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Reforço do subleito
Sub-base
Base
Revestimento
Introdução
Este método foi proposto pelo Engenheiro Murillo Lopes de Souza, na década de
60, com base no ensaio C.B.R de O. J. Porter, no Índice de Grupo, de Steele e no que se
refere ao tráfego, nos trabalhos do U.S. Corps of Engineers, apresentados por J. Turnbull, C.
R. Foster e R. G. Alvhin, e conclusões obtidas na Pista Experimental da AASHTO. Os dados
correspondentes aos coeficientes de equivalência estrutural são baseados nos resultados
obtidos na pista experimental da AASHTO em Otawa, Estado de Ilinois, no final da década de
50.
O método se apresenta na seguinte seqüência de estudos:
• Subleito;
• Tráfego;
• Materiais das camadas;
ESTUDO DO SUBLEITO
Serviços de Campo Ensaios de Laboratório Analise Estatística Relatório final
1. Serviços de Campo
Ensaios
Granulometria
Classificação H R B
LL
IP
IG
LP
Compactação
ISC
Adensamento
Ensaios Permeabilidade
Especiais Triaxial
3. Análise Estatística
Sub-trechos com extensão de até 20km.
Ensaios de caracterização:
no de amostras > 25, tomar aleatoriamente 25 amostras e ensaia-las.
9 < no de amostras < 25, todas as amostras devem ser ensaiadas.
no de amostras < 9, completar o no mínimo de amostras (= 9) para ensaio.
Ensaios de ISC : 9 amostras
4. Apresentação dos resultados e traçado do perfil longitudinal
B) Reforço
o C.B.R. maior do que o do subleito
o Expansão 1%
C.B.R 80%
Expansão 0,5%
Limite de Liquidez 25%
Índice de Plasticidade 6%
Equivalente de Areia 20%
A granulometria deverá obedecer as faixas (Parte I) mostradas na tabela.
As misturas betuminosas devem ser dosadas, utilizando-se o ensaio Marshall.
A massa especifica exigida para a compactação do solo no campo definirá o CBR
de projeto.
Sempre haverá um sistema de drenagem superficial adequado.
O lençol d’água subterrâneo será rebaixado a, pelo menos, 1,50 m em relação
ao greide de regularização.
Tipos I II
Peneiras A B C D E F Material CBR (%)
2” 100 100 - - - -
1” - 75-90 100 100 100 100 Brita compactada 80 – 120
3/8” 30-65 40-75 50-85 60-100 - Macadame hidráulico 80 – 120
NO 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100 Solo cimento 40 – 60
NO 10 15-40 20-45 25-20 40-70 40-100 55-100
NO 40 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70 Solo estabilizado 20 – 40
NO 200 2-8 5-20 5-15 10-25 6-20 8-25 Areia (sem argila) 15 – 40
Argila arenosa 6 – 10
Silte argiloso plástico 3-5
ESTUDO DO TRÁFEGO - VEÍCULOS
Referencias
DNIT. Manual de estudos de tráfego. Ministério dos Transportes. Publicação
IPR 723. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. 2006.
ESRD
Padrão
Duplo - ETD
o Eixo Tandem
Triplo - ETT
CONFIGURAÇÕES POR EIXO
FV = FC x FE - fator de veículo
Taxa de Crescimento de Tráfego
Atual
Tráfego Desviado
Gerado
t
a) Taxa de crescimento linear anual, t (%). V1 VO 1 i
100
V1 - Volume de tráfego no primeiro ano. TDM o D
Vo - Volume de tráfego inicial. Vo
VP - Volume de tráfego no último ano de projeto
100
TDMo - Tráfego diário médio atual t
D – porcentagem de tráfego no sentido dominante V P V1 .1 P
100
V1 VP
Vm
OBS: Na falta de dados - t = 5% a.a. 2
Exemplo:
Seja uma contagem de tráfego TDMO = 800 veículos/dia, com 60% dos veículos no
sentido mais solicitado, numa via de duas faixas de tráfego e duas mãos. Qual o volume
total de tráfego no período de projeto (VT) ? São conhecidos:
Taxa de crescimento linear do tráfego t = 5%
Período de projeto P = 10 anos
Tempo de execução das obras p = 1 ano
-Solução –
D = 60%
VO = (800x60)/100 = 480 veículos/dia
V1 = 480x (1 + 5/100)] = 504 veículos/dia
VP = 504 x [1 + (10 x 5/100)] = 756 veículos/dia
(504 756)
Vm 630 veiculos / dia ( sentido mais solicitado )
2
VT = 365.Vm .P
VT = 365 x 630 x 10 = 2.299.500 VT 2,3 . 106 veículos
b) Taxa de crescimento geométrico anual
o Tráfego no ano inicial do projeto: V1 = V0 (1 + t)
o Tráfego no último ano do período de projeto: VP = V1 ( 1+ t )P
o Tráfego total: VT = 365. V1 [(1+t)P – 1]/t
Determinação do FEO
1) Método da A A S H T O 4 , 32
Q
Roda simples – Eixo simples FEO
7,77
Roda dupla: Q
4 , 32
FEO
Eixo simples 8,17
4 ,14
Q
Eixo duplo FEO
15,08
4 , 22
Q
Eixo triplo FEO
22,95
2) Método do D N I T
Composição de tráfego
FC 100 (VDM i )
( f VDM )
i
f i %
Fator de Carga: equivalência de operação entre o tráfego de veículo padrão e o tráfego real
FC
( f VDM
i i )
FC
f %
i TDM 0 (VDM i )
VDM i 100
Fator de Eixo: Transforma o numero de veículos padrão, em número de passagens de eixos equivalentes
Outra maneira:
Para um projeto em que se prevê 60% dos veículos com 2 eixos e 40% com 3 eixos, o
fator eixo será:
Exemplo 2:
Em uma estrada, a amostragem contou 300 veículos comerciais assim constituídos: 200
veículos com 2 eixos, 80 veículos com 3 eixos e 20 veículos com 4 eixos. Qual o valor de
(FE).
