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MÉTODO INJEÇÃO EXPERT


(Sensores, atuadores e central)
Todas as informações e especificações Sumário
desta apostila são as mais recentes
disponiveis na ocasião de sua impressão. Conhecendo a PGM-FI - Sensores..........03

O professor se reserva o direito de efetuar Sensor Oxigenio......................................03


alterações nesta apostila a qualquer
momento e sem prévio aviso, não Sensor de Temperatura Motor - EOT......06
incorrendo por isso em obrigações de
qualquer espécie. Sensor de Temperatura Ar - IAT..............07

Nenhuma parte desta apostila pode ser Sensor de Pressão do Coletor - MAP.......09
reproduzida sem autorização por escrito.
Sensor CKP...............................................11

Sensor de Posição da Valvula de


Aceleração – TP ......................................13

Sensor do Ângulo do Chassi - BAS...........16

Válvula de Aceleração.............................18

Atuadores...............................................19

Válvula Controle Ar - IACV......................20

Bico Injetor..............................................22

Bomba Combustível................................25

Bobina Ignição........................................28

Lampada MIL..........................................29

Central Eletrônica Combustivel – ECM...30

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SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA PGM-FI

O Sistema PGM-FI funciona através da interação entre os componentes de entrada, de


controle e de saída.

Os sensores são os componentes de entrada.

Eles monitoram constantemente as condições de funcionamento do motor e enviam as


informações a ECM, em forma de sinais elétricos.

Veja os principais sensores da motocicleta.

SENSOR DE O2

O sensor de O2 está localizado no sistema de escape e informa à ECM a concentração de


oxigênio existente nos gases de escape.

Essa informação é importante para a ECM calcular a mistura ar/combustível. A falta ou excesso
de oxigênio indicam uma queima imperfeita do combustível no motor, aumentando a emissão
de gases poluentes.

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SENSOR O2

SENSOR DE O2

A falta de oxigênio é conhecida como mistura rica, e irá resultar na geração de monóxido de
Carbono (CO) e Hidrocarbonetos não queimados (HC).

O excesso de oxigênio na mistura também chamada de mistura pobre, irá gerar o Óxido de
Nitrogênio (NOx).

Esses gases são altamente poluentes.

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SENSOR O2

Com base na variação do sinal elétrico fornecido pelo sensor de O2, a ECM calcula e ajusta a
quantidade de combustível injetado, adequando a mistura ar/combustível.

Nas motocicletas MIX, o sinal do sensor de O2 permite que a ECM identifique o combustível
utilizado, ou a mistura entre eles.

NOTAS

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SENSOR DE TEMPERATURA DO MOTOR – EOT

O sensor EOT detecta a temperatura do óleo do motor.

Este sensor é constituído de um termistor que varia sua resistência elétrica de acordo com a
variação da temperatura a que está submetido.

Se a temperatura do óleo do motor for baixa, a voltagem enviada para o ECM será alta. A
voltagem diminui à medida que a temperatura do óleo aumenta.

Este sinal é utilizado pela ECM para corrigir a duração de injeção de combustível de acordo
com a temperatura do óleo do motor.

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SENSOR DE TEMPERATURA DO AR DE ADMISSÃO – IAT

Localizado na unidade dos sensores, o sensor IAT, monitora a temperatura do ar admitido no


motor.

A massa de ar admitida é calculada em função da densidade do ar e da rotação do motor.

A densidade do ar é determinada em função da pressão e da temperatura do ar. Quanto mais


alta a temperatura do ar, menor será sua densidade.

Veja este exemplo:

• Para uma mesma quantidade de ar mantida sob uma mesma pressão, a sua densidade varia
de acordo com a temperatura

• Se a temperatura estiver alta, as moléculas do ar se afastam uma das outras. Isto significa
que a densidade do ar é baixa

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SENSOR DE TEMPERATURA DO AR DE ADMISSÃO – IAT

• Se a temperatura estiver baixa, as moléculas do ar se aproximam uma das outras, fazendo


com que a densidade do ar aumente

A variação da densidade do ar afeta diretamente na mistura ar/combustível.

O sensor IAT, também é constituído por um termistor.

Se a temperatura do ar de admissão for baixa, a voltagem enviada para o ECM será alta.

A voltagem diminui a medida que a temperatura aumenta.

O sinal do sensor IAT, é utilizado pela ECM para corrigir a duração da injeção e
consequentemente a quantidade de combustível injetado de acordo com a temperatura do ar
de admissão.

Isto faz com que a mistura ar/combustível se mantenha ideal para o bom funcionamento do
motor.

