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EDUCAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 8
2. A EMPRESA ................................................................................................................. 9
2.1- CARACTERÍSTICAS GERAIS .................................................................................. 9
2.1.1 - Setores da economia............................................................................................ 9
2.1.2 - Estrutura organizacional ..................................................................................... 10
2.1.3 – Sistema tributário e a contabilidade ................................................................... 10
2.1.4 – Setor financeiro ................................................................................................. 10
2.1.5 – Viabilidade econômica para solucionar problemas............................................. 11
2.1.6 – Satisfação dos colaboradores ............................................................................. 11
2.2 - PROCESSOS E OPERAÇÕES ................................................................................ 11
2.2.1 – Gestão estratégica de operações ......................................................................... 12
2.2.2 – Modelo de excelência em serviços ..................................................................... 12
2.2.3 – Modelo de excelência ........................................................................................ 12
2.2.4 – Linha de visibilidade ......................................................................................... 13
2.2.5- Tipologia dos serviços ........................................... Erro! Indicador não definido.
2.2.6 – Relação produto físicos x serviços ........................ Erro! Indicador não definido.
2.2.7 - Controle estatístico de processo............................. Erro! Indicador não definido.
2.2.8 – Previsão de demanda ......................................................................................... 14
2.2.9 – Gestão de filas ................................................................................................... 14
2.3 – MERCADO E CLIENTES ...................................................................................... 15
2.3.1 – Orientação de mercado ...................................................................................... 15
2.3.2 – Oferta de valor .................................................................................................. 15
2.3.3 – Cadeia de valor.................................................................................................. 16
2.3.4 – Relação comercial ............................................................................................. 16
2.3.5 – Relação entre empresa x cliente ......................................................................... 17
2.3.6 – Estratégia de fidelização de clientes................................................................... 17
2.3.7 – Portfólio de produtos ......................................................................................... 17
2.3.8 – Processo de desenvolvimento de novos produtos ............................................... 18
3. ESTUDO DO PROBLEMA........................................................................................ 20
3.1 – CONCEITOS E FERRAMENTAS NECESSÁRIOS PARA O ESTUDO DO
PROBLEMA .................................................................................................................... 28
4- CONCLUSÕES.............................................................................................................. 36
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 40
6- ANEXOS ........................................................................................................................ 41
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1. INTRODUÇÃO
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi a Cartesiana, que consiste
em observar, coletar e analisar os dados sobre um determinado problema a fim de encontrar
soluções capazes de solucioná-lo.
Para melhor entendimento, este trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira
delas será explorada a empresa escolhida, enfatizando-se o seu portfólio de produtos, sua
estrutura organizacional, o sistema tributário, o setor financeiro e os seus processos e
operações. Focando também na análise do mercado e dos clientes da empresa, apresentando
seu mercado alvo, sua relação comercial, seu relacionamento com os clientes, suas estratégias,
entre outras características da empresa.
2. A EMPRESA
A empresa tem como missão oferecer soluções de construção civil com qualidade e
responsabilidade, buscando sempre superar as expectativas de seus clientes. E como visão, ser
referência no Sul de Minas pela qualidade de suas obras e pelo compromisso com a satisfação
de seus clientes.
Há três setores em que uma empresa pode se enquadrar: o primeiro setor (governo), o
segundo setor (empresas privadas com fins lucrativos) e o terceiro setor (instituições privadas
de interesse público sem fins lucrativos).
No caso da JCOSTA, esta satisfação ainda não é medida formalmente, isto porque a
empresa permite aos funcionários a liberdade de expor suas opiniões, tanto sugestões quanto
reclamações.
O processo pode ser classificado de acordo com a função que desempenha dentro da
empresa. Pode ser classificado de três maneiras diferentes: processos primários, processos
secundários e processos de gestão.
Os processos primários são aqueles que possuem interação direta com o cliente final.
No caso da JCOSTA, os processos primários estão vinculados com a própria construção da
obra, em que a empresa entende a necessidade do cliente, propõe projetos e entrega a obra
acabada ao final.
Os processos secundários são aqueles que apoiam os processos primários, mas não
interagem diretamente com o cliente final. Na JCOSTA, estes processos são, por exemplo, os
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serviços de marcenaria e serralheria, que são importantes para a construção, todavia não está
diretamente ligado com o cliente.
