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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Preparação de Soluções e Operações Unitárias

Discente: António Basílio, Código: 708221494

Turma: “B”

Nampula, Novembro
2022
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Preparação de Soluções e Operações Unitárias

Discente: António Basílio, Código: 708221494

Curso: Licenciatura em Ensino de Química

Cadeira: Laboratório I

Ano de Frequência: 1º Ano, Turma B

Docente: Baltazar Vasco Sitoe

Nampula, Novembro
2022
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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.2.1.Geral .................................................................................................................................. 4

1.2.2.Específicos ......................................................................................................................... 4

1.2.3.Metodologias ..................................................................................................................... 4

2.Preparação de Soluções e Operações Unitárias ....................................................................... 5

2.1.Conceitos Básicos ................................................................................................................. 5

2.2.Classificação das Soluções ................................................................................................... 5

2.2.1.O fenômeno da Saturação de uma Solução ....................................................................... 7

2.2.2.Curvas de Solubilidade ...................................................................................................... 7

2.3.Tipos de Concentrações ........................................................................................................ 8

3.Operações Unitárias ............................................................................................................... 14

3.1.Operações Unitárias I ......................................................................................................... 14

3.1.1.Métodos de Separação de Misturas ................................................................................. 15

3.2.Operações Unitárias II ........................................................................................................ 18

4.Conclusão .............................................................................................................................. 22

5.Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 23

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1.Introdução
O presente trabalho é referente a cadeira de Laboratório I, visa abordar a cerca de Preparação
de Soluções e Operações Unitárias, no entanto, no concerne a Preparação de Soluções, focar-
se-á nos seguintes aspectos e subtemas, conceito de soluções, Classificação das soluções quanto
ao estado físico e quanto à relação soluto-solvente, Tipos de concentração (Concentração
comum, Molaridade, Normalidade, Molalidade, Percentagem em massa (p/p), Percentagem em
peso por volume (p/v)), Diluição e titulação. Quanto as Operações Unitárias, destacar-se-á a
clarificação das Operações Unitárias, (Operações Unitárias I, II e III). Para as Operações
Unitárias I: apresentando a descrição em redacção e ilustrações sobre: a Pesagem e medição de
volumes e Métodos de separação de misturas (I) (Filtração, Evaporação, Dissolução, Secagem,
Cristalização e Agitação). Portanto, importa salientar que grande parte das substâncias químicas
com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia estão na forma de soluções. No contexto de um
laboratório de química, a preparação de soluções é uma técnica de fundamental importância,
pois as soluções são utilizadas em uma série de procedimentos experimentais.

1.1.Objectivos

1.2.1.Geral
 Conhecer as Preparação de Soluções e Operações Unitárias;

1.2.2.Específicos
 Conceituar Soluções;

 Classificar as Soluções quanto ao estado físico e quanto à relação soluto-solvente;

 Descrever as Operações Unitárias;

 Compreender os Tipos de Concentrações.

1.2.3.Metodologias
A metodologia usada para a realização do trabalho em estudo, foi o método de pesquisa
bibliográfica, cingida através da leitura de livros e artigos diversos, e o estudo foi feito de forma
qualitativa através de consulta em autores que abordam os conteúdos relacionados com o tema.

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2.Preparação de Soluções e Operações Unitárias

2.1.Conceitos Básicos
Segundo Feltre (2004, p. 18), “Soluções são sistemas homogêneos formados pela mistura de
duas ou mais substâncias”.

Componentes de uma Solução: as soluções são constituídas de dois componentes:

 Soluto, que é o que se dissolve e se encontra em menor quantidade; Solvente, que é o


componente em maior quantidade e que actua dissolvendo o soluto. Por exemplo,
quando dissolvemos açúcar em água, o açúcar é o soluto, e a água, o solvente.

