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Professor Marivaldo de Brito Gaspar
TEMA – 3 . CONVIVÊNCIA POLÍTICA ENTRE OS HOMENS
3.1 – Difinição da Política
3.2 –Ética e a Política
3.3 – O Cidadão e a Política
3.4 – Democracia e Cidadania
3.5 – O que é a Violência?
3.6 – Violência Política e Tipologia da violência
3.6.1 – A Concórdia?
3.7 – Significado e demensões da Paz em Angola
3.8. – A Conclusão da Paz em Angola
3.8.1 – Necessidade da conversão da mentalidade para reconciliação Nacional
3.9 – Princípios fundamentais da Reconciliação Nacional
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TEMA – 1. NOÇÕES BÁSICAS DA LÓGICA
Durante a Idade Antiga e Média, a filosofia ocupava o seu estudo sobre todas as
árias de investigação teórica, sendo que no seu propósito figuravam os princípios gerais
do raciocínio. Apartir do sec. XVII, varios ramos do saber tornaram-se autónomos, tendo
criados objectos e métodos próprios para investigação dos seus fenómenos. A filosofia
por razões de especialização, e fruto da disvinculação de outras ciências,passou a agrupar
os seus problemas em subárias temáticas, como : a metafísica, Lógica, epistemologia, a
ética, a estética e a filosofia política.
A Lógica como ciência, surge na grécia antiga sec.VI, por intermédio de aristóteles,
apartir do seu livro ´´organon ``, que inclui seis tratados cujo significado ´´instrumentos
do pensamento`` corresponde à divisão do objecto da lógica. A palavra lógica vem do
grego ´´logos``, que apresenta na sua tradução vários significados, que apresenta uma
conexão recíproca: razão, raciocínio,discurso, ideia, estudo, mente.
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O pensamento e a linguagem estão presentes em todos os domínios da nossa vida,
em todos os domínios da actividade humana. São considerados os sinais notórios da
superioridade humana em relação aos animais. ´´ os animais não pensam porque não
falam``Descartes.
O acto de falar é natural ao homem, que de certa forma o faz, sem pensar, a contece
tambem que, pensamos sem falar, não expressamos exteriormente os nossos pensamentos
e não os comunicamos a ninguem. ´´pensar é o diálogo da alma consigo mesma``
(Platão).
- A forma (estrutura);
O estudo do pensamento, desde logo revela a diferença entre a lógica material e a lógica
formal ou do pensamento, isto é, existe uma diferença entre a lógica do pensamento
correcto, que estuda as formas de apreensão e exteriorização das idéias, dos objectos
dentro do pensamento; a lógica natural fundamenta-se pela ordem natural das coisas, sem
que haja a intervenção do homem.
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OBJECTO , OBJECTIVOS E MÉTODOS DO ESTUDO DA LÓGICA
O Método na lógica é definido como um processo racional que sesegue para atingir
um fim. Na prática para análise das operações lógicas, são utilizados dois métodos: o
Método dedutivo e o Método Indutivo.
O método Dedutivo foi criado por Aristóteles, definindu-o como aquele que, parte
das características ou princípios gerais de um ou vários objecto da mesma natureza, para
as características específicas do mesmo objecto. O método Indutivo é aquele que parte
das características ou princípios específicos de um ou vários objectos da mesma natureza,
para as características gerais do mesmo objecto.
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1.1 OS PRINCÍPIOS LÓGICOS
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A diferencça entre o princípio da identidade, é que este procura atingir a regra de
univalência, enquanto que o princípio da não-contradição requer a regra de
incompatibilidade entre as coisas distintas. A lei da contradição regula o processo da
incompatibilidade entre os opostos numa mesma situação.
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1.2 OS NOVOS DOMÍNIOS DE APLICAÇÃO DA LÓGICA: INFORMÁTICA,
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E CIBERNÉTICA.
O antigo pensamento era dirigido pelo método Dedutivo (do geral para o particular)
e o novo iria ser dirigido pelo método Indutivo (do particular para o geral). O novo
método, viria constuir um caminho para evolução das ciências empíricas, ainda no mesmo
século, com Rene Descartes inicia-se uma direção da lógica combinada com os princípios
matemáticos dando lugar a teoria do ´´logiscismo``.
