Você está na página 1de 39

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Centro de Ensino á Distância

Licenciatura em Ensino de Geografia

O Impacto do Comércio Informal na Vila Sede- Morrumbala, Período de 2018- 2020.

Candidata: Mariamo Siaca Assamo Chinaca

Quelimane, Abril 2021


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Centro de Ensino á Distância

Licenciatura em Ensino de Geografia

Impacto do Comércio Informal na Vila Sede- Morrumbala, Período de 2018- 2020

Monografia Científica submetida à FCSP da


Universidade Católica de Moçambique como
requisito para a obtenção do grau de
Licenciatura em Ensino de Geografia,

Supervisor: Dr. Janotas do Rosário Nativo.

Candidata: Mariamo Siaca Assamo Chinaca 847901414

Abril de 2021
ÍNDICE

Páginas

LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................i

DECLARAÇÃO.........................................................................................................................ii

DEDICATÓRIA........................................................................................................................iii

AGRADECIMENTOS..............................................................................................................iv

RESUMO ..................................................................................................................................v

CAPITULO I..............................................................................................................................7

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................7

1.1. Problematização..............................................................................................................8

1.2. Questões de Pesquisa......................................................................................................9

1.3. Objectivos........................................................................................................................9

1.3.1. Objectivo Geral........................................................................................................9

1.3.2. Objectivos específicos..............................................................................................9

1.4. Justificativa e Relevância..............................................................................................10

1.5. Significância do Estudo.................................................................................................10

1.6. Delimitação da pesquisa................................................................................................10

CAPITULO II...........................................................................................................................12

2. MARCO TEÓRICO..........................................................................................................12

2 - Conceitos do comércio informal ou sector informal....................................................12

2.2 – O surgimento do sector informal..............................................................................13

2.3 – Impacto do sector informal.......................................................................................14

2.4 – Composição do Sector Informal...............................................................................15

2.5 - Tipo de comércio.......................................................................................................16

CAPITULO III – METODOLOGIA DO TRABALHO...........................................................17

3.1. Tipo de Pesquisa............................................................................................................17


3.1.1. Quanto aos Objectivos...........................................................................................17

7
3.1.2. Quanto aos métodos e forma de abordagem..........................................................17

3.1.3. Quanto a Técnica de Pesquisa................................................................................18

3.2. Universo e Amostra.......................................................................................................18

3.2.1. População...............................................................................................................18

3.2.1. Amostra..................................................................................................................18

3.3. Instrumentos de Colecta de Dados................................................................................19

3.4 - Método de colecta de dados......................................................................................19

3.5- Questionário...............................................................................................................19

3.5 - Entrevista...................................................................................................................19

3.5.1 - Entrevista semiestruturada.....................................................................................20

3.6 - Observação directa....................................................................................................20

CAPITULO IV..........................................................................................................................21

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS...............21

4.1. Breve caracterização dos comerciantes informais........................................................21

4.2. Principais Motivações da Prática do Comércio Informal na Vila do Distrito de Morrumbala


----------------------------------------------------------------------------------------------------------23

4.3. Discussão dos Resultados..............................................................................................26

CAPITULO V...........................................................................................................................28

5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES...........................................................................28

5.1. Conclusão......................................................................................................................28

5.2. Recomendações.............................................................................................................29

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................30

7. APÊNDICES.........................................................................................................................32

i
LISTA DE FIGURAS Página

Figura 1 – Idade dos comerciantes informais inqueridos .........................................................................22

Figura 2 – Tempo de permanência no comércio informal ........................................................................23

Figura 3 – Causas da Prática do Comércio Informal na vila de Morrumbala ..........................................23

Figura 4 – Origem do Capital Inicial Para a Abertura do Negócio ..........................................................24

Figura 5 – Tempo de permanência no comércio informal ........................................................................25

ii
DECLARAÇÃO

O presente trabalho foi realizado pela autora na Universidade Católica de Moçambique em 2021.
Este trabalho é da sua autoria excepto para as citações que aqui foram referenciadas. Nunca foi e
nunca será submetido a nenhuma outra Universidade. Nenhuma parte deste trabalho deverá ser
reproduzida sem a permissão do autor ou da Universidade Católica de Moçambique.

Nome da Autora

__________________________________

/ Mariamo Siaca Assamo Chinaca /

Data: ___________________________

Supervisor

__________________________________

/ Dr. Janotas do Rosário Nativo /


Data: ___________________________

iii
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a memória do meu ente querido


pai, Siaca Segredo Chinaca, que em vida sempre
envidou esforços para que os seus filhos evoluíssem
na vida académica.

iv
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço à Deus por me ter iluminado e ter-me dado a oportunidade, de estar
diante dos estudantes do curso de Licenciatura em Ensino de Geografia.

De seguida, agradeço ao Dr. Janotas do Rosário Nativo, meu supervisor, pela maneira sábia e
paciente com a qual prestou-me durante a realização desta monografia.

Endereço um especial agradecimento aos docentes do curso de Licenciatura em Ensino de


Geografia, na Universidade Católica de Quelimane, pela sabedoria, mestria e paciência durante a
leccionação das aulas.

Agradeço ainda aos meus colegas do curso em geral pelo acolhimento e amizade prestada durante
esta longa caminhada, assim como a todos que directas ou indirectamente me ajudaram.

A todos estes vão os meus sinceros agradecimentos, pois, contribuíram para que este sonho se
torna-se uma realidade.

v
RESUMO

Este trabalho de culminação de curso tem como tema « O Impacto do Comércio Informal na Vila
Sede- Morrumbala, Período de 2018- 2020». O mesmo teve como objectivo principal analisar o
impacto do comércio informal na vila Sede – Morrumbala. A pesquisa foi desenvolvida num
contexto em que devido a falta de emprego a maioria da população da vila Sede de Morrumbala
em especial e no país em geral recorrem ao comércio informal como fonte de arrecadamento de
sustento nas famílias Moçambicanas em geral em Morrumbala em especial, tem sido alavanca de
desenvolvimento da vila. Neste estudo escolheu-se a pesquisa qualitativa, e quanto as técnicas de
abordagem recorreu-se a pesquisa bibliográfica. Para recolha de dados recorreu-se à entrevista, a
observação e o questionário. O estudo concluiu que verificou-se que igualmente com as várias
partes do pais a maioria dos comerciantes informais são jovens que não tiveram a oportunidade de
continuar com os seus estudos, seja para ingressar o nível superior ou técnico profissional,
optando pelo comércio informal como forma de vencer a pobreza e sustentar as suas famílias.
Percebemos também que no comércio informal as mulheres encontram alternativas para o
trabalho, pois, durante o inquérito para este estudo foi possível observar que alguns vendedores,
em muitos casos mulheres que exercem a actividade há algum tempo, possuem carros pessoais
para o transporte da sua mercadoria, ostentam colares, brincos e pulseiras de ouro, o que dá
visibilidade à sua prosperidade e estatuto comparativamente com os outros agentes que operam no
mesmo mercado.

