Você está na página 1de 24

 

 
CLÁUDIO OLIVATO BARBOSA JÚNIOR 
EDUARDO CAVACAMI 
JULIANA REATEGUI 
LUCAS CHAGAS BENEDITO 
ODAIR ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revitalização com reaproveitamento de energia da praça da quadra 39 da 
Avenida Cruzeiro do Sul no Parque Bauru na cidade de Bauru. 
 
 
 
 
 
 
 Link do vídeo: https://youtu.be/hZo2vKEHLzQ 
 
 
 
 
 
JAÚ 
2015 
 

CLÁUDIO OLIVATO BARBOSA JÚNIOR 
EDUARDO CAVACAMI 
JULIANA REATEGUI 
LUCAS CHAGAS BENEDITO 
ODAIR ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
Revitalização com reaproveitamento de energia da praça da quadra 39 da 
Avenida Cruzeiro do Sul no Parque Bauru na cidade de Bauru. 
 
 
 
 
 
Projeto  Integrador  III  para  o   curso  de Engenharias 
da  Universidade  Virtual  do  Estado  de   São  Paulo,  
Pólo Jaú 
 
Melhoria de Espaços Públicos 
 
Mediadora: Juliana Rossi Duci 
 
 
 
 
 
 
 
 
JAÚ 
2015 
 

LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 ­ Mapa de quantidade e localização das praças de Bauru……...……………7 
Figura 2 ­ Vista lateral lado norte da praça no período diurno……............................13  
Figura 3 ­ Vista lateral lado sul da praça no período diurno….………………………..13 
Figura 4 ­ Vista aérea da praça………………………………….………………………..14 
Figura 5 ­ Vista noturna da praça………….……………………………………………..14 
Figura 6 ­ Foto para dimensionamento da praça…...…………………………………..17 
Figura 7 ­ Software simulador DIALux………………….………………………………..18 
Figura 8 ­ Gerador de imã permanente...………………………………………………..19 
Figura 9 ­ Diagrama elétrico da praça…………………….……………………………..20 
Figura 10 ­ Vista lateral direita da nova praça……………………………………..……20 
Figura 11 ­ Vista superior da nova praça...…………..………………………………….21 
Figura 12 ­ Vista interior da nova praça……...……………………………………….....21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1 ­ Tabulação dos dados obtidos nas entrevistas………………….…………..15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………......5 
2 JUSTIFICATIVA…………….…………………………………………………………......9 
3 PROBLEMA E OBJETIVO………………………..……………………………………..12 
4 METODOLOGIA………….………………………………………………………………13 
5 BIBLIOGRÁFIA.…………………………………………………………………………..22 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

1 INTRODUÇÃO 
 
Os  espaços  públicos tem  grande  influência na vida de toda a população e é o 
local  de  interação  entre  diversos  grupos  da  sociedade  e  de  uso comum  e  por  isso 
cuidar  destes  locais  não  é  obrigação  somente do poder público  e  sim  das pessoas 
que  o  frequentam.  Existente  várias  definições   que  nortearão  nosso  trabalho  e  nos 
ajudarão  a  entender  melhor  as  necessidades  do público  alvo. Pois o espaço público 
é  o  espaço  de  expressão  coletiva  da  vida  da  comunidade,  do  encontro  e  do 
.  ​
intercâmbio  cotidianos  (BORJA  e  MUXÍ,  2000)​ Para  (BELLET  SANFELIU,  2010), 
seria "o  espaço do comum, da  cultura  e  política comum, espaço de interesse geral 
ou onde se sucede  e se expressa aquilo que deveria importar a todos”. 
O  espaço  público  é  um  "espaço  de  sociabilidade  problemática  onde  devem 
coexistir todo um mundo de estranhos" (LOFLAND, 1973). 
Os  espaços  públicos  mais  utilizados  pelas  populações  de  baixa  renda 
continuam  sendo  as  praças  próximas  as  suas  residências,  mas  em  horários 
específicos devido a falta de estrutura do local e o abandono do setor público. 
As  praças,  ao  longo  dos  tempos, levando­se  em  conta  os  diversos aspectos 
que  as  envolvem,   como  definição,  funções,  usos  e  concepções,  sofreram 
significativas  mudanças.  Todavia,  é  consenso  que,  a  despeito  das  transformações 
impostas  pelo  tempo,  às  praças  ainda  representam  um  espaço  público  de  grande 
importância no cotidiano urbano (DE ANGELIS et al., 2005).   
Considerando  que  praças  são  espaços  abertos,  públicos  e  urbanos 
destinados  ao  lazer  e  ao  convívio  da  população  (LIMA  et  al.,  1994;  MACEDO  e 
ROBBA,  2002), sua função primordial é a de  aproximar e reunir as pessoas, seja por 
motivo cultural, econômico (comércio), político ou social.  
“Como  nasce  uma  praça”  foi  o  tema  do  JC  nos  Bairros,  um  caderno  de 
domingo  do  Jornal  da  Cidade,  jornal  de  grande  difusão  na  região  de  Bauru, 
reportagem  de  Ana  Paula  Pessoto.  Na  entrevista  com  a  Secretária  do  Meio 
Ambiente (Semma) da Prefeitura Municipal de Bauru, Lázara Gazzeta explicou que:  
Sempre   que  é  feito  um  loteamento,  35%  da  área   são  destinadas  para  o  
município.  Destes,  20%  têm  como  destino  a  construção   de  vias  (ruas  e 
avenidas); 10% vão para área institucional (escola, creches,  centros de lazer e 
esportes,  etc)  e  5%  da área do  terreno  têm como destino às  praças  e áreas 
verdes  [...]  .  Isso   é  Lei.  Quando  um  loteamento  é  novo,  a praça  é  criada de 
imediato.  Mas,  muitas  vezes,  o  que  acontece  é  que  esses  locais   são  

