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Reinata Remigio João

Trabalho Independente 3 de Fundamentos de Pedagogia


Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidades em Gestão de Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
1

Reinata Remigio João

Trabalho Independente 3 de Fundamentos de Pedagogia

Trabalho de carácter avaliativo, realizado


no âmbito da cadeira de Fundamentos
Pedagógicos, leccionado no curso de ensino
de Biologia, 1º ano 1º semestre,
recomendado por:

Docente: MA. Adolfo Brides

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

Metodologia ...................................................................................................................... 4

1. A Ciência Pedagógica e o seu Objecto ......................................................................... 5

1.1. Significado da Pedagogia como Reflexão Sobre Educação ...................................... 5

Conceitos básicos ............................................................................................................. 5

1.2. A Educação Objecto de Estudo da Pedagogia ........................................................... 5

1.3. A Educação Cientifica como Resultado do Desenvolvimento do Património


Sociocultural, Cientifico da Humanidade ......................................................................... 6

1.3.1. Desenvolvimento do Património e Sóciocultural ................................................... 6

1.4. Categorias da Pedagogia ............................................................................................ 7

2. A Pedagogia no Sistema nas Ciências da Educação..................................................... 7

2.1. Carácter e Sistema da Ciência Pedagógica ................................................................ 8

2.1.1. Aspecto filosófico ................................................................................................... 8

2.1.2. Arte ou técnica ........................................................................................................ 8

2.1.3 Aspecto Cientifico ................................................................................................... 8

2.2. Fundamentos Científicos Da Pedagogia .................................................................... 9

2.2.1. Método dedutivo ..................................................................................................... 9

2.2.2. Método indutivo ..................................................................................................... 9

2.2.3. Métodos Hipotético – Dedutivo ............................................................................. 9

2.2.4. Método Dialéctico ................................................................................................ 10

3. A Necessidade de Reflexão Sobre a Educação e a Sua Pratica no Campo da


Pedagogia ....................................................................................................................... 10

3.1. Função Social da Educação ..................................................................................... 10

3.2. Função Cultural Educação ....................................................................................... 10

3.3. Contribuição de Educação na Formação da Personalidade ..................................... 11

Interacção com outros factores ....................................................................................... 11

Experiencias pessoais ..................................................................................................... 11


3

3.4. Educabilidade do Homem ....................................................................................... 11

3.4.1. Actos Educativos .................................................................................................. 12

3.5. Planificação, Direcção e Organização Pedagógico, as Tendências ou Correntes


Pedagógicas e Alguns Modelos Pedagógicos Actuais ................................................... 12

3.5.1. As Tendenciais ou Correntes Pedagógicas ........................................................... 12

3.5.1.1. A Pedagogia Liberal .......................................................................................... 13

3.5.1.2. A Tradicional ..................................................................................................... 13

3.5.1.3. A Renovadora Progressiva ................................................................................ 13

Modelos pedagógicos actuais ......................................................................................... 14

Esclarecer o Habitus ....................................................................................................... 14

4. O Carácter Historico-Social da Educação – Caso Moçambique ................................ 14

4.1. As formações sociopolíticas e o carácter/função da Educação .............................. 14

Formações sociopolíticas................................................................................................ 15

Função da educação ........................................................................................................ 15

4.2. Finalidades e Objectivos da Educação em Moçambique em Diferentes Momentos


Históricos ........................................................................................................................ 15

2.1. Educação Tradicional .............................................................................................. 15

Características da educação tradicional em Moçambique .............................................. 16

Objectivos da educação Tradicional ............................................................................... 16

Educação em Moçambique no período colonial............................................................. 16

Objectivo da educação colonial ...................................................................................... 17

Educação no período Pós-Colonial ou Pós-Independência ............................................ 17

Finalidade da educação em Moçambique Pós- Independência ...................................... 18

Objectivos da educação em Moçambique Pós- Independência ...................................... 18

Conclusão ....................................................................................................................... 19

Bibliografia ..................................................................................................................... 20
4

Introdução
O presente trabalho, é uma síntese daquilo que foi a recomendado pelo docente da
cadeira de fundamentos de pedagogia, no qual aborda vários aspectos da pedagogia
desde o seu historial de surgimento ate aos dias contemporâneos, no qual vi de que a
pedagogia apoia-se a partir da definição de seu objecto de estudo que é a educação. O
avanço da educação não poderia se assentar só com experiências do dia-a-dia e ideias
dos pensadores era preciso o surgimento de uma ciência que desse a esse objecto de
estudo, uma sustentação científico-tecnológico.