Palavras-chave: Comércio Informal, Vila de Morrumbala.

vi
ABSTRACT

This culmination of the course has the theme «The Impact of Informal Trade in Vila Sede-
Morrumbala, 2018-2020 Period». The main objective was to analyze the impact of informal
commerce in the village of Morrumbala. The research was carried out in a context in which, due to
the lack of employment, the majority of the population of the village of Morrumbala, in particular
and in the country in general, resort to informal commerce as a source of livelihood in
Mozambican families in general in Morrumbala in particular. been a lever for the development of
the village. In this study, qualitative research was chosen, and as far as the approach techniques
were concerned, bibliographic research was used. For data collection, the interview, observation
and questionnaire were used. The study concluded that it was found that also with the various
parts of the country the majority of informal traders are young people who did not have the
opportunity to continue with their studies, either to enter higher education or professional
technical level, opting for informal commerce as a way to overcome poverty and support their
families. We also noticed that in informal trade women find alternatives to work, because during
the survey for this study it was possible to observe that some salespeople, in many cases women
who have been in business for some time, own personal cars to transport their goods , sport gold
necklaces, earrings and bracelets, which gives visibility to their prosperity and status compared to
other agents operating in the same market.

Keywords: Informal Commerce, Morrumbala Village.

vii
CAPITULO I

1. INTRODUÇÃO

Pertencem ao sector informal todas as unidades económicas de propriedade de trabalhadores


por conta própria e de empregadores com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas e
pré urbanos, sejam elas a actividade principal de seus proprietários ou actividades secundárias
(Ibge, 2005).

O comércio formal mostra incapacidade em absorver factor trabalho e gerar rendimentos.


Nessa incapacidade da economia formal esta no genesis do surgimento do comércio informal,
ou seja, pode – se dizer que o sector informal surge como estratégia de sobrevivência dos
pobres em resposta a insuficiência do comércio formal ou da economia formal.

Alem dessa incapacidade ou insuficiência da economia informal, as desigualdades sociais, os


desequilíbrios, as destorções ou rotura do mercado ou das políticas desajustadas levaram a
florescer o sector informal em Moçambique.

Entretanto, este trabalho tem como tema: O Impacto do Comércio Informal na Vila Sede-
Morrumbala, 2018- 2020.

Esta pesquisa objectivamos primordialmente, Analisar o impacto do comércio informal na


vila Sede – Morrumbala. Para o alcance deste fim, tivemos em conta os objectivos específicos
tais como: Conceituar o comércio informal ou sector informal, Identificar as causas do
surgimento do sector informal na vila sede - Morrumbala; por fim Propor estratégias para a
melhoria do sector informal na vila sede - Morrumbala.

Este trabalho está estruturado da seguinte maneira: A primeira parte encontra-se a Introdução,
o Tema, a Delimitação do Tema, Delimitação Temporal, o Enquadramento do Tema, a
formulação de Problema, a Justificativa, os Objectivos dos quais subdivide-se em Objectivo
Geral e Específicos. Na Segunda parte encontramos o Enquadramento Teórico ou Conceptual,
a Terceira parte é composta pelas Metodologias que foram usadas para a realização da
pesquisa, Cronograma das Actividades, Recursos e por fim a Conclusão e as Referências
Bibliográficas.

No que diz respeito a natureza desta pesquisa, ela é qualitativa e a forma de abordagem
bibliográfica.
1.1. Problematização
Não se pode olhar para o comércio informal como um sector totalmente independente, e sem
alguma interacção ou relação com o sector formal ou com a economia formal; estes dois
sectores relacionam – se mutuamente na medida em que o comércio informal pode – se
sustentar da economia formal estabelecendo relações e reforço mutuo.

O surgimento de novas expressões desse fenómeno foi responsável por alargar ainda mais
essas actividades informais, possibilitando que o trabalho de estágio e o comércio
ambulante fossem incorporados à gama heterogénea das actividades informais (Krein;
Proni, 2010).

Diante desse contexto, esses trabalhadores buscam, através do comércio informal, um meio
de garantir sua subsistência, assim como formas de melhorias na sua renda, ou que almejam
serem donos de seu próprio negócio, ou mesmo alguma actividade para desempenhar.

Segundo Castells (1999), surge uma nova forma de organização social e económica,
apontando para uma administração descentralizadora, individualização do trabalho e
mercados cada vez mais personalizados, fragmentando as sociedades e o trabalho.

Em Moçambique o sector informal teve maior crescimento nos anos 90 devido a maior
aglomeração dos cidadãos nas cidades, vindos das zonas urbanas devido a guerra dos 16
anos que assolou este país, até que culminou com a assinatura da paz em 1992. Chivangue
(2012) afirma que esta situação fez com que o Estado se tornasse incapaz de empregar o
elevado número desses moçambicanos deslocados, agudizando se a crise economica por
falta de rendimento das camadas crescentes.

A falta de emprego a maioria da população da vila Sede de Morrumbala em especial e no


país em geral recorrem ao comércio informal como fonte de arrecadamento de sustento nas
famílias Moçambicanas em geral em Morrumbala em especial, tem sido alavanca de
desenvolvimento da vila.

O sector informal abriga uma grande parcela dos empregos, tanto em países menos
desenvolvidos como em países industrializados, representando 30% - 70% da mão-de-obra
na vila sede de Morrumbala, porém existe uma grande falta de interesses dos órgãos
públicos em investirem nesse sector de actuação.

7
A partir do momento em que um indivíduo perde seu emprego, fica totalmente à mercê da
sociedade capitalista, muitas vezes tratado como “exército de reserva” (Pimenta; Saraiva;
Correia, 2006).

Dai que surge a seguinte questão de pesquisa: Qual é o impacto do comércio informal na
vila – Sede de Morrumbala?

1.2. Questões de Pesquisa

No caso da pesquisa qualitativa é importante que o pesquisador desenvolva questões de


pesquisas de modo a responder os objectivos específicos da pesquisa, a formulação das
questões de pesquisa é encontrada não apenas no início, mas também: ao conceituar o plano
de pesquisa; ao entrar no campo; ao seleccionar os casos e ao colectar os dados.

Neste contexto, temos as seguintes questões de pesquisa:

 O comércio informal constitui uma alternativa viável para a redução da pobreza no


distrito de Morrumbala?

 Quais as características dos comerciantes informais da Vila do Distrito de Morrumbala?

 Quais os ganhos do comércio informal na vila do Distrito de Morrumbala?

1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
 Analisar o impacto do comércio informal na vila Sede – Morrumbala

1.3.2. Objectivos Específicos

 Conceituar o comercio informal ou sector informal,


 Identificar as causas do surgimento do sector informal na vila sede - Morrumbala;
 Demonstrar as principais realizações resultantes do comércio informal;
 Propor estratégias para a melhoria do sector informal na vila sede - Morrumbala.