urbanizados.  São   criados,  mas  não  recebem  a  infraestrutura 


.​
necessária​(GAZZETA Lázara, 08/2015) 
 
A Semma (Secretaria municipal do meio ambiente) tem a responsabilidade de 
criar  e  remodelar  as  praças  e  conta  com  uma  equipe  que  arquiteta  e  constrói. 
Porém,  outras  secretarias  auxiliam  nos  quesitos  que  competem  às  suas  pastas 
como  a  Secretaria  de  Obras  com  a  iluminação,  a  Secretaria  de  Administrações 
Regionais  com  pintura,  a  Secretaria  de  Esportes   com  quadras  e  campinhos,  entre 
outras. 
Normalmente,  conforme  reportagem  citada  acima, faz  parte da  infraestrutura 
das  praças  bancos,  bebedouros,  caso  seja  instalado  playground, equipamentos  de 
ginástica  ou  área  esportiva,  iluminação,  paisagismos  e  árvores.  Com  relação  às 
academias  ou  equipamentos de  ginástica,  normalmente  são  instaladas  num  raio  de 
três  quilômetros  de  distância  uma  da  outra.  Além disso,  áreas  de  grandes  espaços 
recebem pista de caminhada. 
Na reportagem ainda, Ana Paula Pessoto comenta que: 
Basta  andar pelos  bairros para notar o papel fundamental  que as praças ainda 
desempenham  no  lazer  da  população,  principalmente  da  mais  carente. 
Crianças  brincando  no  playground  ou  correndo  para  lá  e  para  cá,  adultos  
fazendo  uso  das  academias  ao  ar  livre,  gente  de  todas  as  idades  passeando 
com   seus  mascotes  e  mães  com  bebês  são   apenas  alguns   exemplos  do 
público  que ainda habita  esses  espaços,  principalmente de  manhã e  à  tarde.  
Entretanto,  o estado de  abandono e a falta de manutenção acabam afastando  
a  população  desses  espaços,  em  muitas regiões.  Mas  quando a tão sonhada 
e  exigida  revitalização  chega,  a  vida  volta  para  as  praças 
públicas.(PESSOTO, Ana Paula, 08/2015) 
 
Segundo  o  Jornal  da  Cidade,  a  cidade  de  Bauru  possui  as  praças 
disponibilizadas dentro do município conforme ilustração a seguir: 
 

 
Figura 1: Mapa de quantidade e localização das praças de Bauru (Fonte: Jornal da Cidade ­ 
Caderno JC nos Bairros de 16/08/15). 
 