Objectivos

Geral
 Conhecer o historial da pedagogia como ciência.

Específicos
 Conhecer o carácter historico-social da educação em Moçambique;
 Identificar os três fundamentos que torna a pedagogia uma ciência;
 Caracterizar os tipos de educação;
 Descrever e explicar a história da educação em Moçambique nos diferentes
momentos históricos.

Metodologia
O presente trabalho está organizado apresentando: introdução, desenvolvimento e
conclusão e quanto a metodologia do trabalho, para realização do trabalho recorreu-se a
livros e internet para auxílio e realização do mesmo que serão exibidas nas referências
bibliográfica.
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1. A Ciência Pedagógica e o seu Objecto


1.1. Significado da Pedagogia como Reflexão Sobre Educação
Conceitos básicos
A pedagogia como ciência e técnica de educar o Homem, desenvolve com base nas suas
categorias. As suas manifestações constituem conceitos precisos de acordo com as
conformidades da sua natureza ou Pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa
do estudo científico da educação. Assim tem-se vários conceitos:

 Pedagogia é ciência da educação;


 Pedagogia é ciência e arte de educar;
 Pedagogia é reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a
prática educativa.

1.2. A Educação Objecto de Estudo da Pedagogia


A pedagogia apoia-se a partir da definição de seu objecto de estudo que é a educação. O
avanço da educação não poderia se assentar só com experiências do dia-a-dia e ideias
dos pensadores era preciso o surgimento de uma ciência que desse a esse objecto de
estudo, uma sustentação científico-tecnológico.

1.2.1. Tipos de educação


Em relação aos tipos de educação mais abundante na sociedade podemos encontrar os
seguintes:
 Formal;
 Não formal;
 Informal.

Educação formal – estruturada, organizada, planeada intencionalmente, e sistemática.


Ocorre no espaço da escola que, nas palavras de Gohn (2006:29) “são instituições
regulamentadas por lei, certificadoras, organizadas segundo directrizes nacionais”.

Educação não formal – programas educacionais que não conduzem a obtenção de grau
académico ou ocupacionais, certificados. Seria a realidade em instituições educativas
fora dos marcos institucionais, mas com certo grau de sistematização e estruturação.
Realiza-se fora do sistema escolar formal, embora por vezes em estilo escolar.
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Educação informal – corresponde a acções e influencia exercidas pelo meio, pelo


ambiente sociocultural que se desenvolvem, pelo meio das relações dos indivíduos e
grupos com seu ambiente social, humano, ecológico e físico. É fornecida por grupos
sociais através de experiencias não intencionalmente organizadas.

1.3. A Educação Cientifica como Resultado do Desenvolvimento do Património


Sociocultural, Cientifico da Humanidade
DURKEIM (1858-1971), define a educação como “acção exercida pelas
gerações adultas sobre as novas que ainda não se encontram preparadas para a
vida social. No sentido amplo pedagógico A educação exprime o processo de
desenvolvimento e formação da personalidade do homem, que se efectua sob a
influência de todos os factores, particularmente da educação, sobre o meio
ambiente social, para participação activa na vida social, englobando as
influências de toda a vida do homem incluindo o próprio ensino.

Uma educação científica que contribua para o desenvolvimento sustentável.


Notadamente, na construção de uma nova forma de ver e compreender o mundo, o
desenvolvimento o meio ambiente e a qualidade de vida, na perspectiva de gerar
práticas sociais que se harmonizem com os recortes da sustentabilidade, no processo de
desenvolvimento portanto, a educação, nessa perspectiva, precisa se constituir
instrumento para melhorar a relação dos seres humanos entre si e destes com o ambiente
natural.

1.3.1. Desenvolvimento do Património e Sóciocultural


Património é tudo aquilo que pertence a uma região. É a herança do passado e o que o
povo cria hoje. É obrigação de todas as pessoas, preservar, transmitir e deixar todo esse
legado às gerações vindouras.