8
1.4. Justificativa e Relevância
A presente pesquisa se fez necessária, uma vez que o comércio informal, assim como as
actividades nele desenvolvidas, não deixa de ser um trabalho digno como outro qualquer
presente na formalidade.

Nos últimos tempos tem sido frequente observar se campanhas e planos de acção relacionados
com a problemática de falta de emprego em Moçambique no geral em Morrumbala em
especial. Associado a estas e outras questões, e com o programa do Governo na luta contra a
pobreza absoluta, a maioria da população desempregada recorrem ao comércio informal.

Sendo assim, é importante mostrar que o comércio informal contribui com o sustento da
maioria das famílias que trabalham nesse ramo e também colabora com o desenvolvimento da
sociedade, quando considerado que, a partir do momento que um indivíduo passa a trabalhar,
mesmo que na informalidade, ele deixa de fazer parte dos números de pessoas desempregadas
ou desocupadas.

1.5. Significância do Estudo


O presente estudo servirá de base para futuros estudos nas áreas afim bem como fornecerá um
entendimento académico, que servirá de referência e contributo nas universidades que
administraram cursos relacionados com a de Ensino de Geografia, onde se fala do
desenvolvimento da economia moçambicana. Esta pesquisa também poderá contribuir para os
que exercem a actividade informal na compreensão da contribuição a ter na redução da
pobreza, e delinear formas na capacitação dos mesmos.

1.6. Delimitação da pesquisa

A pesquisa ora em desenvolvimento, vai se realizar na vila sede do distrito de Morrumbala,


Província da Zambézia. A pesquisa desenvolver-se-á no período compreendido entre 2018 á
2020, numa perspectiva temporal considerado suficiente para obter constatações válidas,
inerentes ao fenómeno em estudo.

9
1.7. Enquadramento do Estudo

A delimitação temática se enquadra na Cadeira de Geografia de Moçambique II. Pois, nessa


cadeira curricular, foi bem claro que a disciplina ainda carece de uma grande abordagem
sobre o comércio no seu geral e em especial o comércio informal, uma vez que é um dos
grandes sectores das actividades na arrecadação de sustento familiar.

10
CAPITULO II
2. MARCO TEÓRICO

Neste capítulo, são apresentados e conceitualizados os principais temas relacionados com a


gestão de materiais médico-cirúrgicos tais como: conceito de materiais médico-cirúrgicos,
administração e gestão de materiais hospitalares, logística, e modelos de gestão de materiais
médico-cirúrgicos.

2 .1- Conceitos do comércio informal ou sector informal


Segundo (Barbosa, 2009, King, 1997),″ Não existe uma definição única nem consenso, para a
designação do sector informal‶. Dai que é necessário eleger uma expressão do sector informal
que melhor traduza o fenómeno em discussão.

Segundo Castel (1994), define o sector informal como sendo um sector de produção de bens e
serviços destinados no mercado, legal ou ilegal, que escapa da detenção das estimativas
oficiais e de produto interno bruto.

“O Instituto Nacional de Estatística (INE) define o SI em Moçambique como sendo todas as


actividades não registadas, ou registadas apenas no Município, ou junto a administração
Distrital ou local, não possuindo portanto autorização por parte das autoridades fiscais para
exercício da sua actividade e empregando não mais de 10 trabalhadores” (Tembe, 2009, p.
92).

A Organização Mundial dos Trabalhares (OIT-1991) considera o sector informal como sendo
o conjunto de unidades de pequenas escala que produzem e distribuem bens e serviços e é
composto essencialmente por produtos independentes e que operam por conta própria
e ,empregando mão de obra familiar e/ou poucos trabalhadores, funcionando com reduzida e
baixa produtividade, tendo receitas bastantes irregulares.

Miras (1991) citado por Pires & Macia (2009), descreve o sector informal como sendo o
conjunto de aspectos económicos mercantis que escapam às normas legais em matérias fiscal,
social, laboral ou de registo estatístico e que engloba a pequena produção mercantil, o
pequeno comercio, os mercados paralelos e as actividades financeiras informais; são
actividades realizadas geralmente a uma escala reduzida, com tecnologias adaptadas, com
competências frequentemente adquiridas fora do sistema formal de ensino, com recurso a mão

11
– de – obra intensiva e não assalariada, muitas das vezes realizadas como fonte de obtenção
dos recursos indispensáveis à sobrevivência dos agentes económicos e respectivas famílias.

O sector informal, segundo a visão dos autores acima pode ser entendida como o conjunto das
actividades à margem da lei, com níveis de produção e organizacional baixo com finalidade
de geração de auto-emprego para sobrevivência familiar.

O sector informal desenvolve várias actividades e compreende uma variedade de carpinteiros,


pedreiros, alfaiates, negociantes, artesões, bem como cozinheiros e motoristas de taxi, todos
informais, e transforma os empreendedores em pequenos empresários informais, criativos a
medida em que a sua actividade vai crescendo, sendo que a maior parte das actividades do
sector informal é economicamente eficiente e lucrativo, apesar de pequenas na escala e
limitadas por tecnologias simples, pouco capital e falta de vínculo com o sector formal.

2.2 – O surgimento do sector informal.


De acordo com Coutinho (2014), antigamente, nas primeiras civilizações e comunidades, a
maioria das pessoas vivia e sobrevivia da agricultura, pesca e da pecuária, e cultivava ou
gerava apenas um produto específico. Sendo assim, o comércio era considerado local, pois era
realizado apenas entre as pessoas de uma mesma civilização.

O autor complementa que o desenvolvimento da agricultura permitiu a criação de ferramentas


e novas técnicas que aumentaram a produtividade do cultivo de espécies vegetais,
aumentando, assim, a disponibilidade, permitindo a criação de estoques maiores de produtos.
Mas os produtos, por serem perecíveis, estragavam e, além disso, a casa precisava de outros
itens diferentes dos que eram produzidos por eles (Nogueira, 2015).

Diante disso, revela-se uma necessidade da troca, e logo surge o sistema de trocas, o qual se
tornou essencial para que todas as pessoas conseguissem atender às suas necessidades básicas
e terem disponíveis os produtos que desejavam. O desenvolvimento do sistema de trocas foi
fundamental para que as pessoas tivessem a oportunidade de obterem outro tipo de produto
que elas não cultivavam (Coutinho, 2014).

Esse sistema permitiu “que as pessoas não sofressem com o desperdício das suas mercadorias
e ainda obtivessem outras, cultivadas ou criadas por famílias diferentes”. Durante a troca, não
existia uma quantidade pré-determinada de produtos, e a barganha era essencial, pois como as

12
trocas eram directas e sem preços específicos, barganhar era a forma de se conseguir um bom
negócio (Nogueira, 2015).

Segundo Chivava (1998), em Moçambique o impulso ao desenvolvimento de actividades


informais da – se em 1978 com a implementação do programa de reabilitação económica
(PRE). As actividades do sector informal são consequência directa de altos níveis de impostos
e de restrições sobre os negócios dos agentes económicos a busca por meio para o sustento
próprio com vista acabar a fome.

