Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Colectânea de questões em hidrogeografia

Nome da Estudante: Estefânia Alberto

Turma A, 2º grupo

Curso: Geografia
Disciplina: Hidrogeografia
Ano: 2º
Código do estudante: 708202114
Docente: Hélder Nélio

Nampula, Julho de 2021

0
 Folha de feedback

Categoria Indicadores Padrões Pontuaçã Nota Subtotal

o máxima do tutor
Estrutura Capa 0,5
Índice 0,5
Introdução 0,5

Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Conteúdo Introdução Contextualização (indicação 1,0
clara do problema)
Descrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada ao 1,0
objecto do trabalho
Analise e Articulação e domínio do 2,0
discussão discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência, coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional 2,0
e internacional relevante na
área de estudo
Exploração dos dados 2,0

Conclusão Contributo teórico e prático 2,0

Aspectos Formatarão Paginação, tipo e tamanho de 1,0
gerais letra
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4,0
Bibliográfic educação em citações, referências
a citações bibliográficas
bibliográficas

1
Índice

Folha de feedback..............................................................................................................1
Introdução..........................................................................................................................3
Contextualização...............................................................................................................4
Definição...........................................................................................................................5
1. Hidrogeologia................................................................................................................5
2. Origem e características dos oceanos............................................................................6
3. Movimento dos oceanos................................................................................................7
3.1. Os elementos de uma onda.........................................................................................7
4. O fundo dos oceanos.....................................................................................................8
5. A vida nos oceanos e sua importância...........................................................................8
Conclusão........................................................................................................................10
Referencia Bibliográfica..................................................................................................11

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Introdução

Diante de toda essa extensão aquática, a hidrogeografia realiza o estudo da morfologia

das águas oceânicas, a distribuição da água doce na superfície terrestre, a geomorfologia
fluvial, as regiões hidrográficas, a formação e características dos rios, além do uso das
águas para geração de energia eléctrica. A Hidrogeografia é um ramo da Geografia
Física voltado para o estudo das águas do planeta, no tocante a sua circulação, uso
humano, distribuição geográfica e funções, as ciências que actuam em conjunto com a
Hidrogeografia:

o Geologia,
o Climatologia, (estuda as transformações climáticas e seus impactos sobre o meio
ao longo do tempo. Diferente da meteorologia, não se restringe a estudar
somente o tempo, mas o clima como um todo)
o Geomorfologia, (é área da Geografia que estuda as formas de relevo e suas
dinâmicas. É uma área interdisciplinar, sendo também uma filiação da Geologia)
o Oceanografia, (é o ramo que se ocupa pelo estudo dos mares e oceanos, suas
bacias, propriedades físicas e químicas, dinâmicas e a sua distribuição
geográfica), Ecologia e Ciências Ambientais.

O presente trabalho fala sobre uma colectânea de questões em hidrogeografia, com

objectivo de explicar a origem dos oceanos, as forças que mantém constante o
movimento dos oceanos, a água dos oceanos, o fundo dos oceanos, a vida nos oceanos e
a importância dos oceanos.

Estrutura do trabalho:

o Capa,
o Feedback,
o Índice,
o Introdução,
o Contextualização
o Definição
o Desenvolvimento,
o Conclusão

3
 o Referência bibliográfica
Contextualização

Os mais antigos trabalhos de drenagem e irrigação em larga escala são atribuídos ao

Farão Menes, fundador da primeira dinastia egípcia que barrou o rio Nilo próximo a
Menphis, com sua barragem de 15 metros de extensão de aproximadamente 500metros
para alimentar o canal de irrigação.

