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Abril de 2021
ÍNDICE
Páginas
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................i
DECLARAÇÃO.........................................................................................................................ii
DEDICATÓRIA........................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................iv
RESUMO ..................................................................................................................................v
CAPITULO I..............................................................................................................................7
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................7
1.1. Problematização..............................................................................................................8
1.3. Objectivos........................................................................................................................9
CAPITULO II...........................................................................................................................12
2. MARCO TEÓRICO..........................................................................................................12
7
3.1.2. Quanto aos métodos e forma de abordagem..........................................................17
3.2.1. População...............................................................................................................18
3.2.1. Amostra..................................................................................................................18
3.5- Questionário...............................................................................................................19
3.5 - Entrevista...................................................................................................................19
CAPITULO IV..........................................................................................................................21
CAPITULO V...........................................................................................................................28
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES...........................................................................28
5.1. Conclusão......................................................................................................................28
5.2. Recomendações.............................................................................................................29
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................30
7. APÊNDICES.........................................................................................................................32
i
LISTA DE FIGURAS Página
ii
DECLARAÇÃO
O presente trabalho foi realizado pela autora na Universidade Católica de Moçambique em 2021.
Este trabalho é da sua autoria excepto para as citações que aqui foram referenciadas. Nunca foi e
nunca será submetido a nenhuma outra Universidade. Nenhuma parte deste trabalho deverá ser
reproduzida sem a permissão do autor ou da Universidade Católica de Moçambique.
Nome da Autora
__________________________________
Data: ___________________________
Supervisor
__________________________________
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço à Deus por me ter iluminado e ter-me dado a oportunidade, de estar
diante dos estudantes do curso de Licenciatura em Ensino de Geografia.
De seguida, agradeço ao Dr. Janotas do Rosário Nativo, meu supervisor, pela maneira sábia e
paciente com a qual prestou-me durante a realização desta monografia.
Agradeço ainda aos meus colegas do curso em geral pelo acolhimento e amizade prestada durante
esta longa caminhada, assim como a todos que directas ou indirectamente me ajudaram.
A todos estes vão os meus sinceros agradecimentos, pois, contribuíram para que este sonho se
torna-se uma realidade.
v
RESUMO
Este trabalho de culminação de curso tem como tema « O Impacto do Comércio Informal na Vila
Sede- Morrumbala, Período de 2018- 2020». O mesmo teve como objectivo principal analisar o
impacto do comércio informal na vila Sede – Morrumbala. A pesquisa foi desenvolvida num
contexto em que devido a falta de emprego a maioria da população da vila Sede de Morrumbala
em especial e no país em geral recorrem ao comércio informal como fonte de arrecadamento de
sustento nas famílias Moçambicanas em geral em Morrumbala em especial, tem sido alavanca de
desenvolvimento da vila. Neste estudo escolheu-se a pesquisa qualitativa, e quanto as técnicas de
abordagem recorreu-se a pesquisa bibliográfica. Para recolha de dados recorreu-se à entrevista, a
observação e o questionário. O estudo concluiu que verificou-se que igualmente com as várias
partes do pais a maioria dos comerciantes informais são jovens que não tiveram a oportunidade de
continuar com os seus estudos, seja para ingressar o nível superior ou técnico profissional,
optando pelo comércio informal como forma de vencer a pobreza e sustentar as suas famílias.
Percebemos também que no comércio informal as mulheres encontram alternativas para o
trabalho, pois, durante o inquérito para este estudo foi possível observar que alguns vendedores,
em muitos casos mulheres que exercem a actividade há algum tempo, possuem carros pessoais
para o transporte da sua mercadoria, ostentam colares, brincos e pulseiras de ouro, o que dá
visibilidade à sua prosperidade e estatuto comparativamente com os outros agentes que operam no
mesmo mercado.