2.3 – Impacto do sector informal.


Em momentos de crise económica, política, social e principalmente de subdesenvolvimento
económico, a existência e desenvolvimento de redes informais de comercio, solidariedade são
frequentes, constituindo respostas as necessidades das populações, pelo que não devem ser
reprimidas pois, desempenham um papel estabilizador da sociedade, (Ernst & Young, 2004,
p170).

Segundo Mosca (2010,p.85) o Sector Informal contribui para a redução da pobreza, geração
de auto-emprego, criação de rendimentos e acalma eventuais manifestações e revoltas. O
comércio informal apresenta um papel importante na medida em que oferece algum trabalho
para as camadas mais desfavorecidas que não pode ser disponibilizado pelo mercado formal.

Por outro lado, executa também um papel preponderante na provisão de bens e serviço. É um
forte gerador de construção e expansão de mercados, expansão do comércio, gestão de
recursos naturais, combate ao desemprego e criação de postes de trabalho, fortalecendo as
comunidades e famílias.

De certa forma a economia formal permite o comércio informal, pela importância que desse
sector para o crescimento económico. O comércio informal reduz a pobreza, gera o auto –
emprego e cria rendimentos que, em muitas situações, beneficiam as sub-elites.

Piepoli (2006 citado por Mosca, 2010, p.85). defende que este sector altera o papel da mulher
na sociedade e na economia, pois , é a partir do comércio informal que as mulheres
começaram a assumir um papel activo e directo na integração do mercado.

Por outro lado, o comércio informal possui estratégias mais flexíveis e adaptadas aos
consumidores de rendimento baixo. Assim, pode-se dizer que o comércio informal é um
sustentáculo daqueles que não tem emprego ou tem rendimentos baixos.

13
O sector informal na produção e comercialização tem desempenhado um papel importante no
actual estágio de desenvolvimento da sociedade moçambicana, intervêm na oferta de bens e
serviços adequados aos rendimentos e ao poder de compra de vasta camada da população
desfavorecida (Lopes, 1999).

Segundo Silva Rodrigues de Abreu e António Pinto de Abreu: 1996, o sector informal pesa
em mais de um terço na economia e é o mais dinâmico na economia Moçambicana.

Também dizer que o comércio informal cria o desenvolvimento da vila sede de morrumbala
na aquisição de bens material, a evolução das rodovias e da vida da comunidade.

2.4 – Composição do Sector Informal


O sector informal é composto por unidades económicas que funcionam fora do quadro
administrativo, legal ou estatística. Em Moçambique trata se mais de: Vendedores ambulantes
de todos tipos de mercadorias, produtores e vendedores de bebidas caseiras, carregadores de
mercadorias, sapateiros, a indústria domesticam, pequenas oficinas e carpintarias não
licenciadas, transportadores piratas, etc.).

A sobrevivência destas economias assenta em alguns casos em relações familiares ou de


proximidades e em laços de sideralidade e de cooperação, e outras situações em circuitos nem
sempre transparentes (Piepol: 2006).

A geração de riqueza é limitada pela escala e tipo de actividades é, conseguintemente, a


poupança e o investimento são insuficientemente para a reprodução ampliada do capital
desenvolvimento. As relações socias estabelecidas baseiam-se na confiança, são pouco e nada
profissionalizadas, e as regras não são normalizadas.

Por outro lada, o comércio informal possui estratégias mais flexíveis e adaptadas aos
consumidores de rendimentos baixos (venda de cigarros não de maços, de montinhos de bens
alimentares e não ao peso, etc.), oque implica a segmentação do mercado do lado de procura e
da oferta (Nzatuzola, 2006).

Estas actividades estão mais próximas das pessoas e estruturam redes socias de interesses que
ultrapassam os tradicionais, elementos de afinidades entre os cidadãos como seja as
identidades étnicas, linguísticas ou outras.

Só nestes poucos exemplos nota-se que grande parte da população moçambicana está
envolvida nestas actividades o facto é que um número elevado de agentes económicos cria

14
uma fonte de emprego constituído desta forma a consequência mais importante e positiva do
sector informal.

Tanto nas cidades como no meio rural o comércio informal alimenta – se dos canais de
distribuição formais e são estes últimos agentes os principais beneficiários, seja por razões de
escala, seja por serem também em muitos casos, agentes informais articulando as duas
economias, possuírem maior capacidade negocial e dominarem as diversas fases dos circuitos
comercias. As margens do lucro são geralmente pequenas e as escalas de minutas não
permitem acumulação.

2.5 - Tipo de comércio


O comércio é a actividade que movimenta diferentes produtos, com uma finalidade lucrativa.
É toda acção que tem como objectivo principal a compra e revenda de mercadorias. Comércio
é, portanto, “o conjunto de actividades necessárias para tornar um produto disponível aos
consumidores, em determinado lugar, no tempo solicitado e em quantidades e preços
especificados” (Portal São Francisco, 2016).

O comércio é uma actividade que está relacionada à distribuição de produtos no mercado


interno e externo. Ou seja, existem diversos tipos de comércio que movimentam a economia e
empregam muitas pessoas no Brasil e no mundo. “O comércio pode estar relacionado com a
economia formal que é firma registrada dentro da lei ou à economia informal, que são firmas
sem registros que não pagam impostos” (Grupo Escolar, 2017).

A actividade comercial se subdivide, ainda, em duas partes distintas: o comércio atacadista e


o comércio varejista. O primeiro funciona basicamente como centro de distribuição de
mercadorias para o próprio comércio varejista, ou seja, vende um mesmo produto em grandes
quantidades. Nesse caso, o comerciante reduz o preço das mercadorias como forma de
premiar o comprador, em razão do tamanho da venda. Já o segundo tem como finalidade
específica fornecer ao público consumidor em geral os produtos necessários, sendo, nesse tipo
de comércio, vendidos os produtos em pequenas quantidades e, portanto, sem a diminuição do
preço (Potal São Francisco, 2016).

15
CAPITULO III – METODOLOGIA DO TRABALHO

Neste capítulo serão apresentados metodologias e instrumento de colecta de dados que serão
usados para se familiarizar esta pesquisa no âmbito científico como um trabalho que possui
um impacto sócio - económicos, pelo facto de abordar uma temática relacionada com um dos
maiores sectores do comércio.

Segundo Oliveira (2011), a metodologia deve apresentar como se pretende realizar a


investigação. O autor deverá descrever a classificação quanto aos objectivos da pesquisa, a
natureza da pesquisa, a escolha do objecto de estudo, a técnica de colecta e a técnica de
análise de dados. Contudo, consideramos metodologia como sendo um estudo inerente às
etapas de um processo já instituído, onde serão clarificados, de maneira exacta, todos os
métodos e acções de uma pesquisa, como seus tipos, cronogramas, orçamento e instrumentos.

