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Universidade Save
Extenssão Chongoene
2022
Alberto Carlos Matsinhe
Júlio Manjate
Universidade Save
Extensão Chongoene
2022
Índice
1. Tema 1 -Avaliação do rendimento escolar...........................................................................................1
2. Tema 2: Método dos Projetos. Aula projeto........................................................................................2
Tema 3: Método de Resolução de Problemas..........................................................................................4
4. Tema 4: Epistemologia do Trabalho Experimental. Experiências Históricas...................................6
5. Tema 5: Mapa de Conceitos em Física.................................................................................................8
6. Tema 6: Avaliação do Rendimento Escolar.......................................................................................12
8. Tema 8: Produção de Material didáctico...........................................................................................14
9. Tema 9: Interdisciplinaridade nas ciências naturais........................................................................16
10. Tema 10: Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente....................................................................18
Tema 11: Ensino baseado em Competências.........................................................................................21
12. Referências Bibliográficas.................................................................................................................23
1. Tema 1 -Avaliação do rendimento escolar
Maria Teresa Esteban, Mostra a avaliação escolar como uma prática que incorpora tensões
constituintes das praticas sociais e reveladora de seus vínculos com ações escolares. É
fundamental que a avaliação deixe de ser instrumento de classificação, seleção e exclusão social
e se torne uma ferramenta para professores comprometidos com a construção coletiva de uma
escola de qualidade de uma escola a qualidade para todos.
O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inerente ao ato
de aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser compreendido não como
um veredito que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim como uma análise da situação escolar
atual do aluno, em função das condições de ensino que estio sendo oferecidas. Nestas termos, são
questões típicas de avaliações:
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fazer uma avaliação", quando se vai aplicar uma prove ou um teste. Avaliar exige, antes que se
defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os
procedimentos, inclusive aqueles referentes á coleta de dados.
De acordo com o dicionário Aurélio (FERREIRA, 1986), projeto é um plano para a realização de
um ato e, também, pode significar desígnio, intenção, esboço. Esta é uma palavra oriunda do
termo em latim projectum que significa “algo lançado à frente”. Outrossim, projeto também pode
ser uma redação provisória de uma medida qualquer que será realizada no futuro. Sendo assim, a
ideia de projeto envolve antecipação de algo desejável que ainda não foi realizado, traz a ideia de
pensar em uma realidade que ainda não aconteceu. O processo de projetar implica em analisar o
presente como fontes de possibilidades futuras (FREIRE; PRADO, 1999).
Assim, entendemos que todo projeto é uma proposta, e toda proposta permite mudanças de
rumo. Portanto, projeto é o debate organizado em torno da teoria e da prática. Várias das
considerações de Dewey (1979) permanecem como base da metodologia de ensino por projetos.
Uma delas diz respeito ao papel do aluno: “um autêntico projeto encontra sempre seu ponto de
partida no impulso do aluno (...). O projeto supõe a visão de um fim. Implica uma previsão de
consequências que resultariam da ação que se introduz no impulso inicial”.
Em relação à utilização de projetos no ensino, Hernández nos deixa alguns pressupostos. Nas
palavras dele, os projetos constituem um lugar entendido em sua dimensão simbólica, que pode
permitir:
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aprendizagens cujo foco se incide sobre as relações que se estabelecem nesse processo, cabendo
ao professor realizar mediações necessárias para que o aluno consiga encontrar sentido,
significado naquilo que está aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações.
- O aprender a ser, a última das aprendizagens, consiste em o aluno aprender a ser livre para
pensar seus atos, na busca de desenvolvimento dos processos de aprender.
O papel do educador e do educando na metodologia de ensino por projetos À luz das reflexões
das etapas discutidas anteriormente, não poderíamos deixar de fora a opinião de Paulo Freire
(2011, p. 16): 14061
quem ensina aprende ao ensinar, quem aprende ensina ao aprender. Não há ensino sem pesquisa e nem
pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, (re)procurando. Ensino porque busco, porque
busquei; porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e
me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não se conhece, comunicar ou anunciar a novidade.
