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Índice

ELECTROSTÁTICA ..................................................................................................................................................... 5
CARGA ELÉCTRCA ................................................................................................................................................ 5
Partículas elementares do átomo ................................................................................................................... 5
QUANTIZAÇÃO DA CARGA ............................................................................................................................... 6
Carga eléctrica Pontual ................................................................................................................................ 6
Princípio de Conservação da carga eléctrica ................................................................................................... 6
Processos de Electrização .................................................................................................................................... 7
Electrização por fricção ou atrito .................................................................................................................... 7
Electrização por contacto ................................................................................................................................ 7
Electrização por influência ou por indução ..................................................................................................... 7
Condutores e Isolantes ........................................................................................................................................ 8
Lei de Coulomb .................................................................................................................................................... 8
Princípio de superposição das cargas .............................................................................................................. 9
Campo eléctrico ................................................................................................................................................... 9
Campo Eléctrico criado por cargas pontuais ................................................................................................. 10
Sobreposição de campos eléctricos de cargas pontuais ............................................................................... 10
Campo Eléctrico vectorial .................................................................................................................................. 11
Linhas de força de um campo eléctrico ......................................................................................................... 11
Campo de um Dipolo Eléctrico ...................................................................................................................... 12
Campo eléctrico criado por uma carga em distribuição contínua ................................................................. 14
Tipos de Distribuições................................................................................................................................ 14
Linear ..................................................................................................................................................... 14
Superficial .............................................................................................................................................. 14
Volumétrica ........................................................................................................................................... 14
Tarefa ................................................................................................................................................. 15
Campo ELÉCTRICO uniforme ............................................................................................................................. 15
Fluxo Eléctrico ............................................................................................................................................... 15
Lei de Gauss ............................................................................................................................................... 16
Aplicação da Lei de Gauss ...................................................................................................................... 16
Carga pontual .................................................................................................................................... 16
Cilindro .............................................................................................................................................. 17
Campo de uma película infinita de cargas ..................................................................................................... 18
Distribuição de carga num isolante com simetria esférica ............................................................................ 19
Intensidade do campo num ponto exterior da esfera (r > a). ................................................................... 19
Carga pontual ............................................................................................................................................ 19

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Campo Eléctrico no interior da Esfera (r < a) ............................................................................................. 19


Um condutor carregado e isolado ................................................................................................................. 20
Propriedades de um condutor em equilíbrio electrostático: .................................................................... 20
Potencial Eléctrico ............................................................................................................................................. 21
Potencial de Uma carga Pontual ................................................................................................................... 21
Potencial criado por várias cargas Putiformes .............................................................................................. 22
Potencial de um dipolo eléctrico ................................................................................................................... 22
Potencial para a distribuição contínua de cargas .......................................................................................... 22
Tarefa ................................................................................................................................................. 23
Corrente Eléctrica .................................................................................................................................................. 23
Velocidade de Migração .................................................................................................................................... 23
Densidade da Corrente eléctrica ................................................................................................................... 24
Relação entre a densidade da corrente e campo eléctrico ....................................................................... 25
Lei de Ohm......................................................................................................................................................... 25
Resistores não Ôhmicos ................................................................................................................................ 26
Resistores Ôhmicos ....................................................................................................................................... 26
Potência Elétrica – Lei de Joule ......................................................................................................................... 27
Leis de Kirchhoff ................................................................................................................................................ 28
Regra dos Nós ................................................................................................................................................ 28
Regra das Malhas .......................................................................................................................................... 29
Aplicação das Leis de Kirchhoff ................................................................................................................. 29
aplicação da Lei dos Nós ........................................................................................................................ 30
aplicação da Lei das Malhas .................................................................................................................. 30
Campo Magnético ............................................................................................................................................. 30
regra da mão esquerda ................................................................................................................................. 31
Movimento de Cargas na presença de Campo Magnético ........................................................................ 32
Lei de Biot-Savart........................................................................................................................................... 33
Aplicação da Lei de Biot-Savart ................................................................................................................. 36
Campo Magnético de um solenoide .............................................................................................................. 36
Lei de Biot- Savart ...................................................................................................................................... 37
Fluxo Magnético ............................................................................................................................................ 38
Equações de Maxwell ................................................................................................................................ 38
Lei de Ohm generalizada para Corrente Alternada ........................................................................................... 39
Circuito puramente Resistivo ........................................................................................................................ 40
Corrente alternada ........................................................................................................................................ 40
Fontes da corrente Alternada.................................................................................................................... 40
ELEMENTOS DE UM CIRCUITO AC ................................................................................................................. 41

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Capacitor................................................................................................................................................ 42
CIRCUITO RLC DE MALHA SIMPLES ............................................................................................................ 43

Índice de Gráficos

Gráfico 1: Resistores ôhmicos obedecem a lei de Ohm ........................................................................................ 26


Gráfico 2: Resistências não ôhmicas, não obedecem a lei de Ohm ...................................................................... 26
Gráfico 3: Sinal da intensidade da corrente .......................................................................................................... 41
Gráfico 4: Sinal de i num circuito com indutor ...................................................................................................... 42
Gráfico 5: Sinal de i num circuito com capacitor ................................................................................................... 43

Índice de tabelas

Tabela 1: Códigos de classificação dos resistores.................................................................................................. 27


Tabela 2: Equações de Maxwell ............................................................................................................................ 38

Índice de figuras

Figura 1: Electrização de dois corpos por atrito ...................................................................................................... 7


Figura 2 Electrização de dois corpos por contacto .................................................................................................. 7
Figura 3: Electrização de dois corpos por indução .................................................................................................. 8
Figura 4: Sobreposição dos campos eléctricos de uma carga Q1, positiva e uma carga Q2, negativa ................... 11
Figura 5: Representação do campo eléctrico (a) ................................................................................................... 12
Figura 6: Representação do campo eléctrico (b) ................................................................................................... 12
Figura 7: Determinação do campo eléctrico de um dipolo ................................................................................... 13
Figura 8: Carga em distribuição contínua .............................................................................................................. 14
Figura 9 fluxo do campo eléctrico ......................................................................................................................... 16
Figura 10: Superfície circular introduzida .............................................................................................................. 17
Figura 11: Superfície gaussiana para uma carga pontual ...................................................................................... 17
Figura 12: Superfície cilíndrica (aplicação da Lei de gauss) ................................................................................... 18
Figura 13 Película infinita de cargas ...................................................................................................................... 18
Figura 14: Superfície Gaussiana esférica ............................................................................................................... 19
Figura 15: Carga no interior da superfície gaussiana ............................................................................................ 19

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Figura 16: Fio metálico condutor .......................................................................................................................... 23


Figura 17: Partícula em movimento ...................................................................................................................... 24
Figura 20: Cores num resistor ............................................................................................................................... 27
Figura 21: Circuito com várias malhas e nós ......................................................................................................... 28
Figura 22: Circuito elétrico para aplicar as leis de Kirchhoff ................................................................................. 29
Figura 23: linhas do campo magnético em um íman ............................................................................................ 31
Figura 24: Regra da mão esquerda ........................................................................................................................ 32
Figura 25: Força de Lorentz ................................................................................................................................... 33
Figura 26: Campos magnéticos produzidos por correntes elétricas ..................................................................... 34
Figura 27: Campo magnético devido a um fio condutor. ...................................................................................... 35
Figura 28: Campo eléctrico produzido por uma carga infinitesimal...................................................................... 35
Figura 29: Campo magnético produzido por correntes em uma espira ................................................................ 36
Figura 30: Campo magnético criado por um solenoide ........................................................................................ 37
Figura 31: Circuito RLC........................................................................................................................................... 41
Figura 32: Circuito com uma fonte AC e um resistor ............................................................................................ 41
Figura 33: Circuito com Indutor ............................................................................................................................. 41
Figura 34: Circuito com capacitor .......................................................................................................................... 42
Figura 35: Circuito com um resistor, indutor e capacitor ...................................................................................... 44

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ELECTROSTÁTICA

Refere-se a parte da electricidade que se ocupa no estudo das interacções e das propriedades
dos sistemas de cargas eléctricas em repouso (fixas) em relação a um sistema de referencial.