A JCOSTA tenta sempre focar na otimização dos recursos para fornecer o melhor
produto para seus clientes. Os colaboradores são constantemente lembrados e cobrados para
que não haja o desperdício de matéria prima, tempo, transporte, processamento (execução das
atividades na obra, para evitar retrabalho) e também para que exista uma comunicação eficaz
entre as áreas de engenharia, suprimentos e canteiros de obras. Tal estratégia tem como
objetivo entregar um produto de excelência e buscar ser competitivo no mercado em que atua.
O modelo de excelência estudado em sala de aula, que visa o papel da gestão das
pessoas na competitividade das empresas caberia sim à JCOSTA, pois une diversos aspectos
de interferem diretamente na lucratividade operacional, como pode ser observado na imagem
seguinte:
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construção civil, a JCOSTA possui um alto tempo de interação com os clientes, sendo
necessário ter uma linha de frente bem estruturada.
A alteração da linha de visibilidade, neste caso do front office para o back office, não
seria vantajoso, pois possibilitaria menor interação e relacionamento com os clientes, em que
a imagem do serviço seria impessoal e padronizada e aumentaria a distância entre a gestão e
os clientes.
Segundo a JOSTA, realizar esta previsão é complicado, pois não há como prever o
número de obras que farão isto porque são os clientes que vão até ela. A única ação que fazem
é acompanhar a economia, isto porque o setor de construção civil sofre constantes variações
de acordo com a situação econômica do país.
O fluxo de clientes é feito de acordo com a ordem dos contratos acordados, isto é, será
atendido primeiro aquele que primeiro contratar o serviço com a empresa. Todavia, isto não
significa que o primeiro cliente terá sua obra entregue primeiro, pois isto depende do grau de
complexidade da construção.
2.2.10 Qual a estratégia adotada pela empresa para a sua área de produção e
operações?
Cada empresa adota um tipo de orientação que irá ajudá-la alcançar seus objetivos. Há
quatro tipos de orientações: produto, produção, vendas e marketing.
A JCOSTA adota a orientação para Marketing, uma vez que é a partir dos critérios
valorizados pelos clientes, seus desejos e necessidades que a empresa molda seus processos
produtivos.
A oferta de valor descreve os pacotes de produtos e serviços que criam valor para um
segmento de clientes específico. A proposição de valor é a razão pela qual os clientes
escolhem uma empresa em detrimento de outra. Há alguns elementos que contribuem para
criação de valor ao cliente como, por exemplo, inovação, desempenho, personalização,
design, status, preço, acessibilidade e conveniência.
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Oferece para seus clientes a comodidade de escolher no seu próprio escritório os pisos
e azulejos para as construções e também tem parcerias com fornecedores de materiais para as
construções. Possui também um galpão onde realiza os trabalhos de serralheria e marcenaria.
Estes valores estão relacionados com o P - praça, que consiste em trazer comodidade e
acessibilidade para os clientes.
Por fim, o P - promoção, que consiste em como a empresa anuncia os seus serviços e
produtos, é realizado através do site da JCOSTA, das placas com o nome da empresa que
ficam nos canteiros de obras e, principalmente, é realizada pelos próprios clientes, isto é, a
JCOSTA acredita que a qualidade do seu trabalho é capaz de fazer com que seus clientes
recomendem os seus serviços para outros.
A cadeia de valor é uma ferramenta para identificar as maneiras pelas quais se pode
gerar mais valor para o cliente. De acordo com este modelo, toda empresa consiste em uma
síntese de atividades executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e dar suporte
a um produto.
A JCOSTA ainda não possui uma cadeia de valor definida, pois está introduzindo
ainda estas ferramentas na empresa.
A relação entre empresas e clientes pode ser de dois tipos: B2B (BUSINESS TO
BUSINESS) e B2C (BUSINESS TO CONSUMER). O B2B é a relação entre empresas e B2C
é a relação entre empresa e consumidor final.
No caso da JCOSTA este relacionamento pode ser dois tipo, isto é, depende do cliente
que procura os serviços da empresa. Ao realizar trabalhos para indústrias, instituições,
comércios a relação é B2B. Será B2C se for uma pessoa física o cliente.
