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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

PETROMOC S.A

Relatório de Estágio Pré-Profissional

Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes

Edilson Nazaré Lopes

Maputo, Dezembro de 2022


ISUTC – Estágio Acadêmico

Relatório de Estágio Pré-Profissional

Nome: Edilson Nazaré Lopes


Contacto: +258 828022679
Endereço eletrónico: Edilsonlopes388@gmail.com

Assinatura do Chefe de Setor

__________________________________________

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ISUTC – Estágio Acadêmico

Resumo:

No presente relatório encontra-se descrito o resumo das atividades desenvolvidas no período


de seis (6) meses compreendido entre o dia 06 de Junho de 2022 até o dia 06 de Dezembro de
2022, na Oficina Geral da empresa PETROMOC S.A, no Departamento de Serviços de
Manutenção de Depósitos e Edifícios – LSM.

O estagio foi acompanhado de diversos desafios, onde a ajuda, a dedicação e o


acompanhamento dado pelos colaboradores da mesma empresa e o conjunto dos
conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante o processo de formação no Instituto
Superior de Transportes e Comunicação foram bastante fundamentais e de grande importância
para um bom aproveitamento e sucesso durante o período de estágio.

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Índice

Índice de Figuras ........................................................................................................................ 5


Índice de Tabelas ....................................................................................................................... 5
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................. 8
1. Introdução .......................................................................................................................... 9
2. Caracterização da empresa ............................................................................................... 10
3. Objetivos .......................................................................................................................... 11
1.1. Objetivos Gerais....................................................................................................... 11
1.2. Objetivos Específicos............................................................................................... 11
4. Metodologia ..................................................................................................................... 12
5. Trabalhos Desenvolvidos – Revisão de Literatura .......................................................... 12
5.1. Medições do Projeto e Obra (LPG UPGRADE SPHERE 310)............................... 13
5.2. Demolição e Corte de Linhas ................................................................................... 15
5.3. Soldadura ................................................................................................................. 16
6. Reforço do Subleito ......................................................................................................... 27
6.3. Controle de Qualidade e Ensaios Realizados........................................................... 29
8. Outras atividades realizadas e contribuições: .................................................................. 33
9. Conclusão......................................................................................................................... 34
10. Bibliografia .................................................................................................................. 35

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Índice de Figuras
Figura 1 - Área de Projeto e Construção (próprio autor)........................................................ 14
Figura 2 Corte da linha através de um disco de corte (próprio autor). .................................. 15
Figura 3 - Corte da linha através de um serrote automático (próprio autor)......................... 16
Figura 4 - Ligação de duas linhas através da soldadura a argón (próprio autor).................... 17
Figura 5 – Processo de união de duas linhas de enchimento ∅6 em um reservatório de LPG
através de um flange (próprio autor). .................................................................................... 18
Figura 6 - Processo de produção de T de união de linhas (próprio autor). ............................ 20
Figura 7 - Penetrant Test, um dos tipos dos ensaios NDT (próprio autor). ............................ 21
Figura 8 - Braja M. Dias, Fundamentos de ENGENHARIA GEOTECNICA, Tradução da 6ª.
Edição Norte-americana. ........................................................................................................ 22
Figura 9 - Colocação de armadura no molde (próprio autor)................................................. 23
Figura 10 - Agregado utilizado para a estabilização do solo encontrado após a escavação
(próprio autor)........................................................................................................................ 24
Figura 11 - Realização do Slump test após a chegada do Betão na obra (próprio autor). ..... 25
Figura 12 - Realização da colocação da nova camada de solo (próprio autor). ..................... 27
Figura 13 - Realização da compactação do solo (próprio autor). ........................................... 29
Figura 14: Alocação da cofragem da primeira base de suporte em Betão (próprio autor). ... 32

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Algumas unidades de medida utilizadas no Projeto e Construção........................12

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DECLARAÇÃO

Declaro que este Relatório das actividades realizadas durante o período de estágio nunca foi
apresentado para obtenção de qualquer grau ou num outro âmbito e que ele constitui o resultado
do meu labor individual. Este relatório é apresentado em cumprimento parcial dos requisitos
para obtenção do grau de Engenharia Civil e de Transportes.