Os princípios que fundamentam a electrostática são: o Princípio da Atracção e Repulsão


enunciado por Charles François Du Fay, tendo sido reforçado pelas experiências realizadas por
Benjamim Franklin, trazemdo o Princípio de Conservação da Carga Eléctrica, isso no início do
séc. XVII.

Imaginemos um bastão de vidro esfregado a um pedaço de seda, e que o


mesmo seja suspenso de maneira que oscile. Depois aproximamos outro
bastão idêntico também esfregado a uma seda, veremos que o movimento
será de afastamento, isso indica que as cargas se repelem. Colocando um
pedaço de seda perto do bastão pendurado, verifica-se uma aproximação,
que indica atração entre as carga negativas da seda e as positivas do bastão.
A esfregação dos bastões faz com que fiquem eletricamente carregados.
Repetindo essa experiência com vários bastões de materiais diferentes
Benjamim Franklin, chegou a conclusão que os objetos possuíam uma
quantidade de eletricidade normal, que podia ser transferida de um corpo
para outro pelo atrito entre eles, ficando um deles com excesso de carga e o
outro com falta de carga na mesma proporção. Corpos com cargas iguais se
repelem e com cargas diferentes se atraem.

CARGA ELÉCTRCA

A carga eléctrica é uma das propriedades fundamentais da matéria associada a algumas


partículas elementares (partículas que constituem os átomos como: protões, electrões,
positrões, neutrões, neutrinos, etc) que determina as interacções electromagnéticas.

Porém, a carga eléctrica (Q ou q) de um corpo é, medida independentemente do


conhecimento de número de electrões, embora seja o defeito ou o excesso de electrões que
determina o valor dessa carga.

No SI é tida com a unidade de 1 Coulomb (1C), em homenagem a Charles Augustin Coulomb.

PARTÍCULAS ELEMENTARES DO ÁTOMO

[a] Protão– Carga Positiva – m = 1,673 x 10-27 Kg


[b] Neutrão – Sem Carga – m = 1,673 x 10-27 Kg
[c] Electrão– Carga Negativa – m = 9,109 x 10-31 Kg

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 Nº Prótões = Nº Elétrões Átomo eletricamente Neutro


 Nº Prótões > Nº Elétrões Átomo eletricamente Positivo (ião positivo)
 Nº Prótões < Nº Elétrões Átomo eletricamente Negativo (ião negativo)

A quantidade de protões existentes no núcleo do átomo determinam o seu número atómico,


chamado de Z.

QUANTIZAÇÃO DA CARGA

Em volta do núcleo há um número de electrões que em condições normais é igual a o nº


atómico, cada um deles com sua carga negativa de mesmo valor que a do próton, de modo
que em condições normais a carga elétrica do átomo é nula. A carga elétrica do próton é +e e
a carga elétrica do elétron é –e (sendo e a unidade fundamental de carga elétrica).

Então, a carga eléctrica Q pode ser quantizada: Q= n.e n= número de elementos(0, 1, 2, 2,


…). Onde Q é carga eléctrica, e= carga elementar =1,6 x 10-19C

CARGA ELÉCTRICA PONTUAL

É um modelo físico da carga eléctrica cujas dimensões podemos desprezar em relação a


distância entre esta carga e o ponto de observação. Consideramos como se carga estivesse
concentrada num ponto.

PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃO DA CARGA ELÉCTRICA

A conservação da carga eléctrica significa que a carga não pode ser criada e nem destruída,
apenas transferida de um corpo para o outro. Isso leva a estabelecer a seguinte conclusão: “
num sistema electricamente isolado é constante a soma das cargas eléctricas”.

q i  const

Esta lei explica igualmente o fenómeno que ocorre em processos de electrização, onde há
conservação da carga. Assim sendo, se destacam três tipos de electrização: Fricção, contacto
e influência.

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PROCESSOS DE ELECTRIZAÇÃO

ELECTRIZAÇÃO POR FRICÇÃO OU ATRITO

Consiste em friccionar dois corpos previamente neutros em que o corpo mais electronegativo
atrai electrões do menos electronegativo devido a transferência de electrões ficam
electrizados com sinais contrários.

Figura 1: Electrização de dois corpos por atrito

ELECTRIZAÇÃO POR CONTACTO

A electrização de um corpo por contacto ocorre ao colocar-se um corpo inicialmente neutro


em contacto com um outro corpo já electrizado, quer positivamente ou negativamente. Neste
caso após o contacto, o corpo outrora neutro electriza-se positivamente ou negativamente
mediante o estabelecimento em contacto com um corpo electrizado positivamente ou
negativamente. Quer dizer, que no fim do processo ambos os corpos adquirem cargas do
mesmo sinal.

Figura 2 Electrização de dois corpos por contacto

ELECTRIZAÇÃO POR INFLUÊNCIA OU POR INDUÇÃO

Quando se aproxima um corpo electrizado a um condutor neutro isolado, sem

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estabelecer contacto, verifica-se que este se electriza sem que tenha havido transferência de
electrões entre eles (indução electrostática).

A experiência mostra que a parte do induzido mais próxima do indutor fica electrizada com
carga de sinal contrário à do indutor e a mais afastada com carga do mesmo sinal do indutor.
Para conservar a carga no induzido, basta nestas condições ligar o induzido à terra e a carga
negativa dele escoa-se para a terra. Cortando imediatamente a ligação terra e retirando o
indutor, irá haver distribuição de electrões no induzido de modo que todo ele fique electrizado
com carga de sinal contrário ao indutor.

Figura 3: Electrização de dois corpos por indução

CONDUTORES E ISOLANTES

Em alguns materiais encontrados na natureza, como cobre, ouro, ferro, etc, alguns electrões
de seus átomos podem se deslocar livremente. Esses materiais são chamados de Condutores.

Já outros materiais como madeira, plástico, vidro, etc, os eléctrões são tão fortemente ligados
ao átomo que não podem se deslocar com liberdade. São os materiais chamados de Isolantes.

A condutividade ou a propriedade isolante depende da natureza química dos materiais, mais


especificamente de seus átomos, que possuem ou não uma grande quantidade de electrões,
podendo ter um ou mais electrões livres para se deslocar pelos átomos.

LEI DE COULOMB

Formulada em 1785, via experimental pelo francês Charles Augustin Coulomb, diz que “Duas
cargas pontuais estacionárias q1 e q2 se repelem ou se atraem com uma força proporcional ao
produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância r entre elas”.

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A força Coulombiana tem a direcção do segmento que une as cargas e age igualmente sobre
cada carga.

F  k q1r.2q2 Força de interacção entre as cargas imóveis.

Onde:
q1 e q2 são cargas eléctrica, expressas em Coulomb
r é a distância que separa as cargas.
1
K é a constante de Coulomb, cujo valor é 9.109N.m2/c2, também é expresso por k= 4 ,

 = 8,85.10-12 C2/N.m2 permissividade dieléctrica do vácuo.

No S.I de unidades a força de Coulomb é expressa em 1N (1Newton).

PRINCÍPIO DE SUPERPOSIÇÃO DAS CARGAS

A força de Coulomb que acaba de se analisar não é modificada pela presença de uma terceira
carga, quer dizer a força resultante FR que actua sobre uma carga por parte de um sistema de
n cargas, é igual a soma vectorial das forças de cada carga em separado, isto é:

n i
FR   Fi
i 1

CAMPO ELÉCTRICO

Uma carga eléctrica, colocada numa dada região do espaço, cria um campo eléctrico ou seja,
um estado especial do espaço físico, que pode ser detectado por exemplo, por um
electroscópio1.

1 Produzir portefólio sobre o electroscópio e o pêndulo eléctrico.

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Se num ponto p de um campo eléctrico colocar-se uma carga eléctrica pontual (corpo de
prova) q, esta seria actuada por uma força F. Colocando no mesmo ponto cargas eléctricas
pontuais, de valores duplo, tripo do da carga teste inicial, elas seriam actuadas por forças com
a mesma linha de acção e de módulo duplo, triplo do da força que actuaria a carga q. A final

F
no ponto p, é constante o vector q . Assim, em qualquer ponto do campo electrostático o

vector não depende do corpo de prova utilizado mas, unicamente da posição do ponto no
campo eléctrico.

Essa modificação que um corpo eletricamente carregado produz no espaço é chamado de


Campo Elétrico.

Uma carga provoca então um Campo Elétrico E em todo o espaço e é este campo que atua
sobre a partícula distante. A força elétrica é então exercida pelo Campo Elétrico e não pela
primeira carga.

A equação da definição da grandeza campo eléctrico é: E  Fq


Onde: E é o campo eléctrico F é a força eléctrica q é a carga de prova

CAMPO ELÉCTRICO CRIADO POR CARGAS PONTUAIS

Partindo de que: e que E=F/q substituindo, conclui-se que:

Onde: q2 é a carga que gera o campo eléctrico, d a distância entre as cargas e k a constante
eléctrica do meio

A unidade S.I. de campo eléctrico, tirada da sua definição é Newton por Coulomb(N/C).

SOBREPOSIÇÃO DE CAMPOS ELÉCTRICOS DE CARGAS PONTUAIS

Se o campo eléctrico E, for de um sistema de n cargas pontuais, Q1, Q2, Q3, …, Qn, num ponto
p do espaço irão sobrepor-se os campos eléctricos, E1, E2, E3, .., En, de cada uma das cargas
n i

independentemente, de tal modo que: E= E1 + E2 + E3 + ... + En ou E= E


i 1
i

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Em particular, o campo resultante de duas cargas pontuais é E= E1 + E2 , o seu módulo é

achado segundo o teorema dos cossenos: E  E12  E22  2 E1.E2 .Cos

α- ângulo entre os vectores E1 e E2

Figura 4: Sobreposição dos campos eléctricos de uma carga Q1, positiva e uma carga Q2, negativa

CAMPO ELÉCTRICO VECTORIAL

Suponhamos uma distribuição de cargas q1, q2, q3... qn, fixas no espaço. No entanto, vejamos
não as forças que elas exercem ente si, mas apenas os efeitos que produzem sobre alguma
outra carga q0 (carga de prova) que seja trazida as suas proximidades.

 n q0 qi 
F k 
^
Sabemos que a força sobre q0 é: r 0,i . Assim, se dividirmos F por q0 teremos:
i 1 r 2
0, i

 
F n q K0q ^
. Logo: E 
^

 k  2i r 0,i
r2
r
q0 i 1 r0,i

LINHAS DE FORÇA DE UM CAMPO ELÉCTRICO

O campo eléctrico pode ser visualizado por meio de um sistema de linhas de força orientadas,
que partem de cargas positivas e terminam em cargas negativas.

Cada linha de força2 é constituída de tal modo que a tangente num dado ponto da linha está
dirigida ao longo do vector E neste ponto. Assim, dada uma linha de força podemos

2 Linha de força é definida como uma curva tangente em cada ponto à direcção do campo neste ponto.

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determinar a direcção do campo eléctrico, pois será a tangente à curva e o sentido do mesmo
no ponto, indicado por sua orientação.

Figura 5: Representação do campo eléctrico (a)

Figura 6: Representação do campo eléctrico (b)

Veja que:

[a] Linhas de campo elétrico principiam nas cargas positivas e terminam nas cargas
negativas.
[b] Ao divergir de uma carga ou convergir para uma carga, as linhas de campo são
simétricas em torno da carga.
[c] O número de linhas do campo que divergem de uma carga positiva ou convergem para
uma carga negativa é proporcional à carga.
[d] A densidade de linhas (isto é, o número de linhas por unidade de área perpendicular a
direção das linhas) em torno do ponto é proporcional ao valor do campo elétrico neste
ponto.
[e] A grandes distâncias de um sistema de cargas, as linhas de campo são uniformemente
espaçadas e radiais, como se fossem as do campo de uma única carga elétrica
puntiforme igual à carga elétrica líquida do sistema.
[f] Duas linhas de campo nunca tem um ponto de cruzamento, o que indicaria duas linhas
do campo E num mesmo ponto do campo.

CAMPO DE UM DIPOLO ELÉCTRICO

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Dipolo eléctrico, chama-se ao conjunto de duas cargas iguais e de sinais contrários. Nesta
aplicação vamos calcular o campo eléctrico, em ponto P qualquer do eixo perpendicular à
linha que passa pelas duas cargas.

Figura 7: Determinação do campo eléctrico de um dipolo

  
Pelo princípio de sobreposição temos: E x  E   E

Em módulo, E+ = E-, pois as cargas e suas distâncias ao ponto P são iguais. Para calcular o
campo eléctrico resultante, temos que decompor os campos vectoriais E+ e E- em suas
  
componentes paralelas aos eixos x e y: E x  E  x  E x cujo módulo é E x  E  x  E x . De

acordo com a Figura 5, temos o seguinte: E x  E cos( ) e E x  E cos( ) .

