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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CÂMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO


TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

VINICIUS DOS SANTOS

ESTÁGIO NA EMPRESA ATOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

CORNÉLIO PROCÓPIO

2015
VINICIUS DOS SANTOS

ESTÁGIO NA EMPRESA ATOS

Relatório de estágio supervisionado obrigatório,


apresentado à disciplina de Estágio Curricular Su-
pervisionado, do curso de Nome do Curso da Uni-
versidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR,
como requisito parcial para obtenção do tı́tulo de
Tecnólogo.

Orientador: Me. Francisco Pereira Júnior

CORNÉLIO PROCÓPIO
2015
Dedico este trabalho à minha famı́lia e a todos que participaram dele de
alguma forma.
AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer à Deus, sem sua força não teria nada e todos os meus dias são
dedicados a ele.
RESUMO

SANTOS, Vinicius dos. ESTÁGIO NA EMPRESA ATOS. 31 f. Relatório de Estágio –


TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS, Universidade Tec-
nológica Federal do Paraná . Cornélio Procópio, 2015.

Este documento apresenta em forma de relatório, toda a experiência adquirida durante o estágio
na empresa Atos que atua na cidade de Londrina e região. A empresa possui clientes em diversos
ramos, porém um dos ramos em que ela se destaca é a integração de sistemas. Durante o estágio
foram desempenhadas atividades visando estabilizar um sistema previamente construı́do por
outras fábricas de software. Este projeto demandou de conhecimento de especificidades da
arquitetura SOA e de técnicas de debug de aplicações baseadas no padrão J2EE.

Palavras-chave: Atos, SOA, JAVA


ABSTRACT

SANTOS, Vinicius dos. ESTÁGIO NA EMPRESA ATOS. 31 f. Relatório de Estágio –


TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS, Universidade Tec-
nológica Federal do Paraná . Cornélio Procópio, 2015.

This document presents in form of a report, all the experience gained during the internship at
Atos company that operates in the city of Londrina and region. The company has customers in
many branches, but one of the branches where it stands out is the integration of systems. During
the internship activities were performed to stabilize a system previously built by other software
factories. This demanded knowledge of project specifics of SOA architecture and techniques
for debugging applications based on J2EE standard.

Keywords: Atos, SOA, JAVA


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Primeiro andar do prédio da Atos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15


FIGURA 2 – Segundo andar do prédio da Atos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
FIGURA 3 – Funcionamento do SOA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
FIGURA 4 – Tecnologias e implementações SOA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
FIGURA 5 – Iniciando um atendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
FIGURA 6 – Confirmar dados do cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
FIGURA 7 – Selecionar uma nova demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
FIGURA 8 – Gera ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
FIGURA 9 – Relatório extraı́do do RTC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Hierarquia empresarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14


TABELA 2 – Envolvidos no projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
LISTA DE SIGLAS

SI Sistema de informação
OSB Oracle Service Bus
GCM Global Capability Model
WSDL Web Service Description Language
XSD Extensible Definition Language
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2 INSTITUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1 A EMPRESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 HIERARQUIA DA EMPRESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 AMBIENTE DE TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.4.1 Últimas aquisições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.4.2 Envolvidos no projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1 RELAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1.1 A estrutura dos serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1.2 Caracterı́sticas das aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1.3 Atividades desenvolvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Apêndice A -- RELATÓRIO DE TAREFAS REALIZADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Anexo A -- FICHA DE INGRESSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Anexo B -- AVALIAÇÃO DA EMPRESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
10

1 INTRODUÇÃO

Com o término dos estudos na universidade os alunos que se preparam para o ingresso
no mercado de trabalho enfrentam um grande problema que é a falta de experiência. O conheci-
mento adquirido na universidade pode ser a base para um profissional de sucesso, porém muitas
vezes eles não são o suficiente para garantir o sucesso do profissional. Para (GONDIM, 2002)
existe uma emergência de um sistema de produção sustentado na automação flexı́vel. Neste
sentido, o ensino fundamental, o ensino técnico de nı́vel médio e o ensino superior passaram
a ser colocados em pauta quando o tema é o da reestruturação produtiva e sua relação com o
mercado de trabalho. Na visão de (GONDIM, 2002) a educação geral e a educação profissional
começaram a ser vistas como bastante inter-relacionadas graças as mudanças decorrentes da
globalização.

