
segundos.

10 - Sensores:

10.1 - Sensor de temperatura do motor (EOT).


É vital que o ECM a todo o momento saiba a
temperatura em que o motor se encontra para
poder calcular o TI, assim mantendo uma
mistura ar/combustível ideal. No momento em
que o motor está parado e frio, o ECM usa a
informação do EOT para fazer um cálculo para
que a partida aconteça sem dificuldades (TI1).
Quando o sensor apresentar problemas, o ECM
automaticamente “considerará” que a temperatura do motor é igual a 155ºC,
será notável a dificuldade do motor permanecer ligado, por que o tempo de
injeção de combustível em temperaturas altas é menor. Um teste simples e
eficaz do sensor poderá ser feito com ele fora do motor, esquente o sensor e
gerencie a temperatura, e a partir de 17ºC meça as resistências (multímetro
na escala de resistência). Lembre-se que este sensor é NTC (coeficiente
térmico negativo), ou seja, sua resistência diminui quando sua temperatura
aumenta e vice e versa.
Verifique a variação da resistência a seguir, com o multímetro e um
termômetro.
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Temp. 17˚C 20˚C 30˚C 40˚C 50˚C 60˚C 70˚C 80˚C 90˚C

Resistência 2.8 2.0 1.5 1.14 0.80 0.64 0.45 0.36 0.27
kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ

10.2 - Sensor de Rotação (CKP).

O TI e o avanço estão diretamente associados


ao sensor de rotação. No lado externo da roda fônica
do alternador, em certas partes, contém dentes
integrados que passam próximo ao núcleo do sensor
(ao todo nove dentes), excitando-o e fazendo com
que sua resistência varie. Se em algum momento o
ECM perder esta informação ou a mesma estiver fora
de sincronismo, o motor irá falhar ou até parar.
O sensor deverá estar entre 0,5 a 1,1 mm de distancia dos dentes do
Magneto e nunca deverá estar sujo.

Pino 1- cor: Azul/Amarelo.


Pino 2- cor: Branco / Amarelo.
Pino 3- cor: verde.
Pino 4- cor: Branco.

Para sabermos se o sensor CKP está ok, devemos medir a resistência entre
os pinos 1 e 2 e encontrar um valor aproximado de 240 Ω com o motor frio
em temperatura ambiente, ou com o motor em temperatura mais elevada
um valor de 300 a 400 Ω. Com o auxilio do osciloscópio podemos visualizar
nove pulsos de tensão gerada pelo CKP equivalente aos nove dentes do
Magneto.

10.3 - Sensor de oxigênio (O2 – Sonda lambda).


Para uma queima eficaz, a mistura de ar/combustível tem que estar
bem equilibrada, o sensor O2 tem a função de analisar a quantidade de
oxigênio contido no gás de escape após cada combustão, informando ao ECM
se a mistura esta rica ou pobre através de um baixo nível de tensão. O
sensor só ira gerar o sinal de funcionamento através desta pequena tensão
quando o dióxido de zircônio atingir uma temperatura aproximada de 300ºC.
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Sistema de detecção de Combustível:
As lâmpadas “MIX e ALC “ não se acendem (+ Gasolina):
Leitura aprox. de até 20% de Etanol e 80% de gasolina.
Somente a lâmpada “MIX “ acende (Equilibrada):
Leitura aprox. de 50% de Etanol e 50% de gasolina.
Somente a lâmpada “ALC “ acende (+ Etanol):
Leitura mín. aprox. de 80% de Etanol e 20% de gasolina.

Pelo fato de ser localizado logo na saída do motor para o escapamento,


o sensor está vulnerável ao aquecimento, muito importante para análise do
Oxigênio.
A tensão gerada varia de 0.1 a 1 volt conforme a mistura, a partir
desta tensão o ECM cria estratégias com o tempo de injeção para que a
mistura de ar e combustível seja uniforme. Para sabermos se a sonda esta
ok, com o motor na sua temperatura de trabalho devemos medir a tensão
gerada com o multímetro (escala em DCV ou com um osciloscópio para um
teste mais refinado) no fio preto, sendo que nas motos a gasolina
encontramos somente este fio ligado na sonda, já na versão mix, contém 4
fios pelo fato de ser auto aquecida (1 fio preto, 2 fios brancos e 1 cinza). Os
dois fios brancos internamente estão ligados a uma resistência (±8Ω) que
aquece a sonda, deve-se encontrar uma tensão pulsante de 12v entre eles
em L+50, o fio cinza é terra (massa) e o preto como dito é o fio da geração
de sinal. Ao medirmos o sinal com o motor funcionando temos que encontrar
aproximadamente 0.1 a 1 volt em oscilação, significando que a mistura esta
sendo modificada pelo módulo.

