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Turma: “B”
Nampula, Novembro
2022
Universidade Católica de Moçambique
Cadeira: Laboratório I
Nampula, Novembro
2022
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FOLHA DE FEEDBACK
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4
1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4
1.2.1.Geral .................................................................................................................................. 4
1.2.2.Específicos ......................................................................................................................... 4
1.2.3.Metodologias ..................................................................................................................... 4
4.Conclusão .............................................................................................................................. 22
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1.Introdução
O presente trabalho é referente a cadeira de Laboratório I, visa abordar a cerca de Preparação
de Soluções e Operações Unitárias, no entanto, no concerne a Preparação de Soluções, focar-
se-á nos seguintes aspectos e subtemas, conceito de soluções, Classificação das soluções quanto
ao estado físico e quanto à relação soluto-solvente, Tipos de concentração (Concentração
comum, Molaridade, Normalidade, Molalidade, Percentagem em massa (p/p), Percentagem em
peso por volume (p/v)), Diluição e titulação. Quanto as Operações Unitárias, destacar-se-á a
clarificação das Operações Unitárias, (Operações Unitárias I, II e III). Para as Operações
Unitárias I: apresentando a descrição em redacção e ilustrações sobre: a Pesagem e medição de
volumes e Métodos de separação de misturas (I) (Filtração, Evaporação, Dissolução, Secagem,
Cristalização e Agitação). Portanto, importa salientar que grande parte das substâncias químicas
com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia estão na forma de soluções. No contexto de um
laboratório de química, a preparação de soluções é uma técnica de fundamental importância,
pois as soluções são utilizadas em uma série de procedimentos experimentais.
1.1.Objectivos
1.2.1.Geral
Conhecer as Preparação de Soluções e Operações Unitárias;
1.2.2.Específicos
Conceituar Soluções;
1.2.3.Metodologias
A metodologia usada para a realização do trabalho em estudo, foi o método de pesquisa
bibliográfica, cingida através da leitura de livros e artigos diversos, e o estudo foi feito de forma
qualitativa através de consulta em autores que abordam os conteúdos relacionados com o tema.
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2.Preparação de Soluções e Operações Unitárias
2.1.Conceitos Básicos
Segundo Feltre (2004, p. 18), “Soluções são sistemas homogêneos formados pela mistura de
duas ou mais substâncias”.
a) Quanto ao Estado Físico das Soluções: Pode-se ter uma solução em qualquer estado físico
da matéria sendo assim:
i. Soluções Sólidas: recebem o nome de ligas, e geralmente tratam-se de uma mistura
homogênea entre metais.Por exemplo, o ouro 18 quilates é uma mistura constituída por
ouro, cobre e prata. Já o bronze é uma mistura dos metais zinco e estanho.
Sólidos dissolvidos em líquidos: a água do mar é uma solução que apresenta vários
solutos, como, (NaCl2), (MgCl2) e bicarbonatos (HCO3-).
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Líquidos dissolvidos em líquidos: por exemplo, temos água e óleo.
iii. Soluções Gasosas: são aquelas constituídas apenas por gases, sendo que toda mistura entre
gases apresenta uma única fase, sendo, portanto, uma solução. Por exemplo, o ar
atmosférico é uma mistura constituída por 78% de gás nitrogênio (N2), 21% gás oxigênio e
1% de outros gases.
De acordo com as quantidades em massa de soluto e solvente presente na solução, pode-se ter
quatro possibilidades de classificação.
i. Soluções diluídas: são aquelas que possuem uma pequena quantidade de soluto em
relação à quantidade de solvente. Por exemplo, uma solução formada por 1g de NaCl
para 100g de água.
ii. Soluções Concentradas: são aquelas que possuem grande quantidade de soluto em
relação à de solvente. Por exemplo, uma solução formada por 30g de NaCl em 100g
de água;
iii. Soluções saturadas: são aquelas formadas pelo máximo de soluto permitido, em
relação ao seu coeficiente de solubilidade. Por exemplo, uma solução constituída
por 37g de NaCl em 100g H2O.
Semelhante dissolve semelhante. Uma substância polar tende a se dissolver num
solvente polar. Uma substância apolar tende a se dissolver num solvente apolar.
2.2.2.Curvas de Solubilidade
Curvas de solubilidade são os gráficos que apresentam a variação dos coeficientes de
solubilidade das substâncias em função da temperatura. Consideremos, por exemplo, a tabela
seguinte, que mostra os coeficientes de solubilidade do nitrato de potássio (em gramas de KNO3
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por 100 g de água) em várias temperaturas. Desses dados resulta a curva de solubilidade do
nitrato de potássio em água, apresentada ao lado.
2.3.Tipos de Concentrações
Segundo Skoog (2009), “Concentração é o termo que utilizamos para fazer a relação entre a
quantidade de soluto e a quantidade de solvente em uma solução, a concentração de uma
solução (mistura homogênea) é a medida da quantidade de soluto que está presente em uma
determinada quantidade de solvente”.
A unidade utilizada, é (g/L): isso quando a massa do soluto estiver em gramas e o volume
estiver em litros (L). Concentração é o quociente entre a massa do soluto e o volume da
solução.