Pode-se observar que a JCOSTA tem três linhas de produtos: construção, incorporação
e locação. Na linha de construção há 2 itens, com 4 variações cada um. Na linha
incorporações há um item, que pode ser básico ou luxo. E na linha locação há 3 itens sem
variações.
No caso das incorporações, a empresa é quem define os seus clientes, isto é, pode
optar por empreendimentos básicos ou de luxo. Após definir o tipo de empreendimento, a
empresa busca compreender quais os benefícios valorizados pelos respectivos clientes. Os
engenheiros e arquitetos desenvolvem o projeto e a empresa lança-o para o mercado. Há
ainda, duas possibilidades, ou a empresa vende os apartamentos na planta ou vende os
apartamentos depois de prontos. Se for na planta, o cliente pode ainda acrescentar benefícios
que valoriza; se for vendido o apartamento pronto, o cliente não pode optar. Este processo
pode ser visualizado com o fluxograma a seguir:
3. ESTUDO DO PROBLEMA
Neste capítulo será descrito e definido o problema apresentado pela empresa JCOSTA
e também será feita a análise do problema a fim de encontrar as principais causas e as ações
necessárias para eliminá-las ou reduzi-las.
3.1-DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
O problema está localizado nos canteiros de obra e, para este trabalho, foi analisado o
canteiro situado na Rua Felipe Kallás, 103, em Santa Rita do Sapucaí – MG. As obras
iniciaram-se em Abril de 2014. A área total deste terreno é de 720 m2, sendo 775.92 m2 de
área construída. No total, há sete funcionários trabalhando na obra, sendo quatro pedreiros e
três serventes. Pode-se ter uma visão frontal da obra com a imagem a seguir:
A Engenheira de Produção que acompanhou a equipe nas visitas, Natalia Costa, filha
do proprietário Júlio Costa, apresentou-nos os principais impactos que podem ser causados
por este problema.
Desperdício de material;
Acidentes de trabalho;
Retrabalho
Atrasos na obra;
Para a empresa, é visível que este problema impacta diretamente nos custos com as
obras, uma vez que o desperdício de material e o retrabalho geram custos extras. Para os
clientes, impacta diretamente no prazo de entrega estabelecido anteriormente com a empresa.
Para os colaboradores, por sua vez, impacta na saúde e segurança no trabalho, além de
aumentar a fadiga, devido o retrabalho.
O diagrama de Ishikawa, conhecido também por espinha de peixe, tem como função organizar
as possíveis causas de um problema, facilitando o entendimento. As causas estudadas no
Diagrama de Ishikawa podem ser priorizadas no Gráfico de Pareto. O Gráfico de Pareto é
uma técnica estatística que auxilia na tomada de decisão, que ajuda selecionar prioridades
quando há um grande número de problemas.
As informações do gráfico de Pareto podem ser calculadas a partir da Matriz GUT que é uma
das ferramentas de auxílio na priorização de resolução de problemas. A matriz serve para
julgar cada problema pela ótica da gravidade (do problema), da urgência (de resolução dele) e
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pela tendência (dele piorar com rapidez ou de forma lenta), numa escala de 1 a 5. O resultado
desta matriz é calculado multiplicando as notas, para cada problema, da gravidade, da
urgência e da tendência.
Além destas três ferramentas acima citadas, outra ferramenta utilizada foi a Matriz impacto x
esforço. Esta Matriz se baseia em uma grade composta por quatro áreas para a distribuição de
tarefas entre elas. Neste caso, a ordenação deverá ocorrer de acordo com o esforço gasto em
cada ação e o impacto que ela representa, sendo analisadas as tarefas localizadas no quadrante
de alto impacto e de baixo ou alto esforço, começando pelas atividades que requerem maior
esforço.
A partir das visitas realizadas no canteiro de obra, o grupo conseguiu observar a rotina
dos colaboradores e o ambiente em que trabalham. A seguir estão algumas fotos tiradas no
canteiro de obra analisado:
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2º COLABORADOR DESORGANIZADO 5 4 4 80
4º CANTEIRO DESORGANIZADO 4 4 4 64
6º MATERIAIS MISTURADOS 4 4 3 48
9º FALTA DE COMUNICAÇÃO 3 3 3 27
O total obtido para cada problema foi transferido para o gráfico de Pareto, a fim de serem
priorizados. O gráfico pode ser observado a seguir:
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Por decisão do grupo, seriam estudadas as causas que recebessem notas próximas a 50.