3.1. Tipo de Pesquisa


3.1.1. Quanto aos Objectivos

Para o presente trabalho, visto que pretendíamos analisar um dado fenómeno, recorremos à
pesquisa Explicativa. Segundo GIL (2001:20) este tipo de pesquisa tem como objectivo
principal analisar um facto, fenómeno ou uma ocorrência. Assim sendo esta pesquisa teve
como objectivo analisar o impacto do comércio informal na Vila Sede do Distrito de
Morrumbala.

3.1.2. Quanto aos métodos e forma de abordagem

No tangente aos métodos de abordagem, para esta pesquisa usou-se a abordagem qualitativa.

Segundo Gil (1999) apud Oliveira (2011), o uso da abordagem qualitativa favorece o
aprofundamento da pesquisa, das questões relacionadas ao fenómeno em estudo e das suas
respectivas relações, com base na máxima consideração ou valorização do contacto directo
com a situação em causa, investigando-se o que está comum, mas prevalecendo, entretanto,
aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.

A pesquisa qualitativa é criticada por seu empirismo, pela subjectividade e pelo envolvimento
emocional do pesquisador (Minayo, 2001, p,14).

16
3.1.3. Quanto a Técnica de Pesquisa
Para o desenvolvimento de uma pesquisa, importante a realização de uma revisão
bibliográfica. Assim sendo, o presente estudo teve como ponto inicial, a uma revisão
bibliográfica sobre o impacto do comércio informal. Esta tarefa possibilitara o investigador a
seleccionar uma abordagem adequada e adaptada sobre a implementação ou execução da
pesquisa.

Segundo Marconi e Lakatos (2003), avançam que a pesquisa bibliográfica oferece “meios
para explorar saberes e tem por objectivo permitir os reforços paralelos na análise das
pesquisas ou tratamento das informações”. Contudo, a pesquisa bibliográfica não pode ser
uma repetição do que já foi dito ou escrito sobre qualquer assunto que seja, mas algo que
oferece abordagens para conclusões inovadoras.

Assim sendo para o desenvolvimento dessa pesquisa, não serão usadas hipóteses e nem meios
ou cálculos estatísticos, por conseguinte, usamos uma abordagem qualitativa para o
desenvolvimento do estudo.

3.2. Universo e Amostra


3.2.1. População

De acordo com MARCONI e LAKATOS (2010: 108) Universo Populacional é o conjunto de


seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.
Neste contexto, para a presente pesquisa, considerar-se-á de universo populacional, todos os
978 comerciantes informais da vila Sede do distrito de Morrumbala.

3.2.1. Amostra

Ainda na perspectiva de MARCONI e LAKATOS (2010: 110), a amostra constitui uma


porção ou parcela convenientemente seleccionada do universo, portanto é o subconjunto da
população. A amostra do presente estudo, ou seja, o Sujeito de Pesquisa, será constituída
através de 100 trabalhadores informais que actuam na vila sede - Morrumbala. Dentre eles,
podemos destacar as seguintes ocupações: Comerciantes autónomos (donos do
estabelecimento); e Funcionários (não registrados, que trabalham no estabelecimento).

Segundo Lakatos e Marconi (2003), amostra é um subconjunto de elementos pertencentes a


uma população. A informação recolhida para uma amostra é depois generalizada a toda a

17
população. Também pode ser definida como "uma parcela conveniente coleccionada do
universo (população), ou seja, um subconjunto do universo". Assim sendo a nossa amostra
será composta por um grupo de praticante dos comerciantes informais e alguns clientes.

Para a escolha da amostra foi usada a técnica de amostragem aleatória simples, que consiste
em escolher de uma forma aleatória e sem cálculos, os elementos de uma determinada
população.

3.3. Instrumentos de Colecta de Dados

Segundo LAKATOS e MARCONI (2009:86-88), tanto os métodos quanto as técnicas de


pesquisa devem adequar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses levantadas e ao tipo de
pesquisa que se pretende fazer. Portanto, tendo em conta o tipo de pesquisa, para o presente
trabalho foi usado a entrevista para facilitar a colecta de dados. Este instrumento ajudou a
autora a aproximar a sua relação com os participantes da pesquisa e a obter dados pautados
nos objectivos da pesquisa.

3.4 - Método de colecta de dados


Para a obtenção de colecta de dados que contribuam para a busca de resposta à pergunta de
pesquisa, neste trabalho foi adoptado o procedimento principal o usado de questionário e da
entrevista.

3.5- Questionário
O questionário é uma forma de recolha de dados que consiste em dirigir perguntas aos demais
intervenientes da pesquisa com vista a obter informações conducentes a redacção do trabalho,
com isso neste método de recolha de dados, o pesquisador tratará de elaborar perguntas de
que serão dirigidas aos demais intervenientes da pesquisa, importa referir que os questionários
se deferem da entrevista pelo facto deste não necessariamente exigem a presença total do
pesquisador, isto é, o pesquisador não fica frente a frente com o questionário, Serra
(2004,p.234).

3.5 - Entrevista
Segundo Gil (1999,p.184), a entrevista “é a técnica em que o investigador se apresenta frente
ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção de dados que interessam
a investigação”.

18
Conforme Lakatos e Marconi (2003), entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de
que uma delas obtenha informações respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social,
para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema
social.

A entrevista permitirá o público-alvo de expor as suas opiniões e argumentos que ajudarão na


resposta da questão de partida deste projecto. O tipo de entrevista será semiestruturada.

3.5.1 - Entrevista semiestruturada


Costa (2004) entrevista semiestruturada, caracteriza-se pela existência de um guião
previamente preparado que serve de eixo orientador ao desenvolvimento de entrevistas,
procura garantir que os diversos participantes, respondam a mesmas questões.

Esta técnica vai garantir a pesquisadora a optimizar o tempo, permitindo seleccionar os temas
para o aprofundamento e introdução de mais questões ao entrevistado.

3.6 - Observação directa


Segundo Serra (2004,p.90), a observação directa consiste na análise minuciosa dos
intervenientes da pesquisa. A pesquisa que tem como objectivo de estudo o impacto do
comércio informal na vila sede de Morrumbala, o pesquisador na sua abordagem de recolha
de dados pela observação directa de observar os diferentes materiais usados no comércio,
antes porém, este por tratar por via de observação directa identificar a matéria em estudo.

Para Lakatos e Marconi (2003) a “observação é uma técnica de colecta de dados para
conseguir informações e utilizar o sentido de obtenção de determinados aspectos da realidade.
É um elemento básico de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo”. Isto é, esta
é uma técnica fundamental para realização de uma pesquisa.

19
CAPITULO IV

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo faz-se a apresentação dos dados colhidos através da entrevista feita aos
comerciantes informais que desempenham as suas actividades no mercado central da Cila
Sede do Distrito de Morrumbala, seguidos de sua análise e interpretação. No último subtítulo
encontra-se a discussão do trabalho, nesta parte faremos a discussão geral dos dados obtidos.

