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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas


Curso de Psicologia

Aldemi Alves de Araújo 1 RA: N04026-2


Gianlucca Milian Nunes 2 RA: N02205-1
Heloisa Fagundes Bordim 3 RA: G58JAH-0
João Pedro Brito Gouveia 4 RA: G470FH6
Rafael Aguiar Fonseca 5 RA: G531CA-6
Thiago Venâncio Coelho 6 RA: G0013B-5

A CRIANÇA NA FASE DO PERSONALISMO


Orientadora Profª: Reginandréia Vicente

Unip Marquês
São Paulo
2023
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia

Aldemi Alves de Araújo 1 RA: N04026-2


Gianlucca Milian Nunes 2 RA: N02205-1
Heloisa Fagundes Bordim 3 RA: G58JAH-0
João Pedro Brito Gouveia 4 RA: G470FH6
Rafael Aguiar Fonseca 5 RA: G531CA-6
Thiago Venâncio Coelho 6 RA: G0013B-5

A CRIANÇA NA FASE DO PERSONALISMO

Trabalho: Apresentado sobre Teoria de Wallon,


as Fases do Personalismo, para a disciplina de
Psicologia Interacionista do Curso de Psicologia
da Universidade Paulista-UNIP, com recurso de
obter nota em APS.

Orientadora: Profª. Reginandréia Vicente

Unip Marquês
São Paulo
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 1
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 2
3 CONCLUSÃO .......................................................................................... 6
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 7
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve como tema uma Perspectiva Interacionista Sobre as


na Fase do personalismo. Foi abordada a teoria inicialmente desenvolvida por
Wallon, que explica as diferentes Fases do desenvolvimento de uma criança. “Assim
as diferentes fases pelas quais passa a criança neste estagio tem como objetivo
principal desenvolver e promover a individualização de sua pessoa em relação ao
ambiente como ( pessoas e objetos).” (Wallon, 1975ª; p 152).
Neste trabalho, é apresentado o estágio do personalismo sob a forma de
teoria e de história em quadrinhos. O terceiro estágio de Wallon corresponde à fase
das crianças de 3 a 6 anos. Pretende-se, com este trabalho, apresentar, sob uma
perspectiva interacionista, sobre como que o personalismo afeta o desenvolvimento
das habilidades sociais em crianças de 3 anos a 6 anos de idade. Período marcado
pelo inicio do enriquecimento do eu e a construção da personalidade, dando lugar á
objetividade. De modo, que os interesses intelectuais da criança estão voltados para
as coisas do mundo interno. Tendo como base uma pesquisa bibliográfica na qual
autores como Wallon, apresenta a fase que foi denominada pelo próprio “Wallon”
como a fase do personalismo.
Desta forma, tendo em vista que este trabalho abordam-se as principais
características da maneira do desenvolvimento da criança deste período com ênfase
para a construção do eu, por meio das fases do personalismo, oposição, sedução e
imitação, e de como estas sub-fases influenciam no processo de socialização e
desenvolvimento infantil, é possível entrarmos no contexto da teoria de Wallon, que
traz a ideia de que " que o desenvolvimento acarreta” portanto, uma progressiva
individualista da consciência inicialmente obscura como demonstra na história em
quadrinhos abordada neste trabalho.
Portanto, de acordo com Wallon (2000), o estágio do personalismo está
voltado para a pessoa, para o enriquecimento do eu e a construção da
personalidade e a consciência corporal.
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2 DESENVOLVIMENTO

De acordo com Vygotsky (1998, p. 137), ele afirma: “A essência do brinquedo


é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da
percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. Essas
relações irão permear toda a atividade lúdica da criança. Será também importante
indicador do desenvolvimento da mesma, influenciando sua forma de encarar o
mundo e suas ações futuras.

De acordo Cordazzo e Vieira (2007) dizem que definir o que é a brincadeira


não é uma tarefa simples, considerando que o que pode ser visto como
brincar para algumas pessoas, em determinado contexto pode não ser. Os
significados e representações do ato de brincar e dos próprios brinquedos
podem ter interpretações diversas que são influenciadas pela cultura, pelo
contexto ou sociedade no qual estão inseridos e outros fatores.

• Assim sendo, a escolha deste tema foi influenciada fortemente pelo desejo
de compreender, de maneira mais profunda, o desenvolvimento da criança, tendo
em vista a necessidade de estudar sobre o infante e sua construção, e percebendo o
brincar como atividade intrinsecamente ligada à infância, objetiva-se apresentar, sob
uma perspectiva interacionista, as contribuições que o brincar lúdico pode oferecer
para o desenvolvimento das habilidades sociais em crianças de 3 e 6 anos de
idade.