Exemplo:
Duração Coeficiente
(meses) climático 3 2 7
FR 2 1,5 0,7 1,16
3 2,0 12 12 12
2 1,5
7 0,7
Eixo Simples No eixos/dia Freqüência (%) VDM FEO (f) x (%) (f) x VDM
(ton) (f)
6,0 2 34,5
10,0 2 22,0
Eixo Tandem
Duplo
(ton)
16,0 3 26,5
30,0 4 17,0
(*) Conhecidos os dados do tráfego abaixo pede-se calcular: a) os valores de FC e FE; b) O número N,
considerando FV = 5,0 x 106 veículos/dia. Dado: Altura media anual de chuva = 900 mm.
FC
(%) ( f ) 51,502 0,515 V1 V P 949,4 1.044,34
100 100 Vm 996,87 veiculos
•Volume inicial de tráfego diário no sentido mais solicitado: 940 ônibus
2 2
•Volume de tráfego no primeiro ano de operação: V1 = Vo (1 + t) N = 365 x 10 x 996,87 x 0,50 x 2,0 x 1,0 = 3.638.575,5
V1 = 940 (1 + 0,01) = 949,4
•Volume de tráfego para o período de projeto: VP = V1 (1 + P . t) N = 3,6 x 106 veículos
V10 = 949,4 (1 + 10 x 0,01) = 1.044,34
Materiais das camadas
Coeficiente de equivalência estrutural (k)
HP – espessura de material padrão equivalente a hi
HP = Ki . hi
hi – espessura do material que irá compor a camada
- Mat. estabilizado com cimento: Rc7 > 4,5 MPa (45 kgf./cm2 ) BGTC; SC 1,70
- Mat. estabilizado com cimento: 2,8 MPa <Rc7< 4,5 MPa SC 1,40
- Mat. estabilizado com cimento: 2,1 MPa<Rc7<2,8 MPa: SMC 1,20
-- Material estabilizado com Cal: solo-cal 1,20
CBR1
1/ 3 CBR1 = CBR do reforço ou sub-base
K Re f ou K Sb CBR2 = CBR do subleito
3 CBR 2
Se CBR1 > 3 x CBR2 , adotar KSub ou KRef = 1
1/ 3
CBR1
1/ 3
10
K Re f 0,82
3 CBR 2 3 6
Cálculo das espessuras das camadas
2
Outro material: R Rmin
KR
Ábaco de Dimensionamento
1/ 2
7011
H T 9,02 0,23 log 10 N 0,5 234,33 cm
CBR
CONSTRUÇÃO POR ETAPAS
1) Dimensionar o pavimento de uma estrada para a qual se prevê N = 103 veic. Padrão.
O subleito apresenta IS = 2 e que se dispões de material para reforço com IS = 12 e
material para base e sub-base. Utilizar concreto betuminoso como revestimento.
- SOLUÇÃO –
- Do Ábaco e das tabelas obtem-se:
H2 = 56 cm KR = 2,00
H12 = 21 cm KB = 1,00 N = 103 R = 5 cm (Tabelado)
H20 = 18 cm Ksub = 0,77
KRef = 0,71
3) Dimensionar o pavimento para uma estrada em que N = 108 eixos padrão, sabendo-se
que o subleito apresenta um IS = 10. Dispõe-se de material para reforço do subleito
com IS = 15 e de material para camada de base. O revestimento é de concreto
betuminoso.
4) Dimensionar o pavimento para uma estrada em que N = 1,85 x 107 eixos padrão,
sabendo-se que o subleito apresenta CBR = 6. Dispõe-se de material para reforço do
subleito, com CBR = 15 e de material para base. O revestimento é de concreto
betuminoso.
5) O solo de subleito possui IG = 4 e CBR = 8%. Caso necessário, dispõe-se de solo para
reforço com CBR = 12%. O material para sub-base tem CBR = 24%. O revestimento
asfaltico é um pré-misturado a frio. Dimensionar o pavimento para um valor de N = 4 x
106 eixos padrão.
6) Para um tráfego estimado, na faixa de projeto, de 109 repetições do eixo padrão de 80 kN, para
período de projeto de 20 anos, o SETRAN (PA) estabeleceu a estrutura de pavimento asfaltico semi-
rígido abaixo indicada como solução para parte do trecho Entroncamento - Marituba, cuja construção
dá sinais de inicio de degradação (trincas no revestimento). Verifique se as camadas de tal pavimento
atendem ao critério de projeto do DNER.
Revestimento: 15 cm de CBUQ
Base: 12 cm de Brita Graduada Simples
Sub-base: 17 cm de brita graduada tratada com cimento
(Resistência, 7 dias de cura, 6 MPa)
Reforço do subleito: 30 cm de solo melhorado com cimento
(Resistência, 7 dias de cura, 2 MPa e CBR = 15%)
Subleito: Solo com CBR = 6%
ROTEIRO: