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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Tiago Rodrigo de Gois

Relatório Final de Estágio Curricular Obrigatório

https://youtu.be/2SmRDzRj_ys

São Paulo - SP
2022
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Relatório Final de Estágio Curricular Obrigatório

Desenvolvimento do relatório final de


Estágio Técnico – Científico apresentado
na disciplina de Estágio Supervisionado
para o curso de Engenharia de Produção
da Universidade Virtual do Estado de São
Paulo (UNIVESP).

São Paulo – SP
2022

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO


2
APRESENTAÇÃO

Nome: Tiago Rodrigo de Gois


RA: 1811655
Curso: Engenharia de Produção
Nome do Diretor Responsável pela Empresa: Wilson José Chiari
Empresa / Entidade: SENAI Ourinhos (Serviço Nacional de aprendizagem Industrial).
Ramo de Estágio:
Período do Estágio:
Quantidade total de horas cumpridas: 200 horas

Ourinhos, 19 de janeiro de 2022

Wilson José Chiari (Supervisor do Estágio)

Tiago Rodrigo de Gois (Estagiário)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

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Figura 1 - Questão 01............................................................................................22
Figura 2 – Questão 02...........................................................................................23
Figura 3 – Questão 03...........................................................................................23
Figura 4 – Questão 04...........................................................................................24
Figura 5 – Questão 05...........................................................................................25
Figura 6: Vista Frontal do setor de estoque..........................................................27
Figura 7: Vista lateral direita do setor de estoque.................................................28
Figura 8: Vista superior do setor de estoque........................................................29
Figura 9: Perspectiva Isométrica do setor de estoque..........................................29
Figura 10: QR code de direcionamento para a apresentação..............................32

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Definições Clássicas de Qualidade.....................................................12


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Tabela 2: Cronograma de entrega parcial n° 01...................................................36
Tabela 3: Cronograma de entrega parcial n° 02...................................................36
Tabela 4: Cronograma de entrega final n° 3.........................................................37

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7

2 OBJETIVOS 9

2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................9


2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................9

3 JUSTIFICATIVA 10

4 REFERÊNCIAL TEÓRICO 11

4.1 HISTÓRICO DA QUALIDADE...........................................................................11


4.2 ETAPAS DO CONTROLE DA QUALIDADE.........................................................13
4.3 CODIFICAÇÃO EM PROL DA QUALIDADE.........................................................14
4.4 MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE.........................................................16

5 METODOLOGIA 18

6 ESTUDO DE CASO 19

6.1 PERFIL DA EMPRESA....................................................................................19


6.2 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO..........................................................19
6.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA............................................................................19
6.4 EMPATIA..................................................................................................... 21
6.5 VISUALIZAÇÃO.............................................................................................25
6.6 PROTÓTIPO.................................................................................................26
6.7 TESTE E MELHORIAS................................................................................... 30

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31

7.1 SOLUÇÃO....................................................................................................31
7.2 CONCLUSÃO................................................................................................32