A informática
É uma das árias do saber, onde mais se aplicou o cálculo lógico-matemático. A
palavra informática foi criada por Philipe Dreyfus, em 1962 com o conceito de
«linguagem de programação» ou seja, linguagem artificial criada para expressar as
computações que as máquinas (computadores,e outros), que as máquinas começavam a
executar na época.
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Na verdade, o confrontar da razão com a inteligência artificial deu-se, quando
ocorreu a ideia de que as máquinas pensão. De certo, a equiparação é justa porque ajuda
compreender «quem é quem», um outro contexto de análise seria entre Deus e o Homem,
quanto a capacidade de escolhas e tomada de decisões, ou seja uma vontade humana ou
divina.
A Robótica
É a tecnoci~encia que estuda e constroi robôs, ou seja, máquinas automáticas
controladas por computador e destinadas a substituir os humanos em trabalhos perigósos,
pesados ou rotineiros, capazes de interagir com seu meio e aprender novos
comportamentos.
A Cibernética
É uma das ciências tecnológicas que viria beneficiar todo estes estudos. A palavra
evoluiu do grego kibernétés, termo associado a ideia de «bem governar ou dirigir», tem
como campo de estudo os mecanismos de comunicação e controlo nas máquinas, de
modos a analizar como processam a informação e os seus padrões de evolução. Criaram-
se processos de codificação e descodificação que permitem retirar dos funcionamentos
das máquinas conclusões aplicáveis ao comportamento de organismos biológicos ou ao
comportamentos de grupos humanos.
Inteligência artificial
É uma pesquiza de ciência artificiais de computação e engenharia de
computação,dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuem a
capacidade racional de resolver problemas. Começou na Segunda Guerra Mundial com o
artigo Computing Machinery and Inteligence, do matemático inglês Alan Turing em
1956.
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1.3 O PENSAMENTO E O DISCURSO
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1.4.1 AS TRÊS DIMENSÕES DO DISCURSO (SINTAXE, SEMÂNTICA E
PRAGMÁTICA)
O nosso anterior esquema mostra a ligação existente entre pensamento,
linguagem, objecto e discurso. Dissemos anteriormente que o conhecimento só é,
transmitido quando se processa através destes quatro elementos. O discurso é um
conjunto de códigos que inclui o objecto, o nome, a ideia a transmitir, para comunicar aos
outros sujeitos pensantes.
A Pragmática Lógica é a ária que estuda os signos, no contexto do seu uso. Com isto
podemos dizer que, a sintaxe estuda a construção da frase, a semântica estuda o
significado da frase, e a pragmática excede tudo isso.
O Termo é a expressão material do conceito e pode ser constituido por uma ou mais
palavras.
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O estudo dos conceitos foi rigorosamente iniciado por Aristóteles, em diversas das
suas obras, em particular a ´´órganon``,em que aprofundou o estudo do conceito na linha
dos «universais» (origem dos chamados nomes e substantivos comuns).
Pensa-se por exemplo, nos objectos homem, animal, casa, automóvel, estes no
nosso pensamento, não têm forma corpória,fisica, antes se aproximam de um «formato»
abstraido da realidade, estando mais próximo de uma tipificação, de um ideal abstracto.
O quê que o homem pode pensar, que não tenha sido absorvido pelas fontes psíquicas
ou perceptivas?. No caso dos objectos, para que o pensamento possa formar os seus
respectivos conceitos, é necessário que eles sejam observados. A análise do objecto é a
decomposição das suas características gerais e particulares.
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Análise – é a separação mental das partes de um objecto, no sentido de melhor identificar
características.
Abstração – é a reunião mental de objecto num conceito, através das suas características
gerais.
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O que definio o definido é chamado de definidor, é concretamente o conjunto de
características que se elabora e aplica ao definido para explicar o seu ser.
Definido Definidor
A primeira regra diz que, a definição deve apenas recair ao definido, isto é,
qualquer definição deve ser clara.
A segunda regra diz que, uma definição deve ser elaborada a partir de termos
conhecidos e não estranhos, isto é,qualquer definição sera estranha se apresentar
características que não fazem parte do objecto.
A terceira regas diz que, o definido não pode entrar no campo do definidor, se isto
acontecer, incorre-se na repetição ou redundância (exemplo, a medicina é uma ciência
médica).
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Descritívas são aquelas que enumeram as características essenciais do conceito, de
modo a que possamos distinguir de outro.Ex: A erma do Jorge ira herdar a casa.