2.2.Classificação das Soluções


De acordo com Peruzzo (1998), “Há várias classificações para as soluções, pode ser feita de
acordo com o estado físico delas, e de seus constituintes e de acordo com a natureza do soluto
e podem ser classificadas de acordo com três critérios principais: em soluções sólidas, líquidas
e gasosas”.

a) Quanto ao Estado Físico das Soluções: Pode-se ter uma solução em qualquer estado físico
da matéria sendo assim:
i. Soluções Sólidas: recebem o nome de ligas, e geralmente tratam-se de uma mistura
homogênea entre metais.Por exemplo, o ouro 18 quilates é uma mistura constituída por
ouro, cobre e prata. Já o bronze é uma mistura dos metais zinco e estanho.

ii. Soluções Líquidas: podem ser de três naturezas distintas:

 Sólidos dissolvidos em líquidos: a água do mar é uma solução que apresenta vários
solutos, como, (NaCl2), (MgCl2) e bicarbonatos (HCO3-).

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 Líquidos dissolvidos em líquidos: por exemplo, temos água e óleo.

 Gases dissolvidos em líquidos: por exemplo, em um aquário deve-se diluir


gás oxigênio (O2) na água, sendo este gás o responsável pela respiração dos peixes.
Sendo assim, caso o aquário não permaneça aberto, é necessário injetar-se
regularmente este gás por meio de um cilindro.

Imagens: Gas dissolvido em Liquido.

iii. Soluções Gasosas: são aquelas constituídas apenas por gases, sendo que toda mistura entre
gases apresenta uma única fase, sendo, portanto, uma solução. Por exemplo, o ar
atmosférico é uma mistura constituída por 78% de gás nitrogênio (N2), 21% gás oxigênio e
1% de outros gases.

Figura: constituição do ar atmosférico


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b) Quanto à proporção entre soluto e solvente:

De acordo com as quantidades em massa de soluto e solvente presente na solução, pode-se ter
quatro possibilidades de classificação.

i. Soluções diluídas: são aquelas que possuem uma pequena quantidade de soluto em
relação à quantidade de solvente. Por exemplo, uma solução formada por 1g de NaCl
para 100g de água.
ii. Soluções Concentradas: são aquelas que possuem grande quantidade de soluto em
relação à de solvente. Por exemplo, uma solução formada por 30g de NaCl em 100g
de água;
iii. Soluções saturadas: são aquelas formadas pelo máximo de soluto permitido, em
relação ao seu coeficiente de solubilidade. Por exemplo, uma solução constituída
por 37g de NaCl em 100g H2O.
 Semelhante dissolve semelhante. Uma substância polar tende a se dissolver num
solvente polar. Uma substância apolar tende a se dissolver num solvente apolar.

2.2.1.O fenômeno da Saturação de uma Solução


Em função do ponto de saturação, classificamos as soluções em:

 Não-saturadas (ou insaturadas): contêm menos soluto do que o estabelecido pelo


coeficiente de solubilidade;
 Saturadas: atingiram o coeficiente de solubilidade;
 Supersaturadas: ultrapassaram o coeficiente de solubilidade.

2.2.2.Curvas de Solubilidade
Curvas de solubilidade são os gráficos que apresentam a variação dos coeficientes de
solubilidade das substâncias em função da temperatura. Consideremos, por exemplo, a tabela
seguinte, que mostra os coeficientes de solubilidade do nitrato de potássio (em gramas de KNO3
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por 100 g de água) em várias temperaturas. Desses dados resulta a curva de solubilidade do
nitrato de potássio em água, apresentada ao lado.

Tabela: Solubilidade do KNO3 Gráfico: Solubilidade do KNO3 em água

2.3.Tipos de Concentrações

Segundo Skoog (2009), “Concentração é o termo que utilizamos para fazer a relação entre a
quantidade de soluto e a quantidade de solvente em uma solução, a concentração de uma
solução (mistura homogênea) é a medida da quantidade de soluto que está presente em uma
determinada quantidade de solvente”.