8 REFERÊNCIAS 33

9 CRONOGRAMA 35

6
1 INTRODUÇÃO

1.1 Histórico da Entidade.

No ano de 2008, mais precisamente no dia 28 de maio, um convênio firmado


entre a Prefeitura Municipal e o SENAI-SP dá início aos trabalhos para a instalação
de uma escola SENAI no município de Ourinhos, SP.
Por meio deste convênio, a Prefeitura Municipal construiu o imóvel em que a
escola funciona atualmente, dotando-o com a infraestrutura básica necessária, como
instalações elétricas, iluminação, água, esgoto e pintura, observando as
determinações constantes no leiaute definido pelo SENAI - SP.
No dia 14 de abril de 2010, o presidente do SENAI-SP, Paulo Skaf,
acompanhado do diretor regional do SENAI-SP, Walter Vicioni Gonçalves,
receberam oficialmente do prefeito de Ourinhos o prédio com 2.500 metros
quadrados, pronto para o funcionamento da nova unidade do SENAI-SP, em um
evento que contou com a presença de mais de 300 pessoas.
Em 11 de julho de 2010, o Centro de Treinamento SENAI de Ourinhos recebe
autorização de funcionamento e passa a capacitar 32 alunos no curso Técnico em
Eletromecânica, articulado com o ensino médio do SESI, ofertando também alguns
cursos de Formação Inicial e Continuada. Porém continuava a montagem do leiaute
definitivo da escola, adequando suas instalações elétricas às potências dos diversos
equipamentos, montando laboratórios, ambientes de ensino e oficinas, elevando a
oferta dos diversos cursos, e preparando a nova unidade para a sua inauguração,
prevista para o primeiro semestre de 2013.
Conforme previsão, a inauguração oficial ocorreu no dia 19 de abril de 2013, e a
escola já mantinha em pleno funcionamento diversas áreas tecnológicas como:
Automobilística, Construção Civil, Eletroeletrônica, Gestão, Logística,
Metalmecânica, Metalurgia, Segurança do Trabalho, Tecnologia da Informação e
Vestuário. Atualmente também estão presentes as áreas de Alimentos e
Manutenção.
Os programas educacionais são voltados para jovens que buscam qualificação
para o primeiro emprego e adultos interessados em obter capacitação básica,

7
especialização técnica e atualização tecnológica. A escola também foi projetada
para oferecer assessoria técnica e tecnológica para as empresas.

1.2 Descrição dos principais produtos e serviços desenvolvidos pela Entidade.

O estoque é um setor logístico e estratégico para a empresa, não podendo


ser considerado apenas um mero armazém, pois ali está diretamente relacionado
com o capital de giro da empresa, influenciando outros setores como: financeiro;
comercial; marketing; produção; etc.

1.3 A importância do Estágio para a formação profissional e os objetivos com


o desenvolvimento do Estágio.

A armazenagem é uma função muito importante do sistema logístico, pois


garante a disposição dos materiais em locais que favorecem a organização e
movimentação para um efetivo controle de estoque. O controle de estoque
estratégico deve ser bem executado levando em consideração as duas principais
bases do estoque, o recebimento e a liberação de matérias.
O recebimento e a liberação de materiais se dão através de um processo de
auditoria e análise que assegura que os materiais estejam dentro das

8
2 APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

2.1 Objetivos da Empresa, sua função social, contribuições ambientais e


sociais relevantes.

Promover melhorias nas etapas do processo de recebimento,


armazenamento de produtos e matéria prima pelo almoxarifado, até a liberação dos
mesmos pelo setor da Qualidade para as etapas de: Inspeção, Material Liberado
para produção e Descarte de processo.

2.2 Política e missão da empresa.

 Descrever o processo de recebimento dos materiais ao chegar no


almoxarifado;
 Levantar um método para identificar estes materiais ao ser recebido;
 Definir um sistema para recebimento de matéria prima pelo almoxarifado;
 Traçar um sistema para o armazenamento dos materiais conforme as suas
etapas.