Maputo, Dezembro de 2022


Autor
…………………………………………………………......................
Edilson Nazaré Lopes

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LISTA DE ABREVIATURAS

E.P.I – Equipamento de Protecção Individual;


L.M.P – Sector de Movimentação de Produtos;
L.P.G – Liquefied Petroleum Gas;
NDT - Non-destructive testing;
LL – Limite de Liquidez;
LP – Limite de Plasticidade.

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1. Introdução

O curso de Engenharia Civil e de Transportes lecionado no Instituto Superior de Transportes e


Comunicação (ISUTC), visa preparar engenheiros com boa capacidade de interpretação e
implementação para poderem exercer funções em empresas ou entidades do setor publico ou
privado, ou em regime liberal realizando atividades como: obras públicas, gestão e fiscalização
de empreendimentos, estudo de projetos e consultoria, concepção, operação e gestão de
sistemas de transportes.

Durante este período de estágio foram analisados projetos de construção, remodelação e


efetuadas manutenções preventivas, assim como a realização de quantificações e o estudo de
hipóteses para possíveis melhorias de setores existentes dentro da empresa.

Estas atividades foram feitas e supervisionadas no Departamento de Serviços de Manutenção


de Depósitos e Edifícios – LSM da empresa PETROMOC S.A sob a supervisão do Eng°. Paulo
Cumbane e o Eng°. Gildo Uique.

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2. Caracterização da empresa

A empresa Petromoc-Petróleos de Moçambique é uma empresa Moçambicana fundada a 1


de Maio de 1977 como empresa estatal e transformada em sociedade anónima em 1999, de
capitais Moçambicanos (60%), Estado, (20%) IGEPE e (20%) GTTs.

O negócio consiste na importação, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos


petrolíferos.

Missão:
Prover serviços e produtos petrolíferos cada vez melhores, visando a satisfação dos clientes e
o desenvolvimento do País, sempre cuidando e protegendo o meio ambiente.

Visão:

• Ser uma empresa moderna, dinâmica e líder de mercado dos produtos petrolíferos e
serviços conexos;
• Ser uma empresa sensível aos problemas dos seus clientes internos e externos;
• Ser uma empresa rentável a preços competitivos.

Valores:
• Boa governança;
• Eficiência;
• Credibilidade;
• Socialmente responsável.

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A instalação da Petromoc encontra-se estruturada da seguinte maneira:


Zona “A”: Zona Administrativa, é composta pelo Sector de Administração, Oficina de
Manutenção e Centro Social;

Zona “B: Zona operacional, que é composta pela LMP, LPG e Bombeiros. É a zona de
movimentação e enchimento de produtos;

Zona “C”: Onde encontra-se o maior tanque das instalações da Petromoc e também serve para
enchimento dos camiões Sul-Africanos, de produtos em transito.

3. Objetivos

1.1. Objetivos Gerais

Este estágio pré-profissional tem como objetivo geral de assimilar todos os conhecimentos
teóricos e práticos adquiridos durante o processo de formação com vista a garantir a
oportunidade de fazer face a experiência prática e obter mais conhecimentos.

1.2. Objetivos Específicos

Com a finalidade de atingir o objetivo geral, os seguintes objetivos específicos foram alvos
deste estagio:

• Inclusão e desenvolvimento das capacidades técnicas e interpessoais em um ambiente


profissional;
• Poder experimentar a realidade do trabalho profissional em uma ou mais situações, de
modo que possa se torna ciente inclusive de outros aspetos do desenvolvimento pessoal.