Substituindo as equações, podemos calcular a resultante do campo eléctrico, no eixo x, devido

as cargas +q e -q: E x  E  x  E x = E cos( ) + E cos( ) = ( E  E ) cos( ) . Como E+ = E-,

temos que E x  2E cos( ) . Desta forma a componente resultante no eixo x é igual a;

R 2
 r 2  (a ) 2
2
q
Ex  2k cos , sendo: e
R2
a
cos  2 
r  (a ) 2
2
2

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aq
Então, E x  2k . A componente resultante na direcção y será nula por simetria,
r 2
 (a )
2
2

3
2

pois E y  E y  E y .

CAMPO ELÉCTRICO CRIADO POR UMA CARGA EM DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA

Figura 8: Carga em distribuição contínua

Uma carga distribuida continuamente numa superfície, linha ou volume gera no geral um
 kq ^
campo eléctrico:  E  r . Se, se considerar uma pequena parte da superície, linha ou
r2
 kdq ^   dq ^
volume tem-se dE 
r2
r . Usando o Princípio da Superposição: E   d E  k  r2 r .

TIPOS DE DISTRIBUIÇÕES

LINEAR

A carga é distribuída ao longo de um comprimento (exemplo: fio, barra, anel). Densidade


dq
 dl ^
linear da carga: dl . Então : E  k r
r2
dq  dl

SUPERFICIAL

A carga é distribuída ao longo de uma superfície (por exemplo: disco, placa). Densidade
dq

ds
ds ^
superficial da carga: . Então: E  k r
r2
dq  ds

VOLUMÉTRICA

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A carga é distribuída no interior de um volume (exemplo: esfera, cilindro, cubo). Densidade


dq

dv
dv ^
volumétrica da carga: . Então: E r
r2
dq  dv

TAREFA

Determinar o campo eléctrico criado por:

1. Uma linha de cargas.


2. Um anel carregado ao longo do seu eixo.
3. Um disco carregado ao longo do seu eixo.

CAMPO ELÉCTRICO UNIFORME

Se nos diferentes pontos de uma dada região do espaço, E tiver o mesmo módulo, a mesma
direcção e o mesmo sentido, diz-se que, nessa região, o campo eléctrico é uniforme. As linhas
de força de um campo uniforme são paralelas e separadas igualmente uma da outra, tal como
pode ser produzido um plano infinito carregado com a densidade superficial.

Na prática, um campo quase uniforme realiza-se entre duas placas metálicas paralelas e
carregadas com cargas diferentes em sinal e iguais em módulo. O campo produzido concentra-
se todo ele no espaço interior entre as placas.

FLUXO ELÉCTRICO

Fluxo eléctrico é uma medida do número de linhas do campo eléctrico que atravessam uma
determinada superfície.

Quando a superfície atravessada envolve uma determinada quantidade de carga eléctrica, o


número líquido de linhas que atravessam a superfície é proporcional à carga líquida no interior
da superfície.

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Figura 9 fluxo do campo eléctrico

LEI DE GAUSS

A nova formulação da lei de Coulomb gerou a Lei de Gauss3, onde são visíveis vantagens para
situações especiais. Quer dizer, a lei de coulomb aplica-se a todos problemas electrostáticos
sem ou com pequeno grau de simetria mas, os de grande grau de simetria usa-se a lei de
Gauss. Da lei de Coulomb, se expressa o campo eléctrico de uma carga pontual:

E 1 Q
4 d 2

A lei de Gauss fornece outro modo de escrever esta equação. Ainda assim, ela sempre exige
que seja esboçada uma figura cuja superfície seja fechada e hipotética, chamada superfície
gaussiana. A tal superfície deve ser adequada a simetria do problema, podendo ser uma
esfera, um cilindro ou outra forma simétrica e sempre fechada para permitir distinguir pontos
que estão dentro, na superfície ou fora dela.

APLICAÇÃO DA LEI DE GAUSS

CARGA PONTUAL

3
Carl Friedrich Gauss (1777-1855), Matemático e Físico Alemão

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Usa-se quando os objectos são esféricos e para cargas pontuais. O vector normal à superfície
 
aponta para fora dela. A integral sobre a superfície fechada:  E.d A  E (4r 2 )
S

Figura 10: Superfície circular introduzida

q   q   q
Pela Lei de Gauss    E.d A     E.d A  E (4r ) 
2
como, , então,
0 S 0 S 0
q
E
4 0 r 2

Figura 11: Superfície gaussiana para uma carga pontual

CILINDRO

Pode-se usar quando objectos de forma cilíndrica e linhas de carga. A integral sobre a
 
superfície é:  E.d A  E (2rL)
S

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Figura 12: Superfície cilíndrica (aplicação da Lei de gauss)

dq
Consideremos uma linha de cargas infinita com densidade de carga uniforme λ:   e
dl
q   L 
 . Assim,  E.d A  E (2rL) , então E (2rL)  ou E
0 S 0 2rL 0

CAMPO DE UMA PELÍCULA INFINITA DE CARGAS

Figura 13 Película infinita de cargas

q
 Densidade superficial de cargas constantes
A

 

 E.d A  EA  ( E )( A)  2EA


S

log o :
A
2 EA 
0

Fluxo devido a película de cargas: faces paralelas no plano. Então: E=/20 ( forma escalar) ou

 ^ (forma vectorial).
E n
2 0

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DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NUM ISOLANTE COM SIMETRIA ESFÉRICA

INTENSIDADE DO CAMPO NUM PONTO EXTERIOR DA ESFERA (R > A).

Figura 14: Superfície Gaussiana esférica

  q
   E.d A 
0
q Q
 EdA  E  dA  E 4r  E 
2

0 4 0 r 2

CARGA PONTUAL

Sendo:
4 R 3
Q
3 0
Então

R 3
E
3 0 r 2

CAMPO ELÉCTRICO NO INTERIOR DA ESFERA (R < A)

Figura 15: Carga no interior da superfície gaussiana

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  q
   E.d A 
0
q 4 r 3 r
 EdA  E  dA  E 4r   0  sendo, q  3 0  E  3 0
2

UM CONDUTOR CARREGADO E ISOLADO

Qualquer excesso de carga colocado em um condutor isolado se moverá inteiramente para a


superfície do condutor. Nenhum excesso de carga será encontrado no interior do condutor,
porque as cargas iguais se repelem.

Imagine um pedaço isolado de cobre, suspenso por um fio isolante e tem uma carga adicional
q. Traça-se uma superfície gaussiana junto a face interna da superfície real do condutor. O
campo eléctrico no interior do condutor deve ser zero, pois não existem correntes
permanentes num condutor isolado.

Como E é nulo por toda a parte dentro do condutor, ele tem de ser nulo em todos os pontos
da superfície gaussiana, pois esta imaginada junto à superfície do condutor, sem dúvida está
dentro dele, o que significa que o fluxo através da superfície gaussiana tem de ser zero. A Lei
de Gauss diz que a carga dentro da superfície gaussiana, também tem de ser nula. Neste caso
a carga só pode estar do lado de fora, quer dizer, tem de estar sobre a superfície real do
condutor.