Na região de Cornélio Procópio e Londrina existem empresas que estão em atuação na


área de SI (Sistema de Informação) há algum tempo. A empresa escolhida para realização do
estágio curricular foi a empresa Atos. Esta organização é de origem francesa e se instalou em
Londrina graças a crescente oferta de mão de obra qualificada, em que foram derivadas de cur-
sos voltados a área de tecnologia ofertados por universidades da região. O estágio curricular foi
realizado atuando efetivamente como Analista de Sistemas na empresa e foram desenvolvidas
diversas atividades, como: codificação da regra de negócios documentada, análise dos artefatos
de documentação, debug das aplicações desenvolvidas e documentação de atividades de acordo
com o ciclo de vida adotado.

A empresa Atos possui diversos setores de atuação e trabalha com grandes clientes,
sendo assim, é grande a necessidade de profissionais atuantes em diversas tecnologias. O
projeto em progresso utiliza a linguagem Java como base para sua manipulação e adjunto a
linguagem são utilizados conceitos de Orientação a Serviços (SOA), como: Orquestração de
webservices, proxys, entre outros. A infraestrutura do projeto são providas pelas ferramentas
desenvolvidas pela Oracle, por exemplo, o OSB (Oracle Service Bus). As aplicações desen-
volvidas possuem um porte maior e são utilizadas ferramentas mais robustas como o Weblogic
(servidor de aplicação) e outras aplicações que auxiliam o desenvolvedor a detectar problemas
11

e corrigi-los com maior facilidade, assim como o SOAPui, membrane dentre outras.

A equipe envolvida no projeto engloba 2 paı́ses, 3 equipes, e ao todo em torno de 50


pessoas atuantes. O trabalho em equipe, a utilização eficaz de ferramentas de versionamento e
os métodos de rastreamento de alterações foram essenciais para progredir com a estabilização
da aplicação do cliente. A compreensão da hierarquia e o ciclo de vida do projeto foram vi-
tais execução das tarefas realizadas pelos desenvolvedores. As tecnologias utilizadas ainda são
assunto bastante complexas e não são abordadas em profundidade na universidade. O trabalho
com estas tecnologias proporcionam um cenário de aprendizado bastante amplo, além disso, a
interação com os profissionais da área permite o ganho de experiência na resolução de proble-
mas do dia a dia.
12

2 INSTITUIÇÃO

Neste capı́tulo será apresentada uma visão geral da empresa onde foi realizado o
estágio. Com o objetivo de contextualizar o ambiente em que foram executadas as tarefas e
no qual deu-se o aprendizado do estagiário.

2.1 A EMPRESA

A Atos é uma empresa global de tecnologia da informação com 77.000 colaboradores


presentes em 47 paı́ses, segundo a empresa o faturamento anual em 2012 foi de 8,8 bilhões de
Euros, tendo suas ações listadas na bolsa de Paris NYSE Euronext. A empresa colocou como
missão acelerar o desenvolvimento de negócios das empresas por meio da tecnologia.

Desde de o ano de 2002 tornou-se parceira global de Tecnologia da Informação para


os Jogos Olı́mpicos e Paralı́mpicos e também será a responsável pela TI das Olimpı́adas do Rio
de Janeiro em 2016.

Segundo a empresa sua origem deu-se da fusão de diversas outras empresas de tecno-
logia, tudo iniciou-se em 1997, neste ano a Atos começa a se formar a partir da fusão da Axime
e Sligos na França. Alguns passos adiante no ano de 2000, a Origin, braço de consultoria da
Philips, grupo Holandês, se une a Atos, formando a Atos Origin, uma Multinacional franco-
holandesa. Já no ano de 2002, a Atos Origin adquiriu as operações da KPMG consulting no
Reino Unido e Holanda. Foi em 2003 que a Atos Origin adquiriu a schlumberger Sema e em 1◦
de julho de 2011, com a aquisição da Siemens IT Solutions and Services, a empresa passa a se
chamar Atos, uma das maiores empresas globais de serviços de Tecnologia da Informação.