Podemos  notar  que  no  mapa  acima  existem  regiões  que  possuem  mais 
praças  que  outras  e  vale  salientar  que  isso  ocorre  de  acordo  com  a  demanda  da 
região, por  exemplo no  centro é o local onde menos se tem praças e isso é devido a 
sua  localização,  pois  nesta  região  existem  muitos  pontos  comerciais,  como  lojas, 
shoppings  e  restaurantes  e  poucas  residências  ao  seu  entorno  e  muitos  destes 
locais  que  eram  para  se  tornarem  praças,  como  não  receberam  a  infraestrutura 
necessária acabaram sendo urbanizados.  
Os  demais setores do mapa estão de acordo com a legislação, pois as praças 
existentes  estão  mais  próximo  dos  números  que  seriam  ideais  para  a  localidade, 
levando  em  conta  o  número de  pessoas  que moram naquela região, assim como as 
indústrias  e  comércio  existentes  em  cada  local.  No  setor  6   que  é  o  com  menos 

praças,  tratasse  de  um  bairro  novo  onde  ainda  está  sendo  desenvolvida  toda  uma 
infraestrutura para a região. 
É  evidente  que  grande  parte  dos  problemas  encontrados  em  espaços 
públicos  são   de  responsabilidade  dos  órgãos  públicos.  No entanto,  deixar  para  que 
apenas  os  dirigentes,  seja  da  Nação,  do  Estado  ou  do  Município,  tenham  o  bom 
senso  e  faro  de  identificar  os  problemas  considerados  menores,  que  incidem  em 
uma  pequena  porção  da  população,  cabem  aos  mais  próximos  procurar   por 
melhorias. 
E  são  estas  melhorias  que  serão  foco  de  estudo  deste  trabalho,  pois  não 
basta  criar  uma  praça em um determinado local, se faz necessário identificar se esta 
praça  irá  atender  as  necessidades  de  quem  irá  frequentar  o  local.  Para  isso,  é 
preciso  levar  em  conta  as  características  da  população  da  região  escolhida,  para 
saber o que fará com que estas pessoas frequentem este espaço público ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

2 JUSTIFICATIVA 
 
Os  pontos  de  análise que  poderão indicar a necessidade de adaptações ou a  
criação  de  novos  espaços,  bem  como  evidenciará  os  problemas  e  potencialidades 
de  cada  lugar  em  um  espaço  público,  via  de   regra,  conforme  o  manual  Espaço 
 ​
Público ­ Diagnóstico e metodologia de projeto (2013)​são: 
● Condições de circulação para o pedestre e modais não motorizados. 
● Acessibilidade. 
● Arborização. 
● Segurança. 
● Conforto. 
● Áreas de estar e permanência. 
● Atividades realizadas. 
● Apelo visual. 
Os  espaços  públicos  possuem  algumas  características  que  devem  ser 
levadas  em  conta   quando  da  sua   concepção.  Kelly  e  Becker  (2000)  apresentam  a 
classificação proposta  pela  National Recreation  and  Park Association. Uma possível 
classificação, mais simples, adaptada desta última seria: 
1.  ​
Espaços públicos  de  vizinhança,  que  são aqueles de pequeno porte  e que 
atendem  a  um  pequeno conjunto  de  quadras e lotes,  servindo como unidade básica 
do sistema de espaços  públicos  e abrigando  especialmente  atividades  relacionadas 
ao convívio e ao lazer cotidianos; 
2.  ​
Espaços  públicos  de  bairro,  que  são  aqueles  de  médio  porte  e  que 
atendem  a  um  escopo  maior  de  atividades,  incluindo  aquelas  de  interesse 
comunitário, de conservação ambiental e de recreação, entre outros; 
3.  ​
Espaços  públicos  municipais,  que  são  aqueles  de  grande  porte  e  que 
atendem  a  todo o Município, podendo abrigar uma grande diversidade de atividades, 
especialmente  aquelas  relacionadas  ao  lazer  esporádico  e  à  preservação  e 
conservação ambiental. 
Dentre  diversos  espaços  públicos  encontrados  nas  cidades,  a  escolha  do 
local vislumbrou, além dos problemas já citados, sua localização numa região de alta 
10 