2.3 Descrição do setor econômico e as principais características do setor.

3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTÁGIO


9
Sabemos que o mundo sempre vivenciou mudanças em busca de melhorias em
inúmeros setores do desenvolvimento humano, e no setor industrial não foi diferente,
principalmente nesse último século, atrelado ao cenário tecnológico, essa melhoria
contínua nos processos dentro de uma empresa é um tema que vem sendo bastante
explorado nas áreas de engenharia de produção. A maior parte desses estudos
focam os aspectos técnicos, atendo-se à estruturação de programas de melhoria,
sem grande preocupação com aspectos culturais e/ou organizacionais que regem as
organizações (JAGER et al., 2004). A melhoria de processos é uma necessidade
presente na rotina de qualquer organização, sendo que, é preciso que essas sejam
de forma contínua, para que a organização sobreviva a um mercado extremamente
competitivo (MESQUITA; ALLIPRANDINI, 2003; DELBRIDGE; BARTON, 2002).
O conjunto de ações integradas e ordenadas com um fim que objetiva gerar
produtos/serviços/informações é o que chamamos de processo. Dentro das
organizações em constantes mudanças, a melhoria dos processos dita o futuro da
mesma no mercado competitivo. Nessas constantes mudanças e melhorias
contínuas que envolvem uma organização, observamos que os pequenos passos e
ciclos de mudanças, em alta frequência, quando vistos isoladamente geram
pequenos impactos, porém juntos atingem grandes desempenhos e importantes
contribuições dentro de uma organização. (BARBARÁ, 2008; PAIM et al., 2009;
BESSANT, CAFFYN e GALLAGHER, 2000). Para gerar o comprometimento dos
indivíduos que integram a equipe de uma organização a buscar se inserir nos
programas de melhoria, é preciso desenvolver uma cultura que valorize a busca pelo
aprendizado. (MURRAY; CHAPMAN, 2003).
Diante desse cenário, vimos então a importância de identificar quais as
dificuldades enfrentadas nos processos de organização da triagem de produtos da
empresa ASC.EME que precisam de cuidados especiais, tanto em sua separação,
coleta, manuseio e principalmente na sua identificação. É nesse sentido que
buscamos propor nesse trabalho melhorias dos processos desse setor da empresa,
sendo este apenas o primeiro de muitos programas de melhorias dentro dessa
organização.
4 METODOLOGIAS UTILIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

10
4.1 As metodologias utilizadas no desenvolvimento das atividades de estágio.

A história da qualidade faz parte da história da humanidade. A literatura


mostra que a busca da qualidade sempre esteve presente na história das

Tabela 1 – Definições Clássicas de Qualidade

DEFINIÇÕES CLÁSSICAS DE QUALIDADE


Crosby Conformidade com as exigências.

A qualidade deve ter como objetivo as necessidades do usuário,


Deming
presentes e futuras.

O total de características de um produto e de um serviço


referentes a marketing, engenharia, manufatura e manutenção,
Feigenbaum
pelas quais o produto ou serviço, quando em uso, atenderá as
exigências do cliente.

Juran Adequação à finalidade ou uso.


Fonte: VALLS, 2004

Deficiências do produto levam ao retrabalho e desperdício afetando os


custos. Aos olhos dos clientes quanto menos deficiências melhor a qualidade.
Segundo Juran (1992).

4.2 Ferramentas utilizadas durante as atividades de estágio, seu


funcionamento e as práticas desenvolvidas com esse instrumento.

O processo para melhoria da qualidade em empresas está fundamentado no


programa de 14 etapas da filosofia de Crosby (LUCINDA, 2010).

1. Obter o compromisso da alta direção em relação ao programa de


qualidade;
2. Criar equipes de melhoria da qualidade;
3. Criar indicadores de qualidade;
4. Identificar os custos da não qualidade;
5. Conscientização dos colaboradores da importância da qualidade;

11
6.

5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Na busca pelo tema ideal para o projeto, foi realizada sessões de


brainstorming na tentativa de geração de ideias para identificar problemas a serem
solucionados. Com isso foi aplicado o método Design Thinking que é uma
ferramenta de inovação em busca de uma solução factível para um problema, ou