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Consoante a isto, propor a metodologia de ensino por projetos e trabalhar com ela é permitir que
o aluno aprenda no processo e possa refazê-lo, caso haja necessidade. Ele passa a ter a
oportunidade de apontar as dificuldades encontradas no processo, tratando da sua auto avaliação,
da avaliação do grupo, do professor, da metodologia, da temática investigada e da própria
avaliação.
observa-se que o uso desta metodologia de ensino possibilita que a aprendizagem seja estendida,
democratizada e compartilhada; razões fortes e evidentes para que se invista na metodologia de
ensino por projetos na formação do professor de ciências, que, aliada a outras formas
interessantes e desafiadoras favorecerá a promoção de uma educação científica emancipadora,
educação esta que tanto se almeja para o indivíduo do século XXI.
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Na escola, e notadamente no campo da matemática, por exemplo, muitas situações que emergem
inicialmente como problema para um indivíduo se transformam, para ele próprio, em exercícios
de aplicação da teoria, à medida que adquire e desenvolve novos conhecimentos e habilidades. O
estudante desenvolve e consolida habilidades através do exercício. Este fato, no entanto, nem
sempre fica claro ao aluno, que muitas vezes considera enfadonho, cansativo e sem propósito a
repetição continuada de uma certa prática.
Neste sentido, cumpre ao professor realçar a importância e a função dos exercícios e dos
problemas em sua disciplina. Ao se empenhar nisso ele pode contribuir para que seu aluno veja
com outros olhos os exercícios e também se prepare melhor, tanto do ponto de vista cognitivo
como emocional, para se envolver em actividades mais elaboradas, como as que caracterizam a
resolução de problemas.
G.Wallas, em seu livro A arte do pensamento, de 1926, sugere quatro fases na solução de
problemas:
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Preparação: reunião de informações e tentativas preliminares de solução.
Incubação: abandono temporário do problema para envolvimento em outras actividades.
Iluminação: a chave para a solução aparece (é onde ocorre o flash de insight).
Verificação: a solução obtida é testada para verificar a sua eficácia.
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4.2. O conceito experimento e seu entendimento na história das Ciências Naturais
Neste contexto, assume-se que a experiência licencia e limita o homem a verificar e a averiguar
os fenômenos, aceitar a verdade definitiva por ele alcançável, fazendo do conhecimento
adquirido algo de caráter universal, sem possibilidade para o individual. Ainda nesta perspectiva
positivista – na essência da razão – a experiência não se limita a “sensação ou impressão que um
objeto expressa ao sujeito; mas dispõe ao sujeito a capacidade de identificar o objeto em um
dado ambiente” (ABBAGNANO, 1998, p.411), universalizando uma característica pessoal.
Em uma dimensão que acreditamos para o ensino das ciências, sem a rigidez do Método
Científico, compreendemos que discutir experimento e experimentação pressupõe – ou destina-
se – à formação de novas experiências. Estrutura o sujeito à aquisição de novos conhecimentos
não determinados e conclusivos em uma verdade absoluta e definitiva no instante em que a
experiência – “conhecimento que nos é transmitido pelos sentidos [...] conjunto de
conhecimentos individuais ou específicos que constituem aquisições vantajosas acumuladas
historicamente pela humanidade” (FERREIRA, 2009, p. 856) – tem pelo experimento a
relevância de “por em prática; executar; submeter a provas morais; tentativa, ensaio” (p.856),
suas inquietações, seus questionamentos e problemas.
Com esta definição, acreditamos que a experiência permite não somente os julgamentos, muitas
vezes comuns a outros que também participam da atividade – do experimento – mas, sobretudo,
põe o sujeito que experimenta em condições de construir conhecimentos diferentes – individuais.
É um encontro do sujeito com particularidades do objeto, perceptíveis pela subjetividade de cada
sujeito, intermediado pelos aspectos da experimentação e dos conhecimentos prévios ao
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compreendermos que “as faculdades operam a partir dos conflitos, pois é neles que se evidencia
o papel criador ou inovador da relação” (GALLINA, 2007, p.141).