Os tipos de concentração envolvem diferentes unidades de medida e os principais são:


a concentração comum, a molaridade, o título e a molalidade.

a) Concentração Comum (C)

Segundo Skoog (209), “A Concentração Comum é a modalidade de cálculo da concentração de


uma solução que relaciona a massa do soluto (m1) e o volume da solução (V)”, como podemos
observar na expressão a seguir:

A unidade utilizada, é (g/L): isso quando a massa do soluto estiver em gramas e o volume
estiver em litros (L). Concentração é o quociente entre a massa do soluto e o volume da
solução.
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Exemplo: Calcule a concentração, em g/L, de uma solução de nitrato de potássio, sabendo que
ela encerra 60g do sal em 300cm3 de solução.

RESOLUÇÃO
 Pelo próprio significado de concentração, temos:

 Pela Fórmula:

 Densidade (d)
É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona a massa (m) e
volume (V), como podemos observar na expressão a seguir:

Unidade utilizada em densidade (em geral): gramas por mililitro (g/mL), quando a massa
estiver em gramas e o volume estiver em mililitros (mL).

b) Concentração molar (M) ou Concentração em quantidade de matéria (molaridade)

É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona o número de mol do


soluto (n1) e o volume da solução (V), como podemos observar na expressão a seguir:

Como o número de mols do soluto (n1) é o quociente entre sua massa (m1) e sua massa molar
(M1):

Podemos substituir o n1 na fórmula da molalidade pela fórmula dele, da seguinte forma:

A concentração em mols por litro é muito importante para as soluções líquidas, pois: expressar
a quantidade de soluto em mols simplifica bastante os cálculos químicos relativos às futuras
reações do soluto;
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Exemplo: Qual é a molaridade de uma solução de iodeto de sódio que encerra 45g do sal
em 400mL de solução? (Massas atômicas: Na % 23; I % 127).

 Cálculo da quantidade em mols do iodeto de sódio (NaI):

 Pelo próprio significado da molaridade, temos:

 pela fórmula:

c) Título em Massa (T)

Título em volume é a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona a


massa do soluto (m1) com a massa da solução (m), como na expressão a seguir:

Exemplo: Uma solução contém 8g de Cloreto de Sódio e 42g de água. Qual é o título em
massa da solução? E seu título percentual?

RESOLUÇÃO

 O título em massa da solução é 0,16.

 O título percentual 16%.

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d) Molalidade (W) ou concentração em mol/Kg

É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona o número de mol do


soluto (n1) e a massa do solvente (m2), como podemos observar na expressão a seguir:

A massa do solvente, na molalidade, é sempre trabalhada na unidade quilograma (kg). Como o


número de mol do soluto é o resultado da divisão entre a massa do soluto e a massa molar do
soluto, temos:

Exemplo: Qual é a molalidade de uma solução que contém 40g de brometo de cálcio em
200g de água.

RESOLUÇÃO

Calculando a massa molar do CaBr2, obtemos 200g/mol. Consequentemente, temos: 40g: 200
g/mol = 0,2 mol de CaBr2.

 Pela definição de molalidade:

Logo: a solução é 1 molal ou simplesmente molal.


e) Concentração Percentual

Para Skoog (p. 72), “A composição percentual de uma solução pode ser expressa de várias
maneiras”. Três métodos comuns são:

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f) Partes por Milhão e Partes por Bilhão

Para soluções muito diluídas, uma maneira conveniente de expressar a concentração é em partes
por milhão:

Onde: que Cppm é a concentração em partes por milhão. Obviamente, a unidade da massa no
numerador e no denominador precisa concordar. Para soluções ainda mais diluídas 109ppb em
vez de 106ppm é empregada na equação anterior para fornecer o resultado em partes por bilhão
(ppb). O termo partes por mil (ppmil) também é encontrado, especialmente em oceanografia.

Exemplo: Qual é a molaridade do K+ em uma solução que contém 63,3 ppm de K3Fe(CN)6
(329,3 g/mol)?