12
seja, um conjunto de procedimentos que visam solucionar um problema. O Design
Thinking tem o foco em pessoas (público e colaboradores) (QUANTA
JUNIOR,2020).
Dessa forma, usando esse método foi seguido as 5 etapas do Design
Thinking: Imersão; análise e síntese; ideação; prototipagem e teste.
Durante a Imersão foi analisado várias formas a entender e compreender
todos os elementos do problema, de modo a fazer uma imersão sistemática
analisando problemas similares com o problema proposto disponíveis na internet,
pesquisado e analisado situações boas e ruins com o intuito de mergulhar no tema a
fim de conhecer melhor o problema e até as soluções já tentadas por outras pessoas
e também pela referida empresa. Foi realizada uma pesquisa direcionada ao público
alvo na empresa utilizando o Google Forms com a finalidade de conhecer melhor o
que as pessoas que convivem diariamente com o problema pensam e propõe sobre
o assunto.
Depois da imersão foi feita uma análise dos dados coletados sempre focando
na solução do problema, de modo a ouvir e assimilar as opiniões das pessoas do
grupo que trabalham na empresa, já que elas estão mais próximas da realidade
vivida pela empresa, assim conseguindo entender melhor o problema, e elaborar
uma síntese para ajudar a criar um processo de solução para o problema.
Na etapa de Ideação que é considerada uma das fases do brainstorming, foi
coletada e organizada as idéias das mais simples para as mais complexas para
desenvolver uma solução realmente eficiente, nessa etapa todos os integrantes
sugeriram uma ou mais idéias e propostas para solução do problema.
Após essas 3 primeiras etapas, surge a etapa de prototipagem e teste, que é
onde as idéias se materializam e se transformam em soluções reais e eficazes para
o problema apresentado.

6 ESTUDO DE CASO

A seguir, apresentamos e empresa ASC.EME (nome fictício), a partir da qual


foi realizado nossos estudos. O nome verdadeiro da empresa por motivos de
autorização não cedida, não será revelado.

13
6.1 Perfil da empresa

A empresa ASC.EME tem como seu principal meio de subsistência o


desenvolvimento e fabricação de diversos modelos de válvulas solenoides, assim
como também comercializa produtos e soluções em automações residenciais e
industriais.

6.2 Apresentação do Estudo de caso

O estudo realizado nessa empresa foi realizado principalmente no setor da


qualidade, sendo mais preciso e especifico, no setor de estoque e armazenagem,
deu-se, devido a necessidade de melhorias na identificação dos produtos, visando
maior rendimento e organização.

6.3 Definição do problema

Dadas as informações levantadas, o grupo idealizador entrou em um


consenso e foi definido que será aperfeiçoado os processos de identificação no
estoque para melhoria do controle de qualidade da empresa ASC.EME.
Estoque pode ser considerado um conjunto de bens que são armazenados
em uma instituição e que suprem suas necessidades. Em épocas passadas era
seguro afirmar que o estoque perfeito era aquele em que os itens eram
armazenados com um volume superior ao utilizado gerando assim, uma segurança
maior para que não faltasse componentes para o fluxo de produção da instituição.
Mas atualmente foi comprovado que a ideia anterior não é verídica. O que acontecia
por diversas vezes durante a produção era a falta de produtos onde acreditavam não
ser importantes, gerando uma parada no processo. Sendo assim é necessário ter
um estoque de segurança para não manter produtos parados, porque estoque com
excessos gera perdas financeiras para as empresas. (MOURA,2004).
Atualmente a empresa ASC.EME se encontra com dificuldades em seu
controle dos produtos prejudicando o processo operacional e afetando o Controle de
Qualidade.

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Atualmente o processo é feito de uma maneira usual antiga adotado em outra
época pela empresa através de informações extraídas de um sistema próprio que a
empresa utiliza, impedindo que essas informações sejam confrontadas com o que se
mostra sistemicamente. O estoque não tem controle sobre o tempo em que os
produtos ficam armazenados nas prateleiras, já que alguns produtos antigos acabam
ficando no fundo das prateleiras ou em locais de pouca visibilidade, causando assim
prejuízos por longo estocamento de capital material parado sem utilização.
É notório observar que o estoque tem algum tipo de organização, porém não
o suficiente para melhoria dos processos da empresa. Muitos materiais da mesma
natureza são estocados, enquanto outros materiais de natureza distintas faltam para
a produção, porém a alta quantidade de materiais de mesma natureza causam uma
sensação de estoque cheio, mas na prática isso não é suficiente para manter a
produção, já que a produção não depende apenas de alguns tipos de insumos, mas
sim de uma grande variedade.
É possível observar também que não existe nenhum tipo de aviso sobre os
materiais liberados ou não, dando acesso a qualquer colaborador para retirada dos
materiais.
Percebe-se também que a identificação das caixas de armazenamento e dos
itens não contém informações tão precisas quanto a data de chegada, ou natureza e
origem do produto, não contém códigos de barras e/ou QR Codes, dificultando o
controle por parte de outros setores.
Observa-se que a identificação dos setores do estoque resume se a
pequenas e pouco perceptíveis etiquetas adesivas coladas no chão, o que gera um
tempo maior na procura pelos insumos e materiais a serem utilizados.