2.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO

A empresa atua em 47 paı́ses nas áreas de serviços de tecnologia e consuloria, estes


serviços se estendem a grandes clientes no mundo todo. A Atos possui experiência de 20 anos
no mercado Latino Americano, como: Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile. As áreas
13

onde os especialistas atuam são as mais diversas, como: manufatura, varejo, serviços, setor
público, saúde, transportes, serviços financeiros, telecomunicações, mı́dia, tecnologia, energia
e utilities. Outra área de atuação é a Integração de Sistemas visando garantir a adequação entre
a infraestrutura com a tecnologia adequada aos processos dos clientes. Dentre as soluções está o
desesnvolvimento de sistemas customizáveis, integração e desenvolvimento de softwares SAP
e gestão de aplicações.Os principais clientes da Atos são as empresas: Agraria, Air Liquide,
AkzoNobel, Albert Einstein, Alstom, Amil, Ashland, Banco Caixa Geral de Depósitos, BASF,
Bayer, BR Distribuidora, Braskem, CCEE, Cencosud, Claro, Coca-Cola, Comgas, Continental,
CPFL, DSM, Embraer, Embratel, Energisa, Evonik, Ford, Gas Brasiliano, Genzyme, GSK, In-
telig, Lopes, MAN, Multiplus, Net, Nokia Siemens Networks, Octo, Petrobras, Philips, Pirelli,
Repsol, Rhodia, Rio 2016, Sama, Siemens, Siemens Enterprise Communications, Souza Cruz,
Symrise, Tim, Vale Fertilizantes, Valourec & Mannesmann, Volkswagen e outros.

A Atos ainda atua com sistemas gerenciados e outsourcing, fornecendo serviços para
gestão e controle de informações buscando garantir a padronização de alta qualidade e infraes-
trutura e segurança e serviços em nuvem, tanto em soluções complexas, quanto em multi-sites.
Além disso, a Atos ainda oferece serviços transacionais por meio da subsidiária Worldline, com
bilhões de transações eletrônicas em todo o mundo. Segundo a empresa, a Atos é a lı́der eu-
ropeia em serviços transacionais para negócios e pagamentos acelerando o desenvolvimento de
empresas com soluções como compensação e liquidação de pagamentos, serviços de correta-
gem, gerenciamento de ativos, aquisições, terminais e pagamentos com e sem cartão.

2.3 HIERARQUIA DA EMPRESA

A Atos possui uma hierarquia e um plano de carreira bem definido, cada um dos fun-
cionários tem bem definidos quais são os seus objetivos e também quais são suas responsabili-
dades. A empresa é dividida em nı́veis de GCM de acordo com a tabela abaixo:

A descrição do cargo mostra que os profissionais contratados como Técnico I tem


competências básicas sobre um método cientı́fico ou analı́tico, ou processo operacional. Este
colaborador deve trabalhar sob procedimentos operacionais gerais e/ou métodos cientı́ficos, e
adere às normas de qualidade e trabalha sob estreita supervisão. A gestão das carreiras orienta
que o foco dos funcionários de GCM 0 a 3 para a entrega, comunicação integridade e desenvol-
vimento.
14

Tabela 1: Hierarquia empresarial


GCM Cargos relacionados
GCM 1 Técnico 1
GCM 2 Analista I, Técnico II
GCM 3 Analista II, Tecnico III
GCM 4 Analista III, Supervisor
GCM 5 Coordenador, Consultor I
GCM 6 Gerente I, Consultor II
GCM 7 Gerente II
GCM 8 Gerente III
GCM 9 Diretor
GCM 99 Presidente
Fonte: Autoria própria.

2.4 AMBIENTE DE TRABALHO

A empresa é alocada em uma estrutura fı́sica de dois andares onde o primeiro andar
estão os profissionais responsáveis pelo atendimento ao cliente (Figura 1), estes profissionais
estão organizados em equipes e trabalham em turnos para atendimento 24 horas via telefone.
No segundo andar estão os profissionais de SI, ao qual estão alocados de acordo com o pro-
jeto em que atuam e com suas especialidades (Figura 2). Esta divisão ocorre para facilitar a
comunicação entre os membros do projeto e também entre aqueles que são especialistas em
uma mesma linguagem ou tecnologia. Para propiciar a realização do trabalho a empresa dispo-
nibiliza ao funcionário uma estação de trabalho com todos os equipamentos necessários para o
conforto e ergonomia adequados.

A empresa visando facilitar a mobilidade do empregado disponibiliza que ele trabalhe


com notebooks, sendo que se for necessário o funcionário pode levar a máquina para outros
lugares e realizar seu trabalho remotamente, caso não seja possı́vel se deslocar a sede fı́sica da
Atos. Cada projeto demanda uma configuração de máquina, visto que cada tecnologia pode
demandar mais recursos computacionais.