Um conceito equívoco, é aquele que tem um sentido duplo, ou seja, sua aplicação
pressupõe a existência de dois significados opostos, mas passíveis de existirem no mesmo
conveito por causa das características, ou ainda como aqueles que criam ou suscitam
dúvidas e confusão à percepção do interlecutor. Ex: quando vemos o retrato de uma
pessoa, forma-se no pensamento outra imagem do objecto. Os africanos vivem como
animais; o conceito animal é ambíguo, porque pode referir-se ao animal como para o
homem.
Estas formas de visão social ou senso comum do juízo de valor, não partilham a
concepção de juízo no âmbito da filosofia, já que se entende como sendo « a actividade
mental através da qual se admite como verdadeira ou falsa uma asserção ou se estabelece
uma relação entre duas ideias».
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No campo mais específico da lógica formal, o juízo pode ser definido como um acto
mental, pelo qual o pensamento afirma ou nega algo (predicado) do sujeito lógico na
relação estabelecida entre dois ou mais conceitos.
Entende-se por sujeito lógico o conceito (ou o termo) do qual se afirma ou nega
algo, e como predicado o conceito que expressa o que se afirma ou se nega acerca do
sujeito lógico. O juízo é verdadeiro quando uma afirmação reune as características que
correspondem ao sujeito ou objecto, e quando essas cracterísticas não o identificam, diz-
se que o juízo é falso.
Nos critérios lógicos de Aristóteles, apenas se consideram juísos de valor com três
termos ou elentos na forma: S ,E e P. Ex: A mesa é redonda (sujeito, predicado e cópula)
Sujeito (s) – corresponde ao conceito, ou termo em causa sobre o qual se afirma ou nega
algo.
Cópula (c) – corresponde ao termo que permite estabelecer a relação entre o sujeito e o
predicado. Ex: O filósofo é um ser pensante (sujeito- filósofo; predicado – ser pensante;
cópula – é).
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Tipologia de Juízo de valor
Aristóteles apresentou um modelo mais simples de juízo, denominado como Juízo
categórico. Neste tipo de juízo o sujeito se relaciona com o predicado por meio do verbo;
é afirmativo, podendo essa afirmação ser positiva ou negativa.
Aparece um outro tipo de juízo de valor chamado de, juízo hipotético, este presupõe
uma afirmação ou negação mediante uma condição a ser verificada. Ex: Viajarei para
luanda, se tiver em causa a minha saúde.
Para alem destes, fazem parte desta tipologia os juízos disjuntivos (próprio para
separar) e os conjuntivos (que liga) todos eles compostos.
Afirmativos- são aqueles em que o predicado não convem ao sujeito, ou seja, quando a
relação atributiva é directamente estabelecida.Ex: O ser humano é um animal.
Negativo- são aqueles em que o predicado não convem ao sujeito, ou seja, quando existe
negação de que a qualidade pelo predicado pertence ao sujeito.Ex: O ser humano não é
animal.
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Classificação pela quantidade –os juízos são analizados quanto a sua quantidade,
ou seja, quanto a extensão do termo que desempenha a função de sujeito dos juízos.podem
ser, Universal, Particular e Singular.
Particular – aquele que o sujeito é considerado apenas uma parte da sua extensão, ou
seja, quando se referem apenas a parte dos elementos do conjunto.Ex: Alguns seres
humanos são professores.
Categórico – juízo em que a relação entre sujeiro e o predicado (podendo o juízo ser
verdadeiro ou falso) é afirmada de forma absoluta, não se encontrando condicionada.Ex:
A Maria gosta de chocolate.
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1.6.3 CONCEITO E CLASSIFICÃO DAS INFERÊNCIAS
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Por conversão – processam-se através da alteração da posição dos termos (transposição)
assim, o sujeito torna-se predicado e o predicado sujeito.Ex: o molusco não é peixe – o
peixe não é molusco.
Inferência mediata –neste tipo de processo a conclusão é extraida a partir da relação que
se estabelece entre duas ou mais proposições. Uma das premissas é denomindada como
termo médio, fazendo com as inferência mediatas sejam designadas como raciocínios.
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Raciocínio análogo – é aquele que estimula a imaginação e comparações dos factos
que são objecto de análise do nosso pensamento.Ex: «é muito semelhante a» «é parecido
a». Ex: Todo homem é um ser, orgânico,vivo,falante, racional.