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4. Metodologia

O presente relatório foi elaborado baseado em literatura existente na instituição com base em
trabalhos que foram executados na empresa, interação direta com trabalhadores afetos no
Departamento de Manutenção, Departamento Administrativo e Eventuais.

Durante o estágio, os trabalhos de campo foram desempenhados de forma maioritária, onde


foram feitas varias visitas as obras para o acompanhamento e fiscalização podendo contar com
a colaboração de alguns engenheiros civis afetos a empresa.

Foram utilizadas varias feramentas de trabalho como o ArchiCAD, AutoCAD, Microsoft


Word, Microsoft Project, Excel, Google Maps e o Google Earth.
Por tratar-se de uma empresa que esta diretamente ligada ao ramo de Oil & Gás e Mecânica
industrial houve a interação com softwares diferentes ao meu setor de formação, mas com o
auxilio e explicação disponibilizada pela parte dos colegas e acompanhamento dos mesmos
foram realizadas todas as tarefas com sucesso.

5. Trabalhos Desenvolvidos – Revisão de Literatura

Foram realizadas durante o período de estágio as seguintes atividades:

• Elaboração de modelo de relatório de acompanhamento de obra;


• Fiscalização e acompanhamento de obras de construção civil e melhoramento de linhas
de passagem de hidrocarbonetos;
• Medição e Realização de Projeto para a Instalação de Linha de Combate a Incêndio
para a Zona Operacional;
• Elaboração de ficha técnica para equipamentos mecânicos e hidráulicos da Oficina de
Manutenção;

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• Elaboração de modelo de relatório de acompanhamento para manutenção preventiva de


Postos de Abastecimento de combustível;
• Fiscalização e acompanhamento de manutenção preventiva de Postos de
Abastecimento de combustível;
• Montagem e reparação de motobombas, motores elétricos, motores mecânicos,
compressores de ar;
• Analise de Propostas de Concursos Públicos para a reabilitação e manutenção de Postos
de Abastecimento de combustível;
• Outras tarefas.

5.1. Medições do Projeto e Obra (LPG UPGRADE SPHERE 310)

Medição é o processo de determinar experimentalmente um valor de magnitude numérica para


uma característica que possa ser atribuída a um objeto ou evento, no contexto de um quadro ou
referência que permita fazer comparações com outros objetos ou eventos.

Unidade Designação Símbolo


Comprimento Polegada ‘’
Superfície Metro quadrado m2

Volume Metro cubico m3

Frequência Numero de ocorrências Hz


Força Quilonewton KN
Massa Quilograma Kg
Ângulo plano Vértice Rad
Aceleração Variação do objeto no tempo m/s²

Tabela 1 - Algumas unidades de medida utilizadas no Projeto e Construção.

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As medições efetuadas, incidiram sobre a obra de atualização e melhoramento do Sistema de


Armazenamento e Enchimento e Exploração de Gás Liquefeito de Petróleo (LPG), na Terminal
da MATOLA, numa área de proximamente 4,410m m2.

Figura 1 - Área de Projeto e Construção (próprio autor).

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5.2. Demolição e Corte de Linhas

Demolição e escavação: remoção de camada de terra com o auxilio de pás mecânicas a uma
profundidade de 0,90 metros, incluindo serviços de estabilização de preparação do solo com
vista a deixar o novo solo a por com condições favoráveis para receber as novas bases de Betão
que servirão de suporte para os bullets (reservatórios de LPG).

Estabilização e Preparação do solo: feita na base de materiais granulares e com maquinas de


compactar mecânicas.

Aspiração e Corte de linhas de LPG: engloba a operação de fecho das válvulas das linhas em
carga para poder se feito o processo de aspiração da linha LPG com o auxilio de mangueiras
que projetem espuma para se proceder ao corte que deve ser procedido com bastante cautela,
principalmente por se tratar de um produto altamente inflamável usam-se equipamentos que
não produzam faísca (trabalhos a frio).