2.4.1 ÚLTIMAS AQUISIÇÕES

No ultimo ano, a Atos vem em um ritmo de crescimento acelerado, no dia 26 de maio


de 2014 o CEO da Atos anunciou a compra da empresa também francesa Bull. Segundo o site
de notı́cias Reuters, a compra da Bull é um negócio inteiramente francês no setor de Tecnologia
da Informação avaliado em 620 milhões de euros (845 milhões de dólares), para criar a maior
companhia de computação em nuvem situada na Europa e uma dos principais nomes no nicho
15

Figura 1: Primeiro andar do prédio da Atos


Fonte: Autoria Própria

de segurança cibernética.

As noticias que circularam na mı́dia e os depoimentos dos CEO’s das duas empresas
apontam que a combinação delas estariam na segunda colocação em receita, ficando atrás da
norte-americana Amazon e à frente da Microsoft.

O CEO da Atos Thierry Breton afirmou em entrevista coletiva que ”com esta combinação
como um grande passo para ancorar nossa liderança europeia em nuvem , Big Data e Segurança
Cibernética , em 2016 a nossa ambição é de se tornar uma empresa Nı́vel 1 e a marca global
de TI Europeia preferido. Equipes altamente reconhecidos da Bull em tecnologias avançadas,
tais como alto poder de computação , gerenciamento de dados de análise e cibersegurança ide-
almente complementar operações de grande escala da Atos. Graças a nossas capacidades de
integração e cultura eficácia operacional , essa transação vai beneficiar fortemente clientes Bull
e Atos , funcionários e acionistas.”

Com a fusão a Atos tornou-se responsável pela entrega dos projetos da subsidiaria Bull,
16

Figura 2: Segundo andar do prédio da Atos


Fonte: Autoria Própria

os projetos em desenvolvimento estavam sendo desenvolvidos desde 2013 por outras fábricas
de software. A tecnologia utilizada já é considerada ultrapassada, considerando os progressos
nas ferramentas da área de SOA.

2.4.2 ENVOLVIDOS NO PROJETO

Tabela 2: Envolvido no projeto


Cargo Responsável
Estagiário Vinicius dos Santos
Supervisor direto Marcelo Ricciardi
Orientador Francisco Pereira Júnior
Fonte: Autoria própria.
17

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Neste capı́tulo serão apresentadas quais foram as atividades desenvolvidas durante o


estágio. Esta seção ainda contempla o aprendizado do aluno acerca das tecnologias e também
se o conhecimento que foi absorvido na universidade foi bem empregado durante o estágio.

3.1 RELAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O projeto que está sendo desenvolvido funciona basicamente orientado a serviços no


qual diversos sistemas os consomem. Para descrever as atividades realizadas será necessário
esclarecer alguns tópicos que permeiam arquitetura SOA, portanto, o projeto será dividido em
duas partes: a estrutura dos serviços e a aplicação que os consomem. Segundo (SANTOS,
2011) a arquitetura orientada a serviços tem como objetivo dar agilidade e simplicidade ne-
cessárias para disponibilização dos serviços de empresas. Ainda segundo este autor a utilização
da orientação a serviços busca minimizar os problemas de integração entre aplicações, além de
proporcionar maior agilidade na criação de novos serviços e agregar maior valor aos negócios.

3.1.1 A ESTRUTURA DOS SERVIÇOS

A orientação a serviços funciona basicamente acerca de WebServices, este conceito


segundo (RAMALHO; SIMÕES, 2003) são aplicações modulares, auto-descritivas, acessı́veis
através de uma URL, independentes das plataformas de desenvolvimento e que permitem a
interação entre aplicações sem intervenção humana. A partir deste conceito podemos dizer que
a orientação a serviços retira da aplicação a função de atuar como principal regra de negócio
e manipulação dos dados. Os serviços tornam-se então os principais canais de comunicação o
usuário final e os dados armazenados.

Os WebServices ao serem construı́dos compartilham de caracterı́sticas comuns que per-


mitem que as aplicações os utilizem. Duas caracterı́sticas muito importantes destas aplicações
são as linguagens de descrição utilizadas Web Service Description Language (WSDL) e a lin-
18

guagem de comunicação entre os consumidores e o webService (SOAP). Segundo (NEWCO-


MER, 2002) linguagem de anotação definida em XML e que tem como objetivo descrever a
API de um WebService. Segundo (RAMALHO; SIMÕES, 2003) SOAP é uma linguagem de
anotação com a qual se pode descrever o protocolo de comunicação, responsável pela troca de
mensagens de e para os WebServices[SOA] (uma mensagem SOAP é um documento XML).
Para consumir os serviços de um WebService é necessário que a aplicação possua o contrato de
serviço descrita por um arquivo WSDL. A partir deste arquivo é possı́vel que uma aplicação,
seja qual for sua natureza, possa consumir os serviços disponibilizados por um WebService.