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Os aspectos da formalidade da lógica centra-se nas leis e princípios, que orientam
a produção de um pensamento correcto. Outro elemento a ter em conta é a questão da
validade na lógica (coerência e certeza de um raciocínio ou discurso).
Aristóteles definiu a verdade dizendo que «consiste em dizer da coisa, ´´o que é é``e o
´´que não é, não é``.
A validade material inside sobre os aspectos materiais, levando a uma adequação entre
o conteudo do pensamento e o objecto pensado.
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1.6.7 AS FALÁCIAS E CILOGISMO
Torna-se difícil identificar uma falácia pelo de a mesma muitas vezes conter uma
validade emocional ou psicológica nos argumentos. As falácias quanto a orígem e
natureza podem ser distinguidas da seguinte forma:
OS SILOGISMOS
Aristóteles, definiu silogismo como sendo, o raciocínio segundo o qual, postas
certas coisas as demais lhes seguem só pelo facto de serem colocadas, ou seja, um
raciocínio formado por três proposições de tal modo que espressas, as duas primeiras,
chamadas premissas, se segue necessariamente a terceira denominada conclusão.
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O silogismo apresenta três termos: Termo maior , termo médio e termo menor.
O termo maior é o que tem maior extensão, o que ocupa sempre o lugar de predicado na
conclusão. O termo menor é o que tem menor extensão e ocupa o lugar de sujeito na
conclusão; o termo médio permite o trânsito das premissas a conclusão.
António é médico
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Regras e figuras do silogísmo
Primeira regra – os silogismos têm três termos, o termo maior, termo menor e termo
médio. Quando estes não são verificados, ou formula-se as premissas com dois ou quatro
termos, ou tambem quando se emprega um termo equívoco. O termo médio deve manter
sempre o mesmo sentido.
As conclusões destes dois exemplos são falsas, porque tanto a palavra rosa como
a palavra animal, recebem dois sentidos dois sentidos diferentes na mesma argumentação.
Segunda regra – os extremos não devem ter na conclusão maior extensão do que as
premissas, isto é, a conclusão não deve ultrapassar as premissas.
Logo, os zairenses não são homens Logo, todos os africanos são brancos.
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Terceira regra – a conclusão não deve conter o termo médio, porque serve para ligar os
extremos; uma vez que na conclusão procura-se obter a relação entre os termos maior e
menor. Ex: João é estudioso
João é feliz
Quarta regra – o termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua
extensão, isto é, universamente. A conclusão nunca deve ter o termo médio.
Quinta regra – duas premissas afirmativas não podem produzir uma conclusão negativa.
Sexta regra – duas premissas negativas não dão nenhuma conclusão, porque se não existir
relação entre termo maior e médio, o termo médio e menor não se podera concluir.
Sétima regra – a conclusão segue sempre a parte mais fraca (premissa particular ou
negativa). Ex: A lógica é ciência
Oitava regra – duas premissas particulares não dão nenhuma conclusão, isto é, uma delas
deve ser universal. Ex: Alguns homens são felizes
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FIGURAS DO SILOGISMO
Alem das regras a observar no silogismo,as posições que os termos acupam num
silogismo cedo se apresentam ao pensamento humano, na sua forma lógica, como o
modelo de figura da razão que devem ser estudadas, os chamados silogismos clássivos.
Contudo o termo médio M, pode ser, quer sujeito ou predicado de cada premessa que
aparece. Tal questão deu origem a uma nova classificação dos silogismos: as quatro
figuras.
Premissa menor S - M S - M M - S M - S
Sujieto -termo médio Sujieto -termo médio termo médio - Sujieto termo médio - Sujieto
Assim a primeira vogal de cada modo ou nome de uma figura exprime a natureza
da ideia que pretende afirmar na premissa maior (PM); a segunda vogal de cada modo
mostra a ideia subjacente na premissa menor (pm); a terceira vogal de cada modo de uma
figura determina como ideia afirmada na PM, esta é posta na conclusão.
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Nos primeiros momentos da filosofia, Aristóteles deu origem a lógica descobrindo
o silogismo clássico ou categórico, aquele que formalmente é regular pelo facto de
empregar o modelo de três premissas e três termos.
São colocadas estas inquietações, porque não existe em áfrica, por razões diversas,
uma tradição secular, de fixação de conhecimento e trabalho filosófico convencional,
como é o caso Europeu. Dai a discução entre pensadores africanos contemporânios, no
sentido de difinir os moldes em que se assenta «a filosofia africna».