RESOLUÇÃO

 Uma vez que a solução é tão diluída, é razoável considerar que sua densidade é 1,00
g/mL. Portanto de acordo com a Equação

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 Diluição das Soluções
Diluir uma solução significa adicionar a ela uma porção do próprio solvente puro.

Acompanhando a diluição ilustrada na figura acima, torna-se evidente que a massa do soluto
(m1) não muda: é a mesma na solução inicial e na final. No entanto, uma vez que o volume
aumenta de V para V’, a concentração também se altera (de C para C’). Desse modo, podemos
calcular:
 Para a solução inicial:

 Para a solução final:

Dado que a massa do soluto (m1) permanece constante, temos:

Essa fórmula nos mostra que, quando o volume aumenta (de V para V’), a concentração
diminui (de C para C’) na mesma proporção. No laboratório, a maneira mais comum de diluir
uma solução é a seguinte:

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Exercícios: Diluindo-se 100mL de solução de cloreto de sódio de concentração igual a 15g/L
ao volume final de 150mL, qual será a nova concentração?

RESOLUÇÃO

Usando a definição de concentração comum, temos:

 Na Solução Inicial:

Essa massa (15 de NaCl) permanece na solução final.

 Na Solução Final:

 Usando a fórmula da diluição VC % V‘C‘, temos:

3.Operações Unitárias
De acordo com Chang (2013), “Operação unitária é toda a unidade de processo onde os
materiais sofrem alterações no seu estado físico ou químico e que pode ser projetada com base
em princípios físico-químicos comuns.”

Em 1915, Arthur Little estabeleceu o conceito de “Operação Unitária”, segundo o qual


um processo químico seria dividido em uma série de etapas que podem incluir: transferência de
massa; transporte de sólidos e líquidos, destilação, filtração, cristalização, evaporação,
secagem, etc.

3.1.Operações Unitárias I
Um processo analítico pode ser considerado como uma sequência de operações unitárias, entre
elas: Pesagem, Secagem, Solubilização e Medição de volumes.

a) Pesagem: utilizam-se várias técnicas de pesagem e vários tipos de balanças. As balanças


analíticas é um instrumento dedicado que precisa ser manuseado com cuidado.

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 Centrar tanto quanto possível a carga no prato da balança;
 Proteger a balança contra a corrosão;
 Os objectos a serem colocados sobre o prato devem ser limitados a metais inertes,
plásticos inerentes e materiais vítreos;
 Observar as precauções especiais para a pesagem de líquidos;
 Manter a balança e a bancada de trabalho sempre limpos;
 Sempre que um objeto é aquecido, é necessário deixá-lo retomar á temperatura ambiente
antes de proceder á sua pesagem.
b) Medição de Volumes

Medição de Volumes é a técnica de medição do volume de uma amostra depende do estado


físico da amostra (líquido ou sólido) e da sua forma (regular ou irregular).

Para medir volumes de líquidos usam-se diversos instrumentos, consoante o rigor


a observar e o volume da amostra. Para medições rigorosas usam-se pipetas, buretas ou balões
volumétricos. Para medições menos rigorosas utilizam-se as provetas. Qualquer um destes
instrumentos tem inscritas algumas informações importantes, tais como:

 Volume máximo (capacidade), Graduação da sua escala, normalmente em mililitros,


Tolerância (limite máximo do erro), Traço de referência, no caso de pipetas ou balões
volumétricos, Temperatura de calibração (temperatura a que deve ser feita a medição
e que é, normalmente, 20˚C).

Os resultados obtidos podem ser expressos em unidades SI, metro cúbico (m³), ou em unidades
submúltiplas deste, que é o caso mais frequente. As unidades submúltiplas mais usadas são o
mililitro (Ml), ou centímetro cúbico (cm³), e o litro (L), ou o decímetro cúbico (dm³).