Figura 2 Corte da linha através de um disco de corte (próprio autor).

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Figura 3 - Corte da linha através de um serrote automático (próprio autor).

5.3. Soldadura

5.3.1. Soldadura: é a união sólida entre duas coisas com um material que é semelhante
ou o mesmo que o delas. Num sentido mais amplo, soldar consiste em emendar ou
reparar algo.
Podendo ser feita de diversas formas a mais adequada e segura para este tipo de ambiente é a
frio, ou seja, a soldadura em argón.
É desenvolvida por um arco formado por um fio contínuo e as peças a serem unidas. Além
disso, entrega o material através do elétrodo tubular. Por outro lado, a soldagem migo com gás

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argónio utiliza um elétrodo de metal que serve como material de enchimento e é consumido
durante o processo.

Figura 4 - Ligação de duas linhas através da soldadura a argón (próprio autor).

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Por tratarem-se de linhas que serviam de condutas ou transporte de produtos para


armazenamento e enchimento estás eram unidas umas as outras através de flanges (Fig.2) ou
em moldes com formato ´´ T ´´. Muitos dos acessórios de ligação (flanges e T´S) eram
fabricados nas oficinas (Fig.3).

Figura 5 – Processo de união de duas linhas de enchimento ∅6 em um reservatório de LPG através de um flange (próprio
autor).

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Os diâmetros das linhas de conduta de LPG iam de acordo com a demanda do destino ao
produto ou de acordo com o nível de pressão.

Em caso de enchimento aos tanques geralmente encontravam-se linhas de ∅6-12 e para


armazenamento ∅6-9.
Após a conclusão dos trabalhos de soldadura das linhas para a certificação de que estas tinham
sido realizadas conforme os padrões exigidos e em qualidade eram realizados NDT´s (Non-
destructive testing) ou testes de espuma evitando assim futuros possíveis acidentes de trabalho
e tendo certeza de que o produto estará a circular em linha sem fugas.

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Figura 6 - Processo de produção de T de união de linhas (próprio autor).

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Figura 7 - Penetrant Test, um dos tipos dos ensaios NDT (próprio autor).

5.4. Pilling e Betonagem

5.4.1. Pilling: são geralmente tubos quadrados ou hexagonais ou segmentos de tubos. Este
apresenta um formato de seção transversal sólida para unidades de comprimento
curto e moderado. Eles também são construídos leves, escavando o interior em
seções hexagonais, circulares ou octogonais.

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A execução das estacas de compactação pode ser realizada nos locais onde serão feitas as
sapatas ou numa malha ao longo de todo o terreno desejado, respeitando uma distância de 2 a
3 diâmetros entre elas para que uma cravação não perturbe o solo de uma estaca pronta.
Para executar esse tipo de estaca, existem duas técnicas: vibro-substituição e vibro-
deslocamento. Neste caso a técnica utilizada foi a vibro-deslocamento. Esta consiste em
compactar a parcela de solo com. equipamento vibratório, esquema a seguir:

Figura 8 - Braja M. Dias, Fundamentos de ENGENHARIA GEOTECNICA, Tradução da 6ª. Edição Norte-americana.

Esta atividade foi de extrema dificuldade devido a dureza do solo existente embora no tempo
em que estas atividades estavam sendo executadas o solo apresentava um certo teor de
humidade devido as chuvas que se faziam.
Os técnicos também tiveram várias dificuldades ao executar a máquina devido ao seu mau
estado.

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Figura 9 - Colocação de armadura no molde (próprio autor).

Para este processo, era feito a limpeza do local pretendido e depois a demarcação dos locais
onde seriam feitas as perfurações. O movimento que a máquina de pilling executava era

uniforme ao fim de ser feito as perfurações de 12m, o suficiente para se colocarem a Brita1 e
Pó de cimento e de seguida a colocação de pilares de secção circular Ø 32mm e posterior a
colocação de um betão pronto de traço ... sendo realizado os ensaios do mesmo após a chegada
na obra.
Foram recolhidas amostras do betão utilizado, sendo colocadas em provetes para o teste da sua
dureza.
O uso da brita e da areia no solo proporciona uma redução dos vazios, aumentando a
compacidade do solo e sua capacidade de carga e é viável em solos arenosos ou argilosos que
é o caso do solo em questão.