A questão que se traz, ao longo dos tempos, é o que se tem de filosofia em áfrica?
Quém o fez? de facto os pensadores da africa negra parecem concordar implicita ou
tacitamente com a visão dos pensadores do ocidente como (Kam, Hegel, Levy-Bhrul)
atravez da qual se postula que a África Negra não na efectivação de descobertas que
formaram campos de conhecimento como a história universal, atravez da capacidade
intelectual, isto õbra intelectual, pela ciência, tecnologia, a incapacidade que os africanos
teriam de fazer algo valioso.
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E sabe-se que o pensamento científico é aquele que começa a estudar as coisas da
natureza (base empirica) atravéz da razão (base reflexiva) desenvolveu-se; isto aconteceu
com filósofos gregos como Tales, Anaximandro, anaxímenes, designados filósofos pré-
socráticos porque antecederam no tempo Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles.
Por outro lado, a obra sobre filosofia bantu do P.ᵉ Placide Tempels publicada na
década de 40, no periodo da II Guerra Mundial, seguindo por obras como a do P.ᵉ Raul
de Asúa Altuna, sobre cultura tradicional bantu, seria o começo da teorização da
existência da filosofia Africana.
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Outros são ainda apontados, como os principios sociais da tradicional
hospitalidade africana, a partilha (a solidariedade mecanica), assim designada pelo
sociólogo Émile DurKheim. Princípios que podem demonstrados nas praticas das pescas,
alembamento, na caça colectiva etc.
Foi atravez desta lógica que permitiu, transferir a lógica da razão humana para a
lógica da informática, cibernética etc. A filosofia é universal, o seu estudo é comum a
todas as consciências e deve ser demonstrado.
De facto, uma fórmula gnoseológica africana foi de certa forma analizada pelo
africano Leopold S. Senhor, quando Descartes dizia « A razão Europeia é analítica por
utilização, ja a razão africana é intuitiva por participação ». Transformando o « penso
logo existo », num « vivo logo, existo » do africano, acrescentando que « a razão negra
não é discursiva, mas sintética, não é antagónica, mas simpatica ».
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Na essência da ciência jaz, a busca do conhecimento, mas sempre num sentido da
eficiência do utilitarismo científico e social da vida humana. O conecimento só se adquire
de facto, na relação que o homem estabelece com as coisas; o conhecimento é causa pela
qual as ciências se perpectuam na consciência humana.
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2.1 AS PRINCIPAIS CORRENTES DA FILOSOFIA AFRICANA
Tais ideias, por nascerem da infusão entre a imposição colonial e a reação dos
africanos, deram vida a tendências socialistas, nas quais se incluiam ideias
revolucionárias de igualdade, unidade, vitória.
2.1.1 PAN-AFRICANISMO
A unidade africana é de acordo com a época do início da «cisão», a ideia central
da ideologia política do pan-africanismo. Assim, dizer pan-africanismo ´´pan``, vem do
grego significa toda ou todo, e africanismo , quer dizer «unidade africana» ou mesmo
que dizer hoje união africana.
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Apartir da I Guerra Mundial, com a divisão dos territórios africanos, verificou-se
um crescimento da ideologia Pan-africanismo, atravez do lider africano do Gana, Kwame
Nkrumah, desenvolvendo actividade de protesto civil no Gana. Procurava-se a
restauração de África em todas as vertentes, pensando-se ser esta, a ideologia que iria
redefinir, alterar, recuperar os direitos e as tradições dos africanos.
2.1.2 A NEGRITUDE
A palavra negritude surgiu pela primeira vez com um grito em 1939 por Aimeé
Césaire. Este aconselhava os negros a regressarem em África, uma vez que a igualdade e
a liberdade dos negros no estrangeiro era impossivel, entendendo-se este regresso, como
um recuo cultural dentro do estrangeiro.
Cada negro na Europa devia ser uma parte específica do território africano,
coincidindo o seu mode ser, agir e pensar com os africanos de origem. A negritude é uma
comcepção ideológica através da qual se devem exaltar a civilização e os valores da
tradição africana, destintos de outras culturas.
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2.1.3 A ETNOFILOSOFIA
A espressão «etnofilosofia» deriva do grego, o termo de ethnos tem o sentido de
´´raça, tribo, nação ou povo``. A palavra etnofilosofia refere-se ao estudo do saber, do
conhecimento dos diferentes povos e sua visão do mundo.