PROPRIEDADES DE UM CONDUTOR EM EQUILÍBRIO ELECTROSTÁTICO:

1. O campo eléctrico é nulo em qualquer ponto no interior do condutor.

2. Qualquer excesso de carga, num condutor isolado, deve estar, necessária e inteiramente,
na superfície do condutor.

3. O campo eléctrico na face externa da superfície de um condutor é perpendicular à superfície


do condutor e tem o módulo igual a E=σ/ε0, onde σ é densidade a carga por unidade de área
no ponto da superfície.

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4. Num condutor com forma irregular, a carga tende a acumular-se nos locais onde o raio de
curvatura da superfície é pequeno, isto é, onde a superfície é pontiaguda.

POTENCIAL ELÉCTRICO
B
W AB   Fds  W AB  Ep B
A

 W AB  Ep B  Ep A
B 
F
log o : Ep B  Ep A    qEds h
A

Ep
 mas,U   potencial
q A
B
d
 q(U B  U A )  q  Eds
A

 B
 U B  U A    Eds  U    Eds  ddp
A A

POTENCIAL DE UMA CARGA PONTUAL

B
W AB  q  Eds
A +Q
r q
E
B A

W AB B 
  E ds  mas W AB  W A  WB
q A q q

W A WB B
   Eds
q q A
Então temos: B
U A  U B   Eds 
A

Mas a posição de partida A era o infinito, e temos que UA=O, então:

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B B r
q 1
0  U B   Eds  U B    Eds, como  E  k 2
 U B  kq  2 dr
A A r 
r

r
 1 q
 U B  kq    U B  k
 r  r
POTENCIAL CRIADO POR VÁRIAS CARGAS PUTIFORMES

U  U1  U 2  U 3  ...U n
Partimos do princípio de superposição: 1 1 1 1
U  kq    ... 
 r1 r2 r3 n

n
Qi
U  k
i 1 ri

POTENCIAL DE UM DIPOLO ELÉCTRICO

n
U  U i  U   U 
i 1

 Q (Q)  r r
U  k     U  kQ   , sendo  r .r  d cos ; r .r  r 2
 r r  r .r
d cos
 U  kQ , mas  dQ  p  momento * de * um * dipolo
r2
p
Assim : U  k 2 cos
r

POTENCIAL PARA A DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DE CARGAS

dQ
dU  k
r

Esta integral deve ser feita sobre toda a distribuição de carga (linear, superficial, volumétrica).
Neste caso a análise estará no interesse de duas distribuições contínuas de carga:

Linha de carga dQ =  dx.

1 dQ 1 .dx
Substituindo dQ =  dx, na espressão dU = tem-se que: dU 
4 0 r 4 0 r

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r é uma norma, logo o seu módulo é determinado pelo teorema de Pitágoras: r= (r12  r22 )

e voltando a substiruir este módulo de r, a equação acima toma a forma:


1 .dx
dU 
4 0 (r12  r22 )

TAREFA

Determinar o potencial para outras distribuições de cargas contínuas.

CORRENTE ELÉCTRICA

É o fluxo das cargas eléctricas em um condutor por unidade de tempo.

No entanto, há corrente eléctrica sempre que houver movimento de cargas numa certa
direcção.

Por outra quando se aplica uma diferença de potencial num condutor, por exemplo ao ligar-
se a uma bateria, há um campo eléctrico no condutor que gera uma força eléctrica sobre cada
electrão e subsequentemente uma corrente.

A carga total transferida durante um intervalo de tempo é a integral da corrente eléctrica.


dQ 1C
I sendo a unidade 1A 
dt 1s

Figura 16: Fio metálico condutor

VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO

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A figura 2 mostra um volume cilíndrico contendo cargas eléctricas que se deslocam com uma
velocidade denominada velocidade de migração, ou condutora. A intensidade da corrente
eléctrica é o resultado desse movimento ordenado de cargas eléctricas.

Figura 17: Partícula em movimento

Q n.q
A quantidade de carga contida neste volume é: I   , se multiplicarmos e
t S
v
n.q.v. A
dividirmos a fracção por A. Temos: I  , sendox. A  V ; n.V  N , temos :
V
I
I  N .q.v. A . v  , sendo N a quantidade partículas livres por unidade de tempo.
N .q. A

DENSIDADE DA CORRENTE ELÉCTRICA

A corrente eléctrica atravessando um elemento de superfície de área da com normal n pode


ser obtida a partir do vector densidade da corrente eléctrica J.

^
dI  J .n .dA , mas temos que I  N .q.v.dA

 ^
J .n .dA  N .q.v.dA
Assim:  ^
J . n  N .q.v

A velocidade de arraste foi tomada no mesmo sentido e direcção do vector normal, portanto:


J  N .q.v medida no S.I A
m2

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RELAÇÃO ENTRE A DENSIDADE DA CORRENTE E CAMPO ELÉCTRICO

O movimento ordenado das cargas, com velocidade v, deve-se a um campo eléctrico aplicado
por um agente externo.

A resposta do meio material constitui uma relação entre J e E que vai depender da natureza
do material do condutor.

Para diversos isótropos, como líquidos e sólidos vale a lei de Ohm:

 
J   . E , Onde σ é a condutibilidade eléctrica do material

LEI DE OHM

No começo do século XIX, Georg Simon Ohm (1787-1854) mostrou experimentalmente que a
corrente elétrica, em condutor, é directamente proporcional a diferença de potencial
aplicada. Esta constante de proporcionalidade é a resistência R do material. Então de acordo
com as experiências de Ohm, tem-se que; U AB  I .R .

Para chamá-la de Lei de Ohm, deve-se então demonstrar que a corrente através de um
condutor metálico é proporcional à voltagem aplicada, I ~ U. Isto é, R é uma constante,
independente da ddp U em metais condutores. Mas em geral esta relação não se aplica, por
exemplo aos diodos e transistores.

Dessa forma a lei de Ohm não é uma lei fundamental, mas sim uma forma de classificar certos
materiais. Os materiais que não obedecem a lei de Ohm são ditos ser não ôhmicos.

As resistências que obedecem a equação são denominados por resistências ôhmicas.

Para estas resistências a corrente elétrica I que os percorre é diretamente proporcional à


voltagem ou ddp U aplicada. Consequentemente o gráfico U versus I é uma linha reta, cuja
inclinação é igual ao valor da resistência elétrica do material, como mostra o gráfico abaixo,

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Gráfico 1: Resistores ôhmicos obedecem a lei de Ohm

RESISTORES NÃO ÔHMICOS

Em muitos condutores observa-se que, alterando a ddp U nas extremidades destes materiais
altera-se a intensidade da corrente elétrica I, mas a duas grandezas não variam
proporcionalmente, isto é, o gráfico de U versus I não é uma reta e portanto eles não
obedecem a lei de Ôhm (veja gráfico abaixo). Estas resistências são denominadas de
resistências não ôhmicas.

Gráfico 2: Resistências não ôhmicas, não obedecem a lei de Ohm

Unidade de resistência elétrica é chamada ohm e é abreviado pela letra grega ômega Ω.

