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kelvin
Quelimane
Maio de 2023
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kelvin
Quelimane
Maio de 2023
Índice
1. Introdução......................................................................................................................................3
1.1. Objectivos...................................................................................................................................3
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1.1.1. Geral.......................................................................................................................................3
1.1.2. Especifico...............................................................................................................................3
1.2. Metodologias..............................................................................................................................3
2. Aspectos da ética social, liberdade e responsabilidade social.........................................................4
2.1. Conceito de ética........................................................................................................................4
2.2. Ética social.................................................................................................................................5
2.3. Liberdade e responsabilidade moral...........................................................................................6
2.3.1. Responsabilidade moral..........................................................................................................7
2.4. Justiça e dever............................................................................................................................8
2.4.1. Justiça.....................................................................................................................................8
2.4.2. O Dever..................................................................................................................................9
2.5. Sansão e mérito........................................................................................................................10
2.5.1. Sansão..................................................................................................................................10
2.5.2. Mérito...................................................................................................................................11
3. Conclusão.....................................................................................................................................13
4. Bibliografia..................................................................................................................................14
1. Introdução
3
A ética pode ser abordada sob vários enfoques, no presente estudo se analisará a ética do ser
humano em seu aspecto social. O ser humano, por sua vez, é complexo e imprevisível. Áreas
do saber que dependem de opiniões e sentimentos muito dificilmente atingirão um estado de
reconhecimento universal, ou seja, um consenso entre os seres humanos. O comportamento
humano é imprevisível por causa da liberdade característica à espécie. O livre arbítrio
possibilita que uns decidam de uma maneira e outros, de maneira radicalmente diversa.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a Aspectos da ética social, liberdade e responsabilidade social
1.1.2. Especifico
Entender o conceito de ética;
Descrever a ética social;
Ilustrar liberdade e responsabilidade moral.
1.2. Metodologias
Para a realização deste trabalho e para o alcance dos objectivos pretendidos, recorreu-se a
varias pesquisas, sendo elas manuais, artigos científicos, algumas tomadas de nota, digitação,
impressão e encadernação.
Em consonância com este entendimento, discorrem Soares e Cruz1 (citados por Codo, 2002),
Antes mesmo do surgimento da Filosofia, os mitos já representavam uma tentativa de explicar
os fenómenos naturais e as condutas humanas. As histórias contadas por poetas como Homero
e Hesíodo mostravam grande preocupação com a formação ética e espiritual do homem,
descrevendo as mais diversas situações passadas na vida, e sempre enfatizando um modo de
viver baseado nas virtudes do homem, usando os mitos como forma de educar o povo.
Considerando parte da filosofia, Cortina (citados por Codo, 2002), assim a define: A ética é
um tipo de saber que se tenta construir racionalmente, utilizando para tanto o rigor conceptual
e os métodos e de análise e explicação próprios da filosofia. Como reflexão sobre as questões
morais, a ética pretende desdobrar conceitos e argumentos que permitam compreender a
dimensão moral da pessoa humana nessa sua condição de dimensão moral, ou seja, sem
reduzi-la a seus componentes psicológicos, sociológicos, económicos ou e qualquer outro tipo
(embora, obviamente, a Ética não ignore que tais factores condicionam de fato o mundo
moral).
Ante as definições pode-se chegar a uma reflexão de que ética se trata de uma ciência, e deste
jeito estabelece um dever, um compromisso e uma obrigação, tendo o comportamento
humano como seu alicerce próprio. A ética tem a incumbência elevada de balizar a conduta
humana a fim de que o homem individual ou colectivamente ajuste seus erros e valorize os
acertos contribuindo para uma sociedade justa, e equilibrada. Para MORIN existem três fontes
éticas do ser humano: a fonte interior, aquela que emana do espírito, a fonte exterior, que são
aquelas oriundas das experiências experimentadas no ambiente de sua vivência e as fontes
anteriores, as intrínsecas na memória biológica, por intermédio da ancestralidade genética de
cada ser, (Codo, 2002).
A ética analisada sob a óptica social, nada mais é do que a responsabilidade atribuída a cada
integrante da sociedade, pelo bem comum. Desse modo, o indivíduo deve pautar seu agir de
acordo com a ética complexa. “A ética complexa necessita daquilo que é mais individualizado
no ser humano, a autonomia da consciência e o sentido da responsabilidade”. A construção de
uma sociedade solidificada, justa e sustentável, depende da efectividade na aplicação da ética,
havendo, portanto, um vínculo inquestionável entre o grupo de indivíduos denominado
“sociedade” e a “ética, (Boff, 2003).