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social do absolutismo através dos regimes monárquicos que estavam associados à ideia
do poder divino dos soberanos.
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TEMA – 3 . CONVIVÊNCIA POLÍTICA ENTRE OS HOMENS
Foi na grécia antiga, que os filosofos começaram falar de política, como Platão,
este sustentou a ideia de que a política deve ter na filosofia a sua base de reflexão, para
resolução de determinados fenómenos políticos, criação de sociedade com o fundamento
de que o homem não pode sobreviver só.
Aristóteles defendia que, o Estado tinha uma origem natural, isto é, o homem é já
(ao contrários de outros seres), político por natureza. Definiu o conceito de
«constituição» e descreveu a estruturação do Estado em três bases: a Monarquia, a
Aristocracia e a Democracia. Segundo Aristóteles, a aplicação indevida de uma destas
constituições por um mau governo, iria corromper-se; como por exemplo a aristocracia
aplicada por um mau governo resultaria em uma oligarquia.
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Outro filosófo que deu o seu contributo é Nicolau Maquiavel, pensador
renascentista, este fundamenta e apela a prática da acção imoral para manter o poder, na
sua obra «o príncipe».
O filósofo John Lock, inglês do século XVII, destiguiu em alguns dos seus
trabalhos o estado natural e estado social, criou o conceito de «contrato social» ou seja,
compromisso que os seres humanos fazem para se defenderem como comunidade,
renunciando alguns direitos naturais e se colocar a merçe de um governo.
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O filósofo inglês Bernard Williams (1929-2003) afirma que o objetivo da ética é
responder às questões: "Como viver?" ou "Qual é o modo de vida que conduz à
felicidade?". A moral, por outro lado, diz respeito aos deveres impostos pela sociedade,
como não roubar, não mentir, não matar etc.
Ao falarmos da ética e política, devemos ter em conta que a acção política não se
exerce apenas nas relações com o indivíduo e a comunidade, mas tambem desenvolve-se
no âmbito das relações de instituições, sem que a dimensão social se extinga, fazendo
com que a acção política seja questionada quanto a sua eficácia quer quanto ao respeito
dos valores morais.
Aristóteles dizia que, «o homem é por natureza um ser político», significando que
a dimensão política pertence e é parte essencial da natureza do humem e enerente ao seu
meio social. O homem não se realiza na sociedade se não for cidadão, que adquire direito
de participar na elaboração de léis e no exercício efectivo do poder público.
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e conservação deste, isto é, tem como objectivo a governação com as instituições do
Estado, de comando e coação com instrumentos e mecanismos; Num segundo nível está
centrada na participação directa ou indirecta na vida e nos modos de organização das
sociedades.
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As sociedades Multipartidárias ou pluripartidárias são aquelas que funcionam
segundo uma regra de destribuição de poderes, admitindo a existência de vários partidos
com diversos programas políticos. Os partidos são apresentados num parlamento ou
Assembleia nacional.
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Todos os cidadãos devem e podem participar da política, ficam excluidos
aqueles que se encontrem privados legalmente dos direitos e deveres políticos. Significa
dizer que todos podem fazer política apoiando ou opondo-se, independentimente das
diferenças de classe, raça,tribo, sexo ou religião.
Os actos e processos eleitorais tem sido uma das formas mais imortantes de
participação política dos cidadãos. Nas sociedades que adotem modelos democráticos, as
eleiçoes sãos os unicos meios para realização de mudanças profundas e estruturantes.
Existem três tipos eleições, tais como: eleições presidenciais, eleições legislativas e
eleições autárquicas.
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3.4.1-OS RISCOS DA DEMOCRACIA
Nas sociedades democráticas,os governos eleitos devem sempre prosseguir o
interesse da colectividade, promovendo o bem comum dos indivíduos pertencente aquela
sociedade, não sendo assim, a democracia é tomada de assalto pela demagogia «
demagogia – forma de actuação política que visa manipular o cidadão , com o intuito de
alcançar o poder».
Como sabe-se os regimes não democráticos, usam a força centralizada no poder para
impor a ordem, de forma violenta e negando as populações os seus direitos.
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Outro sim, é de considerar de que , a violência vem sendo determinada por um conjunto
de factores associados aos aspectos sociais ,antropológicos, psicológicos, sociológicos.
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