Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Aplicações do Geoprocessamento no Ordenamento Territorial na área de Saúde

Juvêncio Morais Subuhana: 71210304

Quelimane, Março de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em ensino de Geografia

Aplicações do Geoprocessamento no Ordenamento Territorial na área de Saúde

Trabalho de campo a ser submetido


a coordenação de curso de
licenciatura em ensino de Geografia
da UniSCED

Tutor: MSC: Camane José Manuel

Juvêncio Morais Subuhana: 71210304

Quelimane, Março de 2023


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.1.1. Objetivo geral ............................................................................................................ 3
1.1.1.1. Objectivos específicos ............................................................................................... 3
2. Conceito de Geoprocessamento ............................................................................................ 4
3. Aplicações do Geoprocessamento no Ordenamento Territorial na área de Saúde ................ 5
4. Conclusão .............................................................................................................................. 8
5. Referência bibliográfica ........................................................................................................ 9
1. Introdução

Geoprocessamento influencia de maneira crescente as áreas de Geografia,


Cartografia, gestão de recursos naturais, transportes, comunicações, energia, bem
como o planeamento urbano e regional.

As atividades que envolvem o geoprocessamento são desenvolvidas por


sistemas específicos, os quais são identificados como Sistemas de Informação
Geográfica (SIG), aplicativos capazes de reunir e vincular objetos gráficos a
estruturas de banco de dados, permitindo a realização de complexas análises
espaciais.

O presente trabalho debruça-se em torno das Aplicações do Geoprocessamento no


Ordenamento Territorial, que serve de trabalho de campo na cadeira de
geoprocessamento, no curso de Licenciatura em ensino de Geografia, 3º Ano. Em
concernente a elaboração do mesmo, usaram-se vários artigos publicados na internet,
livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objetivo geral
 Analisar as Aplicações do Geoprocessamento no Ordenamento Territorial
na área de Saúde.
1.1.1.1.Objectivos específicos
 Conceituar geoprocessamento;
 Descrever as aplicações do Geoprocessamento no ordenamento territorial
na área de Saúde.

3
2. Conceito de Geoprocessamento

Segundo Davis (2003), estabelece que “Geoprocessamento é um termo amplo,


que engloba diversas tecnologias de tratamento e manipulação de dados geográficos,
através de programas computacionais”.

Davis (2003, p. 45), afirma que:

“Dentre essas tecnologias, destacam-se: o sensoriamento remoto, a digitalização


de dados, a automação de tarefas cartográficas, a utilização de Sistemas de
Posicionamento Global (GPS) e os Sistemas de Informações Geográficas. Ou
seja, o SIG é uma das técnicas de geoprocessamento, a mais ampla delas, uma
vez que pode englobar as demais, mas nem todo geoprocessamento é um SIG”.

Segundo Andrade (1998, p. 13), estabelece que “o Geoprocessamento pode ser


considerado como o conjunto de tecnologias que integram as fases de coleta,
processamento e uso de informações relacionadas ao espaço físico, seus cruzamentos,
análises e produtos”.

Andrade (1998, p. 15), enfatiza que:

“Tendo em vista a evolução da informática, com o consequente aumento da


capacidade de processamento e sofisticação dos sistemas e programas, a
tecnologia de Geoprocessamento cada vez mais amplia o seu espaço de
utilização, particularmente nas prefeituras, onde sua aplicação pode atingir as
áreas mais diversas, como ordenamento e gestão do território, otimização de
arrecadação, localização de equipamentos e serviços públicos, identificação de
público-alvo de políticas públicas, gestão ambiental, gerenciamento do sistema
de transportes e gestão da frota municipal”.

Na perspectiva de Carvalho (2001, p. 17), afirma que “O Geoprocessamento é um


sistema de informação que representa o mundo real através de dados georeferenciados
verificando cenários e estratégias de planeamento da superfície terrestre”.

Para os dados estarem georeferenciados deve apresentar características específicas


para o posicionamento espacial dos dados pela utilização de sistemas de referência,
coordenadas e de projeção cartográfica.