Para que os serviços possam ser utilizados de forma eficaz foi criada uma estrutura
onde os serviços estão em uma camada especı́fica ao qual as informações antes de chegarem
a eles são transformadas e orquestradas por meio de proxys. A Figura 3 mostra como estão
estruturadas as camadas de um sistema orientado a serviços.

Figura 3: Funcionamento do SOA


Fonte: (GROUP, 2006)

Para cada uma destas camadas existem diversas tecnologias e implementações que
possibilitam que a arquitetura seja desenhada. Para cada uma delas temos conceitos impor-
tantes que ajudam a compreender como a orquestração e as camadas se comunicam e foram
implementadas.

A figura 4 mostra algumas tecnologias importantes para a arquitetura, para melhor


entendimento podemos citar alguns conceitos e tecnologias que relevantes para compreensão
19

Figura 4: Tecnologias e implementações SOA


Fonte: (GALITZ, 2007)

do cenário SOA. A implementação da orquestração ocorre ainda através dos proxys. Segundo
(SOUSA et al., 2010) Serviço de proxy é o conceito fundamental na arquitetura SOA. Eles cor-
respondem à interface que consumidores utilizam para se comunicar com serviços de back-end
gerenciados. Ainda na primeira camada de orquestração ou de processos encontramos o BPMN
que segundo (SANTOS, 2011) é definido como uma coleção de invocações de serviços coorde-
nados e atividades relacionadas que produzem um resultado, dentro de uma única organização
ou em várias.

Na camada dos serviços são utilizados conexões com as bases de dados, para que
isso seja possı́vel existem diversas tecnologias responsáveis por realizar esta conexão. Cada
uma delas pode ser usada de acordo com as necessidades do projeto. Dentre estas tecnologias
podemos citar WLI, JCA, dentre outras.

3.1.2 CARACTERÍSTICAS DAS APLICAÇÕES

As aplicações consumidoras destes serviços podem ser desenvolvidas com qualquer


tecnologia capaz de suportar a chamada dos serviços do projeto. Como existe em desenvolvi-
20

mento, atualmente, diversos projetos em paralelo, cada um destes projetos utiliza um tipo de
estrutura diferente. O projeto trabalhado utiliza o conceito de portals, segundo a documentação
(ORACLE, 2015) Os Portais implementam esta visão unificada com janelas individuais chama-
dos portlets. Cada portlet podem conter um fluxo de processo , funcionalidade ou conteúdo,
e vários portlets podem ser exibidos em uma única janela do navegador . Em alguns portais ,
portlets pode se comunicar uns com os outros . Portlets são agrupados em uma página . Uma
página é uma área visı́vel representada por uma ligação que pode ser clicado , muitas vezes sob
a forma de uma aba. As páginas podem ainda ser agrupados em um livro para a organização.
Livros também são representados por links de navegação ou guias. Em todos, um portal pode
conter vários livros, cada um com várias páginas que exibem vários portlets em cada página.

3.1.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

A equipe de desenvolvimento é dividida a partir das habilidades e experiência de tra-


balho com cada tecnologia, sendo assim, cada um dos profissionais trabalha mantendo o foco
nas tarefas que envolvem uma tecnologia especı́fica. Na construção ou manutenção de uma
aplicação existem problemas na orquestração e também na aplicação que devem ser adequa-
dos para que contemplem as necessidades do cliente. Um dos principais desafios é criar uma
aplicação que realize as tarefas descritas na especificação técnica e que mantenha os padrões de
comunicação com os serviços para que estes possam usufruir destas informações.