4.1. Breve caracterização dos comerciantes informais


Dos resultados colhidos nos dados do nosso inquérito verificamos que maior parte das pessoas
que praticam o comércio informal no Mercado Central do Distrito de Morrumbala são
mulheres com uma percentagem maioritária de 66,70% dos inqueridos.
Estes resultados vão de acordo com o argumento de Piepoli (2006 citado por Mosca, 2010,
p.85) quando defendeu a tese de que o comércio informal altera o papel da mulher na
sociedade e na economia, pois, é a partir do comércio informal que as mulheres começaram a
assumir um papel activo e directo na integração do mercado.
No mercado central da vila do distrito de Morrumbala, as mulheres, algumas como pioneira
na venda de refeições para pessoas de baixa renda, de hortícolas e de pescados, e outras
empolgadas na venda de roupas e calçados, longe de casa lutam pela sobrevivência das suas
famílias desempenhando outros papeis na sociedade moçambicana opostos aos ditos
tradicionais.
O nosso estudo constatou que 7% dos inqueridos perfazendo a minoria absoluta se encontram
na faixa etária de 16 a 20 anos de idade, 82% perfazendo a maioria se encontram na faixa
etária dos 21 a 40 anos idade, e os restantes 11% se encontram na faixa etária acima dos 40
anos de idade.
Estes dados deixam sem sombra alguma de dúvida que os comerciantes informais da vila sede
do distrito de Morrumbala são na sua maioria jovens com idade activa para a prática do
comércio assim como para ingressar em actividades laborais regulamentadas com destaque
para a função pública.

20
Figura 1 – Idade dos comerciantes informais inqueridos

Fonte: Autora (2021)

Questionados sobre o nível de escolaridade dos comerciantes ilegais, constatamos que na sua
maioria com uma percentagem de 72% concluíram a 10ª classe do ensino secundário geral,
sendo que alguns destes com uma percentagem de 5% não chegaram a concluir o ensino
primário e outros com uma percentagem de 23% é que concluíram a 7ª classe do ensino
primário.
Segundo Baptista (2013) há renitência no sector informal para esta população por falta de
outras actividades a desempenhar e o nível de escolaridade determina o modo de vida para
satisfazer as suas necessidades. Diz ainda que o nível de escolaridade é o garante da
especialização e profissionalização da mão-de-obra que poderá satisfazer as comunidades
para o bem-estar social das mesmas.
Questionados sobre o tempo de permanência no ramo de actividade, na sua maioria os
comerciantes informais responderam estão neste ramo a mais de 10 anos, outros salientaram
que estão neste ramo de actividade desde pequenos e que viram a sua adolescência e
juventude passar na prática do comércio informal, pois, 64% dos comerciantes informais
inqueridos está acima de 10 anos, 23% dos inqueridos está neste ramo de actividade no
período de 5 a 10 anos e os restantes 13% estão neste ramo no período compreendido de 1 a
cinco anos.

21
Figura 2 – Tempo de permanência no comércio informal

Fonte: Autora (2021)

4.2. Principais Motivações da Prática do Comércio Informal na Vila do Distrito de


Morrumbala
Na que concerne a componente causa motivacional para a prática do comércio informal, os
nossos inqueridos apresentaram causas diferentes sendo que uns principalmente os jovens
com uma percentagem maioritária de 46% mencionaram a falta de emprego no aparelho do
estado, outros mais velhos com uma percentagem de 34% optaram por este negocio como
forma de aplicar o seu capital resultante da venda dos seus produtos agrícolas e outros com
uma percentagem 20% foram movidos pela ambição de ser rico e não depender de ninguém.

Figura 3 – Causas da Prática do Comércio Informal na vila de Morrumbala

Fonte: Autora (2021)


22
Questionados sobre o nível de satisfação em relação a atividade que desempenham maior parte dos
comerciantes se mostra satisfeito com o seu negócio e uma minoria está insatisfeita com o seu
negócio.
Perguntamos também aos comerciantes informais se possuem outra fonte de renda que subsidiasse o
seu negócio e muitos destes responderam que investem anualmente em grandes extensões de
machambas de produtos comerciais com destaque na cultura do milho de gergelim e horticulturas
como o tomate, a batata e a couve. Outra parte dos comerciantes responderam que possuem viaturas
de caixa aberta que se dedicam ao transporte de carga e passageiros. Os outros possuem residências de
aluguer sendo que outros comerciantes responderam que não possuem outra fonte de rendimento.
Também perguntamos aos comerciantes informais sobre a origem do capital inicial para a abertura do
negócio, eis que 51% dos inqueridos responderam que o valor inicial resultou de poupança pessoal dos
ganhos advindos da machambas; 22% responderam que o capital inicial lhes foi doado por um familiar
como estratégia de expandir o negócio da família, 16% informaram que recorreram a empréstimos
bancários e os restantes 11% responderam que tiveram apoio do governo a partir do fundo de apoio a
iniciativas juvenis.

Figura 4 – Origem do Capital Inicial Para a Abertura do Negócio

Fonte: Autora (2021)

Ainda para percebem o impacto do comercio informal na vila sede do distrito de Morrumbala,
questionamos aos comerciantes se aconselhariam o tipo de negócio a alguém, eis que responderam
todos responderam que aconselhariam a pratica do comércio informal, pois na opinião destes, esta
atividade reduz a pobreza mental e financeira. Explicaram também como exemplos indicando outros
comerciantes informais que já se estabeleceram financeiramente e construíram as suas vidas apenas
com os lucros resultantes dos seus negócios.
23
A resposta positiva na recomendação é notória, pois, num momento em que o aparelho do estado
enfrenta grandes dificuldades nº7 a abertura de vagas de emprego, na vila de Morrumbala é notório
observar que existem os chamados patrões do seu próprio negócio que já não pensam em trabalhar
para outros devido a sua rentabilidade que é maior. Na sua actividade empregam, na maior parte, de
um à seis trabalhadores nas suas bancas, e isso mostra que o sector informal abre espaço de
empregabilidade de pessoas oriundas das zonas urbanas e rurais.

