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CURSO DE PEDAGOGIA
SÃO PAULO-SP
2021
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RAFAELE CAROLINE RODRIGUES LEITE
SÃO PAULO- SP
2021
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A CONSTRUÇÃO DOS PAPEIS DE GÊNERO NA ED. INFANTIL A PARTIR
DO BRINCAR
RESUMO
Este trabalho tem como intuito questionar e aprofundar nos estudos sobre gêneros na educação
infantil como algo principal no desenvolvimento na primeira infância. O tema foi sugestionado
diante as decorrências de fatos atuais, onde a empecilhos que dificultam seu entendimento. É
explícito o bloqueio que pais, responsáveis e educadores encontram diante do tema. A
identidade de gênero é um assunto vasto, onde há muito a ser estudado e compreendido, ela se
caracteriza quando o indivíduo se identifica socialmente e historicamente como masculino e
feminino. O brincar é o primeiro estágio para se desenvolver e construir seu papel dentro do
meio e da sociedade em que vivemos.
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Palavras-chave: Gênero; Educação Infantil; Desenvolvimento; Papel Social; Brincar.
RODRIGUES LEITE, Rafaele Caroline. The construction of the gender role in early
childhood education through play: 2021. 27 págs. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Pedagogia) – IEFE – INTITUTO DE EVOLUÇÃO EDUCACIONAL
ABSTRACT
This work aims to question and deepen studies on gender in early childhood education as
something main in early childhood development. The theme was suggested in light of current
events, where the obstacles that make it difficult to understand. The blockade that parents,
guardians and educators face on the subject is explicit. Gender identity is a vast subject, where
there is much to be studied and understood, it is characterized when the individual identifies
himself socially and historically as male and female. Playing is the first stage to develop and
build your role within the environment and society in which we live.
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Key-words: Genre; Child education; Development; Social role; Play.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Diferenciação..........................................................................................7
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO
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proporciona a estimulação, coordenação motora grossa e fina, e ajuda na socialização com
outras crianças, e juntas criam e recriam situações de seu cotidiano.
Ao abordar o tema gênero na educação infantil da qual fase caracteriza-se por um
período de descobertas, onde as crianças passam a ter preferências por cores, e por
determinados brinquedos específicos. É notório o quanto os educadores podem influenciar na
construção de sua identidade.
É evidente que desde muito pequenos as características do gênero são inegáveis.
Muitos profissionais da área da educação se mostram com dificuldade para se trabalhar a cerca
desse tema, demonstrando muitas vezes desinteresse ou falta de informação sobre o assunto. O
questionamento que fica perante o tema é :”O ato de brincar contribui ou delimita a formação
do gênero na criança de educação infantil?”.
A cerca disto é necessário considerar que o assunto mostra-se importante, pois
atualmente é necessário considerar as diferenças e desigualdades que podemos encontrar no
ambiente escolar, ao tratar-se das crianças nesta faixa etária onde o desenvolvimento infantil
está em potencial e crescente é necessário à compreensão de dada realidade.
É necessário teorizar a importância de se trabalhar gêneros em salas de educação
infantil, entre 1 a 3 anos e meio, a partir do brincar, sendo brincadeiras livres ou dirigidas.
Com um intuito de construir um ensino livre de gêneros, onde conceituar abertamente
com pais e responsáveis sobre o trabalhar gêneros em salas de educação infantil, não seja visto
como um tabu, e propor brincadeiras sem importâncias de gêneros para Educação Infantil.
Para a realização desse trabalho de conclusão de curso, foram pesquisados alguns
autores como Nalu Faria, Vygotsky, Guacira Lopes Louro, juntamente artigos acadêmicos
publicados em 2017 e 2014, foi consultado o Parâmetro Curricular Nacional, na parte de
orientação sexual.
Os estudos sobre gêneros se iniciou á anos atrás, mas foi em meados de 1980 que o
movimento feminista reivindicou para que essas questões fossem reconhecidas. Joan
Scott publicou um artigo na época do qual apontava suas elucidações acerca deste tema,
revelando que gênero se enquadra na organização social de cada indivíduo, frisando as
diferenças sexuais dos mesmos, e não marginalizando e censurando suas diferenças. O
que segundo Scott (1990):
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Para proteger o poder político, a referência deve parecer certa e fixa,
fora de toda construção humana, parte da ordem natural ou divina. Desta
maneira, a oposição binária e o processo social das relações de gênero
tornam- se parte do próprio significado de poder; pôr em questão ou
alterar qualquer de seus aspectos ameaça o sistema inteiro. (SCOTT,
1990, p.92).
A ciência ainda não encontrou uma resposta do porquê de algumas pessoas não se
identificarem com seu sexo biológico, tendo diversas versões existentes diante este tema,
sendo por questões sociais, ou hormonais. O fato que caracteriza questões de gênero surge a
partir de que se é uma identidade, e não uma questão ideológica, nos dias atuais a expressão
“ideologia de gênero” vem sendo usada como algo depreciativo, do qual critica e ofende
estudos que buscam entender esse tema.
Figura 1. Diferenciação
Fonte: Twitter.
Sendo assim, se torna observável do fato do brincar haver influências sob a atitude das
crianças, um ponto positivo diante a circunstâncias do rompimento de estereótipos usados
surgindo por parte dos adultos, deixando-os livres para criar e recriar suas brincadeiras e
brinquedos.