RESISTORES ÔHMICOS

Em circuitos elétricos a resistência é representada pelo símbolo . O valor da


resistência de um dado resistor é escrito no seu exterior ou é feito por um código de cores
como mostrado na figura e tabela abaixo: as duas primeiras cores representam os dois
primeiros dígitos no valor da resistência, a terceira cor representa a potência de 10 que o valor
deve ser multiplicado, e a quarta cor é a tolerância no erro de fabricação. Por exemplo, um
resitor cujas quatro cores são vermelho, verde, laranja e ouro têm uma resistência de 25.000
Ω ou 25 kΩ, com uma tolerância de 5 porcento.

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Figura 18: Cores num resistor

Tabela 1: Códigos de classificação dos resistores

Cor Número Multiplicador Tolerância (%)

Preto 0 1

Marrom 1 101

Vermelho 2 102

Laranja 3 103

Amarelo 4 104

Verde 5 105

Azul 6 106

Violeta 7 107

Cinza 8 108

Branco 9 109

Ouro 10-1 5

Prata 10-2 10

Sem cor 20

POTÊNCIA ELÉTRICA – LEI DE JOULE

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Devido a resistência eléctrica dos condutores, a passagem de corrente eléctrica por uma
resistência, dissipa energia em forma de calor. Muitos equipamentos se utilizam deste
princípio, como os chuveiros eléctricos, os fornos elétricos, aquecedores, etc.

Esta conversão de energia eléctrica em calor é denominada Efeito Joule e deu origem à Lei de
Joule. Quando uma carga q se move de um ponto de potencial alto para outro de potencial
mais baixo, realiza-se um trabalho dado por:W = qU , onde U é a d.d.p entre os pontos.
Substituindo q=Idt e U=IR, obtemos: W = Idt .IR = I2Rdt , equivalente ao calor liberado:Q = I2Rdt

Como a Potência desenvolvida é dada pela razão entre o trabalho realizado e o tempo
consumido, vem que: P = W / dt = I2Rdt / dt => P= I R2. Unidade de medias: Potência elétrica
P: W (watt); Calor Q: J (joules) ou cal (calorias).

LEIS DE KIRCHHOFF

Agora inicia-se o estudo de circuitos eléctricos mais complexo, circuitos com mais de uma
fonte e resistores em série e paralelo. Nisto há dois termos importantes, nó e malha:

 Um nó em uma rede é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados.
 Uma malha é qualquer caminho condutor fechado.

Figura 19: Circuito com várias malhas e nós

Veja que b e e são nós, mas a, c, d e f não são. As malhas possíveis neste circuito são as
trajectórias fechadas definidas pelos pontos: abef, acdf e bcde.

REGRA DOS NÓS

A soma algébrica das correntes que se dirigem para qualquer nó é igual a zero;

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Este princípio é conhecido por Primeira Lei de Kirchhoff ou lei dos nós. Ele é uma consequência
da conservação da carga total existente no circuito. Isto é uma confirmação de que não há
acumulação de cargas nos nós.

REGRA DAS MALHAS

A soma algébrica das forças electromotrizes (fem) em qualquer malha é igual a soma algébrica
das quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha.

A qual é conhecida como Segunda Lei de Kirchhoff ou lei das malhas. Esta lei é uma
generalização do princípio da conservação da energia em um circuito fechado.

APLICAÇÃO DAS LEIS DE KIRCHHOFF

Observando o circuito da Fig.6, nota-se que existem três correntes (i1, i2, i3) desconhecidas. A
caracterização do circuito ficará completa com a determinação das correntes, isto é, calcular
as suas intensidades e sentidos de percurso em cada malha. Neste caso, é necessário construir
três equações independentes, pois, tem-se três incógnitas (i1, i2, i3).

Figura 20: Circuito elétrico para aplicar as leis de Kirchhoff

A solução deste problema pode ser encontrada usando as leis de conservação de Kirchhoff.
Os passos a seguir descrevem este procedimento; O referido circuito tem dois nós, os pontos
b e e , consequentemente existem duas equações;

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APLICAÇÃO DA LEI DOS NÓS

[a]
[b]

De um modo geral, podemos dizer que o número máximo de equação independentes que
podem ser construídas a partir desta lei é igual ao número de nós menos um. Isto é, se existem
N nós tem-se N-1 equações linearmente independentes. (Nas equações acima tem que se
escolher apenas uma).

APLICAÇÃO DA LEI DAS MALHAS

Neste circuito tem-se três malhas, são elas; abef, acdf e bcde. Consequentemente pode-se
construir três equações, apenas duas delas serão independentes. Uma das equações poderá
ser escrita como combinação linear das duas outras. De forma similar ao caso anterior,
podemos dizer que se existem M malhas, então existirão M-1 equações linearmente
independentes. Veja as equações a seguir;

[a] iii) , malha (abef)

[b] iv) , malha (bcde)

[c] v) , malha (acdf)

A dependência linear das equações acima, pode ser facilmente verificada somando as
equações iii) e iv) para obter v).

Finalmente a solução final para as correntes é dada resolvendo o sistema de três equações
com três incógnitas. Neste caso, usa-se as equações (i), (iii) e (iv) para construir o sistema de
equações. Este sistema pode ser resolvido por qualquer técnica, todas elas levam à mesma
solução para as correntes. Neste caso, a solução é dada pelas seguintes equações;

, ou

CAMPO MAGNÉTICO

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Sabe-se que cada carga cria em torno de si um campo elétrico, de modo análogo o imã cria
um campo magnético, porém num imãn não existe um mono-pólo assim sempre o imã tem a
carga positiva e a negativa. Abaixo representaremos o sentido de um campo magnético.

Figura 21: linhas do campo magnético em um íman

Um campo magnético não atua sobre cargas elétricas em repouso, mas se pegarmos esta
carga e lançarmos com uma velocidade v em direção a uma área onde há um campo
magnético B pode aparecer uma força F atuando sobre esta carga, denominada força
magnética (Força de Lorentz).

As características desta força magnética foram determinadas pelo físico Hendrick Antoon
Lorentz (1853-1920). A intensidade da força magnética pode ser obtida por: F = qBvsen(θ)

REGRA DA MÃO ESQUERDA

A direcção e sentido da força magnética são fornecidos pela regra da mão esquerda.

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Figura 22: Regra da mão esquerda

MOVIMENTO DE CARGAS NA PRESENÇA DE CAMPO MAGNÉTICO

[a] A força magnética é sempre perpendicular a velocidade da partícula carregada:


[b] Existe um orientação particular da força Fm em relação a velocidade v . Isto é, existe
uma linha no espaço ao longo da qual a partícula pode se mover sem sofrer a acção da
força magnética, esta linha é por definição linha de campo magnético.

[c] - A força magnética é proporcional a carga tanto na magnitude e no sinal.


[d] Isto significa que uma carga negativa se movendo no mesmo sentido de uma carga
positiva produz uma força no sentido oposto aquela produzida pela carga positiva.
[e] - Para todas as direcções da velocidade v, a magnitude de Fm é directamente

proporcional a componente de v dada por vsenθ, ou

Onde θ é o ângulo entre o sentido e direcção de v e, sentido e direcção do campo magnético


B. Dessa forma a força Fm será igual a zero quando θ = 0 (ou 180o), isto é, os vectores v e B
estão paralelos.

[f] A força magnética forma sempre uma ângulo reto, ou é perpendicular, ao plano
formado pelos vetores v e B.