Para o ensino, os experimentos constituem-se proposta da criação de situações que discutam com
o sujeito aprendiz a apropriação de conhecimentos já existentes para as ciências, mas novos para
o sujeito (CACHAPUZ; PRAIA; JORGE, 2004).
Neste instante, torna-se importante compreender que a experimentação no ensino das ciências,
diferentemente de outros sinônimos aplicados, faz-se recurso que propicia não só o
desenvolvimento de procedimentos; mas da capacidade de atuar em equipe e de se utilizar de
recursos e procedimentos para compreender os dados por eles obtidos, sendo estes originários da
interação dos estudantes com a realidade do mundo que os cerca (ARAÚJO & ABIB, 2003).
Utilizando-se dessa idéia, é razoável afirmar que não há experimentação investigativa no ensino
das ciências sem a definição de uma lacuna do conhecimento do estudante, sem a busca de uma
solução temporária para esclarecer o hiato conceitual / questionamentos oriundos da situação
estudada, e sem lançar mão de explicações temporárias, suposições (hipóteses). Pois, a
experimentação também se materializa por “aproximar o Ensino de Ciências das características
do trabalho científico, para aquisição de conhecimentos e para o desenvolvimento mental dos
alunos” (MARANDINO, 2003, p. 181), sem a pressuposta ideia de que se deseja que estes sejam
cientistas precoces. Objetiva-se que estes possam se apropriar de algumas das etapas e
questionamentos que foram necessários para se construir e compreender determinados
fenômenos, em determinada época, na tentativa de entender características dos fenômenos atuais
que, de certa forma, interferem em suas vidas.
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aluno em atividades práticas do tipo comprovação, ou por exploração constante de conceitos
científicos, pré-definidos como uma fórmula delimitada (SILVA et al, 2009)
Em um sentido amplo, mapas conceituais são apenas diagramas indicando relações entre
conceitos. Mais especificamente, podem ser vistos como diagramas hierárquicos que procuram
refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte dela, ou seja, derivam sua existência
da estrutura conceitual de uma área de conhecimento.
Em princípio, poder-se-ia pensar em mapas conceituais com uma, duas, três ou mais dimensões.
Entretanto, os de uma dimensão seriam apenas listas de conceitos; os tridimensionais, embora
oferecessem grandes possibilidades de representação de estruturas conceituais, ficariam difíceis
de traçar, enquanto que os de mais de três dimensões seriam já abstrações matemáticas de
limitada utilidade prática.
Assim, os bidimensionais são os que oferecem maiores vantagens do ponto de vista instrucional,
podendo-se chegar à seguinte definição operacional: mapas conceituais são diagramas
bidimensionais mostrando relações hierárquicas entre conceitos de uma disciplina e que
derivam sua existência da própria estrutura dessa disciplina.
Eles guardam uma certa analogia com mapas geográficos: as cidades seriam os conceitos, e as
estradas, linhas ligando estes e simbolizando relações entre eles. No entanto, diferentemente do
caso da geografia, cada mapa conceitual deve ser sempre visto como um mapa conceitual e não
como o mapa conceitual de um certo conjunto de conceitos, ou seja, deve ser visto como apenas
uma das possíveis representações de uma certa estrutura conceitual.
Trata-se, então, de um instrumento muito flexível e como tal pode ser usado em uma variedade
de situações com diferentes finalidades.
5.2. Aplicação
Na organização e na análise do conteúdo, mapas conceituais podem ser traçados para uma aula
ou parte dela, para uma unidade de estudo ou para um curso inteiro. São úteis para focalizar a
atenção de quem organiza o conteúdo (geralmente o próprio Professor ou uma equipe de
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professores) na abordagem de conceitos e no planeamento de atividades instrucionais destinadas
a promover a aprendizagem.
No ensino, mapas conceituais podem ser usados para mostrar relações hierárquicas entre
concepções que estão sendo ensinadas em uma única aula, em uma unidade de estudo ou em toda
a matéria. São representações concisas das estruturas conceituais que estão sendo ensinadas e
procuram facilitar a aprendizagem significativa (em contraposição às aprendizagens mecânica,
automática, memorística) dessas estruturas.