vi
ABSTRACT
This culmination of the course has the theme «The Impact of Informal Trade in Vila Sede-
Morrumbala, 2018-2020 Period». The main objective was to analyze the impact of informal
commerce in the village of Morrumbala. The research was carried out in a context in which, due to
the lack of employment, the majority of the population of the village of Morrumbala, in particular
and in the country in general, resort to informal commerce as a source of livelihood in
Mozambican families in general in Morrumbala in particular. been a lever for the development of
the village. In this study, qualitative research was chosen, and as far as the approach techniques
were concerned, bibliographic research was used. For data collection, the interview, observation
and questionnaire were used. The study concluded that it was found that also with the various
parts of the country the majority of informal traders are young people who did not have the
opportunity to continue with their studies, either to enter higher education or professional
technical level, opting for informal commerce as a way to overcome poverty and support their
families. We also noticed that in informal trade women find alternatives to work, because during
the survey for this study it was possible to observe that some salespeople, in many cases women
who have been in business for some time, own personal cars to transport their goods , sport gold
necklaces, earrings and bracelets, which gives visibility to their prosperity and status compared to
other agents operating in the same market.
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CAPITULO I
1. INTRODUÇÃO
Entretanto, este trabalho tem como tema: O Impacto do Comércio Informal na Vila Sede-
Morrumbala, 2018- 2020.
Este trabalho está estruturado da seguinte maneira: A primeira parte encontra-se a Introdução,
o Tema, a Delimitação do Tema, Delimitação Temporal, o Enquadramento do Tema, a
formulação de Problema, a Justificativa, os Objectivos dos quais subdivide-se em Objectivo
Geral e Específicos. Na Segunda parte encontramos o Enquadramento Teórico ou Conceptual,
a Terceira parte é composta pelas Metodologias que foram usadas para a realização da
pesquisa, Cronograma das Actividades, Recursos e por fim a Conclusão e as Referências
Bibliográficas.
No que diz respeito a natureza desta pesquisa, ela é qualitativa e a forma de abordagem
bibliográfica.
1.1. Problematização
Não se pode olhar para o comércio informal como um sector totalmente independente, e sem
alguma interacção ou relação com o sector formal ou com a economia formal; estes dois
sectores relacionam – se mutuamente na medida em que o comércio informal pode – se
sustentar da economia formal estabelecendo relações e reforço mutuo.
O surgimento de novas expressões desse fenómeno foi responsável por alargar ainda mais
essas actividades informais, possibilitando que o trabalho de estágio e o comércio
ambulante fossem incorporados à gama heterogénea das actividades informais (Krein;
Proni, 2010).
Diante desse contexto, esses trabalhadores buscam, através do comércio informal, um meio
de garantir sua subsistência, assim como formas de melhorias na sua renda, ou que almejam
serem donos de seu próprio negócio, ou mesmo alguma actividade para desempenhar.
Segundo Castells (1999), surge uma nova forma de organização social e económica,
apontando para uma administração descentralizadora, individualização do trabalho e
mercados cada vez mais personalizados, fragmentando as sociedades e o trabalho.
Em Moçambique o sector informal teve maior crescimento nos anos 90 devido a maior
aglomeração dos cidadãos nas cidades, vindos das zonas urbanas devido a guerra dos 16
anos que assolou este país, até que culminou com a assinatura da paz em 1992. Chivangue
(2012) afirma que esta situação fez com que o Estado se tornasse incapaz de empregar o
elevado número desses moçambicanos deslocados, agudizando se a crise economica por
falta de rendimento das camadas crescentes.
O sector informal abriga uma grande parcela dos empregos, tanto em países menos
desenvolvidos como em países industrializados, representando 30% - 70% da mão-de-obra
na vila sede de Morrumbala, porém existe uma grande falta de interesses dos órgãos
públicos em investirem nesse sector de actuação.
7
A partir do momento em que um indivíduo perde seu emprego, fica totalmente à mercê da
sociedade capitalista, muitas vezes tratado como “exército de reserva” (Pimenta; Saraiva;
Correia, 2006).
Dai que surge a seguinte questão de pesquisa: Qual é o impacto do comércio informal na
vila – Sede de Morrumbala?