Património sociocultural é o conjunto de todos os bens, manifestações populares,


cultos, tradições tanto materiais quanto imateriais (intangíveis), que reconhecidos de
acordo com sua ancestralidade, importância histórica e cultural de uma região (país,
localidade ou comunidade) adquirem um valor único e de durabilidade representativa
simbólica/material

Cultura é um componente activo na vida do ser humano, e que não existe indivíduo no
mundo que não possua uma cultura, pois cada um de nós somos criadores e
propagadores de diversas culturas. Esta pesquisa busca em sua abordagem focalizar a
importância da cultura na escola.
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SEGUNDO ( CANDAU, 2003.PAGINA.160) afirma que a escola e


sem duvida, uma instituição cultural Conforme exposto podemos considerar
que a cultural tem um importante papel no processo de aprendizagem, pois ela
permite não só a socialização, mas também discussão de diferentes saberes no
ambiente escolar, através do conteúdo cultural podemos exemplicar vários
temas, nas diferentes disciplinas no curriculo escolar.

Sociedade organizada sob o modo de produção capitalista, o homem não é aquele ser
histórico que se humaniza nas relações que estabelece com outros homens, mas resume-
se ao indivíduo que vende a sua força de trabalho e, ao vendê-la, transforma se em
factor de produção.

1.4. Categorias da Pedagogia


Pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa do estudo científico da educação
sistemática sobre os fenómenos educativos. Assim pode-se destacar as seguintes
categorias:
 Educação;
 Auto-Educação;
 Instrução;
 Auto-Instrução;
 Ensino.

2. A Pedagogia no Sistema nas Ciências da Educação


Para melhor compreender a pedagogia no sistema de ciências de educação é preciso ter
em mente os seguintes conceitos (pedagogia e educação):

A palavra Pedagogia prove do grego (pais ou paidós que significa criança;


Agein = conduzir; logo = ciência). Na antiga Grécia, eram chamados
pedagogos os escravos que acompanhavam as crianças que iam param a escola.
Como escravo, ele era submisso a criança, mas que tinha fazer valer a sua
autoridade quando necessária. Por esse motivo, os escravos desenvolveram
grande habilidade no trato com as suas crianças. PILETTI 2004.p 39.

Pedagogia é ciência, filosofia e arte ou técnica de educação. Porque atinge todos


aspectos fundamentais da pedagogia (científico, filosófico e técnica de educação).

A pedagogia é reconhecida em suas origens como a ciência da educação. No entanto,


percebe-se claramente que, para além da ciência há uma tendência a considera-la
também como arte. Assim, muitas vezes a pedagogia é conceituada como a ciência e
arte da educação e de ensinar ou mesmo a arte educativa.
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A Educação é um conceito amplo que se refere ao processo de desenvolvimento


unilateral da personalidade, envolvendo a formação da qualidade humanas, físicas,
morais, intelectuais e extáticas tendo em vista a organização da actividade humana na
sua relação com o meio social.

Educação é um fenómeno social e universal, sendo uma actividade humana


necessária a existência e funcionamento de todas sociedades. Cada sociedade
precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxiliares no desenvolvimento das
suas capacidade e espirituais, prepara-los para participação activa e
transformadora nas várias estâncias da vida social. Não há sociedade sem
prática educativa e nem pratica educativa sem sociedade. (LIBANEO 2005,
p 17)

2.1. Carácter e Sistema da Ciência Pedagógica


Neste aspecto a pedagogia moderna reúne três aspectos fundamentais, tais como:
Filosófico, Técnico e Cientifico.

2.1.1. Aspecto filosófico


Esses aspectos atingem os princípios fundamentais da educação, tais como as relações
da educação com a vida, os ideais e as finalidades da educação. Procura responder as
seguintes questões.

 O que deve ser a educação?


 Para onde a educação deve conduzir as novas gerações?

2.1.2. Arte ou técnica


Esta parte a pedagogia é denominada como arte, estuda os métodos de como educar.
Estes aspectos situam-se entre o filosófico e o científico, isto é, refere-se à técnica
educativa, ao como educar, sob ponto de vista técnico estuda:

 Os métodos e processos educativos;


 Os sistemas escolares;
 Os métodos e as práticas de ensino;
 As técnicas de trabalho escolar.