Como instrumento de avaliação, também, podem ser utilizados para se ter uma imagem da
organização conceitual - relações hierárquicas entre conceitos - que o aluno estabelece para um
dado conteúdo.
Naturalmente, essa é uma visão não tradicional de avaliação que é essencialmente qualitativa,
mas que pode ser muito valiosa para o professor no sentido de guiar sua prática pedagógica.
É claro que o mesmo mapa usado na análise da estrutura conceitual do conteúdo pode também
ser usado como recurso didático ou como um referencial para a elaboração de verificações de
aproveitamento, mas nem sempre isso é possível.
Não há regras fixas ou modelos rígidos para traçar um mapa conceitual. O importante é que ele
evidencie as relações e as hierarquias entre os conceitos. As relações podem ser, por exemplo, de
inclusão (incluir ou estar incluído), de definição, de similaridade, de atributo (a fragrância é um
atributo da rosa) ou ser parte de (a flor é parte de uma planta). As hierarquias podem ser
estabelecidas em termos de importância, de generalidade, de abrangência.
Um possível modelo para mapeamento conceitual seria aquele no qual os conceitos mais gerais,
mais inclusivos, estivessem no topo da hierarquia e os mais específicos, menos inclusivos
estivessem na base; os que não fossem nem muito gerais, ou inclusivos, nem muito específicos,
naturalmente, ficariam na parte intermediária do mapa.
Mais importante do que modelos ou regras, é evitar que este fique muito complexo (pela inclusão
de muitos conceitos e muitas ligações entre eles) ou que pareça algo definitivo que o aluno deva
memorizar.
Mapas conceituais não são auto-suficientes; é sempre necessário que sejam explicados por quem
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os faz, seja o professor ou o estudante. Uma maneira de diminuir um pouco a necessidade de
explicações é escrever sobre as linhas que unem os conceitos uma ou duas palavraschave que
explicitem a relação simbolizada por elas. Por exemplo, em um mapa de eletricidade a relação
entre carga elétrica e campo elétrico poderia ser expressa da seguinte maneira:
Exemplo:
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Fig. Mapa conceitual para cinemática, fonte: MOREIRA
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Os princípios que norteiam a avaliação educativa dependem do paradigma que lhe está
subjacente. Há três paradigmas essenciais no percurso histórico do conceito de avaliação: o
paradigma behaviorista, o paradigma psicométrico e o paradigma cognitivista.
As novas orientações vão no sentido de considerar que a avaliação tem carácter sistemático e
contínuo, baseando-se na recolha, pelo professor, de dados relativos aos vários domínios de
aprendizagem que evidenciam os conhecimentos e as competências adquiridas e as capacidades e
atitudes desenvolvidas. Deste modo, a recolha de informação permite não só regular o processo
de aprendizagem dos alunos, como também tomar decisões adequadas às respectivas
necessidades e às capacidades.
Ressaltam, deste modo, dois objectivos fundamentais no processo de avaliação: ajudar os alunos
e aperfeiçoar o ensino. Esta perspectiva dá, assim, um sentido dinâmico à avaliação, envolvendo
uma permanente interacção entre a avaliação dos alunos e a avaliação do próprio processo de
ensino-aprendizagem.
A avaliação formativa passa, então, a dirigir-se essencialmente aos processos mentais do aluno,
através de um esforço de compreender o funcionamento cognitivo face à actividade proposta. Os
erros, vistos anteriormente como meros sinais de insucesso e como autênticos desastres
conceptuais, passam agora a ser encarados como fontes importantes de informação para o
processo de ensino-aprendizagem.
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Podemos dizer que a avaliação tem uma função formativa quando a sua finalidade é a de
fornecer informações que permitam uma adaptação do ensino às diferenças individuais
observadas na aprendizagem. Este modelo de avaliação desenrola-se em três fases: a recolha de
informações relativas ao progresso e dificuldades de aprendizagem sentidas pelos alunos; a
interpretação dessas informações e, se possível, o diagnóstico das razões que estão na origem das
dificuldades observadas no aluno e a adaptação das actividades de ensino de acordo com a
interpretação das informações recolhidas. Estas três etapas constituem a definição desta forma de
avaliação em termos de acção pedagógica.
