Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
6. REVISÃO DE LITERATURA
7.CAPÍTULO UM: ASPECTOS HISTÓRICOS E PSICOSSICIAIS
8.CAPÍTULO DOIS: TEORIAS DE APEGO
9.CAPÍTULO TRÊS: SOFRIMENTOS PSIQUICOS
10. ANÁLISE DE RESULTADOS
11.REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
objetivos
Geral: Compreender a importância do afeto durante a
infância e adolescência, e como a carência afetiva
implica na vida adulta, analisando aspectos históricos
e psicossociais.
REVISÃO DE LITERATURA
-Dentre esses estudos, alguns foram feitos em laboratório com espelhos unidirecionais e com
crianças estranhas umas às outras, onde se registra o comportamento socialmente dirigido à outra
criança e, por vezes, a imitação (MUELLER, LUCAS, 1975).
ASPECTOS HISTÓRICOS E PSICOSSOCIAIS
-De acordo com Silva (2016) desenvolvimento infantil pode até ocorrer com o auxílio de outras
representações de cuidadores, mas os pais são suas principais referências, atribuindo um papel de
contribuição no desenvolvimento de personalidade saudável, influenciando assim, os seus
comportamentos e impulsos.
-Segundo Bowlby (1998) para que essa identidade seja desenvolvida de forma saudável, é
necessário que os vínculos estabelecidos na primeira infância influenciem positivamente, visto que
é com a família que é construída os primeiros laços afetivos, resultantes do desenvolvimento da
capacidade de confiar nas pessoas.
TEORIAS DE APEGO
-
-É imprescindível que a figura de cuidador possua instintivamente uma afeição e compreensão do
comportamento de apego da criança, sobretudo estabelecendo limites necessário a mesma (Bowlby,1977)
. -De acordo com o teórico, é possível compreender que, se o cuidador conseguir reconhecer essas fontes
provedoras do comportamento de apego durante a primeira infância, ao passar do seu desenvolvimento ela
vai amadurecendo e aprendendo a lidar com a construção de relações socioafetivas.
TEORIAS DE APEGO
-Para Winnicott (2008), a alimentação é a primeira e das mais importantes formas de se construir uma boa
relação durante a primeira infância, embora não seja a única forma, se essa relação for alicerçada,
possibilita uma construção de relação com a mãe, capaz de transpor todas as frustações vivenciadas pela
criança.
-De acordo com estudos de Stern (1992) o bebê compara o estado emocional experimentado por
ele com o da mãe, de acordo com o que ela demonstra sobre ele ou como ela se apresenta em
sua presença, essa comparação ele definiu como “interafetividade”.
TEORIAS DE APEGO
-Para o psicólogo Abreu (2005, p.36) seria difícil de imaginar uma relação que não possua nenhum tipo de
interação afetiva, pois esse compartilhamento dos estados emocionais e comparação do humor, estabelece o
comportamento de “se refletir” um sentimento de um bebê, e esse ato é considerado fundamental, sobretudo,
por favorecer o seu senso de si mesmo, construção da identidade e reconhecimento afetivo.
-Sob esse aspecto o mesmo autor afirma: “o estado afetivo da mãe tem o poder de determinar ou modificar o
estado afetivo do bebê, permitindo a ela estabelecer e alterar, até certo ponto, aquilo que o bebê experiencia”
(ABREU, 2005).
TEORIAS DE APEGO
-Winnicott (1994) aborda em seus estudos, como a ausência dessas interações, mencionadas nos
trechos acima, podem criar um espaço de vulnerabilidade emocional0 na criança, e ressoando nos
anos seguintes até a fase adulta, ele afirma: “as crianças angustiadas mudam de amigos com muita
frequência e facilidade e as crianças seriamente perturbadas só conseguem filiar-se a bandos, isto é,
grupos cujo coesão se baseia em planejar perseguições [...]”.
Sofrimentos Psiquicos
-O teórico Bowlby alertou em seus estudos que, é possível observar atrasos na linguagem, na
aprendizagem e no desenvolvimento social, caso o indivíduo tenha experienciado uma privação ou
ausência afetiva (ABREU, 2005).
-De acordo com Winnicott (1989) a criança inicia o processo de autocobrança, se culpando por
qualquer coisa que não ocorreu como desejado, desenvolvendo então o que ele afirma de estados
depressivos.
-Klein (1948) também estudou este mesmo conceito, no entanto ela definiu como “posição
depressiva”, apresentando em diversos casos, comportamentos de isolamento, tornando-se
antissocial, por via de volição impulsivas e destrutivas.
-Abreu (2005), compreende que a criança antissocial recorre á sociedade em troca de sua família
ou escola, para obter apoio necessário na construção de um emocional estável, com o objetivo de
experienciar de forma menos dolorosa as primeiras fases do seu amadurecimento.
SOFRIMENTOS PSIQUICOS
-Zeifman e Hazan (1999) realizaram estudos para discutir como funcionava o sistema de
apego nos adultos, e foi observado que entre os casais ambos usam um ao outro como suas
respectivas figuras de apego, conforto e segurança.