2.1.3 Aspecto Cientifico


Aqui a pedagogia moderna apoia-se nos dados apresentados pelas ciências, procurando
estabelecer o que é a educação. Ela busca principalmente nos dados das ciências que
estudam o comportamento humano.
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2.2. Fundamentos Científicos Da Pedagogia


Método é considerado como sendo o caminho para alcançar um objectivo, é a forma de
proceder ao longo do Caminho. Na ciência os métodos constituem os instrumentos
básicos que ordenam o cientista ao longo de um percurso para alcançar um objectivo.

Segundo LAKATOS & MARCONI (1993:25) refere que, “ Método


científico é um conjunto de processos ou operações mentais que se devem
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adoptada no processo de
pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas a investigação são:
dedutivos, indutivos, hipotéticos – dedutivos, dialécticos e fenomenológicos”.

Em contra partida de NÉRICI, (1978:15) sustenta que “Método é o conjunto corrente


de procedimentos racionais ou prático racional que orienta o pensamento para serem
alcançados conhecimentos validos”.

2.2.1. Método dedutivo


Este método é considerado o oposto do método indutivo como o conhecimento geral do
conhecimento individual são procurados. Destina-se a classificar certos elementos. Este
tipo de técnica é amplamente utilizado na medicina.

Na óptica de GIL, (2009:42) Diz que “o raciocínio dedutivo tem objectivo de explicar o
conteúdo das premissas, por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente, de análise do general para o particular, chega a uma conclusão”.

2.2.2. Método indutivo


O método indutivo é o estudo ou abordagem dos fenómenos que caminha cada vez mais
abrangente, indo das constatações mais particulares às leis e teorias mais gerais.

Na perspectiva de LAKATO & MARCONI, (2009:53) referem que


“Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, inferem-se uma verdade geral ou
universal, não contidas nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos
argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que as
premissas nas quais se basearam.”

2.2.3. Métodos Hipotético – Dedutivo


É um método que se inicia pela observação de uma lacuna aos conhecimentos acerca da
qual formula hipóteses e, pelo processo dedutivo testa ocorrência de fenómenos
abrangidos pela hipótese.
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2.2.4. Método Dialéctico


É método que penetra no mundo dos fenómenos através de sua acção recíproca, da
contradição inerente ao fenómeno da mudança dialéctica que ocorre na natureza e na
sociedade.

RUDIO (1999:36) diz que “O método dialéctica era equivalente a de diálogo, passando
depois a referir-se, ainda dentro do diálogo, a uma argumentação que fazia clara
distinção dos conceitos envolvidos na discussão.”

3. A Necessidade de Reflexão Sobre a Educação e a Sua Pratica no Campo da


Pedagogia
3.1. Função Social da Educação
A educação e sua função social. se cinge na formação plena do individuo,
desenvolvendo sua Percepção do mundo de modo que possa agir com autonomia e
responsabilidade ao interagir com o meio em que vive. Por sua vez, a escola deve
formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres através de diálogo e respeito aos
alunos, isto é garantir a produção social e cultural dos valores e conhecimentos
necessários à manutenção do status.

".Segundo FRIGOTTO (1999), a escola é uma instituição social que,


mediante sua prática no campo do conhecimento, dos valores, atitudes e,
mesmo por sua desqualificação, articula determinados interesses e desarticula
outros. Nessa contradição existente no seu interior, está a possibilidade da
mudança, haja vista as lutas que aí são travadas. Portanto, pensar a função
social da escola implica repensar o seu próprio papel, sua organização e os
atores que a compõem.

3.2. Função Cultural Educação


A motivação e assim, conjunto das forcas internas que impulsionam o nosso
comportamento para objectivos e cuja direcção e dada pela nossa inteligência. Entre
tanto as internas do nosso organismo são condicionadas por forcas externa que modifica
direccionamento da nossa motivação. Chamamos de forcas externas o ambiente social; a
família, as relações sociais nas quais estamos envolvidos aos valores culturas dos
diversos grupos sócias.