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
Analisar o impacto do comércio informal na vila Sede – Morrumbala
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1.4. Justificativa e Relevância
A presente pesquisa se fez necessária, uma vez que o comércio informal, assim como as
actividades nele desenvolvidas, não deixa de ser um trabalho digno como outro qualquer
presente na formalidade.
Nos últimos tempos tem sido frequente observar se campanhas e planos de acção relacionados
com a problemática de falta de emprego em Moçambique no geral em Morrumbala em
especial. Associado a estas e outras questões, e com o programa do Governo na luta contra a
pobreza absoluta, a maioria da população desempregada recorrem ao comércio informal.
Sendo assim, é importante mostrar que o comércio informal contribui com o sustento da
maioria das famílias que trabalham nesse ramo e também colabora com o desenvolvimento da
sociedade, quando considerado que, a partir do momento que um indivíduo passa a trabalhar,
mesmo que na informalidade, ele deixa de fazer parte dos números de pessoas desempregadas
ou desocupadas.
9
1.7. Enquadramento do Estudo
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CAPITULO II
2. MARCO TEÓRICO
Segundo Castel (1994), define o sector informal como sendo um sector de produção de bens e
serviços destinados no mercado, legal ou ilegal, que escapa da detenção das estimativas
oficiais e de produto interno bruto.
A Organização Mundial dos Trabalhares (OIT-1991) considera o sector informal como sendo
o conjunto de unidades de pequenas escala que produzem e distribuem bens e serviços e é
composto essencialmente por produtos independentes e que operam por conta própria
e ,empregando mão de obra familiar e/ou poucos trabalhadores, funcionando com reduzida e
baixa produtividade, tendo receitas bastantes irregulares.
Miras (1991) citado por Pires & Macia (2009), descreve o sector informal como sendo o
conjunto de aspectos económicos mercantis que escapam às normas legais em matérias fiscal,
social, laboral ou de registo estatístico e que engloba a pequena produção mercantil, o
pequeno comercio, os mercados paralelos e as actividades financeiras informais; são
actividades realizadas geralmente a uma escala reduzida, com tecnologias adaptadas, com
competências frequentemente adquiridas fora do sistema formal de ensino, com recurso a mão
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– de – obra intensiva e não assalariada, muitas das vezes realizadas como fonte de obtenção
dos recursos indispensáveis à sobrevivência dos agentes económicos e respectivas famílias.
O sector informal, segundo a visão dos autores acima pode ser entendida como o conjunto das
actividades à margem da lei, com níveis de produção e organizacional baixo com finalidade
de geração de auto-emprego para sobrevivência familiar.
Diante disso, revela-se uma necessidade da troca, e logo surge o sistema de trocas, o qual se
tornou essencial para que todas as pessoas conseguissem atender às suas necessidades básicas
e terem disponíveis os produtos que desejavam. O desenvolvimento do sistema de trocas foi
fundamental para que as pessoas tivessem a oportunidade de obterem outro tipo de produto
que elas não cultivavam (Coutinho, 2014).
Esse sistema permitiu “que as pessoas não sofressem com o desperdício das suas mercadorias
e ainda obtivessem outras, cultivadas ou criadas por famílias diferentes”. Durante a troca, não
existia uma quantidade pré-determinada de produtos, e a barganha era essencial, pois como as
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trocas eram directas e sem preços específicos, barganhar era a forma de se conseguir um bom
negócio (Nogueira, 2015).
Segundo Mosca (2010,p.85) o Sector Informal contribui para a redução da pobreza, geração
de auto-emprego, criação de rendimentos e acalma eventuais manifestações e revoltas. O
comércio informal apresenta um papel importante na medida em que oferece algum trabalho
para as camadas mais desfavorecidas que não pode ser disponibilizado pelo mercado formal.
Por outro lado, executa também um papel preponderante na provisão de bens e serviço. É um
forte gerador de construção e expansão de mercados, expansão do comércio, gestão de
recursos naturais, combate ao desemprego e criação de postes de trabalho, fortalecendo as
comunidades e famílias.