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Exemplo: Calcule a concentração, em g/L, de uma solução de nitrato de potássio, sabendo que
ela encerra 60g do sal em 300cm3 de solução.
RESOLUÇÃO
Pelo próprio significado de concentração, temos:
Pela Fórmula:
Densidade (d)
É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona a massa (m) e
volume (V), como podemos observar na expressão a seguir:
Unidade utilizada em densidade (em geral): gramas por mililitro (g/mL), quando a massa
estiver em gramas e o volume estiver em mililitros (mL).
Como o número de mols do soluto (n1) é o quociente entre sua massa (m1) e sua massa molar
(M1):
A concentração em mols por litro é muito importante para as soluções líquidas, pois: expressar
a quantidade de soluto em mols simplifica bastante os cálculos químicos relativos às futuras
reações do soluto;
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Exemplo: Qual é a molaridade de uma solução de iodeto de sódio que encerra 45g do sal
em 400mL de solução? (Massas atômicas: Na % 23; I % 127).
pela fórmula:
Exemplo: Uma solução contém 8g de Cloreto de Sódio e 42g de água. Qual é o título em
massa da solução? E seu título percentual?
RESOLUÇÃO
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d) Molalidade (W) ou concentração em mol/Kg
Exemplo: Qual é a molalidade de uma solução que contém 40g de brometo de cálcio em
200g de água.
RESOLUÇÃO
Calculando a massa molar do CaBr2, obtemos 200g/mol. Consequentemente, temos: 40g: 200
g/mol = 0,2 mol de CaBr2.
Para Skoog (p. 72), “A composição percentual de uma solução pode ser expressa de várias
maneiras”. Três métodos comuns são:
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f) Partes por Milhão e Partes por Bilhão
Para soluções muito diluídas, uma maneira conveniente de expressar a concentração é em partes
por milhão:
Onde: que Cppm é a concentração em partes por milhão. Obviamente, a unidade da massa no
numerador e no denominador precisa concordar. Para soluções ainda mais diluídas 109ppb em
vez de 106ppm é empregada na equação anterior para fornecer o resultado em partes por bilhão
(ppb). O termo partes por mil (ppmil) também é encontrado, especialmente em oceanografia.
Exemplo: Qual é a molaridade do K+ em uma solução que contém 63,3 ppm de K3Fe(CN)6
(329,3 g/mol)?
RESOLUÇÃO
Uma vez que a solução é tão diluída, é razoável considerar que sua densidade é 1,00
g/mL. Portanto de acordo com a Equação
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Diluição das Soluções
Diluir uma solução significa adicionar a ela uma porção do próprio solvente puro.
Acompanhando a diluição ilustrada na figura acima, torna-se evidente que a massa do soluto
(m1) não muda: é a mesma na solução inicial e na final. No entanto, uma vez que o volume
aumenta de V para V’, a concentração também se altera (de C para C’). Desse modo, podemos
calcular:
Para a solução inicial:
Essa fórmula nos mostra que, quando o volume aumenta (de V para V’), a concentração
diminui (de C para C’) na mesma proporção. No laboratório, a maneira mais comum de diluir
uma solução é a seguinte:
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Exercícios: Diluindo-se 100mL de solução de cloreto de sódio de concentração igual a 15g/L
ao volume final de 150mL, qual será a nova concentração?
RESOLUÇÃO
Na Solução Inicial:
Na Solução Final:
3.Operações Unitárias
De acordo com Chang (2013), “Operação unitária é toda a unidade de processo onde os
materiais sofrem alterações no seu estado físico ou químico e que pode ser projetada com base
em princípios físico-químicos comuns.”
3.1.Operações Unitárias I
Um processo analítico pode ser considerado como uma sequência de operações unitárias, entre
elas: Pesagem, Secagem, Solubilização e Medição de volumes.
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Centrar tanto quanto possível a carga no prato da balança;
Proteger a balança contra a corrosão;
Os objectos a serem colocados sobre o prato devem ser limitados a metais inertes,
plásticos inerentes e materiais vítreos;
Observar as precauções especiais para a pesagem de líquidos;
Manter a balança e a bancada de trabalho sempre limpos;
Sempre que um objeto é aquecido, é necessário deixá-lo retomar á temperatura ambiente
antes de proceder á sua pesagem.
b) Medição de Volumes
Os resultados obtidos podem ser expressos em unidades SI, metro cúbico (m³), ou em unidades
submúltiplas deste, que é o caso mais frequente. As unidades submúltiplas mais usadas são o
mililitro (Ml), ou centímetro cúbico (cm³), e o litro (L), ou o decímetro cúbico (dm³).
i. A filtração
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filtrado é o fluido que passa através do meio. Esse meio filtrante também pode ser chamado de
filtro, já que permite a separação das partículas em fase sólida, enquanto possibilita o
escoamento do fluido claro.
Método de Filtração
ii. Evaporação
A Evaporação é uma operação unitária utilizada para eliminar água de alimentos líquidos
diluídos, obtendo-se assim produtos mais concentrados. A evaporação difere da desidratação
pois o produto tratado por este processo permanece sempre no estado líquido, também difere
da destilação, já que os vapores produzidos não contém concentrações diferentes, como na
destilação.