Na perspectiva de LIBANEO (1994. P 110 a 116) as tarefas cognitivas devem ter forca
suficiente para despertar os motivos da criança para o estudo, pós ela pode "aprender"
também a necessidade do estudo.
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3.3. Contribuição de Educação na Formação da Personalidade


Segundo, LANDSHEERE (1994:51-57). Tudo o que a escola fazer
estará votado ao insucesso se, em ultima estância, conflitos efectivos paralisam
o aluno. Um excesso de timidez, de agressividades ou outras características da
personalidade podem impedir de actualizar a potencial real do aluno. O
educador deve consagrar-se a conhecer a personalidade dos seus alunos e
compreender o melhor possível a sua génese.

Estas géneses são eminentemente complexas. Nela entrevem factores genéticos, ainda
que só por intermédio das características físicas que eles determinam. Mas são
interacções sociais. Sem dúvida alguma, são mas decisivas durante a gestação a criança
influenciada pelas reacções emotivas, ou outra, mãe. Apartir do seu nascimento o bebe
sofre influência das normas culturas: elas contribuirão muito na formação da sua
personalidade.

Segundo LANDSHEERE (1994: p51) a personalidade e por assim


dizer, uma descrição abreviada da biografia de um individuo. Para descrever
completamente seria necessário conhecer tudo a respeito do seu
desenvolvimento ao longo da sua vida, os seus sucessos, as seus insucessos, as
suas alegrias e tristezas, a forma como reagiu em diferentes momentos de
crise.

Interacção com outros factores


Factores hereditários são aqueles que têm a ver com a transmissão de caracteres dos
pais param os filhos através da génese. Exemplo: as características da qualidade da
composição genética.

Meio ambiente tem a ver com o meio social em que se vive. O lar, a escola e outras
força que influenciam o desenvolvimento da personalidade positiva ou negativamente.

Experiencias pessoais
Tem haver os conhecimentos repetidos pela prática duma actividade ou de uma
vivencia. As primeiras experiencias sociais das crenças são sobre tudo com seus pais
são eles que desempenha o papel de dominante na moldagem do seu padrão da
personalidade resulta na interacção hereditariedade e o meio ambiente

3.4. Educabilidade do Homem


Observando como se dá a educação, podemos perceber que a formal pode ser resumida
como aquela que esta presente no ensino escolar institucionalizado compreendido por
ter carácter próprio, ela possuem estruturas panejamentos intencional, sistemas com
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normas, regras, sanções e resoluções destituídas pelo sistema de ensino. É a informal


como sendo aquela na qual qualquer pessoa adquiri e acumula conhecimento, através de
experiencia diária em casa, no trabalho e lazer.

Quando pensamos no conceito de educabilidade de PAULO FREIRE, podemos


entender de educabilidade a possibilidade de um ser humano aprender e se transformar a
um conjunto de resultado de pesquisa que indica um conjunto de factores determinante
nesse processo, como é das condições psicológicas, biológicas, sociais e históricas, ou
seja, factores internos (biológicos, hereditários também pode se considerar os
psicológico).

3.4.1. Actos Educativos


Na componente educabilidade tendo em conta aos vários factores também se faz
referência ao conceito de educação. No entender do pedagogo FREIRE, ninguém sabe
tudo e ninguém interiormente ignorante. A educação não diminuidora da pessoa uma.
Ela precisa levar redenção. Por nisso uma educação que reprime não é que redime.

Segundo FREIRE, nos educamos a vida inteira. Até da morte para ele se constitui no
acto educativo na escola a senta na relação dos agentes: um é o aluno; o outro é o
professor.

A educabilidade estuda o homem como ser, a vontade que elabora o sentido como
actual no mundo. Segundo PAULO FREIRE no livro Pedagogia da Autonomia quando
fala da educabilidade humana se refere tanto o que aspira mudanças radicais na
sociedade, na propriedade, ao direito, trabalho, a terra, a educação e a saúde.

3.5. Planificação, Direcção e Organização Pedagógico, as Tendências ou Correntes


Pedagógicas e Alguns Modelos Pedagógicos Actuais
3.5.1. As Tendenciais ou Correntes Pedagógicas
Os professores SAVIANI (1997) e LIBÂNEO (1990), propõem a reflexão sobre as
tendências pedagógicas. “Mostrando que as principais tendências pedagógicas usadas
na educação dividem-se em duas grandes linhas de pensamento pedagógico”. Que são:
 Pedagogia Liberal;
 Pedagogia Progressista.
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Com isso, pretende se atingir as principais formas de pensamento em relação aos


métodos e formas de ensino.