De certa forma a economia formal permite o comércio informal, pela importância que desse
sector para o crescimento económico. O comércio informal reduz a pobreza, gera o auto –
emprego e cria rendimentos que, em muitas situações, beneficiam as sub-elites.
Piepoli (2006 citado por Mosca, 2010, p.85). defende que este sector altera o papel da mulher
na sociedade e na economia, pois , é a partir do comércio informal que as mulheres
começaram a assumir um papel activo e directo na integração do mercado.
Por outro lado, o comércio informal possui estratégias mais flexíveis e adaptadas aos
consumidores de rendimento baixo. Assim, pode-se dizer que o comércio informal é um
sustentáculo daqueles que não tem emprego ou tem rendimentos baixos.
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O sector informal na produção e comercialização tem desempenhado um papel importante no
actual estágio de desenvolvimento da sociedade moçambicana, intervêm na oferta de bens e
serviços adequados aos rendimentos e ao poder de compra de vasta camada da população
desfavorecida (Lopes, 1999).
Segundo Silva Rodrigues de Abreu e António Pinto de Abreu: 1996, o sector informal pesa
em mais de um terço na economia e é o mais dinâmico na economia Moçambicana.
Também dizer que o comércio informal cria o desenvolvimento da vila sede de morrumbala
na aquisição de bens material, a evolução das rodovias e da vida da comunidade.
Por outro lada, o comércio informal possui estratégias mais flexíveis e adaptadas aos
consumidores de rendimentos baixos (venda de cigarros não de maços, de montinhos de bens
alimentares e não ao peso, etc.), oque implica a segmentação do mercado do lado de procura e
da oferta (Nzatuzola, 2006).
Estas actividades estão mais próximas das pessoas e estruturam redes socias de interesses que
ultrapassam os tradicionais, elementos de afinidades entre os cidadãos como seja as
identidades étnicas, linguísticas ou outras.
Só nestes poucos exemplos nota-se que grande parte da população moçambicana está
envolvida nestas actividades o facto é que um número elevado de agentes económicos cria
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uma fonte de emprego constituído desta forma a consequência mais importante e positiva do
sector informal.
Tanto nas cidades como no meio rural o comércio informal alimenta – se dos canais de
distribuição formais e são estes últimos agentes os principais beneficiários, seja por razões de
escala, seja por serem também em muitos casos, agentes informais articulando as duas
economias, possuírem maior capacidade negocial e dominarem as diversas fases dos circuitos
comercias. As margens do lucro são geralmente pequenas e as escalas de minutas não
permitem acumulação.
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CAPITULO III – METODOLOGIA DO TRABALHO
Neste capítulo serão apresentados metodologias e instrumento de colecta de dados que serão
usados para se familiarizar esta pesquisa no âmbito científico como um trabalho que possui
um impacto sócio - económicos, pelo facto de abordar uma temática relacionada com um dos
maiores sectores do comércio.
Para o presente trabalho, visto que pretendíamos analisar um dado fenómeno, recorremos à
pesquisa Explicativa. Segundo GIL (2001:20) este tipo de pesquisa tem como objectivo
principal analisar um facto, fenómeno ou uma ocorrência. Assim sendo esta pesquisa teve
como objectivo analisar o impacto do comércio informal na Vila Sede do Distrito de
Morrumbala.
No tangente aos métodos de abordagem, para esta pesquisa usou-se a abordagem qualitativa.
Segundo Gil (1999) apud Oliveira (2011), o uso da abordagem qualitativa favorece o
aprofundamento da pesquisa, das questões relacionadas ao fenómeno em estudo e das suas
respectivas relações, com base na máxima consideração ou valorização do contacto directo
com a situação em causa, investigando-se o que está comum, mas prevalecendo, entretanto,
aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.
A pesquisa qualitativa é criticada por seu empirismo, pela subjectividade e pelo envolvimento
emocional do pesquisador (Minayo, 2001, p,14).