O módulo da força magnética sobre a partícula é dado por: F = q v B sen(θ). Onde θ é ângulo
entre os vectores v e B.

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Figura 23: Força de Lorentz

Os imans, em geral, têm duas extremidades ou faces, chamados pólos (pólo Norte e pólo Sul).
O campo magnético é mais intenso nas proximidades desses pólos ou extremidades. Se o pólo
norte de um iman é colocado perto de outro pólo norte, a força entre eles será repulsiva.
Similarmente, se dois pólos Sul são aproximados um do outro aparecerá uma força de
repulsão entre eles. Mas, quando um pólo norte é posto nas proximidades de um pólo sul a
força entre eles é actrativa.

Uma grande diferença entres os pólos magnéticos e as cargas eléctricas é que as cargas podem
existir isoladamente, mas não podemos isolar o pólo norte do sul em um iman. Isto significa
que ao quebrar uma barra de iman ao meio, surgirão em cada pedaço do iman um pólo norte
e um pólo sul. Se continuamos quebrando um dos pedaços ao meio, novos pólos norte e sul
aparecerão em cada um dos fragmentos menores. Os Físicos têm tentado, por diferentes
técnicas, isolar um desses pólos e criar o monopólo magnético, mas ainda não se tem
nenhuma evidência de sua existência.

LEI DE BIOT-SAVART

Oersted ao concluir que correntes elétricas induzem campos magnéticos, havia encontrado
uma conexão entre eletricidade e o magnetismo. Ele observou também, que os campos
magnéticos produzidos por correntes elétricas, em um fio retilíneo, tinham a forma de círculos
concêntricos como mostra a Fig.26(a). O sentido destas linhas é indicado pelo norte da
bússola. Uma outra forma de se determinar o sentido das linhas de B é usar a regra da mão
direita, a qual é mostrada esquematicamente Fig. 26(b).

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Figura 24: Campos magnéticos produzidos por correntes elétricas

Foi justamente desta maneira que a lei de Biot-Savart foi descoberta, a mesma diz-nos que o
elemento de indução magnética dB associado a uma I, um segmento de um fio condutor
descrito por dl é:

 Dirigido em uma direção perpendicular ao dl e ao vetor posição r do segmento do


condutor ao ponto P, no qual o campo está sendo medido;
 Diretamente proporcional ao comprimento dl do segmento e à corrente i que ele
carrega;
 Inversamente proporcional em módulo ao quadrado da distância r entre o elemento
de corrente e o ponto P.

 Proporcional ao seno do ângulo entre os vectores di e r .

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Figura 25: Campo magnético devido a um fio condutor.

No sistema métrico de unidades mks, esta constante tem o valor μo=4πε10-7 T.m/A. Para
determinar B é necessários somar a contribuição de todos os elementos infinitesimais dl. Esta
soma infinita é denominada de integral:

Uma outra forma de apresentar a lei de Biot-Savart é fazendo uma analogia com a
electrostática, como a seguir;

Figura 26: Campo eléctrico produzido por uma carga infinitesimal

O campo elétrico criado por uma carga infinitesimal é dada por:

Usando a equação que conecta os campos magnético e elétrico tem-se que:

ou

Assumindo a constante K/c2 = μo/4π a equação acima é exatamente a lei de Biot-Savart obtida
anteriormente.

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APLICAÇÃO DA LEI DE BIOT-SAVART

Usando a lei de Biot-Savart, calcular o campo magnético num ponto P sobre um eixo que passa
pelo centro de uma espira percorrida por uma corrente.

Figura 27: Campo magnético produzido por correntes em uma espira

Por simetria, o campo na direção y deve ser nulo. Assim apenas a componente x não é nula;

. Pela a lei de Biot-Savart temos que; ou em módulo

. A componente resultante na direção x é igual a:

O campo magnético resultante é determinado fazendo uma soma de todos os campos

infinitesimais, esta soma leva a:

CAMPO MAGNÉTICO DE UM SOLENOIDE

Na física chamamos de solenoide todo fio condutor longo e enrolado de forma que se pareça
com um tubo formado por espiras circulares.

O enrolamento de um fio sobre um tubo de caneta, por exemplo, é um solenoide.


Configuramos um solenoide a partir da reunião das configurações das linhas de campo
magnético produzidas por cada uma das espiras. Para fazermos um solenoide basta
enrolarmos um fio longo sobre um tubo de caneta, por exemplo. A figura abaixo nos mostra
um solenoide percorrido por uma corrente elétrica I e de comprimento L.

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Figura 28: Campo magnético criado por um solenoide

O campo magnético gerado em um solenoide possui as seguintes características:

[a] No interior do solenoide consideramos o campo magnético como sendo uniforme,


portanto, as linhas de indução são paralelas entre si.
[b] Quanto mais comprido for o solenoide, mais uniforme será o campo magnético interno
e mais fraco o campo magnético externo.
[c] Para o campo magnético uniforme no interior do solenoide teremos um vector
indução em qualquer ponto interno do solenoide, portanto, como se trata de um
vector, ele terá intensidade, direcção e sentido.

O módulo, isto é, a intensidade do campo magnético no interior de um solenoide é obtido

através da seguinte equação:

LEI DE BIOT- SAVART

Oersted ao concluir que correntes elétricas induzem campos magnéticos, havia encontrado
uma conexão entre eletricidade e o magnetismo. Ele observou também, que os campos
magnéticos produzidos por correntes elétricas, em um fio retilíneo, tinham a forma de círculos
concêntricos. O sentido destas linhas é indicado pelo norte da bússola. Uma outra forma de
se determinar o sentido das linhas de B é usar a regra da mão direita.

Foi justamente desta maneira que a lei de Biot-Savart foi descoberta. A lei de Biot-Savart diz-
nos que o elemento de indução magnética dB associado a uma corrente i em um segmento
de um fio condutor descrito por dl é:

 Dirigido em uma direção perpendicular ao dl e ao vetor posição r do segmento do


condutor ao ponto P, no qual o campo está sendo medido;

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 Diretamente proporcional ao comprimento dl do segmento e à corrente i que ele


carrega;
 Inversamente proporcional em módulo ao quadrado da distância r entre o elemento
de corrente e o ponto P.

 Proporcional ao seno do ângulo ѳ entre os vectores di e r . e

FLUXO MAGNÉTICO

A lei de Gauss para o magnetismo expressa a inseparabilidade dos pólos magnéticos, ou seja,
a inexistência de pólos magnéticos isolados (monopólos magnéticos). Isto significa que toda
linha de campo é uma linha contínua e fechada, ou seja, partindo do pólo N vai ao pólo S por
fora do imã e, daí, por dentro, retorna ao pólo N.

EQUAÇÕES DE MAXWELL

As quatro equações de Maxwell expressam, respectivamente, como cargas eléctricas


produzem campos eléctricos (Lei de Gauss), a ausência experimental de cargas magnéticas,
como corrente eléctrica produz campo magnético (Lei de Ampère), e como variações de
campo magnético produzem campos eléctricos (Lei da indução de Faraday).