10.4 - Sensor de depressão de ar. (MAP - Hibrido)

Este sensor está localizado junto ao corpo de borboleta, tem a função


de identificar a pressão atmosférica local e o vácuo gerado pelo motor. O
sensor envia a informação para o ECM, com essas informações o mesmo
calcula o volume de combustível e o avanço, para que a mistura seja
estequiométrica.

Testes:
O teste deverá ser feito com o auxilio de
um multímetro ou osciloscópio através do pino
5 (verde / amarelo) do conector (Pinagem
Pag.12), a tensão com a Linha+15 ligada
deverá ser aprox. 2,5v a 3v ±10%, já com a
motor em marcha, deve variar de 1v a 3v
(média 2v), dependendo do vácuo do Motor.
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10.5 - Sensor de temperatura do ar (IAT - Hibrido).

Sensor NTC (coeficiente térmico


negativo) de temperatura do ar também
esta localizado no corpo da borboleta. Esse
sensor também é essencial para o bom
funcionamento do sistema, pois mede a
temperatura do ar admitido pelo motor,
influenciando diretamente nos cálculos de
injeção e avanço. Pode-se dizer que ele é
um dos responsáveis pelo cálculo de
densidade do ar.

Testes:

O valor de resistência do sensor IAT é medido entre o pino de


aterramento (Pino central) da unidade dos sensores Híbrido e o pino que
recebe o fio Cinza/Azul do conector do chicote. (Pinagem Pag. 12). Este
sensor tem valores resistivos semelhante ao sensor EOT. A diferença entre
eles se da na localização e no material de revestimento.
Verifique a variação da resistência a seguir, com o multímetro e um
termômetro.

Temp. 17˚C 20˚C 30˚C 40˚C 50˚C 60˚C 70˚C 80˚C 90˚C

Resistência 2.8 2.0 1.5 1.14 0.80 0.64 0.45 0.36 0.27
kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ kΩ

10.6 - Sensor de posição da borboleta (TPS - Hibrido).

Sensor também localizado junto ao


corpo de borboleta, sua função é indicar
para o ECM a posição angular da abertura
da borboleta em forma de níveis de tensão,
podemos associar o movimento da
borboleta com o movimento da manopla
aceleradora, a partir dessa e das outras
informações dos sensores, o ECM obtém de
forma precisa o tempo de injeção de
combustível. O sensor varia um sinal para
o ECM de 0,5v a 4,4v no fio Amarelo do
conector.
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Posição da borboleta:

1- Borboleta fechada com abertura positiva. (Marcha lenta: 0,5v)

2 - Borboleta completamente aberta. (4.4v)


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Em caso de marcha lenta baixa, não é indicado ajustar o parafuso do


batente para abertura da borboleta, pois a tensão do TPS deve estar ajustada
com valor de ±0,5v (ML), quando a borboleta está aberta por conta do
aperto no parafuso prisioneiro, o IACV poderá parar de trabalhar, assim
mudando as características no tempo de injeção feita pelo ECM.
Se a moto esta com marcha lenta baixa, de fato algo de errado no
sistema está provocando essa anormalidade, isso não se resolverá de forma
definitiva pelo parafuso. OBS: todas as vezes que fazer o ajuste no parafuso é
necessário resertar a ECM.

Testes:
Entretanto, o sensor gera uma variação de tensão que
vai de 0,5v á 4,4v em L+15, você deverá encontrar esta variação no fio
amarelo, o teste poderá ser feito com o auxilio de um osciloscópio ou com
um multímetro na escala DCV. Atenção, se o sinal cair para 0 volt em
qualquer posição do acelerador, certamente há um desgaste na pista
resistiva do sensor.