4
Segundo Cruz (1999, p. 27), estabelece que “Um dos primeiros exemplos de
aplicação do geoprocessamento aconteceu, em 1854, na cidade de Londres quando doutor
Jonh Snow resolveu espacializar a localização dos doentes de cólera e dos poços de água
(naquele tempo, a fonte principal de água dos habitantes das cidades) devido a uma grave
epidemia de cólera que acontecia naquela cidade”.

Cruz (1999, p. 28), diz que “Assim, ele percebeu que a maioria dos casos estava
concentrada em torno do poço da “Broad Street” e ordenou a sua lacração, o que
contribuiu em muito para debelar a epidemia. Este caso forneceu evidência empírica para
a hipótese (depois comprovada) de que a cólera é transmitida por ingestão de água
contaminada”.

Essa constatação só foi permitida pelo fato dos dados estarem espacializados,
assim ele pode correlacionar os doentes com os poços de água, se estes dados estivessem
organizados em tabelas ou relatórios dificilmente ele poderia ter tirado esta conclusão.

Cruz (1999, p. 32), estabelece que “A utilização do geoprocessamento é de suma


importância para a tomada de decisões sobre os problemas rurais, urbanos e ambientais,
por se tratar de uma tecnologia que apresenta grande potencial para o conhecimento e
análise do espaço geográfico”.

3. Aplicações do Geoprocessamento no Ordenamento Territorial na área de


Saúde

Segundo Duarte (1992, p. 67), afirma que “Para que uma sociedade seja capaz de
avaliar seu próprio progresso, necessita de um suporte de informação que seja adequado
para apoiar a decisão política acerca do desenvolvimento, e acompanhar o impacto das
atividades no contexto socio ambiental”.

Duarte (1992, p. 68), enfatiza que “O sistema de indicadores de sustentabilidade,


que orienta todo o processo, deve ser absolutamente transparente, de fácil entendimento,
capaz de gerar comunicação na sociedade e fornecer informações adequadas para a
tomada de decisão”.

“Em muitos países, diversos fatores, entre os quais são ressaltados a limitação de
recursos e o processo de descentralização dos serviços de saúde, exigem que os
responsáveis por programas sociais e de saúde sejam mais efetivos na tomada de
decisões” (Duarte, 1992).

5
Para isso precisam dispor de sistemas de informações confiáveis que permitam
identificar áreas e populações com maiores necessidades de saúde não cobertas, de
maneira que as intervenções sejam focalizadas nestes grupos prioritários.

Segundo OPAS (2002), afirma que “Com uma concepção epidemiológica


integral, o acesso aos computadores pessoais e os avanços em informática e
telecomunicações, é agora mais viável conseguir que os atuais sistemas de informação
dos serviços de saúde operem de maneira mais efetiva e eficiente”.

OPAS (2002), enfatiza que “Os Sistemas de Informação Geográfica são


ferramentas computadorizadas que possibilitam o manejo, o processamento e a análise de
informações, permitindo integrar grandes quantidades de dados de fontes diversas em
mapas, gráficos e quadros”.

Isso significa que os SIG permitem o processamento múltiplo de dados que


normalmente exigem a utilização de dois ou três programas computadorizados. Nesse
contexto, os SIG podem ser considerados como uma das mais efetivas tecnologias
existentes para facilitar os processos de informação e tomada de decisões em saúde
pública.

Segundo RIPSA (2000), afirma que “as aplicações do SIG na área da saúde têm
se destacado nos seguintes campos”:

 Vigilância Epidemiológica: a análise da distribuição espacial de agravos


possibilita determinar padrões de situação de saúde de uma área,
evidenciar disparidades espaciais que levam à delimitação de áreas de
risco para mortalidade ou incidência de eventos mórbidos. É possível
mapear indicadores básicos de saúde, mortalidade, doenças de notificação
compulsória e analisar acidentes relacionados ao trabalho. Através da
analise da difusão e exposição de agentes específicos pode-se gerar e
analisar hipóteses de investigação. Também é possível planejar e
programar atividades de prevenção e controle de doenças em grupos
homogêneos segundo determinado risco, monitorar e avaliar intervenções
direcionadas.
 Avaliação de Serviços de Saúde: este campo pode ser dividido em: análise
da distribuição espacial de serviços de saúde; planejamento e otimização
de recursos de saúde (modelos de locação-alocação); estudo de