concentração  urbana,  de  classe  média  baixa,  falta  de  cuidado  do  local  e  pouca 
utilização, tendo em vista a falta de atrativos e segurança. 
Para  a  escolha  do  espaço  público  a  ser  trabalhado  que  é  uma  praça  da 
quadra 39 da  Avenida  Cruzeiro do  Sul cruzamento  com  a  Rua José  Ferreira Leite e 
a  Avenida  Félix   Vicente  na  cidade  de  Bauru/SP,  foram  identificados  junto  aos 
moradores  daquela  região e dos bairros  vizinhos que frequentam a praça problemas 
relacionados  com  a  iluminação,  falta  de  atividades  a  serem  realizadas,  conforto 
devido a falta de estrutura e apelo visual, devido ao estado de abandono. 
É pelo uso que as pessoas fazem de uma praça um espaço importante para o 
seu dia­a­dia e convívio social (SOUSA, 2005). 
Para  que  se  possa  manter  a  ordem  urbana,  a  iluminação  é  um  ponto 
determinante  neste  quesito,  pois  não  havendo  locais  escuros  podemos  assegurar 
que estes pontos não serão utilizados para a vadiagem e condutas ilegais. 
O  sistema  de  iluminação  pública assumiu  grande  importância,  perdendo  sua 
simplicidade   primitiva  e  adequando­se  às  necessidades   emergentes.  A 
arborização,   a  distribuição   assimétrica  de  luz  e   a  iluminação  especial  de 
monumentos, túneis  e pontes,  passaram  a ser cuidadosamente estudadas. A 
iluminação,  então,  se  tornou  fator   primordial   de  segurança  especificamente 
para o tráfego noturno (MENDONÇA, 2004, p. 81).  
 

Esta  região  foi  escolhida  por  fazer  parte  de  uma  das  regiões  da  cidade  de 
Bauru,  onde vive  uma  população de classe média baixa e esse público alvo é o que 
mais utiliza espaço público como praças para o seu lazer. 
As  praças  públicas  no  contexto  urbanístico  ambiental  apresentam  relevante 
papel  na  melhoria  da  qualidade  de  vida da  população, são bens de uso comum que 
contribuem  para  o  embelezamento  das  cidades.  Normalmente,  as  praças  são  
compostas  por  bancos,  coretos,  jardim,  via  de  circulação,  e  muitas  vezes  outras 
estruturas (SILVA, 2003). 
A  partir  da  leitura   sobre  esses  elementos  identificados  no  espaço  público 
surgiu  a  necessidade  de  implementação  de  melhorias  relativos  à  iluminação  e  a 
remodelação   da  praça,  sendo  que  tal  melhoria  poderá  acarretar  no  aumento  da 
segurança e dinamizar a frequência no local. 
As  praças são  de  grande  importância numa comunidade,  sendo  fundamental 
um  planejamento  urbano adequado e técnicamente bem executado, seguido de uma 
11 

manutenção  rigorosa,  que  levem  à  preservação  e  satisfação  de  seus  usuários 


(CARVALHO, 2001).  
Como a praça terá  que ser remodelada por completo para atender os anseios 
do  público   alvo,  surgiu  a  ideia  de  torná­la  sustentável  no  quesito  de  geração  de 
energia  elétrica,  atendendo  assim  a  Constituição  Federal,  que  em  seu  art.  225, 
prega que "todos  têm  direito ao  meio  ambiente  ecologicamente  equilibrado, bem de 
uso  comum  do  povo  e  essencial  à  sadia  qualidade  de  vida,  impondo­se  ao  Poder 
Público  e  à  coletividade  o  dever  de  defendê­lo  e  preservá­lo  para  as  presentes  e 
futuras gerações”.   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 

3 PROBLEMA E OBJETIVO 
 
O  problema  surgiu  da  necessidade  de  melhoria  em  uma  praça  pública 
localizada  na  Avenida  Cruzeiro  do  Sul,  quadra  39,  na  cidade  de  Bauru/SP.  A 
oportunidade  de  melhoria  apareceu  ao  notar­se  a  insatisfação  do  público  em 
relação  a  praça,  dando  ênfase  a  questão  de  iluminação  e  falta  de  recreação tanto 
para  idosos  quanto para o público de jovens, assim identificamos a seguinte questão 
norteadora: como melhorar a iluminação da praça na avenida cruzeiro do sul, quadra 
39, na cidade de Bauru/SP, de maneira sustentável? 
O  objetivo  geral  do  trabalho  é  apresentar  uma  alternativa  de  melhoria  na 
praça  pública,  focando  o trabalho na iluminação e na recreação oferecidos pelo local 
em  relação  aos   seus  usuários,  a  fim  de  obter  melhorias  na  praça  pública  e 
maximizar a satisfação de seus usuários. 
O  objetivo específico é tornar  a praça auto sustentável na geração de energia 
elétrica  utilizando  a  energia  mecânica  gerada  pelo  movimento  dos  brinquedos  e 
equipamentos  de ginástica em energia elétrica e revertendo o excedente para a rede 
pública  de   energia  elétrica  e  consequentemente  buscar  resolver  o  problema  de 
iluminação da praça e a tornando mais segura. 
Com  isso  tornar  a  praça  um  lugar  agradável  para  a  população  local  e  seus 
frequentadores e um exemplo de espaço público sustentável. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
13 