PINAGEM:
Conector do chicote: UNIDADE DE SENSORES
(MAP, TPS e IAT)

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Pino 1- cor: cinza /azul. (IAT)


Pino 2- cor: amarelo / vermelho. (5V)
Pino 3- cor: verde / branco. (Terra/Massa)
Pino 4- cor: amarelo. (TPS)
Pino 5- cor: verde / amarelo. (MAP)
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10.7 - Sensor de inclinação do chassi.

Este é um sensor de segurança, pois


previne um possível incêndio caso o
condutor sofra um acidente. No momento
em que a inclinação deste sensor passa de
55º para os lados como indica a figura, o
ECM marca um tempo aproximado de 3
segundos, após este tempo o mesmo
desliga a alimentação da bomba de
combustível evitando assim vazamento
seguido de incêndio. Existem motos com
tempos diferentes de contagem, destinadas
a outros perfis de pilotagem.

Para sabermos se o sensor está ok, com a linha 15 ligada devemos medir
em tensão contínua um valor de 5 volts entre o fio Amarelo/vermelho
e o fio Verde/branco no conector do sensor desconectado, visto que
nessa medida foi encontrado 5v, conecte o sensor. Com o mesmo em pé
(0°) devemos medir em tensão contínua um valor de 4 Volts no fio
Vermelho/azul. Esta tensão cairá para 1 Volt quando inclinarmos o
sensor para ambos os lados.

0° de inclinação 55° Graus de inclinação


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11 - Atuadores.

11.1 - Atuador de marcha lenta (IACV).


Motor de Passo stepper, tem como função de
corrigir a marcha lenta, e provocar o efeito
estratégico Dasch-pot (retardo momentâneo da
desaceleração) admitindo um calculado fluxo de ar
por um canal dedicado a este fim no corpo do
acelerador, causando uma notável e suave
desaceleração na 150. O ECM gera pulsos
positivos e negativos em seus pinos, regulando a
posição necessária. Saiba que, o IACV só irá atuar
quando a borboleta estiver fechada (TPS =
±0,5v), caso contrário ele não irá atuar, visto que
a borboleta já estará admitindo o mínimo ar de
Marcha lenta para o motor.

Pinagem do Chicote do Conector da válvula IACV:

Pino 1- cor: azul / branco.


Pino 2- cor: marrom / branco.
Pino 3- cor: marrom / preto.
Pino 4- cor: azul / preto.

Testes de Resistências:

Entre os pinos 1 e 4 e pinos 2 e 3


devemos encontrar aproximadamente
130Ω.
Devemos nos atentar no encaixe
deste atuador no corpo do acelerador,
pois no mesmo há um pino de
centralização que encaixa na valeta do
cilindro obturador do IACV.
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11.2 – Eletro-injetor. (bico injetor)

O eletroinjetor mais conhecido como “Injetor”, tem a vital função de


injetar combustível pressurizado na câmara do motor. É composto
internamente por uma válvula solenóide, o comando de abertura de fluxo é
feito pelo ECM por pulsos negativos, a pressão de combustível de 3 BAR
vinda da mangueira, faz com que o liquido ao passar pela abertura do eletro-
injetor se pulverize na câmara de combustão. O cálculo de abertura (TI -
tempo de injeção medido em mili-segundos) é feito pelo ECM através das
informações dos sensores, sempre injetando um fluxo preciso para que haja
eficiência, potência e economia com o combustível.

Titan Mix: 8 orifícios.

Titan Gasolina: 6 orifícios.

CB 300: 12 orifícios.

Pino 1 - cor: Preto /Azul.


Pino 2 - cor: Rosa / branco.

Para saber se o eletro-injetor está ok,


temos que encontrar entre os dois pinos
uma resistência no valor de 9 a 12,5 Ω.
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11.3 - Bomba de Combustível.