Sabe-se que, o ser humano é naturalmente sociável, o ato de viver isoladamente está longe das
origens do homem, todavia, a convivência deve ocorrer, de modo, a proporcionar bem-estar a
todos os seres que compartilham da mesma sociedade. “Mas não é apenas para viver juntos,
mas sim para bem viver juntos que se fez o Estado, sem o quê, a sociedade compreenderia os
escravos e até mesmo os outros animais. A Cidade é uma sociedade estabelecida, com casa e
famílias, para viver bem, isto é, para se levar uma vida perfeita e que se baste a si mesma.
Ora, isto não pode acontecer senão pela proximidade de habitação e pelos casamentos. Foi
para o mesmo fim que se instituíram nas cidades as sociedades particulares, as corporações
religiosas e profanas e todos os outros laços, afinidades ou maneiras de viver uns com os
outros, obra da amizade, assim como a própria amizade é o efeito de uma escolha recíproca,
(Boff, 2003).
O fim da sociedade civil é, portanto, viver bem; todas as suas instituições não são senão meios
para isso, e a própria Cidade é apenas uma grande comunidade de famílias e de aldeias em
que a vida encontra todos estes meios de perfeição e de suficiência. É isto o que chamamos de
uma vida feliz e honesta. A sociedade civil é, pois, menos uma sociedade de vida comum do
que uma sociedade de honra e de virtude, (Velho, 2021).
As escolhas nem sempre são fáceis e simples. Escolher é optar por uma alternativa e renunciar
à outra ou às outras. Não existe liberdade zero ou nula. Por mais escravizada que se ache uma
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pessoa, sempre lhe sobra algum poder de escolha. Também não há liberdade infinita, ninguém
pode escolher tudo. O ato livre é, necessariamente, um ato pelo qual se deve responder e
responsabilizar-se. Porque sou livre tenho que assumir as consequências de minhas acções e
omissões. Os animais irracionais não são livres, não são responsáveis pelo que fazem ou
deixam de fazer. Ninguém pode condenar um cavalo que lhe deu um coice. O animal não faz
o que quer e sim o que precisa ou o que se encontra determinado pelo instinto de
sobrevivência para que continue existindo, (Mackeivicz, 2012).
O conceito de justiça não pode ser definido ou delimitado em uma exacta e conclusiva
definição, semelhantemente ao que ocorre com as já mencionadas política e ética. É um tema
para o qual foram dedicadas, de acordo com Pacheco (2013), profundas meditações ao longo
dos milénios, mas que continua sendo uma categoria difícil de definir substancialmente e
carregada de metáforas e idealismo. Platão identificava justiça como sinónimo de virtude, ao
passo que Aristóteles amplia o conceito de Platão e o torna aplicável ao mundo real,
aproximando justiça e virtude sem torná-las sinónimos. A função da teoria da justiça,
portanto, está relacionada intimamente com a ética, pois ambas lidam com valores e
dependem do ser humano.
Em seus estudos, Aristóteles concluiu que a felicidade é a finalidade das acções humanas, e só
pode ser atingida através de acções boas. Ou seja, a felicidade é a atividade conforme a
virtude. De pouco serve o mero conhecimento: é preciso que o homem aja, reiteradamente, de
modo virtuoso, com a consciência de que o faz (Pacheco (2013).
Nader (2002), entende que o termo areté, empregado na obra original de Aristóteles e
comumente traduzido como “virtude”, significa “excelência”. De acordo com o filósofo
grego, a natureza nos dá a capacidade de receber virtudes e o hábito as aperfeiçoa, de modo
que adquirimos virtudes pelo exercício. Exercitando-as bem, tornamo-nos bons, ao passo que
exercitando-as mal, tornamo-nos maus.
Estas duas últimas formavam a justiça particular, e a primeira era a justiça geral. A justiça
social é aquela que busca a realização do bem comum através de uma relação onde o
indivíduo é devedor e a sociedade é credora, de modo que cada sujeito que integra a sociedade
civil contribui para que se alcance o bem da comunidade. Já a justiça distributiva diz respeito
à participação equitativa dos membros da colectividade no bem comum ou seja, a sociedade é
devedora e o indivíduo é credor, e cabe à sociedade política distribuir de forma justa os bens
públicos entre os cidadãos. A comunidade, observando uma igualdade relativa, distribui
proporcionalmente entre seus integrantes, de acordo com o seu mérito, a devida parte dos
bens (Nader, 2002.)