4 METODOLOGIA 
 
Para  que  fosse  possível  entender  as  necessidades  das  pessoas  que 
frequentam  a  praça  da  ​
quadra  39  da  Avenida  Cruzeiro  do  Sul  cruzamento  com  a 
Rua  José  Ferreira  Leite  e  a  Avenida  Félix  Vicente  na  cidade  de  Bauru  e  avaliar  a 
necessidade  de  melhorias  naquele  local,  foi  estipulado  em  um primeiro  momento  a 
divisão  dos  integrantes  do  grupo  para   que  cada  um  pudesse  visitar  a  praça  que  é 
objeto do  estudo  em horários  e  dias diferentes e assim fossem capazes de observar 
a  movimentação  do  local  em  dias  alternados  e  conversar  com  as  pessoas  que  
estivessem  frequentando  a  praça  para  colher  informações  sobre  o  local  e  o  que 
cada  usuário  espera  do  lugar,  além  de  colher  imagens  do  local  em  diferentes 
períodos. 

 
Figura 2: Vista geral lado norte da praça no período diurno. (Fonte: Autor ­ 08/2015) 

 
Figura 3: Vista geral lado sul da praça no período diurno. (Fonte: Autor ­ 08/2015) 
14 

Figura 4: Vista aérea da praça. (Fonte: Google Earth ­ 2015)  

 
Figura 5: Vista noturna da praça. (Fonte: Autor ­ 08/2015) 

 
Com esse primeiro  contato foi possível  conseguir muitas informações sobre a 
praça,  seus  frequentadores e suas  condições estruturais  e por esse motivo o grupo 
resolveu  elaborar  um  questionário  com  perguntas  mais  especificas  sobre  o  local, 
através  das  informações  obtidas na primeira visita. Foi definido novamente que cada 
integrante  do  grupo  voltaria  a  praça  em  horários  e  dias  diferentes  para  que  os 
frequentadores  que  estivessem  no  local  naquele  momento  respondessem  o 
15 

questionário  que iria direcionar qual o problema mais importante a ser estudado ou o 
que mais impacta nas pessoas frequentar ou não a praça.  
 

Entrevis­  Turno  Distancia que reside  Pontos Positivos  Pontos Negativos  Sugestões 


tado 

P1  M  Defronte  ● Tranquilidade;  ● Usuários  Melhoria na 


● Sem registro de  entorpecentes à  iluminação, 
violência;  noite;  instalação de 
● Skatistas;  ● Baixa luminosidade;  pontos de 
  ● Falta de bebedouro;  hidratação e de 
● Ponto de água para  parquinhos para 
irrigação das  ginástica. 
plantas. 

P2  M  300 m  ● Boa para fazer  ● Baixa luminosidade;  Sem sugestão 


caminhada.  ● Abandono.  
   

P3  M  Morador de rua  ● Boa pra deitar.  Sem comentário  Sem condições 


embriagado  de responder 

P4  M  Proximidades  Sem opinião  Sem reclamação  Melhoria na praça 


(Vendedora local)  abaixo da 
avenida 

P5 a P18   T  Proximidades (criança  Sem opinão  ● Baixa luminosidade;  Melhorias para 


que brincavam na  ● Falta de segurança;  tornar um ponto 
praça)  ● Falta de parquinho;  de encontro para 
● Usuários de  as famílias da 
entorpecentes;  região, 
● Falta de uma pista  principalmente 
de skate;  nos dias mais 
● Falta de um ponto  quentes. 
de hidratação; 
● Falta de espaço 
adequado para os 
lancheiros. 