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Após a colocação dos agregados para a preparação do solo, seguiu-se a colocação da armadura.
Esta foi considerada a fase mais crucial da obra devido a falta de alguns equipamentos para a
elevação da armadura dos pilares, mas com o auxílio da máquina que estava sendo utilizada
para o pilling, a equipe técnica teve sucesso.

Figura 10 - Agregado utilizado para a estabilização do solo encontrado após a escavação (próprio autor).

5.4.2. Betonagem: Colocação de argamassa de cimento em locais específicos com o


objetivo de executar elementos construtivos estruturais ou não estruturais.

Para se proceder a este trabalho, a empresa selecionada para o fornecimento deste produto teve
de apresentar testes do Betão, de modo a garantir que este apresentava condições de ser
utilizado nesta obra.

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Slump Test NP EN 12350-3

Este é o meio de definir as características do betão fresco minutos antes de sua aplicação,
fazendo parte do controle tecnológico.
O slump test mede a consistência do concreto para conferir a trabalhabilidade e verificar se
aquele concreto poderá ser utilizado para concretar determinada peça na obra.

Figura 11 - Realização do Slump test após a chegada do Betão na obra (próprio autor).

Obteve-se:
- Dimensão do agregado 20mm;
- Abaixamento 1340mm.

Após a chegada do betão a obra, eram realizados sempre os ensaios de rebaixamento seguinte
os seguintes passos:

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- Recolha de uma amostra representativa;


- Colocação da amostra no cone e compactação de 25 pancadas com varão de Ø16;
- Retirar o molde lentamente e coloca-lo com a base menor voltada para baixo;

- Compara-se a diferença de altura entre o molde e o tronco de cone de betão fresco, que é o
abatimento ou slump, em centímetros (cm);
- Verificando-se que o valor do teste corresponde ou ao valor especificado, ou a um valor
dentro do limite de tolerância normativa, pode-se aceitar o betão.
O ensaio só é valido no caso de se verificar um abaixamento verdadeiro, no qual o
betão permaneça substancialmente intacto e simétrico.
Se o provete se deformar deve colher-se outra amostra e repetir o procedimento. Se em dois
ensaios consecutivos se verificar deformação de uma Porcão de betão da massa do provete,
o betão não apresenta a plasticidade e coesão adequada.

Ensaio de resistência à Compressão. NP EN 12350-2

Após a realização da betonagem de alguns furos, foram recolhidas as amostras para a realização
dos testes de betão. Estes testes ajudam a garantir que a qualidade do betão e agregados esteja
em conformidade com regulamentos obrigatórios e normas de padrão de qualidade. Os testes
geralmente são realizados por terceiros para garantir a conformidade.

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6. Reforço do Subleito
É a camada do pavimento constituída de solo escolhido proveniente de áreas de
jazidas ou empréstimos, executada sobre o subleito, com intui- to de melhorar a
capacidade estrutural do pavimento. Apresenta estabilidade e durabilidade
quando adequadamente compactada.

Figura 12 - Realização da colocação da nova camada de solo (próprio autor).