3.5.1.1. A Pedagogia Liberal


Seria típica de uma sociedade capitalista que se baseia na propriedade privada dos
meios de produção. Para a Pedagogia Liberal, o indivíduo deve ser formado para
desempenhar um papel social, conforme suas aptidões individuais. Todos devem
adaptar-se às normas e aos valores vigentes a fim de contribuir com a sociedade em que
se encontram.

SAVIANI (1997), diz que, Existem quatro tendências pedagógicas liberais:

 A tradicional
 A renovadora progressiva
 A renovadora não directiva (Escola Nova)
 Tecnicista, Skinner

3.5.1.2. A Tradicional
Nesta tendência o professor é a figura central e o aluno é um receptor passivo dos
conhecimentos considerados como verdades absolutas. Há repetição de exercícios com
exigência de memorização;

Segundo LIBÂNEO (2005, p. 6), Nessa tendência tradicional, os conteúdos, os


procedimentos didácticos, a relação professor-aluno não têm nenhuma relação com o
quotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais. É a predominância da
palavra do professor, das regras impostas, do cultivo exclusivamente intelectual.

3.5.1.3. A Renovadora Progressiva


Caracteriza-se por centralizar no aluno, considerado como ser activo e curioso. Dispõe
da ideia que ele “só irá aprender fazendo”, valorizam-se as tentativas experimentais, a
pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social. Aprender se torna uma
actividade de descoberta, é uma auto aprendizagem. O professor é um facilitador;

Para LIBÂNEO (2005, p. 7), diz que, “A escola renovada propõe um ensino que
valoriza a auto educação (o aluno como sujeito do conhecimento), a experiência
directa sobre o meio pela actividade; um ensino centrado no aluno e no grupo.”
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Modelos pedagógicos actuais


Pensar em uma acção transformadora exige, daqueles que actuam em um determinado
campo social, uma acção crítica-reflexiva sobre as actuações. É necessário que o
professor, se disponha a uma avaliação qualitativa de sua actuação nas práticas de
ensino, a fim de reconhecer, primeiro, a sua actuação naquilo que pretende mudar.

Esclarecer o Habitus
Habitus é uma noção filosófica antiga, originária no pensamento Aristotélico e na
Escolástica medieval, que foi recuperado e retrabalhado, em meados dos anos 1960,
pelo sociólogo Pierre Bourdieu. Bourdieu, ao recuperar o conceito de habitus, buscava
forjar uma teoria disposicional das acções, ou melhor, intencionava tornar visível o
modo como a sociedade se torna depositada nas pessoas sob a forma de disposições
duráveis, ou capacidades treinadas e propensões estruturadas no pensar, sentir e agir de
modos determinados e determinantes.

Para entender o habitus, temos que compreender primeiro o conceito de Campo, que é o
espaço, autónomo - com leis e regras próprias, alimentado por disputas internas - onde
ocorrem as relações entre agentes sociais. Nesse espaço é que se configura o habitus,
que são, então, as disposições geradas a partir das leis que regem o campo, ou seja,

Sistema de disposições inconscientes que constitui o produto da


interiorização das estruturas objectivas e que, enquanto lugar
geométrico dos determinismos objectivos e de uma determinação, do
futuro objectivo e das esperanças subjectivas, tende a produzir
práticas e, por esta via, carreiras objectivamente ajustadas às
estruturas objectivas (BOURDIEU, 1994).

Fernando Becker, em “Modelos Pedagógicos”, apresenta as três diferentes formas


existentes de representar a relação ensino/aprendizagem. Os três modelos
configuradores das principais e mais comuns abordagens de ensino e seus fundamentos
epistemológicos são definidos como: pedagogia directiva, não-directiva e relacional;

4. O Carácter Historico-Social da Educação – Caso Moçambique


4.1. As formações sociopolíticas e o carácter/função da Educação
Segundo LIBANEO, (2006:16-17), educação no sentido amplo é um processo
formativo que ocorre no meio social, nos quais os indivíduos estão envolvidos de modo
necessário e inevitál pelo simples facto de existirem socialmente.
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Formações sociopolíticas
 As políticas educacionais desenhadas para o processo de ensino e aprendizagem
não são adequadas;
 Os professores estão mentalizados que para melhorar a renda individual é
preciso ir atingir o nível superior a todo custo, e assim submetem-se a três
desafios, obrigações profissionais, atender academia e atender situação social;
 Os pais e encarregados de educação não fazem acompanhamento dos seus
educandos na escola;