Tabela 2: Equações de Maxwell

Nome Diferencial parcial Integral Forma integral

Lei de Gauss:

Lei de Gauss para o


magnetismo
(ausência de
monopolos
magnéticos):

Lei da indução de
Faraday:

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Lei de Ampère +
extensão de
Maxwell:

Onde:

 ρ é a densidade volumétrica de carga elétrica (unidade SI: Coulomb por metro cúbico),
não incluindo dipolos de cargas ligadas no material
 é a densidade superficial de fluxo magnético (unidade SI: Tesla), também chamada
de indução magnética.
 é o campo elétrico de deslocamento ou densidade superficial de campo elétrico
(unidade SI: coulomb por metro quadrado).
 é a intensidade de campo elétrico (unidade SI: volt por metro),
 é a intensidade de campo magnético (unidade SI: Ampére por metro)
 é a densidade superficial de corrente elétrica (unidade SI: ampère por metro
quadrado)
 é o operador gradiente que em coordenadas cartesianas pode ser escrito como

 é o divergente do campo vetorial (unidade SI: 1 por metro),


 é o rotacional do campo vetorial (unidade SI: 1 por metro).

LEI DE OHM GENERALIZADA PARA CORRENTE ALTERNADA

Em corrente contína, a única oposição à circulação de corrente é a resistência óhmica R dos


receptores , verificando-se a Lei de Ohm U = R I . Em corrente alternada CA a oposição nos
circuitos chama-se Impedância Z , que é o resultado da soma de duas parcelas de oposições :
A resistência R + Reactância X .

A reactância X é uma oposição que só aparece em CA . Nas bobinas chama-se reactância


indutiva XL e nos condensadores , reactância capacitiva Xc.

U=ZI

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CIRCUITO PURAMENTE RESISTIVO

Este circuito formado só com resistência óhmica R , e temos que Z = R . A lei de ohm para este
circuito : U = R I .

Ao aplicarmos uma tensão alternada U a uma resistência R , verifica-se que à medida que a
tensão aumenta a corrente I também o fará . E se a tensão mudar de polaridade, a corrente
muda de sentido .

CORRENTE ALTERNADA

FONTES DA CORRENTE ALTERNADA

Um circuito de corrente alternada consiste de elementos de circuito (indutores, capacitores e


resistores) e uma fonte de energia que fornece uma fem que varia com o tempo que pode ser
dada, por exemplo, pela expressão:    m s ent . Onde  m é a amplitude da fem variável. A

frequência angular ω (em rad/s) está relacionada com a frequência f (em Hz) e ao período T
2
por   2 f  .
T

A fonte de fem variável, ou fonte AC, determina a frequência da corrente no circuito. Como a
voltagem fornecida pela fonte AC varia senoidalmente com o tempo, ela será positiva durante
metade do ciclo e negativa durante a outra metade. Da mesma forma, a corrente num circuito
alimentado por uma fonte AC é uma corrente alternada que também varia senoidalmente
com o tempo. Portanto, podemos escrever i  im s en t    .

Onde im é a amplitude de corrente (ou corrente máxima) eϕ é o ângulo de fase entre  e i,


que indica se os valores máximos da corrente ou da voltagem ocorrem ao mesmo tempo ou
não.

Para um dado circuito RLC como mostrado no circuito, se considerarmos que os valores de  m

,ω, R, L eC são conhecidos, o nosso problema resume-se a determinar os valores da corrente


máxima im e do ângulo de fase ϕ·

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Figura 29: Circuito RLC

ELEMENTOS DE UM CIRCUITO AC

Resistor: Considere um circuito contendo uma fonte AC e um resistor.

Figura 30: Circuito com uma fonte AC e um resistor

Definindo VR como a diferença de potencial entre os terminais do resistor, temos


VR  iR  im R s en t    . Vemos que VR e i estão em fase: elas alcançam os valores máximos

ao mesmo tempo.

Gráfico 3: Sinal da intensidade da corrente

Indutor: temos o circuito que mostra um indutor e uma fonte de AC.

Figura 31: Circuito com Indutor

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di
A diferença de potencial que atravessa o indutor é dada por VL  L  Lim cos t   
dt
 
Usando a identidade trigonométrica cos θ = sen (θ + π/2), obtemos VL  Lim sen  t    
 2

Comparando as equações vemos que VL e i não estão em fase: VL atinge o valor máximo antes
de i, ou seja, i está atrasada em relação a VL.

Gráfico 4: Sinal de i num circuito com indutor

É conveniente definir uma nova quantidade, a reatância indutiva XL: X L   L , de forma que

 
podemos escrever a equação como VL  im X L sen  t     . A unidade SI para XL é a
 2

mesma da resistência, o ohm, (Ω).O valor máximo para VL é VLmax  im X L .

CAPACITOR

No circuito contendo apenas um capacitor e uma fonte de AC.

Figura 32: Circuito com capacitor

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q  idt
A diferença de potencial VC entre os terminais do capacitor é dada por VC   .
C C
im cos t   
VC  
C
Integrando a corrente i, encontramos
i  
VC  m sen  t    
C  2

Onde utilizamos a identidade trigonométrica cos θ = − sen (θ − π/2).

Comparando as equações vemos que VC e i também não estão em fase: VC atinge o valor
máximo depois de i, ou seja, i está adiantada em relação a VL.

Gráfico 5: Sinal de i num circuito com capacitor

Em analogia com a reatância indutiva, é conveniente definir a reatância capacitiva XC:


1  
XC  tal que podemos reescrever VC como: VC  im X C sen  t     . A unidade SI para
C  2

XC é a mesma da resistência, o ohm, (Ω).O valor máximo para VC é VCmax  im X C .

CIRCUITO RLC DE MALHA SIMPLES

Após a análise de cada um dos elementos de circuito em separado, agora vamos analisar as
características de um circuito de corrente alternada contendo uma fonte de AC, um indutor,
um resistor e um capacitor, como o circuito mostrado no circuito.

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Figura 33: Circuito com um resistor, indutor e capacitor

Usando a segunda lei de Kirchhoff, a lei das malhas, temos que a voltagem aplicada em um
circuito RLC é igual às diferenças de potencial que atravessam cada elemento do circuito, ou
seja

  VR  VL  VC
substituindo
   
 m s ent  im R s en t     im X L sen  t      m X C sen  t    
 2  2 

Após alguma álgebra temos:  m s ent  im R 2   X L  X C  s en t 


2

m
A amplitude da corrente pode ser facilmente obtida: im 
R   X L  XC 
2 2

A quantidade no denominador é chamada impedância do circuito RLC: Z  R 2   X L  X C 


2

m
De forma que a amplitude da corrente pode ser escrita como im  que é similar à relação
Z

i para circuitos resistivos de malha simples onde a fem é constante. A unidade SI da
R
impedância também é o ohm. Obtivemos então os valores da amplitude da corrente, im, e do
ângulo de fase, ϕ, para um circuito RLC. Note que a fase não depende da amplitude  m da fem

aplicada, isto é, se variarmos  m variaremos im, mas não ϕ. A corrente im é máxima quando a

impedância atinge o seu valor máximo R, que ocorre quando XL = XC, ou

1 1
L    , que é a condição de ressonância.
C LC

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