Sente-se hoje a necessidade de desenvolver uma avaliação positiva e inclusiva através da qual os
alunos tenham plenas oportunidades para demonstrarem o que podem e sabem fazer. Deste
modo, revelarão e desenvolverão as competências, as atitudes e os saberes necessários à sua
formação e ao controlo da sua própria aprendizagem. Isto exige não apenas uma diversificação
dos métodos e dos instrumentos de recolha de dados, como também o encontro de novas formas
de estruturar a avaliação de natureza informal e de dar prioridade à fimção pedagógica inclusivé
da própria avaliação sumativa.
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Quanto às condições em que decorre: avaliação de desempenho máximo e de desempenho típico.
Avaliação previa – para determinar onde cada estudante deve ser integrado ao iniciar uma nova
fase da sua aprendizagem.
Avaliação de diagnostico – para diagnosticar dificuldades de aprendizagem do estudante no
decorrer desta.
Avaliação formativa – para aquilatar acerca do progresso da aprendizagem do estudante no
decorrer desta.
Avaliação formadora – contribui para o aluno aprenda a aprender.
Avaliação Sumativa – para avaliar a consecução do estudante no final de uma fase da sua
aprendizagem.
O material didáctico quanto ao suporte e ao uso das Mídias pode ser impresso, audiovisual e das
novas tecnologias. A definição de matéria didáctico vincula-se ao tipo de suporte que possibilita
materializar o conteúdo. Essa condição foi definida pelo istoriador francês Cartier (2002, p. 61-
62) ao afirmar que o texto não existe fora dos suportes materiais que permitem sua leitura (ou
sua visão) e nem fora da oportunidade na qual pode ser lido (ou possibilitar sua audição).
Assim, o material didáctico, conjunto de textos, imagens e de recursos, ao ser concebido com a
finalidade educativa, implica na escolha de um suporte, impresso ou audiovisual. No entanto,
cada época exibe um conjunto de técnicas, do papiro aos meios digitais no seculo XXI, estas
mudanças revolucionaram a escrita, a produacao e a difusão do livro.
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8.1. Classificação de material didáctico
A classificação apresentada foi elaborada baseada no tipo de suporte e na Mídia escolhida para a
produção do material didáctico. Neste caso, pode-se dividira o material didáctico em impresso,
audiovisual e novas Mídias que utilizam tecnologias, por exemplo: computadores e Internet.
O conceito de Mídias (uma apropriação da pronuncia em inglês do termo em latim, plural media)
significa meios de comunicação ou canal, identifica o recurso pelo qual a informação pode ser
transmitida. Novas mídias podem se entendidas como as possibilidades oferecidas pelas
tecnologias de informação e comunicação (TIC), com a produção, armazenagem, distribuição de
informação e entretenimento, por exemplo, no uso de computadores e redes (como a Internet).
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O tipo de material didáctico a ser usado na educação formal e informal dependera das condições
de oferta e finalidade do curso, da proposta pedagógica, do rol de disciplinas, da duração e da
carga-horaria, do publico alvo, da combinação possível das tecnologias etc. As possibilidades de
combinação e interação entre os vários tipos de material didáctico e Mídias deverão ser
analisadas durante a concepcao do curso e antes da produção do material didáctico para ambiente
Web deverão ser testados e reformulados apos a etapa de testes.
Na educação formal cada vez mais se oferecerem combinações de material didáctico impresso
tanto docentes como para discente. A formulação de uma coleção didática para o ensino formal
deverá incluir material impresso diversificado e, também prever como atender às necessidades
do aluno em suas atividades escolares e domiciliares.
Para Silva (2008), o conhecimento escolar não se restringe a exploração apenas de conceitos
científicos isolados, prontos e acabados, pois torna-se importante compreender como esses
saberes se expressam e se articulam nas relações entre docentes e alunos. Para o autor, as
experiências extraclasses dos alunos também contribuem para a construção do conhecimento
escolar. Assim, a metodologia do professor, está ligada a aprendizagem do aluno, e o trabalho
com a proposta interdisciplinar promove essa interacção entre os saberes.