Valdemir   N  Defronte ­ Proprietario  ● Sem reclamação de  ● Baixa iluminação;  Sem sugestão 


de trailer de lanche  ruido;  ● Falta de brinquedos 
● Policiamento  para crianças; 
frequente;  ● Falta de banheiro; 
● Quadra de esportes  ● Usuários de 
com pista de skate  Narcóticos a partir 
próxima,  das 20h 
  reclama do uso 
excessivo de 
álcool no local 
 

Fernando  N  Mora em frente a    ● Baixa iluminação;  Sem sugestão 


praça  ● Equipamentos para 
  exercícios; 
● Bancos 
inadequados (falta 
de encosto); 
● Falta de 
arborização. 
 

Emerson  N  Mora no Bairro José    ● Bancos  Sem sugestão 


Regino,  inadequados (falta 
aproximadamente 20  de encosto); 
● Falta quadra de 
quadras do local 
16 

esportes; 
● Iluminação 
inadequada.

Marcelo  N  Praça ao lado ­ Dono    ● Falta iluminação;  Sem sugestão 


de trailer  ● Falta infra­estrutura 
focada para 
crianças; 
● Lixo acumulado na 
praça vizinha. 

Maria e  N  Moram próximo a  ● Tranquilidade  ● Falta iluminação;  Sem sugestão 


Luís  praça  ● Falta calçada para 
  as crianças 
brincarem; 
● Falta parquinho; 
● Falta policiamento. 

Alison  N  Mora no Bairro José  ● Sem reclamação  ● Falta iluminação;  Sem sugestão 


Regino,  quanto à segurança.  ● Área para prática 
aproximadamente 7  de esportes 
quadras 

Silvana  N  Morava nas    ● Baixa luminosidade;  Sem sugestão 


proximidades,  ● Falta Parquinho; 
atualmente, mora no  ● Falta academia. 
Bairro Colina Verde, 
cerca de 10km de 
distância. 

Claudemir  N  Mora próximo a praça,    ● Baixa luminosidade;   


mudou­se  ● Falta Parquinho 
recentemente  para crianças; 
● Citou que houve 
quebra de 
brinquedos em 
praças da região. 

*M = Manhã; T = Tarde; N = Noite 
Tabela 1. Tabulação dos dados obtidos nas entrevistas. 
 
O  método  principal  utilizado  na  fase  inicial  foi  o  do  ouvir  ,  pois  foi  onde 
conseguimos  identificar  a  principal  demanda  do  público  daquela  localidade  em 
relação  a  praça  em  questão,  que  é  a   falta  de  lazer  e  iluminação  que 
consequentemente causa a falta de segurança. 
Com os problemas evidenciados pelos frequentadores do local, começamos a 
buscar  as  possíveis  soluções.  O  primeiro  foco  foi verificar a  baixa luminosidade  da 
praça  já  que  a  mesma  não  conta  com iluminação  em  seu  interior  e a luminosidade 
da  praça é advinda dos postes de  luz  instalados  dos lados  das casas nas  ruas que 
circundam  o  referido  local.  Para  constatar  o  nível  de  iluminância  da  praça  foi 
realizado  a  medição  pontual  com  fluxímetro  e  os  valores encontrados não  estavam 
de  acordo  com  as  normas  da  NBR  5101,  que   fala  sobre  a  luminância  exigida,  a 
17 

distribuição  e o posicionamento dos postes de iluminação  em  locais e vias  públicas. 


Através  do  AutoCad  2014 e utilizando  uma  foto  da  praça  retirado  do  Google Earth, 
foi  realizado  o  dimensionamento  da  praça  e  o  posicionamento atual  dos  pontos  de 
iluminação ao redor da praça, como mostrado na figura a seguir.

 
Figura 6: Foto para dimensionamento da praça. (Fonte: Google Earth ­ 2015) 
 

Os  pontos  em vermelho  e  lilás  mostram  a área correspondente a praça que é 


a que será tomada  como  referência  para o cálculo de luminosidade e os círculos em 
amarelo  são  a   localização  atual  dos  postes  de  iluminação  de  circundam  a  praça 
como descrito anteriormente. 
Com  todos  os  dados  sobre  as  dimensões  e  luminosidade da praça,  fizemos 
uso  da  tecnologia  disponível  e  colocamos  esses  dados  em  um  software  muito 
utilizado  no   mundo  inteiro  por  engenheiros  elétricos  para  simulação  luminotécnica, 
seguindo  a  NBR  5101  chamado  DIALux,  a fim  de  obter  a  quantidade de  luminárias 
necessárias  para  iluminação da praça com  a menor  potência possível  e  o  resultado 
foi  de  171  luminárias  de  6,6W  cada  resultando em  um  total de  1128,6W. Na  figura 
abaixo  temos  uma  noção  do  software  utilizado  para  fazer  a  simulação  e  fornecer 
parâmetros para a escolha dos materiais a serem utilizados. 
 