De acordo com Lopes (2016, p. 24), hidrosfera é a camada líquida da terra, faz parte, as
águas dos oceanos e mares, as continentais superficiais (rios, lagos, lagos e pântanos) e
subterrâneas.  A repartição da massa sólida e líquida é desigual dos 510 milhões de
Km2 da superfície total da terra, 361 milhões de Km 2 ou seja 71%, correspondente a ¾
da superfície total da terra são ocupadas por águas e apenas 149 milhões de Km 2,
correspondente a ¼ da superfície total, ocupada por massa sólida (continentes e ilhas).
As águas ocupam a maior parte do que a massa sólida.

A ciência que se ocupa pelo estudo da hidrosfera dá-se o nome de Hidrogeografia.

Entretanto, a hidrogeografia divide-se em três ramos, a saber, (LOPES, 2016, p. 14):

o Oceanografia, é o ramo que se ocupa pelo estudo dos mares e oceanos, suas
bacias, propriedades físicas e químicas, dinâmicas e a sua distribuição
geográfica,
o Potamogeografia – estuda as águas superficiais e subterrâneas,
o Limnogeografia – estuda rios, pântanos e lagos.

As águas dos oceanos e mares formam grandes extensões de água salgada que separam
continentes e ilhas. A sua profundidade média é de 3 800 km.

As maiores extensões de água são salgadas, e são designadas por oceanos e mares
quando se aproximam das terras insinuando-se nas reentrâncias (golfos e baias) e nas
saliências (penínsulas, pontas e cabos).

Partindo da observação dos dois hemisférios, pode-se concluir que o hemisfério sul é
marítimo em oposição ao hemisfério norte que é continental, quer dizer no hemisfério
norte localiza-se a maior parte das massas continentais e no hemisfério sul as grandes
massas oceânicas.

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Neste contexto, se todo globo terrestre fosse nivelado, a terra ficaria submersa sob uma
camada de água com 2440 m de espessura.

No hemisfério sul 82% da superfície é ocupada pelos oceanos e 18% pela massa
continental, enquanto hemisfério norte 60% por oceanos e apenas 40% por massa
continental.

Os oceanos separam grandes massas continentais e, em certos locais, apresentam

grandes profundidades superiores a 6 000 metros, conhecidas por fossas marinhas.

As fossas são zonas de grande profundidade que existem nos mares e oceanos. Por
exemplo: A fossa das Marianas e Filipinas (as mais profundas do mundo, com mais de
10 000 m de profundidade), fossa de Japão, de Java, Sandwich, de Porto Rico, Aleutas,
Kermadec, de Curilas, Challenger, entre outros.

De uma forma geral, existe três (3) principais oceanos. Oceano Pacifico (maior),
Atlântico e o Indico.

Definição

1. Hidrogeologia

Matos at al (s/d) sustenta que, Hidrogeografia é o ramo da Geografia que faz a

referencia dos estudos sobre toda a água existente na superfície terrestre, como lagos,
oceanos, rios, mares, além das águas subterrâneas.

De acordo com Nakata at al (s/d), Hidrogeografia estuda a dinâmica superficial das

águas, procurando entender a sua distribuição, a dinâmica dos cursos da água e as
técnicas de aproveitamento e conservação dos recursos hídricos.  

WIlson, (2007), perspectiva que, a Hidrogeografia é um ramo da Geografia Física

voltado para o estudo das águas do planeta, no tocante a sua circulação, uso humano,
distribuição geográfica e funções.

Hidrogeologia é a ciência que estuda as características físicas das águas continentais,

oceânicas e subterrâneas, Lopes (2016, p. 34). A Hidrogeografia é a ciência geográfica
que estuda a hidrosfera que ocupa 70% da superfície total do planeta Terra numa área

5
de aproximadamente 371.1 milhões de km2. A água distribui-se em oceanos, rios, lagos,
lençóis subterrâneos e outras quantidades na atmosfera.

Nas ideias de Lopes (2016, p. 39), a hidrografia é o ramo da geografia física que estuda
as águas do planeta, abrangendo portanto rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do
subsolo e da atmosfera.

