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CARLOS PARAMÉS
Secretário-G eral da ENAP (Escola de
A dm inistra ção Pública, A lcalá de Henares, Espanha)
S U M A R IO : 1. A D M IN IS T R A Ç Ã O : UM TERMO NOTORIAMENTE
EQUIVOCO. 2. AD M IN IS T R A Ç Ã O : ATUALIDADE DO TEMA.
2.1 A profecia cum prida de James Burnham . 2 .2 — O se
gredo da prosperidade norte-am ericana. 2 . 3 — 0 re la tó rio de
Lord F ulton. 2 .4 — O “ m anagem ent” nos Estados Unidos de
hoje 2 .5 — 0 cará te r universal do tem a. 3. RUMO A UM
CONCEITO SUFICIENTEMENTE REVELADOR DO QUE EFETIVA
MENTE É O “ M ANAG EM ENT". 3.1 — A abordagem lite rá ria de
M C N A M A R A . 3 .2 — O conceito de A d m in istra çã o segundo os
pro fissio nais norte-am ericanos. 3 . 3 — Dois enfoques espanhóis.
3 .4 __ C aracterização conceituai e te rm in o ló g ica . 4. CONTEÚ
DO DA A D M IN IS T R A Ç Ã O : EOUACIONAMENTO GERAL. 4.1 —
A s técnicas qu an tita tivas com o in stru m en to na tom ada de de
cisões p o lític a s . Técnicas de Programação O rçam entária. Téc
nicas de gestão qu a n tita tiva com instrum entação m atem ática.
Técnicas C ontábeis. 4 .2 — A A dm inistra ção na form ação dos
Está claro tam bém que a gestão se É interessante ressa ltar o caráter
aplica, ou se pode aplicar, tan to às fin a lis ta deste equacionam ento, “ en
empresas privadas com o à adm in istra tre g a r bens ou s e rv iç o s ” . De uma
ção pública. Por sua vez o glossário perspectiva ou ângulo mais adm inis-
de term os de organização industrial trativo-pública, encontram os outra de
que se u tiliza nos Estados Unidos, finição do “ m anagem ent” : . . . geren
estabelecido pelos serviços de análise tes, adm inistradores, is to é, respon
indu strial da Embaixada da França em sáveis pela organização, a direção do
W ashington, afirm a que a ad m in istra pessoal, a planificação do desenvol
ção é, “ de um lado a direção, e de vim ento do trabalho, o estabelecim en
outro, a função que em uma empresa to de níveis de resultados e sua me
consiste em pre ver uma linha de con dida, a revisão de procedim entos e
duta, elaborar program as, fix a r nor a quantificação das d ife re n te s alterna
mas, adaptar os program as aos meios tiv a s ” (1 9 ). Não está Lord Fulton lon
financeiros, m ateriais e humanos, ge do que se a firm o u .
m anter o rendim ento das oficina s, do
m aterial e das pessoas nos m ais altos
níveis, e com ta is m eios e através de
3. 5 — Duas abordagens espanholas
ordens, reuniões, conferências ou de
controles, persegue o o b je tivo de as Em um docum ento apresentado pela
segurar a entrega de bens ou se rvi Escola de A lcalá (20) há duas exce
ços, de acordo com os program as es lentes form ulações da questão. De
tabelecidos, nos prazos fixados, pelos um lado, M ig ue l Beltran dirá “ a a ti
menores cu sto s" (1 8 ). Isto é, que o vidade de adm inistração (manage
resultado deste exame francês da rea m ent) com o conjunto de funções e
técnicas gerenciais poder-se-ia dizer
lidade am ericana tam bém oferece uma
qUe é — em bora sim p lifica n d o dema
am plíssim a p e rs p e c tiv a ;
siado — um desenho (p ro je to ) norte-
— Direção; am ericano do m undo dos negócios
que obteve uma aceitação notavel
— Planificação; m ente rápida na m aioria dos países
de sen volvido s” (2 1 ). Por ou tro lado,
— Programação; afirm a Andrés de Ia O liva : “ Preten
der dar aqui uma noção, geral e te ó
— Regulamentação;
rica do que se deve entender por
“ m anagem ent" seria quase im possí
•— G estão financeira, do m aterial e
vel ; as m uitas de finições form uladas
do pessoal;
padecem de uma am bigüidade e ex — O "m anagem ent" supõe um novo
tensão cie n tifica m e n te desesperado- delineam ento da atividade adm inistra
ras. Adem ais o in te n to esbarraria tiva ou gerencial que passa a ser ju l
com a própria essência, substância, gada exclusivam ente pelos resultados.