Na fábrica de software existem profissionais responsáveis por cada área da aplicação,


ou seja, existem os profissionais que tratam da camada mais superficial da aplicação construı́da
através do Java utilizando a arquitetura do Apache beehive. Também existem profissionais es-
pecializados em tratar os problemas de orquestração que envolvem tanto os proxys quanto os
BPEL e problemas. Além destes podemos citar os arquitetos de software que tem uma visão
mais global do projeto e tem conhecimento em todas as áreas, estes profissionais propõem
soluções para a camada de persistência, orquestração e também sugestões para melhoria do
processo, assim como novas tecnologias que ajudariam no serviço. Como analista de sistemas
a responsabilidade neste cargo é de interpretar as especificações técnicas construı́das pelos se-
tores responsáveis pelo funcional. Além desta interpretação é necessário realizar o estudo da
estrutura já implementada e garantir que a implementação está em conformidade com a arquite-
tura. A realização da conexão entre os proxys e as interfaces para consumir os serviços deve ser
feita buscando sempre atender as necessidades dos clientes e garantir a integração com outros
sistemas.
21

4 RESULTADOS

Neste capı́tulo serão discutidos quais foram os principais resultados obtidos com a
realização deste estágio. Também serão evidenciados os pontos positivos e os problemas levan-
tados durante o desenvolvimento do trabalho.

Como descrito na seção 2.4.1 os projetos e clientes conquistados com a aquisição da


empresa Bull tornaram-se também prioridades para a Atos. Com toda a experiência dos fun-
cionários e gestores da empresa, a busca era provar aos clientes que a Atos, como novo for-
necedor, é capaz de entregar softwares de qualidade. Dentre os desafios apresentados um dos
maiores foi o Front-End, pois no momento da aquisição ele já possuı́a atrasos de entrega com o
cliente e seu cronograma já estava bastante conturbado.

O cliente possui um sistema sendo executado em produção ao qual ele gostaria de ge-
rar uma cópia para que pudessem ser feitas melhorias e adequações. Sendo assim, foi feita a
engenharia reversa do sistema e foram construı́dos novamente todas as demandas desejadas.
Entretanto, as fábricas de softwares que trabalharam anteriormente na construção deste sistema
não conseguiram realizar a estabilização deste sistema e apresentar uma versão estável. O ob-
jetivo da Atos, portanto, era entregar ao cliente uma versão estável da aplicação para colocarem
em produção.

Neste perı́odo a empresa conseguiu a estabilização de 42% do sistema. A estabilização


do sistema foi avaliada por casos de testes executados com sucesso, sendo que de 72 casos
fluxos existentes na aplicação, 15 fluxos foram solucionados até a presente data. Desde o inı́cio
do projeto houve um grande avanço na estabilização, visto que, no inı́cio da estabilização nem
mesmo o deploy da aplicação via localhost e debug da mesma era possı́vel.

A aplicação consiste um sistema de call center onde os colaboradores da empresa po-


dem realizar login com seu usuário e senha. Assim como é mostrado na Figura 5, o atendimento
ao cliente é necessário iniciar o atendimento e buscar os dados do cliente na base de dados e
realizar sua confirmação (Figura 6), a partir disso é possı́vel selecionar as demandas necessárias.

Para cada demanda, são executadas ações completamente diferentes, assim como des-
22

Figura 5: Iniciando um atendimento


Fonte: Autoria Própria

Figura 6: Confirmar dados do cliente


Fonte: Autoria Própria

tacamos na seção 3 a principal caracterı́stica da construção de portais é a possibilidade de cons-


truir aplicações com portlets diferentes em uma mesma pagina do navegador. Sendo assim,
ao executar a demanda ”Alterar”juntamente com a sub demanda ”Alterar Conta Corrente”o
sistema direciona o usuário a interface capaz de gerar esta alteração (Figura 7).

Cada demanda ao final de sua execução pode gerar dois tipos de ocorrência, sendo
23

elas, fechada ou aberta. As ocorrências fechadas são geradas quando o próprio usuário do
Front-End tem permissão para realizar a alteração desejada. Por sua vez a ocorrência aberta
ocorre quando são enviadas tarefas (Worklists) para outro sistema do próprio cliente, para que
ocorra um segundo atendimento, chamado de atendimento de segundo nı́vel. Cada ocorrência
gerada funciona como um número de protocolo de atendimento, onde é possı́vel saber através
deste número quais foram as alterações feitas durante aquele atendimento (figura 8).

Figura 7: Selecionar uma nova demanda


Fonte: Autoria Própria

Em nı́vel operacional a empresa alocou em torno de 10 a 15 funcionários na sede de


Londrina para trabalhar neste projeto. Além destes, ela também dispôs da ajuda de analistas
terceirizados que já possuı́am conhecimento do projeto e também de uma equipe localizada no
Uruguai. Até o presente momento foram executadas 9 Sprints de desenvolvimento.