18 

    
Figura 7: Software simulador DIALux. (Fonte:DIAL GmbH ­ 2015) 

Outro  ponto  considerável na pesquisa foi a falta de entretenimento infantil e a 


disponibilidade  de  itens  para  a  pratica  de  atividades  físicas,  visando  uma  politica 
sustentável  e em  consideração a Resolução Normativa da  ANEEL nº 482/2012, que 
dita  à  autorização  para  que  o  consumidor de energia possa gerar  energia  de  forma 
sustentável  e ainda  fornecer seu excedente a rede de distribuição de sua localidade. 
Definisse  que   a  forma  viável  de  microgeração  de energia  elétrica capaz  de  suprir  o 
consumo  pela  iluminação  a  ser  adicionada  na  praça  para  atender  as  normas  da 
ABNT é utilizando a força motriz humana descarregada nas atividades físicas. 
Segundo  Hunter  Allen  e  Andy  Coggan  (2006)  a  potência  humana  em  uma 
bicicleta  pode  ser  calculada  pela  formula  P   =  Fp   *  Vp,  onde  P  é  Potência,  Fp  é  a 
força aplicada  ao  pedal  e  Vp é  a  Velocidade angular  do pedal,  sendo que a  maioria 
da população é capaz de gerar em torno de 120W durante uma pedalada, a potencia 
necessária  para  iluminar  a  praça  é  de  1128,6W  e  que  em  média  será  necessário 
ligar  as  luminárias  durante  10  horas  temos  que  serão  necessárias  94  horas  de 
atividades  físicas  moderadas  diárias  para  obter  a  auto  suficiência  energética  da 
praça. 
E  que  ​
segundo  a  Aneel,  (O globo,  11/2014) projetos  similares instalados em 
outros  países  mostram  que  o  uso  desse tipo de  aparelhos de ginástica por apenas 
40  pessoas  durante  uma  hora  por  dia  pode  produzir  o  equivalente  a  60  kWh 
mensais,  o  suficiente   para  manter  acesas  20  lâmpadas  durante  10  horas  por  dia 
durante todos os dias do mês. 
19 

Além  da  implantação  das  bicicletas  e  outros  equipamentos  para  ginástica, o 


projeto visa também utilizar os brinquedos infantis para produzir energia elétrica. 
Por ser uma baixa  potência individual gerada e a rotação que o corpo humano 
pode  produzir  também  ser  baixa  em  comparação  com  outras  fontes  de  energia 
motriz  a  melhor  opção  para  microgeração  é  a  utilização  de  geradores  de  imã 
permanente  que  são  instalados  nos  equipamentos  de  ginásticas  e  brinquedos 
infantis,  pois  apresentam  melhor  rendimento  nessas  condições,  por  não  ser 
necessário  a  excitação do seu  induzido  além de não terem escovas reduzindo a sua 
manutenção  apenas  a  substituição  de  rolamentos  que  duram  em  media  40.000 
horas. 
 

 
Figura 8: Gerador de imã permanente. (Fonte: Aliexpress ­ 2015) 
 

Após  a  energia  ser  gerada  através  dos  geradores,  ela  será  enviada  ao 
inversor  que  fará  a  estabilização  e  distribuição  da  energia utilizando  a  própria rede 
de distribuição,  em  sincronismo com  a rede este  inversor  exportará energia  durante 
a utilização dos microgeradores e importará quando não houver microgeração. 
 
20 

 
Figura 9: Diagrama elétrico. (Fonte: Autor ­ 2015) 

 
Nas  figuras  abaixo podemos ver como ficará a remodelação da praça, com os 
brinquedos  e  aparelhos  de  ginástica  que  serão  utilizados  para  a  micro  geração de 
energia elétrica. 