Bujes (2000) afirma que:
Propor um ensino livre de gêneros em salas de educação infantil, com faixa etária de 0
a 3 anos, se torna um vasto desafio ao lidarmos com o fato de uma sociedade que estimula
crianças desde muito cedo a desenvolverem papéis sociais do qual o corpo social em que o
mesmo está inserida julga por vezes ser o correto, o que torna um argumento generalizado que
causa conflitos externos e internos no indivíduo. Eulatéria Amora da Silva afirmou em uma de
suas entrevistas que as crianças crescem para ser aquilo que esperamos que elas sejam, como
se fossem moldadas pelo seu contexto social, o que seria considerado uma forma de alienação.
O conhecimento de quaisquer aspectos na vida de uma criança inicia-se na infância,
pois é uma fase considerada de suma importância para o desenvolvimento de diversas
dimensões na vida de uma criança, pois é onde ela passa a conhecer o mundo e a si próprio, o
que por vezes ocorre por decorrência do brincar, tido como uma forma da criança se expressar
e por vezes reproduzir o seu cotidiano.
O que segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998):
(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser
vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico
facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado inferior
fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e
construção de conhecimento. (Santos, 2002, p. 12).
O ato de brincar tem como pretensão o progresso absoluto da criança, para que ela seja
apta à socialização perante a sociedade buscando novas possibilidades de relações pessoais,
compondo o conceito do respeito ao próximo. A relação do brincar se torna significativa para
essa criança que irá carregar consigo ao longo de sua vida experiências relevantes que
influenciaram em seu desenvolvimento psicológico.
Para Oliveira (2000)
Com tanto, observa-se que em salas de aula na educação infantil é proposto algo oposto
do que se está presente no PCN, que por desventuras ocorrem por continuadas divergências
ideológicas por parte dos educadores e educadoras, o que para Louro (1997) os processos
educativos caracterizam-se com:
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Um olhar mais cuidadoso nos mostra que todos os processos educativos
sempre estiveram e estão preocupados em vigiar, controlar, modelar,
corrigir, construir, os corpos de meninas e meninos, jovens, homens e
mulheres...Eles são alvos centrais de muitas pedagogias culturais, que
além das instituições escolares e por vezes de forma sedutora e eficiente
do que essas vinculam saberes, transmitem valores e, efetivamente
acabam por ”produzir” os sujeitos sociais. Nesse processo, as dimensões
de sexualidade usualmente se tornam alvo de atenção privilegiada.
(LOURO, 1997. P. 191)
A escola é uma rede de poder presente desde muito cedo na vida das
pessoas. Suas normas e regras vão moldando as identidades de todos os
agentes nela inseridos. Existem diversas estratégias intencionadas a fixar
a identidade feminina ou masculina considerada normal. “Este intento
articula, então, as identidades de gênero “normais” a um único modelo
de identidade sexual: a identidade heterossexual” (LOURO, 1997).
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Atualmente, é praticamente inadmissível a abordagem deste tema, com tantas leis
vinculadas que dificultam na inserção do mesmo em salas, cabe ao educador e a escola manter
um ambiente acolhedor e enriquecedor de conhecimentos, promovendo a diversidade, sem
preconceitos e descriminação, sendo ela um dos maiores meios de informações e diálogos.
Partindo dessa concepção, toda comunidade escolar devem trabalhar em conjunto para
a criação de um ambiente livre de estereótipos, pensando-se em seus conceitos sejam deixados
de lado para que não se torne alienante a educação das futuras gerações.
Motta (2004) afirma:
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salas de educação infantil, atribuindo um pleno suporte para que haja compreensão perante ao
tema e toda sua construção sócio histórica. A inclusão deste tema pode ser agregada nas
reuniões de pais/responsáveis e professores,em projetos a serem trabalhados durante o ano
letivo.
O que reflete perante a tal façanha, uma grande analise sobre a importância do respeitar
esse processo da criança, a incluindo em qualquer temática sem o senso comum de tabular
certos assuntos, tendo em vista o fato da Educação Infantil ser um marco na vida dos bebês,
podendo assim levar para toda sua vida.
Ao trazer para a escola o contexto em que a criança está inserida socialmente se torna
observável a infinidades de diferenças, é respeitável os valores e crenças já trazidas pelas
famílias.
O que segundo PCN (1997):
O que compreende a escola o valor pelo já trazido do aluno, mas com tudo a instrução
de pensamentos sem preconceitos, onde revelam se um novo olhar para o próximo. A criança
no processo de autoconhecimento consegue distinguir o que é ou não de seu gosto, levando
em consideração que a partir disso surge sua construção da realidade, que pode depender do
cenário já existente na vida dessa criança.
Trevisan (2007) cita:
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O que se entende uma formação de personalidade desde muito cedo, onde se torna
possível a reestruturação de novas ideias, pensamentos, entre outro, ao decorrer da vida desse
indivíduo, sugerindo-se que nenhum tipo de brincadeira pode haver influência perante sua
identidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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2001.
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TREVISAN, Gabriela de Pina. Produzindo pedagogias Inter culturais na
Infância. Petrópolis: Vozes, 2007.
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