Método de Vaporização
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iii. Dissolução
iv. Secagem
A secagem é a operação unitária de retirada de água de um produto por evaporação ou
sublimação mediante a aplicação de calor sob condições controladas. Esta etapa se destina a
conservar os alimentos livres da proliferação de microrganismos e de outras reacções químicas
e bioquímicas indesejáveis.
Esta operação pode ser utilizada como única operação de conservação de um
determinado produto ou estar associada a outras em um processamento. Existem diversos
métodos de secagem e devem ser utilizados de acordo com o produto a ser processado. Dentre
eles podem ser: secagem com ar quente, secagem por contacto directo com uma superfície
quente, secagem por radiação de microondas e liofilização.
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v. Cristalização
Cristalização é método que se baseia na evaporação de um líquido que apresenta dois ou mais
sólidos dissolvidos. Como cada sólido apresenta um coeficiente de solubilidade, à medida que
o líquido evapora, um sólido cristaliza-se, e os outros permanecem dissolvidos. Um exemplo
de mistura para aplicá-la é a água do mar.
vi. Agitação:
3.2.Operações Unitárias II
Métodos de separação de misturas (II)
i. Extração
A extração é a transferência de uma substância dissolvida de uma fase para outra • Quando a
extensão segundo a qual os solutos distribuem entre duas fases líquidas imiscíveis difere
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significativamente. Essa característica pode ser usada para separações de espécies químicas
(concentrar ou isolar).
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b) Destilação Fraccionada: é um método de separação utilizado para separar um líquido
que está dissolvido em outro (mistura homogênea formada por líquidos miscíveis). A
separação é possível porque os líquidos apresentam pontos de ebulição diferentes.
iii. Absorção
iv. Adsorção
A Adsorção é um método de separação de misturas que consiste na interação entre moléculas,
caracterizada pela aderência ou retenção de um determinado fluído sobre determinada
superfície. O fluído é a substância adsorvida, já a superfície é adsorvente. Trata-se então de uma
interação entre moléculas que pode ocorrer de forma física ou química.
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v. Transferência de Calor
Energia térmica é a fracção da energia interna de um corpo que pode ser transferida devido a
uma diferença de temperaturas. Esta fracção é composta pelas formas de energia microscópicas
energia sensível e energia latente.
Por exemplo, um corpo colocado num meio a uma temperatura diferente da que possui, recebe
ou perde energia, aumentando ou diminuindo a sua energia térmica (ou interna, armazenada).
Esta energia térmica transferida “para o” ou “do” corpo é vulgarmente designada por “Calor” e
o processo é designado por Transferência de Calor.
Não ocorrendo mudança de estado físico, a variação de energia interna sofrida por um
corpo, de massa m, é igual ao calor transferido (Q) e pode ser estimada pela variação de
temperatura ocorrida (ΔT), conhecido o seu calor específico, cP, como transcrito de uma forma
simplista pela eq. 1. Havendo mudança de estado, a temperatura mantém-se constante, por
exemplo na evaporação de uma massa m de um líquido, e o calor associado é calculado com
recurso à eq. 2, onde ΔHvap é a entalpia específica de vaporização (obtida por subtracção da
entalpia do líquido à entalpia do gás).
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4.Conclusão
Chegado a este ponto, é de extrema importância referir que ao longo da abordagem do
contruídos relacionados com os temas em alusão compreendeu-se que uma solução, no sentido
amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas. No
âmbito mais restrito, as dispersões que apresentam as partículas do disperso (soluto) com um
diâmetro inferior a 10 Å são denominadas soluções. Quando este diâmetro situa-se entre 10 e
1000 Å, temos dispersões coloidais. No entanto, As operações a montante da reacção para
preparação das matérias-primas são umas de carácter mecânico (por exemplo, moagem,
mistura), outras são de carácter químico (e.g., hidrólise ou a formulação do meio de cultivo de
microrganismos) e outras ainda são de carácter físico (é o caso da esterilização dos caldos de
cultivo ou a descontaminação do ar por processos como a filtração por membranas ou em filtros
de fibras). A montante da reacção há ainda a considerar a selecção de micro-organismos
produtivos, a sua adaptação às condições de cultivo (que determinam a fisiologia de
crescimento), a preparação dos inóculos.
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5.Referências Bibliográficas
Chang, Raymond & Goldsby, Kenneth A. (2013). Química, 11ª Edição, São Paulo, Brasil.
Peruzzo, Francisco Miragaia (Tito); Canto, Eduardo Leite. (1998), Química na Abordagem do
Cotidiano, Ed. Moderna, volume 1, São Paulo.
Skoog, D.A.; West, D. M.; Holler, F.J.; Crouch, S. R. (2009). Fundamentos de química
analítica. Tradução da 8ª ed., S. Paulo: Cengage Learning.
Brown, T. L.; LEMAY JR., H. E.; Bursten, B. E.; Burdge, J. R. (2008). Química a ciência
Central. 9ª ed. Pearson Prentice Hall do Brasil.
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