• Este tipo de estudo, embora já conte com vários pesquisadores e extensa


produção teórica, é um tema que é sempre atual, visto o caráter universal e
atemporal da brincadeira: ela sempre existe e, embora apresente diferenças
temporais e culturais, ainda assim mantém o mesmo caráter de instrumento de
aperfeiçoamento de habilidades motoras, cognitivas e sociais. Por isso, este estudo
é relevante por continuar tratando de um tema tão complexo e atual como a relação
entre o brincar e o desenvolvimento infantil, apresentando os assuntos propostos de
maneira clara e concisa.
• Observar como a capacidade das crianças de lidar com o os aspectos
internos e sociais que são divididos em 3 partes, vai se construindo no decorrer de
seu desenvolvimento físico e intelectual.
3

• De modo, que é imperativo pontuar, que a criança dos 3 aos 6 anos se


encontra no estágio do personalismo.
Apesar de ela continuar a se desenvolver no campo afetivo e motor, nessa
fase predomina a construção e afirmação do eu.
Entretanto, é de extrema importância destacar que vários fatores contribuem
para que essa função se desenvolva, entre eles o crescimento biológico e o meio
social, isso porque nesse estágio a criança passa a fazer determinadas relações, e
desenvolve determinadas funções cognitivas que somente são possíveis devido a
certa maturação biológica, já que no meio social é um dos fatores determinantes na
formação da personalidade da criança, principalmente no estágio categorial.

De acordo com Wallon; “os meios onde a criança vive, é o que ambiciona o
seu moldes”. Sendo que no personalismo o pensamento infantil caracteriza-se ainda
por um sincretismo de caráter global, confuso e contraditório como demonstra a
história em quadrinhos do personagem Miguelito.

Figura 1 - História em Quadrinhos

Fonte - Clube da Malfada

Melo e Vale (2005) consideram que a criança expressa, através do


brinquedo, sua realidade e que este possibilita que o infante se desenvolva
em vários aspectos, visto que o estimula fisicamente, intelectualmente e
socialmente, preparando-o para a vida diária. Esta atividade permite à
criança enriquecer sua percepção,satisfazer suas necessidades afetivas,
trabalhar suas ansiedades, externar medos e angústias.
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O presente trabalho tem finalidade básica e objetivos descritivos, pois busca


descrever e interpretar os saberes acerca do tema, de modo a indicar a importância
do brincar para o desenvolvimento infantil.
Para a realização desta tarefa, foi realizado o procedimento definido por Gil
(2002) como pesquisa bibliográfica, delimitada pelo autor como uma “Pesquisa em
que os dados são obtidos de fontes bibliográficas” visando as obras mais relevantes
e atuais sobre a análise e interpretação das informações acerca do brincar lúdico
associado ao desenvolvimento infantil, sendo estas informações coletadas em
artigos do banco de dados do Google Acadêmico.
O estudo é pautado na obra de Henri Wallon "psicologia e educação" que
aborda os estágios do desenvolvimento baseado em sua teoria sobre psicogenética
baseava-se na premissa de que a criança deveria ser entendida de uma forma
holística, completa. De modo, que se percebe através desta teoria, que pessoa
deveria ser compreendida em seus aspectos biológico, afetivo, social e intelectual.
Por isso que essa teoria era comumente chamada de Teoria da Psicogênese da
Pessoa Completa.

O estágio do personalismo é dividido em três fases; a oposição onde inicia-se


a crise da oposição a o outro, uma crise que pode ser vista como sem motivo, mas
essa oposição precisa ser vista como a busca da afirmação de si. Wallon nomeia
essa fase, de fase da recusa e reivindicação onde a criança sente prazer em
contradizer e confrontar os outros, com objetivo de se diferenciar do outro, para
afirmar o eu e tornar seu ponto de vista dominante. negando e desafiando o outro a
criança afirma o "eu"
Nesse sentido, essa fase é importante, porque a partir dessas confusões
conceituais, as crianças começam a fazer ligações e representações mais
complexas como a da história em quadrinhos de Miguelito.
No segundo sub-estágio, a sedução ou idade da graça, que vemos nessa
história em quadrinhos de Meguelito, onde a criança tem uma necessidade de ser
admirada, de sentir que agrada os outros, pois dessa forma consegue se admirar
também, nessa fase a criança tem a necessidade, de mostra que tem qualidades
que podem ser admiradas, ela acredita que pode agradar os outros para obter
exclusividade de atenção, como mostrado na tirinha.
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É importante destacar que a imitação marca a terceira fase do personalismo,


onde a criança busca o enriquecer e ampliar o seu eu, pela incorporação do outro,
essa imitação surge a partir do momento em que a criança passa a cobiçar as
qualidades dos outros, por conta que para criança suas qualidades próprias não são
mais suficientes, essa imitação geralmente é feita com pessoas que a criança
admira, muitas vezes de um ser que a criança deseja ser, a partir do momento em
que a criança passa a imitar o outro como um personagem ela toma consciência do
outro ele consegue distinguir a sua própria pessoa, com todo esse trabalho realizado
pela criança, ela passa a entender sua posição na relação com os outros.