Todavia, para confirmar ou filtrar melhor os resultados obtidos, utilizou-se a Matriz de
Impacto x esforço. A Matriz Impacto x esforço pode ser observada a seguir:
ESFORÇO
A partir da análise desses resultados, pode-se perceber que apenas duas causas não se
repetiram em ambas as ferramentas: falta de uso de EPI’s e colaborador sem treinamento. As
demais causas foram comuns nos dois métodos e, portanto serão analisadas. Em relação à
falta de uso de EPI’s, embora não tenha sido comum nos dois métodos, será sim analisada
pelo grupo, uma vez que é item obrigatório na área de construção civil. Em relação ao
colaborador não ter treinamento, esta causa poderá ser analisada pela equipe se estiver
relacionada com o uso dos EPI’s ou da organização do canteiro; todavia, se estiver
relacionado com as operações, não será objeto de estudo do momento, uma vez que representa
um assunto específico da área civil, todavia o problema será reportado à empresa a
importância se analisa-lo com maior atenção.
Após analisar a norma NR18, o grupo pesquisou algumas possíveis soluções para os
problemas encontrados nos canteiros de obra, apresentadas a seguir:
3.1.2.1 – PROGRAMA 5S
1. A história do 5S:
Surgiu nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra Mundial, quando o Japão vivia
a chamada crise de competitividade. Além disso, havia muita sujeira nas fábricas japonesas,
sendo necessária uma reestruturação e uma “limpeza” para melhorar a produção e se tornar
compatível com o mercado mundial.
O método prova ser possível eliminar o desperdício e tudo que gere custo extra em
cinco fases. O que foi um dos fatores para a recuperação de empresas japonesas e a base para
a implantação da Qualidade Total. No Brasil, a metodologia foi implantada em 1991.
Este programa recebe o nome de 5S, pois reúne cinco palavras japonesas: seiri, seiton,
seiso, seiketsu e shitsuke.
Nesta fase, o trabalho começa a ser colocado em ordem, para que só se utilize o que
for realmente necessário e aplicável. Por isso, é importante ter o necessário, na quantidade
adequada e controlada para facilitar as operações.
É essencial saber separar e classificar os objetos e dados úteis dos inúteis da seguinte
forma:
• o que for desnecessário: deve ser reformado, vendido ou eliminado, pois ocupa
espaço necessário e atrapalha o trabalho.
Vantagens:
O objetivo é identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar
facilmente o que precisa e a visualização seja facilitada.
• Padronizar as nomenclaturas.
• Expor visualmente os pontos críticos, tais como extintores de incêndio, locais de alta
voltagem, partes de máquinas que exijam atenção, etc.
Vantagens:
A ideia principal nesta fase é: “Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.”
Vantagens:
Vantagens:
Atitudes importantes:
Vantagens:
Cada seção do interruptor apresenta uma cor diferente a qual representa o andamento
do trabalho que está sendo realizado por uma determinada equipe. A cor verde indica que o
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serviço está sendo realizado normalmente. A cor amarela indica a existência de algum
problema que pode ocasionar a parada da produção e a vermelha representa a parada da
equipe por falta de condições de realizar o trabalho.
Cada equipe ao iniciar seu trabalho deve acionar a seção do interruptor correspondente
ao seu status e toda vez que houver alguma mudança de cor, uma campainha (localizada
próxima ao Andon) deve ser tocada, chamando a atenção para o ocorrido. No caso do
acionamento da luz amarela o engenheiro ou mestre de obras tem até 30 minutos para
solucionar o problema, caso contrário, a luz amarela é substituída pela vermelha.
Com esta ferramenta é possível melhorar a qualidade da operação, uma vez que será
padronizada e facilitada.
boas práticas, relacionando-se os pontos obtidos com os pontos possíveis. Pode-se medir
também a taxa de frequência de acidentes, a partir do número total de acidentes pelo número
de horas efetivamente trabalhadas. Pode-se medir também o número de não conformidades,
entre outras medições.
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KOTLER, Philip & KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing, 14a edição. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
SLACK, N. et. al. Administração da Produção: Edição Compacta. 3ª Edição. Atlas, 2009.
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6- ANEXOS