-Para Bution e Wechsler (2016) os estilos de apego aprendido durante a infância com seus
familiares em conjunto aos fatores socioculturais, podem contribuir para que o indivíduo se
relacione de forma dependente com outras pessoas, pois esses modelos de vínculos são
reproduzidos também na fase adulta.
SOFRIMENTOS PSIQUICOS
-Diante do exposto, Bornstein (2012) discorre sobre o mesmo tema citado no slide anterior, e
explica que relações patológicas podem estar ligadas também a transtornos de personalidade,
transtornos de humor e transtornos alimentares.
-Outras pesquisas conseguiram comprovar que a ausência paterna ou uma interação pouco
afetiva entre pai e filho estão associados com a predisposição para o envolvimento com a
criminalidade e o desenvolvimento de jovens infratores (SGANZERLA, LEVANDOWSKI, 2010).
-Diante dos expostos, citados acima, a função paterna é tão importante quanto a função
materna, visto que o pai teria o papel de provedor para o mundo externo da criança,
promovendo circunstâncias essenciais para que a mãe consiga se manter disposta a cuidar da
mesma.
Foi possível refletir, o quanto que a identificação com os cuidadores é imprescindível para a fase do
desenvolvimento cognitivo do indivíduo, visto que seu primeiro contato com o social são seus pais, as duas figuras
têm seu papel para o amadurecimento infantil, pois é nesse contato que é desenvolvido o senso de si mesmo,
construção de identidade e personalidade. Durante esse período são desenvolvidas habilidades emocionais que
posteriormente vão refletir durante todo o ciclo vital, no entanto é importante destacar o quanto esse vínculo de
apego necessita ser construído nos primeiros anos de vida. Sobretudo, foi possível observar que além da
dificuldade em construir personalidade saudável, problemas na aprendizagem e nas relações interpessoais, o
indivíduo enfrenta também dificuldades em se sentir seguro consigo mesmo, podendo levar a se relacionar de
forma dependente.
REFERÊNCIAS
BORNSTEIN, H.; PUTNICK, L.; BRITTO, P. Child Development in Developing Countries: Introduction and Methods.
Washington, D.C.: The World Bank, 2012.
BOWLBY, J. Cuidados Maternos e Saúde Mental. (6ª ed., V. L. B. Souza & I. Rizzini). 2020. São Paulo: Martins Fontes.
(Texto original publicado em 1981).
BOWLBY, J. A Secure Base. 1. ed. Londres: Routledge, 1988. 181 p. ISBN 978-0-465-07597-3.
BRAZÃO, J. C. C.; RAUTER, C. M. B. Sintonia afetiva e intersubjetividade na obra de Daniel Stern. Ayvu: Revista de
Psicologia, v. 1, n. 1, p. 3–21, 19 dez. 2014.
CIA, F.; WILLIAMS, L. C. A.; AIELLO, A. L. R . Influências paternas no desenvolvimento infantil: revisão da literatura.
Psicologia Escolar e Educacional, v. 9, n. 2, p. 225-233, 2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pee/a/CyCf8rsc7nGhV6jyDWZgVXt/?lang=pt.
FERREIRA, M.C.T.R Olhando a Pessoa e seus Outros, de perto, de longe, no antes, aqui e depois. In: COLINVAUX, D.;
LEITE, L. B.; DALBOSCO, D. D. A. (Org.). Psicologia do desenvolvimento: reflexões e práticas atuais. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2006.
HAZAN, C.; ZEIFMAN, D. Pair-Bonds as Attachments: Evaluating the Evidence. In J. Cassidy, & P. R. Shaver (Eds.),
Handbook of Attachment Theory and Research (pp. 336-354). New York: Guilford.1999.
REFERÊNCIAS
KLAUS, M. H.; KENNEL, J. H.; KLAUS, P. H. Laços em desenvolvimento: os primeiros dias e semanas. In: KLAUS, M.
H.; KENNELL, J. H. Vínculo: construindo as bases para um apego seguro e para a independência. Porto Alegre:
Artmed, 2000.p. 103-119.
MOREIRA, L. A Judicialização do Afeto A Responsabilidade Civil dos pais em relação aos filhos por abandono
afetivo. Disponível em:https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=35 061@1
RODRIGUES, S.; CHALHUB, A. Amor Com Dependência: Um Olhar Sobre a Teoria do Apego. [s.l: s.n.]. Disponível em:
https://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0155.pdf.
SGANZERLA, M.; LEVANDOWSKI, D. Ausência paterna e suas repercussões para o adolescente: análise da literatura.
Psicologia em Revista, v. 16, n. 2, p. 295–309, 1 ago. 2010.
SILVA, A. C. O Abandono Afetivo na Primeira Infância e Seus Reflexos na Vida Adulta. [s.l: s.n.] 2016.
WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora Martins,
2005.