6.4 Empatia

Foi observado como as pessoas reagem ao problema levantado, através de


uma coleta de informações através de pesquisa direcionada a um grupo de
trabalhadores da empresa referida, utilizando o “Google Forms”, com questões que
favoreceram identificar e perceber a opinião que os trabalhadores tinham sobre o
problema. Ao todo foram 5 questões aplicadas.

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A questão 01 da pesquisa, conforme mostra a Figura 1, mostra que 100%
(cem por cento) dos entrevistados concordam que todo o material de estoque deve
ser identificado com o intuito de facilitar o controle.

Figura 1 - Questão 01

Fonte: O próprio autor

A questão 02, conforme mostra a Figura 2, mostra que 100% (cem por cento)
dos entrevistados afirmam que a falta de identificação dos produtos, promove a falta
de integração entre o controle de estoque e os demais setores.

Figura 2 – Questão 02

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Fonte: O próprio autor

A questão 03, conforme mostra a Figura 3, mostra que 100% (cem por cento)
dos entrevistados enfatizam a importância da identificação durante todos os
processos de fabricação.
Figura 3 – Questão 03

Fonte: O próprio autor

A questão 04, conforme mostra a Figura 4, mostra que 94,1%


(aproximadamente noventa e quatro porcento) dos entrevistados afirmam que na

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empresa o processo de identificação dos produtos acontece durante todo o
processo, porém uma pequena minoria (5,9%) afirmam justamente o contrário.

Figura 4 – Questão 04

Fonte: O próprio autor

A questão 05, conforme mostra a Figura 5, deixamos um espaço para cada


entrevistado opinar e sugerir melhorias nesse processo, e logo percebemos que a
ampla maioria dos entrevistados, fornecem opiniões referente a algum tipo de
melhoria no processo de identificação dos produtos.
Mesmo que em respostas anteriores alguns afirmam que o processo de
identificação já ocorre em alguns setores, é possível observar através das respostas
obtidas na questão 5, que esse processo de identificação pode ser
consideravelmente melhorado e modernizado.

18
Figura 5 – Questão 05

Fonte: O próprio autor

19
Observando os resultados obtidos com a pesquisa, é fácil analisar que todos
concordam que existe um problema a ser melhorado e que ajudaria e traria diversos
benefícios para a produtividade e qualidade da empresa, porém analisando a última
questão, onde os entrevistados puderam dissertar algumas opiniões, é notório que
boa parte dos trabalhadores convivem e se adaptaram ao problema levantado, ou
seja, não conseguem ter uma visão sistêmica do problema.

6.5 Visualização

Através de alguns encontros entre os membros do grupo para discussões


(reuniões, trocas de e-mail e mensagens por redes sociais), e depois de ser
abordados diversas ideias para definir o tema a ser estudado, através do método
Brainstorming, da troca de informações e conhecimentos específicos dos
participantes do grupo foram sugeridos alguns temas.
Discutidos ideias de temas, seus pós e contras, foi determinado que o tema
abordado para o projeto será a otimização de processos relacionados ao estoque,
pois se trata de algo já utilizado, testado e aprovado por diversas empresas
mundialmente, e que trará diversas melhorias para a empresa que aqui estamos
usando para implantar o nosso protótipo de projeto.
Por poder se conectar a sistemas de análises de dados proporcionando maior
visibilidade de estoque, por exemplo, que é uma das bases dessa indústria
consistindo na conexão em rede de objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas
por meio de dispositivos altamente visuais embarcados que permitem a coleta e
troca de produtos pontualmente. Com isso, se encaixa em mais um dos pilares que
é segurança. Melhorando o controle das informações no processo,
consequentemente maior a segurança nas etapas do processo trará.
Levando em consideração os objetivos que foram estudados nesse semestre do
curso, a ideia do projeto se enquadra em dois objetivos o de construir infraestruturas
resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável, também no objetivo
de assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Com a implantação
desse novo sistema será possível reduzir os erros no processo, diminuir o estresse

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no trabalho, além de melhorar o processo produtivo trazendo melhores resultados
para a empresa.