Função da educação
 Formar cidadãos críticos e conscientes;
 Função transformadora;
 Adaptar as crianças e jovens ao mundo gerado pelas gerações que os
antecederam;
 Preparar as novas para a inserção no mundo

Como aponta PILETTI, (2004:22), a educação não se confunde com a escolarização. A


educação também existe onde não há escola. Existem os lugares onde ela se processa
de forma assistemática: a família, a igreja, os meios de comunicação de massa.

4.2. Finalidades e Objectivos da Educação em Moçambique em Diferentes


Momentos Históricos
A história da educação de Moçambique divide-se em três (3) períodos ou momento
históricos que são:
 Educação tradicional;
 Educação colonial;
 Educação Pós-Independência.

2.1. Educação Tradicional


Em Moçambique assim como em qualquer outra sociedade a educação existe e existia
antes da penetração estrangeira. Como aponta PILETTI, (1991), “cada sociedade por
mais que seja tem a sua forma de educar as novas gerações, de tal forma o homem
segundo os Objectivos e valores sociais”.
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Segundo PILETTI, (2004:12), “não há forma única nem um único modelo de educação.
Em cada sociedade ou pais a educação existe de maneira diferente”.

Características da educação tradicional em Moçambique


 Carácter social: porque reflecte os objectivos da sociedade;
 Carácter colectivo: porque é uma ocupação de todos;
 Carácter informal: porque realiza-se em regras não devidamente reconhecidas;
 Carácter funcional: porque realiza-se com base no princípio de aprender
fazendo.

Objectivos da educação Tradicional


Segundo MINED, (1995), a educação Tradicional em Moçambique, tem por objectivo
formar homem com espírito de:
 Honestidade;
 Hospitalidade;
 Respeito e integridade de modo a aderir e valorizar e a cultura de Moçambique.

O conteúdo desta educação é constituído por três aspectos nomeadamente:


 No aspecto físico: o homem é treinado de modo a que o seu organismo se ajuste
as exigências ou regista as exigências do meio ambiente.
 Aspecto moral: prepara-se o indivíduo para formar qualidades exigidas pela
sociedade, tais como: hospitalidade, integridade, respeito pelos outros homens e
pelos bens da sociedade.
 Aspecto intelectual: treina-se a pessoa de modo a desenvolver a capacidade de
assimilação e a reprodução daquilo que constitui o valor ou bem da sociedade.

Educação em Moçambique no período colonial


A educação nesta fase, transmitia conhecimentos e técnicas acumuladas na prática
produtiva, indultava o seu código de valores políticos, morais culturais e sociais e dava
uma visão idealista do mundo e dos fenómenos da natureza, isto é, pela iniciação e rito,
pelo dogma e superstição, pela religião e magia, pela tradição, o indivíduo era preparado
para aceitar a exploração como uma lei natural e assim reproduzi-la no seu grupo etário,
na sua família, na sua tribo, etnia e raça (Boletim da República, 1983).
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Em Moçambique passou por certos momentos críticos na era colonial em todos


aspectos, particularmente na educação dos indígenas. Na era colonial muitos
Moçambicanos tiveram dificuldade de ter a educação, visto que, a educação de
qualidade estava reservada para os colonos e seus filhos.

Segundo o Boletim da REPÚBLICA, (1983), “Moçambique desenvolveu-se o sistema


da educação paralela, para os filhos da classe dominante e para indígenas”.

Na óptica de MAZULA (1995), “a educação dividia-se em dois subsistemas ou seja em


dois ensinos, ensino oficial e ensino rudimentar. ”

 Ensino oficial: destinados para os filhos dos colonos ou dos assimilados;


 Ensino rudimentar: destinados aos indígenas.

O sistema de ensino indígena passou a organizar-se em:


a) Ensino rudimentar: com três classes previsto para sete, oito e nove anos de idade de
ingresso;
b) Ensino profissional indígena: que por sua vez se subdivide em escola de artes e
ofícios e escolas profissionais femininos.