Segundo WIlson, (2007), os hidrógrafos são os profissionais que estudam a hidrografia

do planeta, analisam e catalogam as águas navegáveis de todo o mundo, elaborando
cartas e mapas que mostram em detalhes a formação dos canais, a profundidade das
águas e a localização dos canais, bancos de areia, correntes marítimas, entre outros. Os
hidrógrafos também são responsáveis por estudar a influência dos ventos no ritmo das
águas e das marés.

2. Origem e características dos oceanos

WIlson, (2007), afirma que, os dados disponíveis mostram que as águas dos oceanos
surgiram no processo de fusão das rochas existentes na crusta terrestre. Dos processos
vulcânicos, desprende-se a água e terá sido assim, no início que se formaram os actuais
oceanos. Este processo continua até aos nossos dias com o fornecimento da água
juvenil.

Entretanto, o volume das águas oceânicas não aumentam por causa das perdas de
partículas de água para o espaço interplanetário pois a água é dissolvida pela luz solar
nas altitudes mais elevadas e uma parte das moléculas de hidrogénio escapam da
atmosfera. Este volume de perdas é compensado pelas águas provenientes do processo
de formação da água juvenil.

Mesmo havendo algumas dúvidas sobre o processo da formação inicial da água, esta
teoria é uma base segura para futuros estudos sobre a origem das águas oceânicas.
As condições que caracterizam as águas dos oceanos são: salinidade, temperatura,
densidade, pressão, transparência, cor e gases dissolvidos.

Lopes (2016, p. 44), sustenta que, salinidade é a quantidade de sais dissolvidos contidos
num quilograma de água. A salinidade média da água do mar é de 36‰ ou seja em cada
1000 grama da água do mar contém em média 36 gramas de sais dissolvidos.

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3. Movimento dos oceanos

As águas dos oceanos não estão em repouso, elas encontram-se em movimento por meio
de ondas, marés e correntes marítimas.

No entanto, as ondas são movimentos oscilatórios das águas dos oceanos e mares

provocados pela acção de ventos.

Há dois tipos de ondas, (NAKATA, s/d):  

o As ondas transversais,
o Oscilatórias.

As ondas transversais consistem no deslocamento da massa líquida de encontro ao

litoral. As ondas oscilatórias são aquelas em que a massa oceânica não é deslocada, isto
é, só existe o movimento circulatório das águas. São do tipo de ondas que se verifica no
alto mar.

3.1. Os elementos de uma onda

Os principais elementos de uma onda são, (NAKATA, s/d):

o Crista  – é a parte superior de uma onda,

o Cava  – é a parte inferior de uma onda
o Altura de onda  – é a distância na vertical entre a crista e cava ou seja a
amplitude entre crista e cava.
o Comprimento de onda  – é a distância na horizontal entre as duas cristas.
o Marés são movimentos de avanço ou recuo alternado no mar em relação a costa.
Também se pode considerar como movimento periódico na vertical das águas
dos oceanos em direcção a costa ou litoral e alto mar. Este movimento é
provocado pela atracção da lua e do sol sobre a terra. Num certo período, o nível
do mar baixo é baixa maré ou maré-baixa e, num outro período a maré sobe
é maré alta ou preia mar.

Matos (s/d), perspectiva que, as correntes marítimas é o movimento na horizontal de

grandes massas de água salgada que circulam nos oceanos na mesma direcção.

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As correntes marítimas podem ser:
o Frias,
o Quentes.

As correntes frias são as que têm origem nas latitudes polares (altas latitudes) e se
deslocam dos pólos para o equador. Por exemplo:  As correntes frias de Benguela,
Califórnia e de Humboldt.

As correntes quentes são as que têm origem nas baixas latitudes (equador) e se
deslocam do equador para os pólos. Por exemplo:  As correntes quentes do Canal de
Moçambique, do Golfo e de Curo-sivo.