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SENSOR DE PRESSÃO DO COLETOR – MAP

O sensor MAP também está localizado na unidade de sensores,e monitora o vácuo no interior
do coletor de admissão.

Este sensor possui em seu corpo, um diafragma de silicone que é um dispositivo sensível à
pressão.

Quando a pressão é aplicada, a resistência do dispositivo varia, convertendo esta pressão em


voltagem que é enviada para a ECM.

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SENSOR DE PRESSÃO DO COLETOR – MAP

Se a pressão do coletor de admissão for baixa, a voltagem enviada para o ECM será baixa.

A voltagem se tornará maior conforme o vácuo aumentar.

Dependendo dos dados do sensor MAP, o ECM determina a duração de injeção de


combustível.

NOTAS

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SENSOR CKP

O sensor CKP possui dupla função. Monitora a rotação do motor e o ângulo da arvore de
manivelas.

O sensor CKP possui um ímã permanente e uma bobina captadora.

O rotor possui nove ressaltos, que permitem ao sensor determinar a posição exata da árvore
de manivelas.

Quando a arvore de manivelas está em movimento, os ressaltos do rotor passam pelo sensor
gerando um pulso indutivo, mudando o fluxo magnético da bobina captadora.

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SENSOR CKP

O sensor detecta essas mudanças, converte-as em pulsos de voltagem que são enviados para a
ECM (nove pulsos a cada rotação da árvore de manivelas).

Através dos sinais do sensor CKP a ECM determina:

• O ponto de injeção de combustível

• A duração de injeção de combustível

• O ponto de ignição

• O corte do fornecimento de combustível durante a desaceleração

NOTAS

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SENSOR DE POSIÇÃO DA VALVULA DE ACELERAÇÃO - TP

O sensor TP está localizado na unidade de sensores e monitora o ângulo de abertura da válvula


de aceleração.

Montado junto ao eixo da válvula de aceleração, seu funcionamento é similar a um resistor


variável (Potenciômetro).

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SENSOR DE POSIÇÃO DA VALVULA DE ACELERAÇÃO - TP

O movimento do resistor é sincronizado com a rotação da válvula de aceleração. Assim, o


sensor TP pode medir exatamente a resistência de acordo com a abertura da borboleta de
aceleração.

Quando a abertura da válvula de aceleração é pequena, a voltagem enviada para o ECM é


baixa.

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SENSOR DE POSIÇÃO DA VALVULA DE ACELERAÇÃO - TP

A voltagem enviada será maior conforme a abertura da válvula de aceleração aumentar.

Esses sinais são utilizados pela ECM para:

• Determinar a duração de injeção de combustível

• Cortar o fornecimento de combustível durante a desaceleração

• Aumentar a quantidade de combustível injetado durante a aceleração

NOTAS

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SENSOR DE ÂNGULO DO CHASSI – BAS

O sensor de ângulo do chassi tem a função de desligar o motor da motocicleta em caso de


queda.

Nas motocicletas Honda são utilizados dois tipos de sensor de ângulo:

• Motocicletas de 100cc a 300cc utilizam o sensor do tipo circuito integrado, enquanto que nos
modelos acima de 600cc é utilizado o sensor tipo palheta

FUNCIONAMENTO

Seu funcionamento é bastante simples.

Com a motocicleta na posição vertical, o magneto do pendulo do sensor encontra-se longe do


circuito integrado Hall.

Nesta condição o circuito permanece desligado.

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SENSOR DE ÂNGULO DO CHASSI – BAS

Durante a condução em uma curva, o pendulo praticamente não se movimenta devido ao


surgimento da força centrífuga que faz com que ele permaneça com a mesma inclinação da
motocicleta.

Quando a inclinação da motocicleta exceder a 55° (± 5°), o pendulo do sensor é deslocado


fazendo com que o magneto ligue o circuito integrado Hall.

Quando isto ocorre, um sinal é enviado para a ECM que corta a alimentação de combustível,
desligando o motor.

NOTAS

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VALVULA DE ACELERAÇÃO

Montada no corpo do acelerador, a unidade de sensores do sistema PGM-FI, é composta pelo


sensor MAP, sensor IAT e sensor TP.

A unidade de sensores, não deve ser removida do corpo de acelerador a menos que seja
necessário substituí-la.

Se durante a manutenção da motocicleta for verificado a necessidade de substituição da


unidade de sensores, será necessário efetuar o procedimento de reinicialização da válvula de
aceleração do corpo do acelerador, em posição completamente fechada.

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ATUADORES

ATUADORES

Os atuadores são os componentes de saída do sistema de injeção eletrônica, ou seja, eles são
os responsáveis pelo acionamento e funcionamento do motor.