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3.1.3. Quanto a Técnica de Pesquisa
Para o desenvolvimento de uma pesquisa, importante a realização de uma revisão
bibliográfica. Assim sendo, o presente estudo teve como ponto inicial, a uma revisão
bibliográfica sobre o impacto do comércio informal. Esta tarefa possibilitara o investigador a
seleccionar uma abordagem adequada e adaptada sobre a implementação ou execução da
pesquisa.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), avançam que a pesquisa bibliográfica oferece “meios
para explorar saberes e tem por objectivo permitir os reforços paralelos na análise das
pesquisas ou tratamento das informações”. Contudo, a pesquisa bibliográfica não pode ser
uma repetição do que já foi dito ou escrito sobre qualquer assunto que seja, mas algo que
oferece abordagens para conclusões inovadoras.
Assim sendo para o desenvolvimento dessa pesquisa, não serão usadas hipóteses e nem meios
ou cálculos estatísticos, por conseguinte, usamos uma abordagem qualitativa para o
desenvolvimento do estudo.
3.2.1. Amostra
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população. Também pode ser definida como "uma parcela conveniente coleccionada do
universo (população), ou seja, um subconjunto do universo". Assim sendo a nossa amostra
será composta por um grupo de praticante dos comerciantes informais e alguns clientes.
Para a escolha da amostra foi usada a técnica de amostragem aleatória simples, que consiste
em escolher de uma forma aleatória e sem cálculos, os elementos de uma determinada
população.
3.5- Questionário
O questionário é uma forma de recolha de dados que consiste em dirigir perguntas aos demais
intervenientes da pesquisa com vista a obter informações conducentes a redacção do trabalho,
com isso neste método de recolha de dados, o pesquisador tratará de elaborar perguntas de
que serão dirigidas aos demais intervenientes da pesquisa, importa referir que os questionários
se deferem da entrevista pelo facto deste não necessariamente exigem a presença total do
pesquisador, isto é, o pesquisador não fica frente a frente com o questionário, Serra
(2004,p.234).
3.5 - Entrevista
Segundo Gil (1999,p.184), a entrevista “é a técnica em que o investigador se apresenta frente
ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção de dados que interessam
a investigação”.
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Conforme Lakatos e Marconi (2003), entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de
que uma delas obtenha informações respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social,
para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema
social.
Esta técnica vai garantir a pesquisadora a optimizar o tempo, permitindo seleccionar os temas
para o aprofundamento e introdução de mais questões ao entrevistado.
Para Lakatos e Marconi (2003) a “observação é uma técnica de colecta de dados para
conseguir informações e utilizar o sentido de obtenção de determinados aspectos da realidade.
É um elemento básico de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo”. Isto é, esta
é uma técnica fundamental para realização de uma pesquisa.
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CAPITULO IV
Neste capítulo faz-se a apresentação dos dados colhidos através da entrevista feita aos
comerciantes informais que desempenham as suas actividades no mercado central da Cila
Sede do Distrito de Morrumbala, seguidos de sua análise e interpretação. No último subtítulo
encontra-se a discussão do trabalho, nesta parte faremos a discussão geral dos dados obtidos.
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Figura 1 – Idade dos comerciantes informais inqueridos
Questionados sobre o nível de escolaridade dos comerciantes ilegais, constatamos que na sua
maioria com uma percentagem de 72% concluíram a 10ª classe do ensino secundário geral,
sendo que alguns destes com uma percentagem de 5% não chegaram a concluir o ensino
primário e outros com uma percentagem de 23% é que concluíram a 7ª classe do ensino
primário.
Segundo Baptista (2013) há renitência no sector informal para esta população por falta de
outras actividades a desempenhar e o nível de escolaridade determina o modo de vida para
satisfazer as suas necessidades. Diz ainda que o nível de escolaridade é o garante da
especialização e profissionalização da mão-de-obra que poderá satisfazer as comunidades
para o bem-estar social das mesmas.