do “ m anagem ent” em inentem ente em Em face da posição demasiado comum
pírico, p ro te ifo rm e e c a m b ia n te ... de avaliar a atividade por si mesma,
cabe unicam ente afirm a r o seguinte : som ente aprecia os resultados ob
o ” m anagem ent” é algo assim como tid o s .
uma encruzilhada ou ''p o o l" de conhe
cim entos que, com um certo toque — A adm inistração aponta menos
in te le ctu a l, ideológico — ou, no caso para o “ saber faze r" do que na dire
de se p re fe rir uma expressão mais ção do “ saber fazer com que outros
am biciosa — , filo s ó fic o , se compõe o fa ça m ". Delion cita a O. G élinier
de num erosas e heterogêneas c o n tri quando a firm a : " D irig ir é conseguir
buições, oriundas de ciências e té c n i resultados por m eio de o u tro s ".
cas de natureza predom inantem ente
instrum ental ou pragm ática : A figura — A adm inistração exige inexora
típ ica do gerente, “ m anager” , do ad velm en te o trabalho de grupo, em
m in istrado r, encarna-se no “ homem equipe. A decisão é um fenômeno
que sabe d e cid ir e reso lve r proble com plexo e d ifíc il que ninguém pode
m as” ; não na daquela que sobressai tom ar sozinho.
por sua alta capacidade para a espe
— A adm inistração está ligada ao
culação teó rica ou in te le ctu a l. A ssim
desenvolvim ento de unidades especí
poderia resum ir-se sua grandeza e sua
ficas, à margem da linha operativa.
e scra vid ão” (22) .
Seu nascim ento e desenvolvim ento se
expressam nas Task Forces am erica
3 .4 — Caracterização conceituai e nas, nas M issões francesas, nos Co
terminológica m itês do mundo anglo-saxônico. ins
pira-se no mesmo ta le n to renovador
que fizeram c ria r na Espanha as Se
Seria talvez conveniente com pletar
cretarias G erais Técnicas.
estas idéias com as seguintes afirm a
tivas :
4. CONTEÚDO DA ADMINISTRA
Ç Ã O : DELINEAMENTO GERAL
— A adm inistração é o conjunto
das atividades do dirige nte, daquele
À vista do exposto no item 3, parece
que integra o núcleo essencial de
suas responsabilidades. evidente que a questão mais d ifíc il
no m om ento presente con siste em
— A adm inistração não é uma dis d e lim ita r o conteúdo exato da adm i
ciplina, é uma p ro fissão . nistração m oderna. Quais são as dis
cip lin as que no mundo de hoje in te
— A adm inistração se utiliza ou se gram a bagagem ótim a do ad m in istra
emprega, em todas as atividades hu dor, do gerente ? Não é sim ples, nem
manas. basta dar uma única resposta. Expo
nhamos algumas e façamos uma sín — Pesquisa O p e ra c io n a l: Programa
tese fin a l. ção Linear, Teoria das Filas, Teoria
das Possibilidades, M étodos de Mon-
4.1 — As técnicas quantitativas como te c a rlo . ; 51 s T'<,
instrumento na tomada de de /V o\
cisões práticas Técnicas Contábeis
— Pesquisa O peracional.
— Técnicas de análise quantitativa
para a tom ada de decisões. — Relações Humanas.
— Planificação e Programação.
Estes eram os quatro grandes cam
pos das técnicas de adm inistração
— Organização e M étodos.
m oderna. Na prática o desenvolvi
— Pesquisa Operacional e M odelos m ento das sessões fo i pe rm itin d o que
se prestasse especial atenção aos se
M atem á ticos.
guintes s e to re s :
—• P sicossociologia.
— Organização e gestão.
— Inform á tica.
— Tecnologia de sistem a s.
Durante as reuniões do grupo de
trabalho incum bido dos referido s pro — Ciências do C om portam ento.
blem as discutiram -se tam bém a teo ria
— in fo rm á tica .
dos jogos e a análise de sistem a s.
— Técnicas orçam entárias diversas.
4 .3 — Aplicação da moderna gestão
na administração pública — A adm inistração na Urbanização,
na Educação e na Saúde Pública.
Uma va lio síssim a con tribu ição para
e sclarecim ento da problem ática da — Pesquisa O peracional.
— C ibern ética . — Gestão de sistem as de in fo rm a
ção, pesquisa geral de sistem a s.
— Programação do Trabalho.
— C usto-eficácia e PPBS.
— Técnicas de Sim ulação. — Indicadores S ociais.