Cada recurso alocado no projeto desempenhava uma função especı́fica na realização da


estabilização. Como o sistema já havia sido implementado, o debug desta aplicação ocorreu em
defeitos pontuais em todas as partes do sistema, sendo assim, a atuação no estágio foi dissolvida
na correção de defeitos granulados. Segundo o relatório extraı́do do sistema de documentação
de atividades foram trabalhados no projeto 105 defeitos e no total são aproximadamente 489
horas trabalhadas até a presente data. Uma fração dos defeitos está presente no Apêndice A que
mostra quais são os defeitos trabalhados e a quantidade de horas despendidas no mesmo.
24

Figura 8: Gera ocorrência


Fonte: Autoria Própria
25

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando houve o ingresso na empresa as exigências eram basicamente as noções básicas


aprendidas na universidade. Porém as matérias que contemplavam os frameworks e as especificações
como o J2EE foram abordadas no último perı́odo do curso. Uma das principais exigências das
tarefas no estágio eram relacionadas ao J2EE. Houveram muitas dificuldades durante o estágio,
uma delas foi para suprir o conhecimento que não foi possı́vel absorver durante o curso, em pa-
ralelo, foi necessário compreender conceitos novos como o SOA, sendo esta a maior dificuldade
do estágio.

A arquitetura SOA é bastante complexa e possui diversas tecnologias implementadas.


O ambiente de trabalho no inı́cio sempre utiliza de termos técnicos que aos poucos vão sendo
compreendidos e a comunicação entre os funcionários torna-se mais fácil. Além de compreen-
der a arquitetura SOA foi também necessário entender e pesquisar muitos conceitos até então
desconhecidos, sejam eles, novas linguagens como o xQuery utilizada na transformação nos
proxys, ou então conceitos básicos como XSD, modelo canônico de dados entre outros.

A equipe de trabalho e a organização do projeto assim como a empresa, tiveram uma


ótima polı́tica de inserção de novos membros na equipe. Neste perı́odo, foram passados aos
novos funcionários todo o ambiente de trabalho assim como os conhecimentos necessários para
inicia-los. Logicamente o rendimento de um estagiário recém chegado ao projeto não se com-
para com outros funcionários que contam com experiência na área, porém, a adaptação ocorreu
de forma tranquila e satisfatória.

Todas as tarefas desempenhadas no estágio aplicam todos os conceitos trabalhados na


universidade, entretanto, alguns destes conceitos estão inclusos no dia a dia como bases para o
trabalho. Os defeitos encontrados na estabilização do projeto tiveram as mais variadas causas
e o conhecimento da estrutura das linguagens e também da arquitetura foram imprescindı́veis
para o sucesso das tarefas, isto permitiu o crescimento diário de cada funcionário.
26

REFERÊNCIAS

GALITZ, W. O. The essential guide to user interface design: an introduction to GUI design
principles and techniques. [S.l.]: John Wiley & Sons, 2007.

GONDIM, S. M. G. Perfil profissional e mercado de trabalho: relação com a formação


acadêmica pela perspectiva de estudantes universitários. [S.l.], 2002.

GROUP, G. Modelo de Funcionamento do SOA. 2006.

NEWCOMER, E. Understanding web services: Xml, wsdl,soap and uddi. Addison Wesley,
2002.

ORACLE. Oracle weblogic portal online documentation library 10g release 3 (10.3.6). E41236,
2015.

RAMALHO, J. C.; SIMÕES, A. Xata 2004 : Xml : Aplicações e tecnologias associadas : actas,
1, porto, 2003. Porto, 2003.

SANTOS, E. V. d. Uma abordagem para adoção dos conceitos de Arquitetura Orientada


a Serviços (SOA) nos Sistemas de Suporte a Operação (OSS). Tese (Dissertação (Mestrado
em Engenharia Elétrica)) — Universidade de Brası́lia, 2011.

SOUSA, H. P. et al. Estudos de Enterprise Service Bus e Oracle Service Bus. [S.l.], 2010.
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APÊNDICE A -- RELATÓRIO DE TAREFAS REALIZADAS

Figura 9: Relatório extraı́do do RTC


Fonte: Autoria Própria
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ANEXO A -- FICHA DE INGRESSO


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ANEXO B -- AVALIAÇÃO DA EMPRESA

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