2.4.2. O Dever
Kant acreditava que a razão humana pode definir o que é certo ou errado. Por isso defende a
existência de uma ética universal. Aqui uma comparação com a física também é pertinente.
Essa disciplina é capaz de encontrar leis universais da natureza. A atracção gravitacional é um
exemplo. Tais leis são válidas em qualquer lugar e tempo. Kant acreditava que o mesmo seria
possível com a ética. A razão pode definir leis morais universais. Essa é uma ideia bastante
polémica, pois muitos filósofos negam que a razão possa dizer como devemos agir. Eles
afirmam que a razão tem um papel apenas instrumental na acção humana. Hume, por
exemplo, afirmou que “a razão é e deve ser a escrava das paixões, (Rodrigues, 2014).
Até então temos o seguinte quadro da ética de Kant. Podemos agir com base em nossos
desejos (ele chama isso de inclinações) ou com base na razão. O primeiro caso ocorre quando
fazemos algo porque desejamos; o segundo, quando é nosso dever moral fazer. Em resumo,
podemos agir com base no dever ou com base na inclinação. Essa teoria de Kant leva a
algumas consequências contra-intuitivas. Imagine que encontra uma pessoa na calçada tendo
um ataque cardíaco. Você sente compaixão pela pessoa e num instante liga para um serviço
de emergência médica. Nesse caso, você agiu com base numa inclinação. Agora imagine um
exemplo um pouco diferente. Suponha que você é uma pessoa fria, que não sente compaixão
nesse tipo de situação. Porém, decide ligar da mesma forma para o serviço de emergência
porque é nosso dever ajudar pessoas necessitadas. Nesse último caso, então, o motivo da sua
acção foi o dever moral. Naturalmente diríamos que as duas pessoas agiram correctamente.
No entanto, Kant faz uma distinção nesse caso. Ele não afirma que é errado agir com base na
inclinação. Fazemos isso o tempo todo. Porém, pensa que não devemos receber mérito por
isso. Diz que uma acção motivada por inclinação não tem valor moral, (Rodrigues, 2014).
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Até animais ajudam outros animais ou pessoas por inclinação. Você já deve ter visto histórias
de cachorros que adoptam um gatinho recém-nascido sem mãe ou que protege com a vida seu
dono. Embora bonitas e curiosas, tais acções são motivadas por inclinação e não tem valor
moral. Portanto, para Kant só tem valor moral aquelas acções que são praticadas porque isso é
nosso dever. Cabe agora entender como ele determina o que é nosso dever fazer ou não. E
essa é a razão porque a ética de Kant é chamada de ética do dever. Fazer a coisa certa é agir
com base em regras morais (imperativos categóricos) por que isso é o certo a fazer. Quando
ajudo uma pessoa necessitada porque esse é meu dever, então minha acção tem valor moral
para Kant, (Rodrigues, 2014).
Para encerarmos essa apresentação da ética de Kant temos que entender como a razão define
qual é nosso dever. Kant apresenta uma série de fórmulas do imperativo categórico para
definir se uma acção é correta ou não. Uma dessas fórmulas é chamada por ele de fórmula da
lei universal. A expressão parece complicada mas, a ideia por trás é bastante simples. Kant
está afirmando que uma acção é correta quando é possível querer que ela seja universalizada.
Universalizar aqui significa ser praticada por toda e qualquer pessoal, em qualquer tempo ou
lugar. Assim, se uma acção pode ser universalizada, pode ser considerada correta. Por outro
lado, se essa acção não pode ser universalizada, então ela deve ser considerada incorrecta,
(Rodrigues, 2014).
Para definir este termo devemos recorrer a dois conceitos que correspondem
fundamentalmente ao que se refere à ética. Neste sentido deve-se abranger ao conceito de
como uma acção humana pode reflectir na questão do comportamento ético de cada
indivíduo. No primeiro conceito deve-se saber que o termo sanções tem a ver com a ética e é a
consequência que pode ser agradável ou pode corresponder a um castigo a ser aplicado a uma
acção produzida de natureza moral, natural ou jurídica. Cada sanção tem à sua aplicação
correspondente dependendo do tipo de acção que ela provocou, ou seja, a sanção é derivada
do que acção pode provocar, (Zanelli, 2010).