 
Figura 10: Vista lateral direita da nova praça. (Fonte: Autor ­ 2015) 
21 

 
Figura 11: Vista superior da nova praça. (Fonte: Autor ­ 2015)  

 
Figura 12: Vista do interior da nova praça. (Fonte: Autor ­ 2015) 
 
Durante  todo  o  processo  de remodelação  da  praça  para  atender  a  demanda 
do  público   alvo,  enfrentamos  alguns  desafios  para  buscar  a  melhor  maneira  de 
produzir  energia  elétrica  através  da  força  motriz  humana,  pois  a  integração  dos 
equipamentos  em um  local aberto  não  é tão simples assim. Tivemos que pensar em 
equipamentos   resistentes  as  ações  do  clima,  como  chuva  e  sol.  Os  materiais 
precisam  ser  resistentes,  baratos  e  com  vida  útil  elevada  para  que  seja  viável  sua 
implantação.  E  também  testar  vários  tipos  de  geradores  e  tipos  de  acoplamentos 
que garantissem a melhor performance possível. 
22 

5 BIBLIOGRAFIA 
 
ALLEN H. e COGGAN A. ­ ​ Training and racing with a power meter​ , VELOPRESS, 
2006.  
 
BELLET SANFELIU, C.​  Reflexiones sobre el espacio publico​ . El caso de las 
ciudades intermedias. (2010). 
 
BORJA J  y MUXÍ Z.​  El espacio público, ciudad y ciudadanía.​  Barcelona, 2000. 
 
Brasil. ​
Constituição da República Federativa do Brasil​ . 05 de outubro de 1988. 
 
CARVALHO, L. M. de. ​ Áreas verdes da cidade de Lavras/MG:​  caracterização, 
usos e necessidades. 2001. 115 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) ­ 
Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2001. 
 
DE ANGELIS, B. L. D; DE ANGELIS NETO, G.; BARROS, G. D. A.; BARROS, R. D. 
A. ​
Praças: história, usos e funções. Maringá​ : EDUEM, 2005.  
 
http://atitudesustentavel.com.br/blog/2014/02/07/criancas­gerando­energia­limpa­um
a­ideia­simples­e­brilhante/  
 
http://oglobo.globo.com/economia/petroleo­e­energia/cariocas­poderao­gerar­energi
a­eletrica­partir­de­pedaladas­em­academias­publicas­14457367#ixzz3lHKwjlqF 
 
http://www.aneel.gov.br/cedoc/bren2012482.pdf 
 
http://www.cidadefutura.net.br/8­politicas­urbanas/129­sustentabilidade­em­busca­da
­cidade­ideal.html 
 
http://www.otherpower.com/otherpower_experiments_bicycle.html 
 
http://www.planetseed.com/pt­br/laboratory/um­playground­de­energia 
 
http://www.wikienergia.pt/~edp/index.php?title=Carross%C3%A9is_equipados_com_
geradores_fornecem_energia_el%C3%A9trica_para_escolas_isoladas_no_Gana 
 
https://drive.google.com/folderview?id=0B8uzJWYxBFrGfk5kbmhUeFplLXU2aWhKT
UJTVzNUSU1sTWlpcUZCVzAtTXkyTnhHcjh3Tk0&usp=sharing 
 
KELLY, Eric; BECKER, Barbara. ​ Community planning: an introduction to the 
comprehensive plan​ . Washington: Island Press, 2000. 
 
LIMA, A. L. P. et al. ​
Problemas de utilização na conceituação de termos como 
espaços livres, áreas verdes e correlatos.​  In: CONGRESSO BRASILEIRO DE 
ARBORIZAÇÃO URBANA, 2. São Luis: Imprensa EMATER/MA, 1994.   
 
23 

LOFLAND, L.​  “A world of strangers. Order and action in urban public space, 
Prospect Heights”.​  (USA). Waveland Press, 1973. 
 
MACEDO, S. S.; ROBBA, F.​  Praças brasileiras.​
 São Paulo: Edusp, 2002.  
 
SILVA, M. J. ​Ações estratégicas para o turismo no município de Lavras­MG​ . 
2003. 167 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia, área de concentração em 
Fitotecnia) ­ Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2003.  
 
SOUSA, B. A. de A. ​ Análise da utilização pelos usuários de duas praças em 
Betim­MG​ . 2005. 53 p. Monografia (Pós­Graduação) ­ Universidade Federal de 
Lavras, Lavras, 2005. 
 
www.agb.org.br/evento/download.php?idTrabalho=2564 
 

Você também pode gostar