4.3- Impacto do Comércio Informal na Vila Sede do Distrito de Morrumbala


Na busca de perceber o impacto do comercio informal na vila do Distrito de Morrumbala, procuramos
saber se os mesmos reconhecem o impacto desta atividade nas suas vidas seja ele negativo ou positivo.
Também procuramos saber se esta atividade tornou as suas vidas mais facilitadas, pedimos exemplos
concretos de realizações oriundos do comercio informal e questionamos também sobre a possibilidade
de abandonar o comércio informal para um emprego mais regrado.
No que concerne ao impacto do comercio informal todos foram unanimes em responder que o
comercio informal gerou um impacto positivo nas suas vidas razão também afirmaram em 100% que
graças ao comércio informa as suas vidas tonaram-se mais facilitada.
Solicitados a mencionar as principais realizações resultantes dos seus negócios maior parte dos
inqueridos com uma percentagem representativa de 40% usou o lucro proveniente do comercio
informal na construção de moradias, 36% investiu na escolaridade dos seus filhos, 13% aplicaram os
seus lucros para ampliar a sua produção agrícola e os restantes 11% aplicaram os seus lucros na
compra de viatura.
Figura 5 – Tempo de permanência no comércio informal

Fonte: Autora (2021)

24
Ainda na análise do impacto do comercio informal, questionamos aos inqueridos sobre a possibilidade
de ingressar na função pública, eis que enquanto a maioria destes com uma percentagem de 67% não
mostraram vontade de ingressar na função pública apresentando vários argumentos: outros
comentaram que já estão acomodados com o seu negócio e a função pública só irá atrapalhar os seus
negócios, pois, terão que dedicar maior parte do seu tempo ao estado. Outros comentaram que estão
muito bem posicionados economicamente quando comparados com os funcionários públicos; e outros
ainda argumentaram que atualmente eles são os patrões, possuem trabalhadores entram nas suas lojas
a qualquer momento e saem sem ter que prestar contas a ninguém. Porém, 33% dos inqueridos
mostrou a possibilidade de ingressar na função pública e justificaram-se dizendo que o negócio só é
bom quando os seus donos estão saudáveis, já no estado o funcionário recebe mesmo estando doente e
existe garantia de segurança social, coisa que não existe no comércio informal.

4.4 - Discussão dos Resultados


No que concerne a caracterização dos comerciantes informais na vila sede do distrito de
Morrumbala, verificou-se que igualmente com as várias partes do pais a maioria dos
comerciantes informais são jovens que não tiveram a oportunidade de continuar com os seus
estudos, seja para ingressar o nível superior ou técnico profissional, optando pelo comercio
informal como forma de vencer a pobreza e sustentar as suas famílias.
Percebemos também que no comércio informal as mulheres encontram alternativas para o
trabalho, pois, durante o inquérito para este estudo foi possível observar que alguns
vendedores, em muitos casos mulheres que exercem a actividade há algum tempo, possuem
carros pessoais para o transporte da sua mercadoria, ostentam colares, brincos e pulseiras de
ouro, o que dá visibilidade à sua prosperidade e estatuto comparativamente com os outros
agentes que operam no mesmo mercado.
Na sua actividade empregam, na maior parte, de um à seis trabalhadores nas suas bancas, e
isso mostra que o sector informal abre espaço de empregabilidade de pessoas oriundas das
zonas urbanas e rurais.
Segundo Mosca (2010,p.85) o Sector Informal contribui para a redução da pobreza, geração
de auto-emprego, criação de rendimentos e acalma eventuais manifestações e revoltas, sendo
deste modo a forma de contribuição do sector informal na redução da pobreza é criando
emprego de modo que as pessoas tenham uma ocupação e terem um rendimento mensal.
Este sector contribui muito para os cidadãos, alguns do sector formal têm as suas rendas
aumentadas devido a prática desta actividade que lhes permite duplicar ou triplicar os seus
ganhos mensais. O que se observa ainda é que, com os valores ganhos na actividade informal
estes usam para as despesas caseiras, pagamento de escolas dos seus educandos e construção

25
de casas de alvenaria é o desejo de todos. Isto mostra duma maneira parcial se não maior, do
abandono das casas precárias às melhoradas, tornando um desenvolvimento ou mudanças no
bairro, no que diz respeito ao alojamento.

Durante a investigação desta monografia foi possível demonstrar que o comercio informal
possui um impacto positivo na vila do distrito de Morumbala, pois, na maioria dos casos os
pequenos empresários tem uma vida superior a quem trabalha no aparelho do estado e que
depende da sua mensalidade, por vezes esta diferença cria inveja entre os moradores
colocando-se na balança da vida entre eles, e são acusados do uso da magia negra para
florescer na vida.

Porque graças ao comércio informal, os cidadãos conseguem alguns atingirem os seus sonhos,
depois das necessidades básicas outros pensam em auto-realização, até mesmo prosperar para
negócios maiores. Sendo assim é notório nos bairros da vila do distrito de Morrumbala a
existência de edificações convencionais e luxosas pertencentes aos comerciantes informais.
Alguns preferem investir em bens de luxo da actualidade, os seus filhos a passearem de
motorizadas com altos telefones que até um formal médio não tem, a nível do bairro
mostrando o poderio dos seus pais.

26
CAPITULO V

5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusão
Depois de uma pesquisa concernente à Análise do Impacto do Comércio Informal na Vila
Sede do distrito de Morrumbala, de acordo com as Metodologias presentes no terceiro
capítulo e os conteúdos do Marco Teórico patentes no segundo capítulo conclui-se o seguinte:

O Sector Informal contribui para a redução da pobreza, geração de auto-emprego, criação de


rendimentos e acalma eventuais manifestações e revoltas, sendo deste modo a forma de
contribuição do sector informal na redução da pobreza é criando emprego de modo que as
pessoas tenham uma ocupação e terem um rendimento mensal.

Ficou claro nesta pesquisa que p comércio informal é a que mais contribui para redução da
pobreza no caso de Moçambique, porque permite as famílias o negócio de produtos vindo das
machambas e outros produtos comprados nas lojas assim como países vizinhos.

Graças ao comércio informal, os cidadãos conseguem alguns atingirem os seus sonhos, depois
das necessidades básicas outros pensam em auto-realização, até mesmo prosperar para
negócios maiores. Sendo assim é notório nos bairros da vila do distrito de Morrumbala a
existência de edificações convencionais e luxosas pertencentes aos comerciantes informais.
Alguns preferem investir em bens de luxo da actualidade, os seus filhos a passearem de
motorizadas com altos telefones que até um formal médio não tem, a nível do bairro
mostrando o poderio dos seus pais.

5.2. Recomendações
Como sugestões recomendamos as seguintes:

 Que o estado crie um programa de segurança social e/ou seguro de vida básico e
favorável aos comerciantes ilegais como forma de motivar acções de auto-emprego.

 Sugere-se também a banca reduza as taxas para aqueles que pretendam ingressar no
comércio informal como forma de impulsionar esta actividade económica.

27
28
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Amaral, I. (2005). Importância do sector informal da Economia Urbana em países da


África Subsariana. Finisterra. Vol.XL.N. 79,53-72.

Baptista, S. S .J (2013).O contributo do sector informal para a renda familiar na


comunidade de kuachena.Tete. Universidade Católica de Moçambique.Trabalho de
dessertação Mestrado em Gestão de Desenvolvimento.

Byiers, B. ( 2009). Informality in Mozambique: characteristics, performance and policy


issues. Nathan Associates Inc. USAID.

Cacciamali, M. C.(1983). Sector informal urbano e formas de participação na produção.


São paulo: Instituto de pesquisas economicas.

Castel, R. (1994). Indigência à exclusão, a desfiliação. Precariedade do trabalho e


vulnerabilidade relacional. In: Lancetti, A.(org.). Saúde loucura, 4, são Paulo:Husitec.