Entretanto, ainda hoje, para muitos professores a adoção de práticas interdisciplinares parece ser
utópico, impossível. Contudo, uma pedagogia interdisciplinar é uma proposta viável para o
Ensino Médio e, apesar de complexa, possível. Para isso, é necessário investigar, analisar e
divulgar práticas a fim de que os docentes reflictam sobre a importância da integração entre os
conhecimentos das diversas áreas em prol da formação integral dos educandos.
Segundo Pierson e Neves (2001) existem alguns “tabus” dentro da comunidade acadêmica, como
o fato de um professor licenciado em uma área específica, se preocupar apenas em ministrar
conteúdos de sua esfera de formação, logo esses “tabus” podem ser traduzidos em expressões do
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tipo: “Quem tem que ensinar ecologia é o professor de Biologia”. Ainda conforme esses autores,
o docente deve se preocupar com a formação global do homem, desta maneira percebe-se que a
abordagem interdisciplinar na formação, faz-se necessária para que os educadores tenham um
conhecimento globalizado e consigam superar a visão fragmentada do conhecimento disciplinar.
Assim, a conscientização dos professores em adoptar novas propostas de ensino, deve acontecer
tanto quanto a implantação de novas práticas pedagógicas dentro do contexto dos espaços
formativos.
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Segundo, Santos (2008): Com o agravamento dos problemas ambientais e diante de discussões
sobre a natureza do conhecimento científico e seu papel na sociedade, cresceu no mundo inteiro
um movimento que passou a refletir criticamente sobre as relações entre ciência, tecnologia e
sociedade. Esse movimento levou a proposição, a partir da década de 1970, de novos currículos
de ensino de ciências que buscaram incorporar conteúdo de CTS (pg. 111).
Isso ocorreu, sobretudo, em países do chamado Primeiro Mundo, que desenvolveram projectos
relevantes nesse campo, dos quais pode-se destacar Inglaterra, EUA, Canadá, Holanda e
Austrália (CRUZ e ZYLBERSZTAJN, 2001 apud SANTOS, W. L. P., 2008).
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Na busca de esclarecer conceitos, Silva e Silva (2008, p. 20) afirmam que “a tecnologia é uma
ferramenta para estender nossas habilidades”. A televisão, por exemplo, estende nossa visão
porque podemos ver coisas que estão acontecendo longe, como uma partida de futebol ou uma
corrida de carros. Há outras definições de tecnologia, como: “uma aplicação da ciência" (MAIA,
200O, p. 20), “Construção do espírito humano" (DEMO, 2002, p. 45), “Computação humana"
(MORIN, 2007, p. 117).
São exemplos de produtos tecnológicos: computador, carro, televisão, casa, avião, grafo, faca,
lâmpada incandescente, máquina de radiografia, telescópio, alavanca, roupa, estéreo, lanterna
etc. O verdadeiro sentido da tecnologia é que ele deva promover as relações democráticas entre
as pessoas e entre as informações.
Há milhares de anos, as pessoas viviam de um modo muito diferente. Elas cozinhavam em cima
de fogos de lenha e iluminavam as casas delas com velas. O cavalo era o meio de locomoção.
Não existia o refrigerador para conservar as comidas antes que elas se deteriorassem. O que leva
uma tecnologia a se desenvolver antes da outra? O que conduziu Benjamim Franklin a inventar o
pára-raios? De onde nasceram os primeiros computadores pessoais?
De modo geral, pode-se dizer que estamos vivendo num mundo interligado de informações,
conflitos e problemas. Seja por questão ontológica, ou por questões sociais, ninguém está
sozinho no mundo. Conforme Mattar (2008, p. 131), “atualmente vivemos cercados de histórias
que circulam pelo mundo afora através da Internet e outros meios de difusão de comunicação
humana”. O exemplo da Internet nos leva a pensar: a tecnologia estaria deixando de agregar
valor às relações humanas? Em que sentido as tecnologias ajudam na convivência harmônica e
digna entre os seres humanos? Não que a Internet seja negativa, mas que certos resultados têm
deixado a desejar: como por exemplo, o aliciamento de menores e a pedofilia.