 Bomba Combustível: Fornece o combustível pressurizado de forma constante,


proveniente do tanque de combustível para o injetor.
 Injetor: Injeta o combustível, sendo acionado por um solenoide.
 ECM: Controla a injeção de combustível e a ignição efetuando cálculos com base nos
dados enviados pelos sensores ligados a ECM.
 IACV: Controla a marcha lenta. Junto da IACV está a UNIDADE DE SENSORES (TP, MAP
e IAT)
 MIL: Lâmpada indicadora de mau funcionamento do sistema de injeção eletrônica.
 Bobina Ignição: Responsável por transformar a baixa tensão em alta e assim produzir a
faísca para iniciar a queima da mistura ar/combustível.

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VÁLVULA CONTROLE DE AR MARCHA LENTA - IACV

A válvula IACV é responsável por efetuar o controle do volume de ar na admissão,


principalmente em situações de marcha lenta.

Seu posicionamento é calculado pela ECM, que provê a quantidade correta de ar para o
controle de marcha lenta em função da temperatura do óleo do motor.

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VÁLVULA CONTROLE DE AR MARCHA LENTA - IACV

Quando o motor está frio, a válvula IACV aumenta a quantidade de ar admitido.

Quando isso ocorre, o tempo de injeção também aumenta, garantindo a mistura ideal para
a partida a frio, até que o motor esteja com a mistura ideal de funcionamento.

PASSAGEM DE AR BAIXA PASSAGEM DE AR ALTA

NOTAS

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INJETOR COMBUSTÍVEL

VÁLVULA INJETORA COMBUSTÍVEL

A válvula injetora é o componente responsável pela injeção do combustível no motor.

Comandado pela ECM, o injetor recebe o combustível da bomba de combustível e injeta a


quantidade adequada de combustível de acordo com a carga imposta ao motor.

O injetor combustivel é uma valvula solenoide composta por diversos componentes.

Veja seus principais componentes:

 Bobina do solenoide
 Mola do solenoide
 Embolo ou válvula de agulha
 Bico Injetor
 Filtro

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INJETOR COMBUSTÍVEL

FUNCIONAMENTO

Quando a válvula injetora esta fechada, o combustivel pressurizado é bloqueado pela válvula
de agulha e assento da válvula.

No instante em que a bobina do solenoide é energizada, ela puxa ela puxa a válvula da agulha
para cima, comprimindo a mola do solenoide.

Como resultado, a válvula de agulha do bico injetor se levanta, liberando o combustivel sob
alta pressão, que passa pelo filtro e é pulverizado no coletor de admissão.

Quando a energia do bobina do solenoide é


cortada pela ECM, a mola do solenoide
empurra a válvula de agulha, fechando o
bico injetor.

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INJETOR COMBUSTÍVEL

NOTAS

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BOMBA DE COMBUSTÍVEL

BOMBA COMBUSTÍVEL

Localizado interna ou externa no tanque de combustível a bomba é responsável por fornecer


combustível sob pressão aos injetores.

Veja os principais componentes do conjunto da bomba de combustível:

 Bobina do induzido
 Válvula reguladora
 Válvula da retenção da pressão residual
 Tampa da bomba
 Rotor
 Filtro
 Orifício de descarga

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BOMBA DE COMBUSTÍVEL

FUNCIONAMENTO

Quando o motor é ligado, o combustível existente no reservatório é puxado pelo rotor através
do filtro.

O combustível circula pelo interior da bomba, passando pela válvula de retenção de pressão
residual, e segue através do orifício de descarga para o injetor.

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BOMBA DE COMBUSTÍVEL

Quando o motor é desligado, a bomba para de funcionar.

A válvula de retenção da pressão residual mantém a pressão residual para facilitar a partida do
motor.

Se durante o funcionamento, a pressão no circuito (entre a bomba e o injetor) exceder o nível


especificado, a válvula reguladora é aberta para manter a pressão do combustível constante.

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BOBINA IGNIÇÃO

BOBINA IGNIÇÃO

A bobina ignição é o componente que recebe os pulsos elétricos da ECM e gera a alta voltagem
para o sistema de ignição que é responsável pela centelha na vela.

É com base nos sinais enviados pelo sensor CKP que a ECM realiza o sincronismo do
acionamento da bobina.

NOTAS

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LUZ DE ADVERTENCIA DE FALHA – MIL

LUZ DE ADVERTENCIA DE FALHA – MIL

A luz de advertência de falha MIL está localizada no painel de instrumentos e tem a função
avisar o condutor que existe uma avaria no sistema da injeção eletrônica.