6.6 Protótipo

Foi definido que a ideia inicial será testada primeiramente através de um


software parcialmente gratuito na internet chamado Floorplanner, que é um software
para desenhos 2D e 3D, onde é possível através de uma planta baixa simular um
ambiente, sendo assim, mais fácil entender, compreender e visualizar o que está
sendo proposto. Não foi utilizado imagens reais da empresa por motivos de
autorização.
Abaixo, observa-se algumas imagens de vários ângulos diferentes geradas no
software Floorplanner, essas imagens são cópias digitais do layout (em escala),
imagens essas que são melhorias propostas no layout do setor de estoque:

Figura 6: Vista Frontal do setor de estoque

Fonte: O próprio autor (Floorplanner)

Nas imagens pode se observar que propomos o uso de totens para


identificação ao final de cada fileira, esses totens podem ser produzidos com os
recursos e materiais já disponíveis na empresa. As placas de alerta na janela da
sala também serão produzidas na própria empresa, e deverão ser identificadas com

21
clareza, facilitando a identificação dos materiais “não conformes” e SCRAP que
serão os materiais disponibilizados nas prateleiras.

Figura 7: Vista lateral direita do setor de estoque

Fonte: O próprio autor (Floorplanner)

Além dessas identificações maiores, utilizaremos etiquetas adesivas que


poderão conter informações mais precisas sobre dados como: suas especificações
técnicas, modelo, tamanho, forma adequada de armazenamento, data de validade,
cuidados específicos, etc.

22
Figura 8: Vista superior do setor de estoque

Fonte: O próprio autor (Floorplanner)

Figura 9: Perspectiva Isométrica do setor de estoque

Fonte: O próprio autor (Floorplanner)

Assim que a carga de um determinado produto chega a um estabelecido,


suas informações são cadastradas no sistema. A mercadoria então recebe uma

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etiqueta com QR code atrelado a um software de computador e passará a ser
armazenada no estoque.
Esse procedimento proporciona maior agilidade aos processos de
recebimento e estoque de mercadorias, uma vez que a equipe de vendas consegue
consultar a disponibilidade de um produto rapidamente utilizando uma plataforma
computacional (vhsys), sem ser necessário ir até o depósito e perder um tempo
excessivo fazendo buscas.
Para isso, é necessário etiquetar os produtos e cadastrar as informações no
sistema, contribuindo assim para uma melhor gestão de todo o estoque e
viabilizando atualizações automáticas no sistema. Como se trata de fabricação de
produtos repetitivos, o trabalho seria mais intenso na implantação desse tipo de
processo. Em contrapartida os QR Codes e os códigos de barras são recursos
modernos e práticos que implantados, completam a melhoria do processo. O QR
code (sigla do inglês Quick Response, resposta rápida em português) é um recurso
mais prático de ser implantado pois pode ser escaneado pela grande maioria dos
smartphones com câmera, e se trata de um sistema muito utilizado pelas indústrias
para catalogar peças na produção dos seus equipamentos.
Esse tipo de sistema de identificação consiste na impressão gráfica de QR
codes nas etiquetas (que, depois, serão coladas aos produtos) ou nas próprias
embalagens ou invólucros. A criação desse código barrametrico bidimensional
seguirá ao padrão internacional ISSO/IEC 18004.
Quando os QR codes são escaneados (lidos) com um smartphone, este
interpreta os dados através de um aplicativo e passa as informações via internet (wi-
fi) ao sistema de gestão e da qualidade. Esse sistema de etiquetagem é utilizado
para identificar, além dos produtos e consumíveis, as alocações das estantes, assim
como os paletes ou prateleiras.
Todos os sistemas automáticos, tanto de gestão quanto de movimentação,
necessitam dispor destes códigos para fazer a comunicação dos dados da carga
que está sendo manuseada.