Ela também pode analisar as características dos objetos e dos


acontecimentos, fazer comparações e assimilações sistemáticas como demonstra a
história de Miguelito. No entanto, a medida com que a criança estabelece relações
por meio de conceitos, ela também vai percebendo que os papéis que ela pode
ocupa em nossa sociedade, como na relação dela com as outras pessoas, no meio
o qual conviver.

Segundo Melo e Valle (2005), é por meio do brinquedo e de sua ação lúdica
que a criança expressa sua realidade, ordenando e desordenando, construindo e
desconstruindo um mundo que lhe seja significativo e que corresponda às
necessidades intrínsecas para seu desenvolvimento global.
Neste sentido, conforme Wallon afirma, “Imaginem tudo o que isso pode
comportar de variantes diferentes nos ajustamentos que a criança deve fazer de sua
personalidade segundo o lugar e o papel que lhe são dados na constelação familiar
(Wallon, 1975:210)

“Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada


por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está
acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas;
brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a
entendemos.” (GARDNEI apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004)
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3 CONCLUSÃO

A análise do personalismo e suas fases é muito importante para compreender


o processo de formação do sujeito e para se romper com a visão convencional de
que ela é a apenas uma atividade natural de satisfação dos instintos infantis, pois
como ser inserido indissociavelmente no meio social, onde se molda e se identifica a
criança, buscando diferenciar-se, ao negar a autoridade do outro, a afirmar, pois não
há como negar o que não existe e não influencia este sujeito em construção.
Segundo a teoria de Henri Wallon, a criança procura se inserir em um grupo,
descobrindo suas habilidades e adquirindo uma compreensão mais abrangente de si
mesma. Nessa historia que foi evidenciada, o personagem Miguelito esta tentado
explorar seu ambiente de construção de sua subjetividade.
No entanto, ficou evidente que o personagem Miguelito está passando pela
fase da sedução, buscando agradar os outros, uma vez que de acordo com Wallon,
isso é a necessidade de ser admirada e agradar os outros, pois só assim ela
consegue se admirar também.
Deste modo, considera-se que o objetivo do trabalho pôde ser alcançado de
maneira satisfatória, proporcionando pesquisa mais aprofundada e importante
aprendizado sobre como o personalismo e suas fases de 3 até os anos 6, são de
suma importância para o desenvolvimento infantil, mostrando que a criança começa
a se descobrir a diferença delas com as outras crianças em comparação com os
adultos.
Portanto, o crescimento da criança vai evidenciar que, por meio do brinquedo,
ela liberta seu pensamento para que não fique estritamente ligado aos estímulos
perceptuais. Ela consegue imaginar uma situação como Miguelito imaginou,
desligando-se do mundo material, concreto, do qual tem contato, desenvolvendo
assim capacidade de se desprender do real significado do objeto, (material, por
exemplo), da terra, que fazia parte da sua brincadeira podendo imaginá-lo como um
boneco. Nesse momento, a terra passa a ter outro sentido, indo além do seu
aspecto e significado concreto.
7

REFERÊNCIAS

DEDÊ, Dária Maria Barbosa et al. A BRINCADEIRA E A SOCIALIZAÇÃO: UM


ESTUDO SOBRE CRIANÇAS NA FASE DO PERSONALISMO À LUZ DE UMA
PERSPECTIVA INTERACIONISTA. Encontro de Extensão, Docência e Iniciação
Científica (EEDIC), v. 3, n. 1, 2017. / Acesso em: 10/10/2023

DIAS, Ligia Maria Barbosa. O brincar no desenvolvimento infantil: um olhar sobre


a brinquedoteca do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba.
2015. . / Acesso em: 10/10/2023

MELO, Luciana; VALLE, Elizabeth. O brinquedo e o brincar no desenvolvimento


infantil. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 23, n. 40, p. 43-48, / Acesso em:
10/10/2023

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na


idade escolar. In: VIGOTSKY, Lev Semenovich; LURIA, Alexander Romanovich;
LEONTIEV, Alexis N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.
Tradução de Maria da Penha Villalobos. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1988. p. 103-
117. / Acesso em: 10/10/2023

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo:


Martins Fontes, 1998 / Acesso em: 10/10/2023

ROLIM, A. A. M.; GUERRA, S. S. F.; TASSIGNY, M. M. Uma leitura de Vygotsky


sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Rev.
Humanidades, Fortaleza, v. 23, n. 2, p.176-180, jun./dez. 2008. Disponível em:
<http://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar+_vygotsky.pdf>. Acesso em: 17
de Out. 2023.

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