Como segundo conceito, as sanções são consideradas como uma espécie de estímulo relativo
à conduta, ou seja, as sanções tem como resultado geral um estímulo positivo ou negativo de
acordo com a visão do sancionado que pode ser prazerosa ou dolorosa e servem como uma
espécie de estímulo nos dois casos. Baseados nestes dois conceitos, ou nestas duas formas de
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interpretar o significado do termo, as sanções tem sempre como objectivo corrigir algo, tanto
como uma recompensa como um castigo. Do ponto de vista moral a aplicação das sanções é
obrigatória dada à interpretação de que cada acção provoca uma reacção, neste caso de quem
aplica as sanções, (Zanelli, 2010).
Para melhor entendimento sobre o termo, deve-se ter esclarecido que existem vários tipos de
sanções que podem ir desde uma sanção de carácter físico, que, em termos morais, as sanções
são uma espécie de expiação que deve ser praticada pelo sancionado e que, não condizendo
com a própria moralidade é escasso de valores neste sentido, porém no referente ao ponto de
vista social, as sanções aplicadas tem o objectivo de dar uma resposta à sociedade quanto à
conduta dos cidadãos com a pretensão de dar exemplo aos demais, (Zanelli, 2010).
As sanções, de modo geral, têm como objectivo ensinar e orientar a conduta da sociedade com
respeitos às leis de um Estado e devem ser aplicadas a todos aqueles que têm um desvio de
conduta e com isso pode provocar danos a terceiros. Sem a aplicação das sanções se veria
complicado a aplicação das leis como forma de corrigir e de reformar, (Zanelli, 2010).
2.5.2. Mérito
Abre-se a oportunidade para ser conceituado o termo composto meritocracia, com a finalidade
de distinguir mérito de meritocracia, reforçando o fundamental deste trabalho. Na revista
Exame há uma definição sugerida: a palavra meritocracia vem do Latim, mereço, que
significa obter, merecer e pode ser definida como forma de actuação baseada no mérito, na
qual as posições hierárquicas e outras recompensas são conquistadas pelos colaboradores que
atingem os resultados esperados e apresentam no dia a dia de trabalho as competências de
liderança, técnicas e estratégias estabelecidas previamente pelas organizações. (grifo deste
autor), (Queiroz, 2021).
3. Conclusão
Compreende-se que Nesta senda, por mais que a ética e a moral se apresentem como institutos
distintos, não sendo adequado confundi-las, se encontram atreladas. Sobre esse assunto
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lecciona, ao dispor que “La ética no deve ser confundida com la moral pero tampouco puede
permanecer desligada de la moralidad positiva, de la que debe partir para corregirla y
modificarla”. Assim, é possível deduzir que o objeto da ética é a moral. É de se ressaltar que,
considerando a similaridade entre a moral e a ética, há quem não se preocupe com a distinção
dos institutos terminológicos, limitando-se apenas, a enfatizar a interdependência existente
entre eles.
Logo, se, por um lado, a moral se apresenta como um conjunto de regramentos e normas; por
outro, a ética é a ciência que estuda o conteúdo dessas referidas normas morais, isto é, o
comportamento moral dos seres humanos na vida em sociedade. Em razão dos aspectos
abordados, a dicotomia ética e moral, se dá em virtude de a ética ser transmitida ao indivíduo
e assim, passando a fazer parte deste, todavia, permanecendo sob seu critério a sua aplicação
ou não ao que avaliar justo, em contrapartida, a moral é apresentada por meio de norma ou
regramentos a serem cumpridos, e estão sujeitos a transformações com o tempo.
4. Bibliografia
Boff, L. (2003). Ética e moral: a busca dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes.
Codo, W. (2002). Conceito etica . In: LANE, S. T. M.; CODO, W. (Org.). Psicologia Social:
O homem em movimento. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989, p. 1952202.
Nader, P. (2002). Introdução ao estudo do direito. 21. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro :
Forense, 2002.
Pacheco, A. M. (2013). Formação humanística. 2. ed. Porto Alegre : Verbo Jurídico, 2013
Velho, M. S. (2021). A ética social como fator (in)dispensável para a construção de uma
sociedade sustentável. Itajaí-SC, março