24
6.7 Teste e Melhorias

Esse trabalho será implantado parcialmente com uma parcela considerável


dos usuários, para dessa forma, receber feedbacks mais precisos, para analisarmos
os possíveis resultados e caso provada a necessidade a readequação ou adaptação
de alguns pontos.
O objetivo inicial do grupo se apegando na melhoria do processo, é a
implantação e utilização de um sistema para organização do processo. Esse projeto
consiste na identificação através de totens e placas, assim com etiquetas adesivas
que podem conter informações com data de entrada e saída, natureza do produto,
validade e QR Codes ou códigos de barras.
Trata se de uma melhoria com investimento inicial relativamente baixo em
relação aos resultados esperados. Trata se também de uma melhoria que para ser
implantada não requer treinamento especial para os colaboradores, já que é um
sistema intuitivo e fácil de entender.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde o início do estudo é notável que o problema se resume na falta de


comunicação e troca de informações rápida e efetiva contidas no estoque e
armazenamento com os outros setores, como: qualidade, financeiro, planejamento.

7.1 Solução
Até o momento da conclusão desse trabalho a empresa ASC.EME aplicou parte
das soluções apresentadas nesse projeto. Como por exemplo: a inclusão de totens
de identificação no início de cada fileira de paletes, a sinalização com placas de
informações e de advertências dos materiais liberados e materiais em espera. A
sinalização no piso do setor de estoque também foi melhorada com adesivos
refletivos no sentido de garantir melhor visualização e observação dos materiais,
facilitando assim o trabalho dos operadores de paletes e operadores de
empilhadeira. A separação dos produtos por tipo e por ordem de natureza em
primeiro plano e em segundo plano por ordem de entrada.
Quanto a identificação unitária de cada material estocado, a empresa pretende
implantar brevemente o sistema de QR Codes, já que esse sistema pode ser
trabalhado apenas com o uso de celulares e computadores, enquanto um sistema
de código de barras precisa de equipamentos específicos para leitura.
A figura abaixo mostra um exemplo de QR code gerado a partir de um link, que
ao apontar a câmera do celular para esse QR code, ele direciona o seu dispositivo
móvel a apresentação desse trabalho no YouTube.

Figura 10: QR code de direcionamento para a apresentação.

Fonte: O próprio autor (através do QR code generator)

26
A empresa ASC.EME aceitou a sugestão de melhoria com o sistema de QR
code, porém não dispôs do investimento necessário para a compra do software
“vhsys”, pois esse investimento não estava programado para o ano de 2021, mas a
empresa pretende colocar no orçamento de 2022 a aquisição desse software
(vhsys) e a aquisição de celulares ou tablets para consultas e movimentação do
estoque. Esse software não apenas faz a leitura do QR code, mas se trata de uma
plataforma computacional que reúne ferramentas completas de gerenciamento de
estoque, permitindo assim obter informações precisas a cada movimentação do
estoque e alinhá-las com outros setores, ou seja, a cada leitura do QR code o
aplicativo alimenta um banco de dados, onde outros setores da empresa também
tem acesso, com possibilidade de acessar a qualquer informação do estoque
utilizando o computadores ou qualquer dispositivo móvel previamente preparado
para essa finalidade. É possível também gerar um inventário completo de todos os
produtos presentes no estoque.