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O material a ser empregado no reforço do subleito deve apresentar características superiores às


especificadas em projeto de pavimento específico para o subleito, devendo satisfazer as
seguintes condições:

- A granulometria determinada conforme NBR 7181 deve ser compatível com a


especificada no projeto de dimensionamento do pavimento e o diâmetro máximo das
partículas deve ser de 76 mm;
- A dosagem do material deve ser determinada conforme DNIT-ME 164, determinando
a massa específica aparente seca máxima (g/cm3) e sua respectiva umidade ótima (%);
- O CBR determinado conforme DNIT-ME 092, podendo ser energia normal ou
intermediária, onde suas características devem ser: superior ao do subleito e igual ou
superior ao considerado para reforço do subleito no dimensionamento do pavimento,
com um mínimo de 20%;
- A expansão determinada no ensaio de CBR, de acordo com a DNIT-ME 092, utilizando
a energia especificada no projeto, deve ser igual ou inferior a 1%;
- O módulo de resiliência do material deve ser determinado conforme ARTERIS ME
037, e superior a 150 MPa.

6.1. Espalhamento, mistura e homogenização

Os materiais escavados a serem utilizados na camada de reforço do subleito foram


transportados para local de aplicação, descarregados e distribuídos em montes e leiras sobre o
subleito, para posterior espalhamento com motoniveladora, de forma a obter a espessura da
camada definida em projeto.
Devido ao teor de humidade que este material apresentava teve-se de proceder a correção de
humidade. O material foi destorroado até pelo menos 60% do total em peso, excluído o material
graúdo, que passa na peneira n° 4, de 4,8 mm. Admitiu-se variações do teor de umidade entre
– 2,0 % a +1,0 % em relação à umidade ótima de compactação.

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6.2. Compactação

Concluídas as correções necessárias para obtenção do teor ótimo da umidade especificada,


conformou-se a camada pela ação da motoniveladora, iniciando em seguida a compactação. O
equipamento de compactação utilizado foi compatível com o tipo de material e com as
condições de densificação pretendidas no reforço do subleito.

Figura 13 - Realização da compactação do solo (próprio autor).

6.3. Controle de Qualidade e Ensaios Realizados

6.3.1. Análise Granulométrica

É a distribuição de suas partículas constituintes, de natureza inorgânica ou mineral, em classes


de tamanho. As classes de tamanho das partículas inorgânicas são também chamadas de frações

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granulométricas. A granulometria do solo representa uma de suas características mais estáveis,


sendo determinada por meio do Ensaio de Análise Granulométrica.

Todos os solos, em sua fase sólida, contêm partículas de várias formas, tamanhos e
quantidades. A determinação do tamanho das partículas e suas respectivas porcentagens de
ocorrência permitem obter a distribuição de partículas do solo e que é
denominada distribuição granulométrica.

A distribuição granulométrica dos materiais granulares, areias e pedregulhos, será obtida por
meio do processo de peneiramento de uma amostra, enquanto que, para siltes e argilas se
utiliza à sedimentação dos sólidos no meio líquido. Para solos, que tem partículas tanto na
fração grossa (areia e pedregulho) quanto na fração fina (silte e argila) se torna necessária

A análise granulométricacompleta (peneiramento e sedimentação). As partículas de um solo,


grosso ou fino, não são esféricas, mas se usará sempre a expressão diâmetro equivalente da
partícula ou apenas diâmetro equivalente, quando se faz referência ao seu tamanho. Para os
materiais granulares ou fração grossa do solo, o diâmetro equivalente será igual ao diâmetro
da menor esfera que circunscreve a partícula, enquanto que para a fração fina este diâmetro é
o calculado através da lei de Stokes.

6.3.2. Limite de Liquidez (LL) e Limite de Plasticidade (LL)

Conhecidos também como Limites de Atterberg, estes ensaios permitem determinar os limites
de consistência do solo. O termo consistência é usado para descrever um estado físico, isto é,
o grau de ligação entre as partículas das substâncias. Quando aplicado aos solos finos ou
coesivos, a consistência está ligada à quantidade de água existente no solo, ou seja, ao teor de
umidade.Como exemplo:Uma argila amolece quando se adiciona água, e se a quantidade
acrescentada for excessiva

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Limite de Liquidez (LL): é o valor de umidade no qual o solo passa do estado líquido para o
estado plástico. Esse limite é determinado com auxílio do aparelho de Casagrande no qual se
determina o teor de umidade que, com 25 golpes, une os bordos inferiores de uma canelura

(um centímetro de comprimento) aberta, na massa de solo, por um cinzel de dimensões


padronizadas.