6
acessibilidade (física, econômica, social, étnica, psicológica) e utilização
de serviços de saúde. Através da análise do fluxo de pacientes é possível
definir áreas de onde provém a demanda que busca determinado recurso
de saúde.
 Urbanização e Ambiente: a urbanização tem sido um fator predominante
no estabelecimento humano em escala mundial. As cidades têm sido
estudadas em termos da ecologia urbana de doenças. Particularmente em
países em desenvolvimento, os moradores de cidades vivem em diferentes
condições ambientais como moradia, emprego, estilo de vida, dieta, entre
outros. A poluição, superpopulação, estresse e pobreza afetam a saúde
humana nas cidades. O espaço, produzido socialmente, exerce pressões
econômicas e políticas sobre a sociedade, criando condições diferenciadas
para sua utilização por grupos sociais.

Segundo Opas (2002), estabelece que:

“Na metodologia do enfoque de risco proposta pela OMS, o objetivo é a detecção


de grupos populacionais prioritários para alocação de recursos de saúde,
aumentando a eficiência da aplicação de recursos públicos em países não
desenvolvidos economicamente. As fontes de risco neste caso são amplas,
envolvendo atributos individuais e aspectos socioecológicos”.

“Planeamento, monitoramento e avaliação de programas, estudo do contexto


socioeconômico, vigilância em saúde e as demais atividades essenciais à reorientação das
ações do setor de saúde são beneficiadas pela incorporação da distribuição espacial dos
eventos” (OPAS, 2002).

Segundo OPAS (2002), afirma que “Uma outra vantagem no uso do


geoprocessamento diz respeito à facilidade de manutenção do banco de dados, pois as
ferramentas existentes permitem uma atualização individual, ou sob forma de grandes
grupos de informações”.

Opas (2002), estabelece que “O geoprocessamento pode ser aplicado de várias


formas ainda, como, por exemplo, a associação imediata entre quaisquer fatores presentes
no banco de dados gerado, o que dinamizaria as investigações pertinentes e as possíveis
tomadas de decisão por parte dos órgãos responsáveis pela saúde local”.

7
4. Conclusão

No que concerne ao término do trabalho, conclui-se que O Geoprocessamento é


um sistema de informação que representa o mundo real através de dados georeferenciados
verificando cenários e estratégias de planeamento da superfície terrestre. Para os dados
estarem georeferenciados deve apresentar características específicas para o
posicionamento espacial dos dados pela utilização de sistemas de referência, coordenadas
e de projeção cartográfica.

Conclui-se que são vantagens do geoprocessamento na área de saúde os seguintes:


Planeamento, monitoramento e avaliação de programas, estudo do contexto
socioeconômico, vigilância em saúde e as demais atividades essenciais à reorientação das
ações do setor de saúde são beneficiadas pela incorporação da distribuição espacial dos
eventos. Uma outra vantagem no uso do geoprocessamento diz respeito à facilidade de
manutenção do banco de dados, pois as ferramentas existentes permitem uma atualização
individual, ou sob forma de grandes grupos de informações.

O geoprocessamento pode ser aplicado de várias formas ainda, como, por


exemplo, a associação imediata entre quaisquer fatores presentes no banco de dados
gerado, o que dinamizaria as investigações pertinentes e as possíveis tomadas de decisão
por parte dos órgãos responsáveis pela saúde local.

8
5. Referência bibliográfica
1. Andrade, J. B. (1998). Geoprocessamento. Curitiba
2. Carvalho, M. S. (2001). Cadernos de Saúde Pública. São Paulo
3. Cruz, C. (1999). Conceitos e divisão de cartografia. Rio de Janeiro
4. Davis, C. (2003). Os choques do Geoprocessamento. São Paulo
5. Duarte, C. (1992). Qualidade de Vida e Indicadores de Saúde. Rio de
Janeiro
6. Opas. (2002). Sistemas de Informação Geográfica em Saúde. São Paulo

Você também pode gostar