Questionados sobre o tempo de permanência no ramo de actividade, na sua maioria os
comerciantes informais responderam estão neste ramo a mais de 10 anos, outros salientaram
que estão neste ramo de actividade desde pequenos e que viram a sua adolescência e
juventude passar na prática do comércio informal, pois, 64% dos comerciantes informais
inqueridos está acima de 10 anos, 23% dos inqueridos está neste ramo de actividade no
período de 5 a 10 anos e os restantes 13% estão neste ramo no período compreendido de 1 a
cinco anos.
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Figura 2 – Tempo de permanência no comércio informal
Ainda para percebem o impacto do comercio informal na vila sede do distrito de Morrumbala,
questionamos aos comerciantes se aconselhariam o tipo de negócio a alguém, eis que responderam
todos responderam que aconselhariam a pratica do comércio informal, pois na opinião destes, esta
atividade reduz a pobreza mental e financeira. Explicaram também como exemplos indicando outros
comerciantes informais que já se estabeleceram financeiramente e construíram as suas vidas apenas
com os lucros resultantes dos seus negócios.
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A resposta positiva na recomendação é notória, pois, num momento em que o aparelho do estado
enfrenta grandes dificuldades nº7 a abertura de vagas de emprego, na vila de Morrumbala é notório
observar que existem os chamados patrões do seu próprio negócio que já não pensam em trabalhar
para outros devido a sua rentabilidade que é maior. Na sua actividade empregam, na maior parte, de
um à seis trabalhadores nas suas bancas, e isso mostra que o sector informal abre espaço de
empregabilidade de pessoas oriundas das zonas urbanas e rurais.
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Ainda na análise do impacto do comercio informal, questionamos aos inqueridos sobre a possibilidade
de ingressar na função pública, eis que enquanto a maioria destes com uma percentagem de 67% não
mostraram vontade de ingressar na função pública apresentando vários argumentos: outros
comentaram que já estão acomodados com o seu negócio e a função pública só irá atrapalhar os seus
negócios, pois, terão que dedicar maior parte do seu tempo ao estado. Outros comentaram que estão
muito bem posicionados economicamente quando comparados com os funcionários públicos; e outros
ainda argumentaram que atualmente eles são os patrões, possuem trabalhadores entram nas suas lojas
a qualquer momento e saem sem ter que prestar contas a ninguém. Porém, 33% dos inqueridos
mostrou a possibilidade de ingressar na função pública e justificaram-se dizendo que o negócio só é
bom quando os seus donos estão saudáveis, já no estado o funcionário recebe mesmo estando doente e
existe garantia de segurança social, coisa que não existe no comércio informal.
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de casas de alvenaria é o desejo de todos. Isto mostra duma maneira parcial se não maior, do
abandono das casas precárias às melhoradas, tornando um desenvolvimento ou mudanças no
bairro, no que diz respeito ao alojamento.
Durante a investigação desta monografia foi possível demonstrar que o comercio informal
possui um impacto positivo na vila do distrito de Morumbala, pois, na maioria dos casos os
pequenos empresários tem uma vida superior a quem trabalha no aparelho do estado e que
depende da sua mensalidade, por vezes esta diferença cria inveja entre os moradores
colocando-se na balança da vida entre eles, e são acusados do uso da magia negra para
florescer na vida.
Porque graças ao comércio informal, os cidadãos conseguem alguns atingirem os seus sonhos,
depois das necessidades básicas outros pensam em auto-realização, até mesmo prosperar para
negócios maiores. Sendo assim é notório nos bairros da vila do distrito de Morrumbala a
existência de edificações convencionais e luxosas pertencentes aos comerciantes informais.
Alguns preferem investir em bens de luxo da actualidade, os seus filhos a passearem de
motorizadas com altos telefones que até um formal médio não tem, a nível do bairro
mostrando o poderio dos seus pais.