Limite de Plasticidade (LP): é o valor de umidade na qual o solo passa do estado plástico
para o estado semi-sólido. É o limite no qual o solo começa a se quebrar em pequenas peças,
quando enrolado em bastões de 3 mm de diâmetro. Ou seja, é o menor teor de umidade em que
o solo se comporta plasticamente.

7. Cofragem

Cofragem é um elemento de construção que serve de suporte para a aderência segura do betão
em trabalhos de construção ou engenharia. Este material é geralmente constituído por painéis
de madeira ou metal, embora também existam em materiais plásticos (poliestireno expandido,
vulgo esferovite ou polietileno para zonas ocas).
Esta técnica, que pode funcionar como suporte ou estrutura de isolamento, pode ser regulável,
multidirecional e, dependendo do tipo, reutilizável ou não.

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Figura 14: Alocação da cofragem da primeira base de suporte em Betão (próprio autor).

7.1. Ponto de Aplicação

Estes materiais podem ser aplicados em diversos contextos de trabalho e com diversos
propósitos como a construção de paredes, fundação e lajes, pilares, vigas e colunas. Podem ser
também utilizadas para a construção de juntas de dilatação, tuneis, etc. O mais importante de
ressalvar é que a cofragem é uma técnica fundamental na construção moderna do mais variado
de estruturas.

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8. Outras atividades realizadas e contribuições:

- Auxílio na elaboração de cartazes de identificação para colaboradores internos da empresa,


prestadores de serviços e visitantes;
- Elaboração de Relatórios diários e semanais com vista a supervisionar e acompanhar os
trabalhos realizados on site e nas oficinas;
- Elaboração de Relatórios de acompanhamento e controle de manutenção preventiva realizada
em Postos de Abastecimento de combustível;
- Elaboração de fichas de controle de manutenção de todos os tanques e equipamentos para
todas as terminais e depósitos da empresa;
- Elaboração de ficha técnica para equipamentos elétricos e mecânicos utilizados na oficina da
empresa.

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9. Conclusão

Através deste estágio as atividades teóricas e praticas realizadas foi possível fazer face ao
ambiente profissional do setor de formação académica e através do mesmo poder perceber
como são executados grande parte dos conhecimentos adquiridos durante o processo de
formação.

Presente de vários desafios por ser uma área complementada, isto é, virada para algumas das
ramificações da engenharia (Engenharia de Petróleo e Gás e Engenharia Mecânica) o estagiário
teve a capacidade de se adaptar facilmente ao nível e exigência de trabalho realizando as
atividades a ele atribuídas.

Apesar do domínio existente nesta área (Engenharia Civil e de Transportes), para a execução
de trabalhos tem de haver sempre um planeamento de uma gestão rigorosa e eficaz,
acompanhada por equipes formadas e capazes de identificar possíveis erros que possam colocar
o desempenho e progresso dos trabalhos em causa.

Durante o período de estágio a perceção do quão é importante o ramo da engenharia aumentou


pelo facto do estágio ter sido em área que neste momento está a contribuir para o
desenvolvimento socioeconómico dos pais.

Graças a oportunidade que tive de poder ter tido esse estágio e ao apoio de extrema importância
que esta empresa depositou e contribuiu para o processo da minha formação posso afirmar que
grande parte dos meus objetivos foram atingidos.

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10. Bibliografia

https://www.suportesolos.com.br/blog/analise-granulometrica-do-solo-ensaios-geotecnicos-
o-objetivo-e-as-fracoes-de-solo/71/
Braja M. Dias, Fundamentos de ENGENHARIA GEOTECNICA, Tradução da 6ª. Edição
norte-americana.

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