Antes bombas de combustível só


eram vistas em motos potentes e Sensor do Nível da Bóia
grandes, e hoje podemos contar com Resistência: 10 a 100Ω
elas em motos de potência menor
também. Este atuador na maioria das
motos fica localizado dentro do tanque
e também é controlado pelo ECM, sua
função é manter uma pressão de
combustível eficaz no eletro-injetor.
Para testarmos sua pressão temos que
usar um manômetro. Outro teste eficaz
é verificar a vazão de combustível (120
a 150 ml) alimentando a bomba por 10 Pré Filtro
segundos. Quase todas as bombas Saída de fluxo

contém um valor de 3Ω em seus


terminais (Preto/azul e Marrom).

*Filtro de impurezas e Regulador de pressão:


Na linha de combustível da Bros ou Titan mix, você encontra um filtro de
impurezas e também um regulador de pressão de combustível.

Filtro Regulador de pressão

As Motos Mix contém Bombas com estruturas diferenciadas, por isso


trabalham com pressão de 4 a 6 Bar em suas saídas para o filtro de
impurezas. Um regulador de pressão em bom estado deve regular para o
injetor uma pressão de 3 Bar com +10% de tolerância. As Bombas das
motos a gasolina trabalham com 3 Bar em suas saídas para o injetor, pois já
contém um regulador embutido na sua estrutura. A Bomba da CB 300
trabalha com pressão de 3,5 Bar para o injetor.
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11.4 - Bobina de ignição.

Este atuador é responsável por gerar alta tensão na vela para que a
mesma produza a centelha para explosão de combustível na câmara do
motor.
O terminal do fio Preto/azul é ligado em 12v, e o terminal do fio
Rosa/azul é ligado no ECM, esses dois terminais correspondem ao lado do
enrolamento primário do componente, o ECM gera pulsos negativos através
do terminal Rosa/azul conforme a informação da freqüência do sensor de
rotação, já o cabo secundário é ligado no pino da cabeça da vela. A bobina
entrega para a vela entre 5Kv a 8Kv e é capaz de gerar até 30 Kv (30 mil
Volts), ou seja, não se deve fazer teste de faísca apontando o cabo
secundário na carcaça do motor, pois o ECM é sensível e está aterrado no
chassi da motocicleta, além disso, você estará correndo risco de levar um
desagradável choque elétrico.
Para testarmos se a bobina está ok, teremos que medir a resistência
entre os pinos primários e encontrar valores próximos a 3Ω, e entre um dos
pinos primários com o secundário o valor de 10KΩ. Para testar se o
Supressor de ruído (cachimbo) está OK, temos que encontrar um valor
aproximado de 5KΩ entre seus terminais.
Obs.: A vela utilizada nesta motocicleta deve ser “resistiva” (4 a 7kΩ) para
eliminar os ruídos magnéticos, caso contrário o funcionamento do motor será
instável.

Primários Supressor de ruído

Secundário
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12 - Componentes do sistema de injeção e localizações.


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14 - Aterramento do Chassi.
Todos os terminais Terra (Massa) do sistema elétrico da moto estão
presos em um único parafuso no chassi dedicado a este fim, certifique-se
sempre se o mesmo está bem preso, pois um aterramento mal feito pode
danificar o ECM.

15 - Código de defeitos.
No painel da moto, há uma lâmpada de
anomalia (MIL) dedicada a sinalizar ao condutor
através de “piscadas” uma possível irregularidade no
funcionamento da injeção. Sempre quando a Linha
+15 é ligada, o ECM faz um auto diagnóstico com
duração de segundos, mantendo esta lâmpada acesa.
Se algum componente do sistema estiver com defeito
ou desconectado, a luz de injeção irá piscar em certa
ordem de acordo com o número de piscada de cada
componente.Veja abaixo:

A luz continua acesa: indica que o ECM pode estar com defeito.
1 piscada: indica falha envolvendo o sensor MAP.
7 piscadas: indica falha envolvendo o sensor EOT.
8 piscadas: indica falha envolvendo o sensor TPS.
9 piscadas: indica falha envolvendo o sensor IAT.
12 piscadas: indica falha envolvendo o eletro-injetor.
21 piscadas (Gasolina) e 23 (MIX): indica falha envolvendo o sensor O2.
29 piscadas: indica que há uma falha envolvendo o IACV.
54 piscadas: indica que há uma falha envolvendo o sensor de inclinação.
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17 - Diagrama elétrico: Titan 150 (Gasolina): 21

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