O sistema de injeção eletrônica esta equipado com um sistema de autodiagnose.

Se alguma anormalidade ocorrer no sistema, a ECM acionará a luz MIL e registrará um código
de falha na sua memória.

Quando ocorrerem anormalidades no sistema, a ECM aciona uma estratégia de funcionamento


para o componente avariado, permitindo que a motocicleta seja conduzida até um local
seguro ou uma oficina.

Essa estratégia não é aplicada quando ocorrem falhas no INJETOR ou no sensor CKP. Nesses
casos, o funcionamento do motor é interrompido para protegê-los contra danos.

NOTAS

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CENTRAL ELETRONICA DE COMBUSTIVEL - ECM

A ECM é o componente do sistema PGM-FI que tem a função de controlar a ignição e a injeção
de combustível.

No sistema de injeção eletrônica existem diversos sensores instalados no motor, que são
componentes que fazem medições para a ECM.

Com essas informações ela tomará decisões, que estão programadas em sua memória, para
que o motor funcione de forma adequada e dentro dos parâmetros preestabelecidos, através
do acionamento dos atuadores.

Através das informações recebidas dos sensores, a ECM determina:

- O volume de combustível
- O início, o sincronismo e a duração da injeção

Para determinar a duração da injeção, a ECM analisa os sinais enviados pelo sensor de posição
do acelerador, sensor de posição da arvore de manivelas, sensor de pressão de ar de admissão
e sensor de temperatura.

O início e o sincronismo da injeção são determinados pelo sinal do sensor de posição da arvore
de manivelas.

SINAIS DOS SENSORES

Os sinais enviados pelos sensores são analisados e comparados pela ECM com parâmetros
preestabelecidos em sua memória.

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CENTRAL ELETRONICA DE COMBUSTIVEL - ECM

A partir desses parâmetros, a ECM aciona os injetores, determinando o volume ideal de


combustível a ser injetado de acordo com o volume de ar admitido, gerando a perfeita relação
ar/combustível, também chamada de mistura estequiométrica.

Quanto mais adequada a mistura, melhor o rendimento e economia do motor, e menor


emissão de gases poluentes.

NOTAS

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CENTRAL ELETRONICA DE COMBUSTIVEL - ECM

TIPOS DE MEMÓRIAS

A ECM possui uma memória que está programada com os parâmetros de funcionamento do
sistema de injeção e de outros componentes do veículo, permitindo que o motor funcione de
forma adequada.

Esses parâmetros são armazenados nos seguintes tipos de memória da ECM:

- ROM - Read Only Memory


- EEPROM – Electric Erasure Programmeble Read Only Memory
- RAM – Random Access Memory

ROM

Memoria apenas de leitura. Após a gravação os dados não podem mais ser alterados. É nesta
memória que são gravados os dados referentes as características do motor (potência, volume,
curva de avanço, temperatura de trabalho e outros).

EEPROM

Essa memória é uma variação da memória ROM e pode ter seus dados apagados, regravados
ou alterados através de equipamento apropriado. É nessa memoria que são armazenados os
dados de adaptação (características que permitem estratégias para aumentar a proteção ao
motor, a segurança da motocicleta ou o conforto para o piloto), e os códigos de diagnóstico de
falhas.

RAM

Memória de acesso aleatório, ou seja, é utilizada pela ECM para efetuar a troca de
informações entre as outras memorias e o processador. É como um caderno de rascunhos,
onde o processador grava os valores para ajustar o funcionamento da motocicleta de acordo
com as condições de operação, porém seus dados são perdidos quando a bateria da
motocicleta é desconectada.

PARAMÊTROS

Os parâmetros programados na memória da ECM permitem também que ela adote estratégias
para:

- Enriquecimento da mistura durante a partida e fase de aquecimento


- Limitação da rotação máxima do motor
- Auto adaptação na mistura ar/combustível
- Controle do ponto de ignição
- Controle de detonação
- Correção do ponto de ignição durante a partida do motor e fase de aquecimento
- Correção de rotação da marcha lenta, através da alteração do ponto de ignição
- Controle dos níveis de emissões.

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CENTRAL ELETRONICA DE COMBUSTIVEL - ECM

CUIDADOS

A ECM é um componente que não apresenta desgaste, porem alguns cuidados devem ser
tomados para não comprometer seu funcionamento:

- Não retire ou coloque o conector da ECM com o interruptor de ignição ligado


- Não desligue a bateria com o motor funcionando
- Desconecte e conecte o chicote principal do ECM com cuidado, para não danificar os pinos
internos do ECM.

NOTAS

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