As correntes marítimas exercem grande influência na distribuição da temperatura, quer

dizer estabelece um equilíbrio térmico só para elucidar certos aspectos, as correntes
quentes transportam grandes massas de água quente para as zonas polares, elevando a
temperatura enquanto as frias transportam grandes massas de água fria para as zonas
equatoriais, assim suavizando a temperatura nesta parte do globo, (WILSON, 2017).

As correntes marítimas trazem consigo grandes cardumes (peixes) que é a fonte de

riqueza para a população que se dedica as actividades piscatórias. Entretanto, as
correntes marítimas quentes são húmidas enquanto as frias são secas.

4. O fundo dos oceanos

Os maiores oceanos do mundo são, (WILSON, 2017):

o Oceano pacifico com cerca de 179.700.000 quilómetros quadrados,

o Oceano atlântico com cerca de 106.100.000 quilómetros quadrados,
o Oceano Índico com cerca de 73.556.000 quilómetros quadrados.

5. A vida nos oceanos e sua importância

o Lopes (2016, p. 66), assegura que, a vida dos oceanos é abundante portanto, é
uma fonte de reserva alimentar para o homem;
o Pode-se extrair água doce nas regiões áridas ou desérticas, temos o caso de Israel
que usa para o consumo doméstico e industrial através da dessalinização da água
do oceano;

8
 o Os oceanos são grandes reservas de petróleo, gás natural e outros produtos
energéticos. De salientar que mais da metade das reservas de petróleo estão nos
e oceanos.
o O oceano é fornecedor de produtos como Iodo, Magnésio, Potássio, Cloreto do
sódio (sal da cozinha) entre outros elementos químicos.
o Os oceanos ligam diversos continentes através das navegações no sector de
transportes e comunicações no planeta.

Pratica-se várias actividades tais como, (LOPES, 2016, p. 76):

o Piscatórias,
o Turismo,
o Recreação
o Desporto como (natação, vólei, pesca e outras modalidades desportivas)

9
Conclusão

Portanto, a história sobre o estudo da água surge, obviamente, depois do processo da sua
formação, no processo de percurso histórico das águas, numa perspectiva mais
científica, há que destacar o contributo dos gregos que foram os primeiros filósofos que
estudaram seriamente a hidrologia, com Aristóteles sugerindo que os rios eram
alimentados pelas chuvas.

o A hidrogeografia possibilita a elaboração de planejamentos para o uso racional

dos recursos hídricos,
o Entender a dinâmica hídrica em determinas regiões,
o Contribuir para o estudo de projectos de exploração do potencial energético de
rios e construção de usinas hidroeléctricas,
o Actuar com informações e conhecimentos para a preservação do meio ambiente,
principalmente no que se refere aos biomas aquáticos.

Portanto, o planeta é formado por mais de 97% de água e compreende um volume de

aproximadamente 1.400.000.000 km³. Sendo assim, a hidrogeografia é a responsável
por analisar os diversos aspectos de toda essa água, como a formação e características
dos rios, a geomorfologia, a distribuição da água doce, a morfologia das águas
oceânicas, a geomorfologia fluvial, as bacias hidrográficas, entre outros.

A sua relevância resulta, principalmente, da contribuição para a realização de projectos

de potencial energético, como a construção de usinas, da elaboração de planejamentos
para o uso racional de recursos hídricos e do conhecimento sobre questões ligadas ao
biomas aquáticos.  

10
Referencia Bibliográfica

LOPES,  Adriana.  Hidrogeografia;  Guia Estudo.  São Paulo. Brasil. 2016

MATOS. M. Lúcia Santos. A. E. Ramalho. M. Helena. Ramalhão. A terra planeta
dinâmico, editora ASA (s/d)
NAKATA. Hirome, at al. geografia geral, 1ª edição editora moderna, s/d
WILSON, Felisberto.  G11 - Geografia 11ª Classe.  2ª Edição. Texto Editores, Maputo,
2017.

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