De acordo com Demo (2002), se compararmos os avanços tecnológicos atuais com os avanços
de alguns anos atrás, podemos notar a tamanha velocidade com que vem as inovações,
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impossível até de acompanharmos o ritmo. Quando pensamos já ter o domínio sobre um
determinado software por exemplo, na semana seguinte, ele já se encontra no mercado numa
nova versão. O mesmo acontece quando pensamos estar de posse de um novo computador; na
semana seguinte, surge no mercado um outro mais veloz.
Segundo Fourez (1995, p.298), “a ciência se isolou das reflexões sobre o ser humano, sobre os
valores éticos e mesmo sobre seus próprios fins". Desse modo, torna-se imprescindível que a
população esteja apta a avaliar as potencialidades e os perigos das propostas científicas e
tecnológicas de modo a poder participar em processos decisórios que a todos dizem respeito.
Afirma que avaliação formativa dirige-se mais ao professor porque o leva a atualizar os seus
conhecimentos didáctico, a procurar coerência entre os seus conhecimentos didáticos, a
relativizar o peso da sua pessoa no comportamento de avaliador.
Por outras palavras, a avaliação formativa assegura que os processos se vão adequando às
características dos alunos, permitindo a adaptação do ensino às diferenças individuais.
Nunziati refere que a avaliação formadora “constitui um percurso de avaliação conduzido por
aquele que aprende e é um instrumento de construção dos conhecimentos que o aluno precisa
adquirir.
A avaliação formadora constitui um percurso de avaliação conduzido por aqueles que aprende e
é um instrumento de construção dos conhecimentos que o aluno precisa adquirir.
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10.5. Avaliação sumativa
A avaliação sumativa pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade
de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já recolhidos por avaliações de tipo formativo e
obter indicadores que permitem aperfeiçoar o processo de ensino.
A função e a utilidade da avaliação sumativa no ensino nem sempre têm sido bem entendidas.
Afirma-se, por vezes, que pelo facto de ter lugar no final de um processo de ensino e
aprendizagem já nada remedeia e para nada serve.
A competência é uma acção cognitiva, afectiva social que se torna visível em práticas e acções
que se exercem sobre o conhecimento, sobre o outro e sobre a realidade.
Elas estão ligadas a um saber que construímos internamente; não é aptidão, mas sim estar apto a;
é potência. O desempenho está relacionado ao fazer concreto e é assegurado pelas competências.
As habilidades são o saber fazer e, não, o fazer.
Através dela, o aluno terá que enfrentar desafios apresentados pelo professor, pelo grupo e/ou
pela sociedade. O jovem aprende a enfrentar desafios através da mobilização de competências
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frente a problemas significativos para ele. Logo, terão significado para o aluno os problemas
referentes ao seu contexto.
Uma das metodologias mais pertinentes ao desenvolvimento do currículo por competências,
elaborado interdisciplinarmente através de contextos significativos para o aluno, que
contemplem cada vez mais aspectos da cultura juvenil, é a de projecto.
O nível mais estratégico de formação das competências organizacionais para o de formação das
competências do indivíduo, em três grandes blocos:
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12. Referências Bibliográficas
DELORS, Jacques (Coord.). Educação: um tesouro a se descobrir. Relatório para Unesco
da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. São Paulo: Cortez,
Unesco, 1998.
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NARDI, R. Memórias da Educação em Ciências no Brasil: a pesquisa em ensino de
física. Revista Investigações em Ensino de Ciências, v.10, n.1, 2005, p. 63-101.
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SILVA, R. T.; CURSINO, A. C. T.; AIRES, J. A.; GUIMARÃES, O. M.
Contextualização e experimentação: uma análise dos artigos publicados na seção
“experimentação no ensino de química” da Revista Química da Escola 2000-2008.
ENSAIO – Pesquisa em Educação em Ciências, v.11, n.2, 2009, p. 245-261.
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