7.2 Conclusão

Com este estudo pudemos observar a importância e eficiência de todo o


mapeamento que fizemos, respaldados pelas referências do trabalho, observando o
perfil da empresa, definindo o problema e, principalmente, fazendo a coleta de
dados com os funcionários da empresa.
Com a implementação, ainda que parcial das propostas, pudemos observar a
importância e os ganhos de agilidade, confiabilidade e facilitação no controle e
movimentação dos produtos, a diminuição nos níveis de SCRAPS, que ajudou
também no processo operacional e no controle de qualidade.
Sem dúvidas, essas melhorias quando completamente implementadas, se tornarão
essenciais para a celeridade produtiva da empresa e para a melhoria dos níveis de
qualidade da empresa, fazendo assim com que ela se mantenha forte e competitiva.

8 REFERÊNCIAS

27
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial.
5. ed. [S.l.]: Bookman, 2006.

BARBARÁ, S. Gestão por processos: fundamentos, técnicas e modelos de


implementação: foco no sistema de gestão da qualidade com base na ISO
9000:2000. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

BESSANT, J.; CAFFYN, S.; GALLAGHER, M. An evolutionary model of


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MURRAY, P.; CHAPMAN, R. From continuous improvement organizational learning:
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http://dx.d oi.org/10.1108/09696470310486629.

CASTELAR, R. M.; MORDELET, P.; GRABOIS, V.: Gestão hospitalar: Um desafio


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DELBRIDGE, R.; BARTON, H. Organizing for continuous improvement.


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JURAN, J. M. A qualidade desde o projeto: novos passos para o planejamento da


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LUCINDA, M. A. Qualidade: Fundamentos e práticas para cursos de graduação. Rio


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Disponível em: https://qualyteam.com/pb/blog/conheca-william-edwards-deming-pai-
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QUANTA JUNIOR, Design Thinking: Trazendo soluções inovadoras. Disponível


em: https://www.quanta.org.br/blog/design-thinking-inovando-no-seu-negocio/?
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BARBIERI, J.C.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: teoria e prática. São Paulo:
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VALLS, V. M. O enfoque por processos da NBR ISO 9001 e sua aplicação nos
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philip-crosby/. Acesso em 08 de dez. de 2021.

9 CRONOGRAMA

29
Tabela 2: Cronograma de entrega parcial n° 01

Entrega Parcial (1° Entrega)


Data Finalizado
Descrição da etapa. Data Final
Inicial em:
Escolha do tema. 9/08 15/08 15/08
Estipular problema de pesquisa. 16/08 22/08 22/08
Determinação dos objetivos. 23/08 29/08 29/08
Formular hipóteses e justificativas. 30/08 05/09 05/09
Definição do instrumento de coleta de
06/09 19/09 19/09
dados.
Leitura dos temas. 20/09 26/09 26/09
Fazer fichamentos. 17/09 03/10 03/10
Fazer Entrega Parcial (1°entrega). 04/10 17/10 17/10

Fonte: O próprio autor

Tabela 3: Cronograma de entrega parcial n° 02

Entrega Parcial (2° Entrega)


Data
Descrição da etapa. Data Final Finalizado em:
Inicial
Coleta de dados. 18/10 24/10 25/10
Análise e interpretação dos dados. 25/10 01/11 01/11
Redação do TCC. 02/11 12/11 12/11
Desenvolver revisão bibliográfica. 13/11 14/11 15/11
Fazer Entrega Parcial (2°entrega). 15/11 28/11 28/11

Fonte: O próprio autor

Tabela 4: Cronograma de entrega final n° 3

Entrega Final (3° Entrega)

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Data Data Finalizado
Descrição da etapa.
Inicial Final em:
Revisar cumprimento de normas da
29/11 30/11 01/12
ABNT.
Revisar texto do trabalho. 01/12 02/12 02/12
Revisar ortografia. 03/12 04/12 05/12
Revisão do orientador. 05/12 06/12 07/12
Fazer ajustes solicitados pelo
07/12 07/12 07/12
orientador.
Imprimir e encadernar. 08/12 08/12 08/12
Preparar roteiro para apresentação. 09/12 09/12 09/12
Entregar TCC.
09/12 13/12 13/12
Apresentar o trabalho.

Fonte: O próprio autor

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