Chichava, J. A. (1998). O Sector Informal e as Economias Locais. Texto de Discussão Nº 8.


Maputo: Ministério da Administração Estatal.

Chivangue, A. A. (2012). Análise das lógicas e práticas do comercio informal. Trabalho de


Dessertação de Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional.Lisboa: Instituto
Superior de Economia e Gestão.

Dalva, A. P. & Nhalivio, M. C.(2009). A contribuição do sector informal na Economia


Moçambicana: utilidade e medição no sistema de contas Nacionais. Sector informal em
Moçambique. INE:Maputo.

Ernst & Young. (2004). Tributação de pequenas actividades Empresariais: com especial
incidência para o sector informal. Draft para proposta de introdução de um regime de
tributação. Maputo.

Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

IBGE. Economia Informal Urbana. Rio de Janeiro. 2005

Instituto Nacional de Estatística. (2006). O sector informal em Moçambique, resultados do


primeiro inquérito nacional (2005). Maputo: INE e Cooperação Italiana.

Lakatos, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. 6 ed. Fundamentos de Metodologia.


Científica. São Paulo: Atlas, 2005.

Lakatos, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.

Lopes, Carlos. (2004). Informalidade e Desenvolvimento: Algumas Pistas para Reflexão,


Congresso Internacional África Camina, Barcelona, 1215 Janeiro 2004.

29
Marconi, M. A e Lakatos, E.M. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Minayo, M.C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22. ed. Rio de
Janeiro: Vozes, 2003.

Mosca, J. (2010). “Pobreza “economia informal,” informalidades e desenvolvimento.”In


pobreza, Desigualdades e Vulnerabilidade em Moçambique, eds. De Brito, Luis, Carlos Nuno
Castel-Branco, Sérgio Chichava, & António Francisco. Maputo: IESE, 83-98.

Nogueira, Michelle. História do comércio. 2015. Disponível em: <


http://www.estudopratico.com.br/historia-do-comercio/>. Acesso em: 11 de Maio de 2017.

Oliveira, Joilma de Deus. Trabalhadores por conta própria: o trabalho dos vendedores
ambulantes da passarela do Natal shopping e do Via Direta. 2009. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Oliveira, Olga Maria Boschi Aguiar de. Monografia Jurídica: orientações metodológicas para
o trabalho de conclusão de curso. Porto Alegre: Síntese, 1999.

Pastore, José. (1998).O Desemprego tem cura? Editora Markon Books. São Paulo

PORTAL SÃO FRANCISCO. Dia do Comércio. 2016. Disponível em: <


http://www.portalsaofrancisco.com.br/calendario-comemorativo/dia-do-comercio>. Acesso
em: 14 de Novembro de 2020.

Quivy, Raymond, and Luc Van CAMPENHOUDT. (2008). Manual de investigação


emciências sociais.5a edição. Edited by Guilherme Valente. Translated by João
MinhotoMARQUES, Maria A. MENDES and Maria CARVALHO.Lisboa: Gradiva-
Publicações, S. A

Repensar Mercados Informais e os Vendedores Ambulantes , Edição nº28450, Maputo.


(28/03/2012). LOPES, C. (2000)

Silva, T. (2005). A organização dos trabalhadores do sector informal dos mercados de


Maputo e sua acção na promoção de melhores condições de vida e trabalho. Papel da
associação dos operadores e trabalhadores do sector informal. Bureau Internacional do
Trabalho. Genebra.

Theodoro, M. (2000). As bases da política de apoio ao sector informal no Brasil. Texto


para a discussão, Brasília, n. 762, p. 7-19, Acedido a 20 de dezembro de 2015 em
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com-
content&view=article&id=1339&Itemid=68>

30
7. APÊNDICES

31
Apêndice 1 – Guião de Entrevista dirigido aos Comerciantes Informais

O presente guião de entrevista dirige-se aos comerciantes informais que exercem as suas actividades
no distrito de Morrumbala com objectivos de colher informações que culminarão com a produção de
uma monografia científica intitulada Impacto de Comercio Informal na Vila – Sede do Distrito de
Morrumbala (2018 – 2020).
Por favor, responda claramente as questões que lhe serão colocadas e não se preocupe, pois, os dados
aqui recolhidos serão conservados apenas para os fins acima referenciados.
1. Sexo? Masculino ( ) Feminino ( )
2. Qual é a tua Idade? ____ Anos
3. Qual é o seu nível académico?_______________
4. A quanto tempo opera neste ramo de negócio?______________
5. O que o motivou a ingressar neste tipo de comércio?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6. Estas satisfeito com a atividade de desempenhas?
Sim ( ) Não ( )
7. Tens outra fonte de renda?
Sim ( ) Não ( )
8. Se sim, qual?
__________________________________________________________________________________
9. Qual foi a fonte de capital usada para iniciar esta atividade comercial?
Poupança Pessoal ( ) Empréstimo Bancário ( ) Doação ( ) Ajuda do Governo ( )
10. Na sua opinião, este tipo de negócio é aconselhável?
Sim ( ) Não ( )
11. Qual é o impacto desta atividade comercial na sua vida?
Positivo ( ) Negativo ( )
12. Graças a este negócio a sua vida tornou-se mais facilitada?
Sim ( ) Não ( )
13. Mencione as 3 principais realizações resultantes deste negócio?
__________________________________________________________________________________________

1. Se tivesse uma oportunidade de trabalhar na Função Pública, aceitaria? Porque?


__________________________________________________________________________________________

Sugestões:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Fim. Obrigada Pela Atenção Dispensada!

32
Apêndice 2 – Guião de Entrevista dirigido ao Director da Actividades Económicas

1 - Já ouviu falar do Comércio informal?


a) – Sim ( ); b) – ( Não )
2 - O Distrito tem Morrumbala pratica – se o comércio informal?
a) – Sim ( ); b) – Não ( ).
3 – O comercio informal traz beneficio para a população da Vila – Sede de
Morrumbala?
a) – Sim ( ); b) - (Não).
4 – Conhece um praticante do comercio informal bem sucedido?
a) – Sim ( ); b) Não ( )
5 – O comércio informal tem impacto no desenvolvimento da vila?
a) - Sim ( ); b) – Não ( ).
6 - Os praticantes do comercio informal tem locais preferidos?
a) – Sim ( ); b) - Não ( ).
7 – A falta de emprego motiva a praticar o comércio informal?
a) – Sim ( ); b) – Não ( ).
8 – Os praticantes do comércio informal têm outras fontes de renda?
a) - Sim ( ); b) - Não ( ).
9 - O desenvolvimento da Vila tem a ver com o comercio informal?
a) - Sim ( ); b - Não ( ).
10 – As Actividades Económicas têm a estatística de quantos são os comerciantes
informais?
a) - Sim ( ); b) – Não ( ).

Fim. Obrigada Pela Atenção Dispensada!

33

Você também pode gostar