Objectivo da educação colonial


 Civilizar os indígenas, difundindo entre eles a língua portuguesa e os costumes
portugueses.

Segundo DERMAVAL SALVANI apud PILETTI, (2004:15), a face da realidade


concreta do homem brasileiro, temos os seguintes objectivos e proprietários para a
nossa educação, educação para subsistência, educação para libertação, educação para
comunicação e para transformação.

O autor acima citado aponta um dos objectivos que é educação para a transformação,
que corrobora com o primeiro objectivo da educação em Moçambique Pós-
Independência, visto que é na formação do novo homem que há uma transformação.

Educação no período Pós-Colonial ou Pós-Independência


Moçambique tornou-se um país independente a 25 de Junho de 1975. No dia 24 de
Julho do mesmo ano, a educação outras instituições socioeconómicas consideradas
conquistas do povo foram nacionalizadas. O Estado assumiu inteiramente a
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responsabilidade da planificação e gestão da educação. O que o Estado herdou do


sistema colonial foi uma reduzida rede escolar, um sistema educacional com objectivos
alienantes, enraizado em práticas e métodos autoritários.

De acordo com dados da UNESCO, na altura da independência, cerca de 90%


da população moçambicana, do total de cerca de onze milhões, era analfabeta: não sabia
falar, ler e escrever a Língua Portuguesa. Esta, com a proclamação da independência,
passou a ser a língua oficial, por razões históricas que anteriormente foram
mencionadas. Os contactos dos novos governantes com a população, tal como no tempo
do domínio colonial, eram e ainda são mediados por intérpretes ou tradutores.

O Homem Novo, era totalmente anti-tradicionalista, semelhante ao ideal moderno


iluminista que devia seguir apenas a luz da razão e buscar-se na técnica, e a tradição era
visto como um obscurantista como um perigo para o progresso pela FRELIMO, as
línguas nacionais, foram excluídas do SNE e foram expostas ao confinamento das
ideias. A educação nacionalista, contribuiu para dar ao moçambicano ''uma dimensão
metafísica e ao mesmo tempo ter tentado concretizar estas qualidades numa realidade
concreta e enquadrá-las numa luta pela liberdade'' (CASTIANO, 2005:81)

Para MAZULA, (1995) após a independência o governo moçambicano tinha o


principal objectivo «a formação do Homem Novo, com plena consciência do poder da
sua inteligência e da força transformadora do seu trabalho, na sociedade e na
natureza; Homem Novo livre de concepção supersticiosa e subjectiva.

Finalidade da educação em Moçambique Pós- Independência


 Pleno desenvolvimento do educando;
 Preparo para o exercício da cidadania;
 Qualificação para no trabalho.

Objectivos da educação em Moçambique Pós- Independência


Segundo o BOLETIM DA REPUBLICA, Lei nº 4/83 de 23 de março (1983), o sistema
nacional de educação são:

 Formar cidadãos com sólida preparação política, ideológica, cientifica, técnica,


cultural e física e uma elevada educação patriótica e cívica;
 Erradicar o analfabetismo de modo a proporcionar a todo o povo o acesso ao
conhecimento científico e o desenvolvimento pleno das suas capacidades;
 Introduzir a escolaridade obrigatória e universal de acordo com o desenvolvimento
do país, como meio de garantir a educação básica a todos os jovens moçambicanos;
 Assegurar a todos os moçambicanos o acesso à formação profissional, etc.
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Conclusão
De acordo com o resumo já feito, conclui-se que o sistema de educação colonial em
Moçambique, era coerente com os objectivos econômicos políticos e culturais do
sistema, onde impôs uma condução que visava a reprodução de exploração e de
opressão e a continuidade das estruturas colonial capitalistas de dominação. A educação
tinha por função modelar o homem servir, despersonalizando alienado das realidades do
seu povo, ela devia favorecer a formação de um homem tão estranho ao seu próprio
povo que pudesse vir a ser, mais tarde, instrumento do poder colonial para a dominação
dos seus irmãos, também estava confiada a formação de mãos-de-obra barata. E a
pedagogia liberal Seria típica de uma sociedade capitalista que se baseia na propriedade
privada dos meios de produção. Para a Pedagogia Liberal, o indivíduo deve ser formado
para desempenhar um papel social, conforme suas aptidões individuais.
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