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CAPITULO V
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusão
Depois de uma pesquisa concernente à Análise do Impacto do Comércio Informal na Vila
Sede do distrito de Morrumbala, de acordo com as Metodologias presentes no terceiro
capítulo e os conteúdos do Marco Teórico patentes no segundo capítulo conclui-se o seguinte:
Ficou claro nesta pesquisa que p comércio informal é a que mais contribui para redução da
pobreza no caso de Moçambique, porque permite as famílias o negócio de produtos vindo das
machambas e outros produtos comprados nas lojas assim como países vizinhos.
Graças ao comércio informal, os cidadãos conseguem alguns atingirem os seus sonhos, depois
das necessidades básicas outros pensam em auto-realização, até mesmo prosperar para
negócios maiores. Sendo assim é notório nos bairros da vila do distrito de Morrumbala a
existência de edificações convencionais e luxosas pertencentes aos comerciantes informais.
Alguns preferem investir em bens de luxo da actualidade, os seus filhos a passearem de
motorizadas com altos telefones que até um formal médio não tem, a nível do bairro
mostrando o poderio dos seus pais.
5.2. Recomendações
Como sugestões recomendamos as seguintes:
Que o estado crie um programa de segurança social e/ou seguro de vida básico e
favorável aos comerciantes ilegais como forma de motivar acções de auto-emprego.
Sugere-se também a banca reduza as taxas para aqueles que pretendam ingressar no
comércio informal como forma de impulsionar esta actividade económica.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ernst & Young. (2004). Tributação de pequenas actividades Empresariais: com especial
incidência para o sector informal. Draft para proposta de introdução de um regime de
tributação. Maputo.
Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Lakatos, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
29
Marconi, M. A e Lakatos, E.M. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Minayo, M.C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22. ed. Rio de
Janeiro: Vozes, 2003.
Oliveira, Joilma de Deus. Trabalhadores por conta própria: o trabalho dos vendedores
ambulantes da passarela do Natal shopping e do Via Direta. 2009. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Oliveira, Olga Maria Boschi Aguiar de. Monografia Jurídica: orientações metodológicas para
o trabalho de conclusão de curso. Porto Alegre: Síntese, 1999.
Pastore, José. (1998).O Desemprego tem cura? Editora Markon Books. São Paulo
30
7. APÊNDICES
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Apêndice 1 – Guião de Entrevista dirigido aos Comerciantes Informais
O presente guião de entrevista dirige-se aos comerciantes informais que exercem as suas actividades
no distrito de Morrumbala com objectivos de colher informações que culminarão com a produção de
uma monografia científica intitulada Impacto de Comercio Informal na Vila – Sede do Distrito de
Morrumbala (2018 – 2020).
Por favor, responda claramente as questões que lhe serão colocadas e não se preocupe, pois, os dados
aqui recolhidos serão conservados apenas para os fins acima referenciados.
1. Sexo? Masculino ( ) Feminino ( )
2. Qual é a tua Idade? ____ Anos
3. Qual é o seu nível académico?_______________
4. A quanto tempo opera neste ramo de negócio?______________
5. O que o motivou a ingressar neste tipo de comércio?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6. Estas satisfeito com a atividade de desempenhas?
Sim ( ) Não ( )
7. Tens outra fonte de renda?
Sim ( ) Não ( )
8. Se sim, qual?
__________________________________________________________________________________
9. Qual foi a fonte de capital usada para iniciar esta atividade comercial?
Poupança Pessoal ( ) Empréstimo Bancário ( ) Doação ( ) Ajuda do Governo ( )
10. Na sua opinião, este tipo de negócio é aconselhável?
Sim ( ) Não ( )
11. Qual é o impacto desta atividade comercial na sua vida?
Positivo ( ) Negativo ( )
12. Graças a este negócio a sua vida tornou-se mais facilitada?
Sim ( ) Não ( )
13. Mencione as 3 principais realizações resultantes deste negócio?
__________________________________________________________________________________________
Sugestões:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Fim. Obrigada Pela Atenção Dispensada!
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Apêndice 2 – Guião de Entrevista dirigido ao Director da Actividades Económicas
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