3.1.1.Métodos de Separação de Misturas


De acordo com Brown (2008), “Separação de misturas é o processo utilizado para separar duas
ou mais substâncias e isolar o componente de interesse, através de técnicas qualitativas e
quantitativas”.

i. A filtração

A filtracao é a operação unitária de separação de um sólido particulado de um fluido, fazendo


com que o sólido permaneça retido em um meio poroso, enquanto o fluido passa através desse
meio. Tem-se o filtrado, que irá passar pelo meio filtrante, o qual deixa-o passar. Assim, o

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filtrado é o fluido que passa através do meio. Esse meio filtrante também pode ser chamado de
filtro, já que permite a separação das partículas em fase sólida, enquanto possibilita o
escoamento do fluido claro.

Método de Filtração

ii. Evaporação

A Evaporação é uma operação unitária utilizada para eliminar água de alimentos líquidos
diluídos, obtendo-se assim produtos mais concentrados. A evaporação difere da desidratação
pois o produto tratado por este processo permanece sempre no estado líquido, também difere
da destilação, já que os vapores produzidos não contém concentrações diferentes, como na
destilação.

O equipamento utilizado é o evaporador, que consiste em uma câmara, dentro da


qual existe um trocador de calor com aquecimento indireto que proporciona o meio de
transmissão de calor ao produto por meio de vapor à baixa pressão.

Método de Vaporização
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iii. Dissolução

A dissolução é o processo de dispersão do soluto em um solvente, dando a origem a uma solução


ou mistura homogênea. Os solutos podem ser classificados em: Solúvel: são os solutos que se
dissolvem no solvente. Pouco solúvel: são os solutos que apresentam dificuldade de se dissolver
no solvente.

iv. Secagem
A secagem é a operação unitária de retirada de água de um produto por evaporação ou
sublimação mediante a aplicação de calor sob condições controladas. Esta etapa se destina a
conservar os alimentos livres da proliferação de microrganismos e de outras reacções químicas
e bioquímicas indesejáveis.
Esta operação pode ser utilizada como única operação de conservação de um
determinado produto ou estar associada a outras em um processamento. Existem diversos
métodos de secagem e devem ser utilizados de acordo com o produto a ser processado. Dentre
eles podem ser: secagem com ar quente, secagem por contacto directo com uma superfície
quente, secagem por radiação de microondas e liofilização.

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v. Cristalização

Cristalização é método que se baseia na evaporação de um líquido que apresenta dois ou mais
sólidos dissolvidos. Como cada sólido apresenta um coeficiente de solubilidade, à medida que
o líquido evapora, um sólido cristaliza-se, e os outros permanecem dissolvidos. Um exemplo
de mistura para aplicá-la é a água do mar.

vi. Agitação:

A agitação é uma movimentação bastante intensa de um fluido induzido por impulsores


giratórios dentro de um recipiente, como um tanque ou reservatório. Nesse caso, considera-se
uma fase. Um tanque agitado possui um motor que insere a potência nos eixos para realizar a
movimentação dos impelidores, cujas geometrias influenciam diretamente na maneira que a
agitação ocorre, como na determinação do fluxo (radial, axial, entre outros).

3.2.Operações Unitárias II
 Métodos de separação de misturas (II)
i. Extração

A extração é a transferência de uma substância dissolvida de uma fase para outra • Quando a
extensão segundo a qual os solutos distribuem entre duas fases líquidas imiscíveis difere

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significativamente. Essa característica pode ser usada para separações de espécies químicas
(concentrar ou isolar).

Constantes de distribuição (K):

 Onde: [A]i, concentração de A que permanece em solução aquosa; [A]o concentração


original; Vaq Volume da fase aquosa; Vorg Volume da fase orgânica; K constante de
distribuição.
ii. Destilação

Destilação é um método de separação de utilizado em misturas homogêneas que apresentem


pelo menos um componente no estado líquido. Ela pode ser classificada em dois principais
tipos:

a) Destilação simples: é um método de separação utilizado para separar um líquido que


possui um sólido dissolvido. A separação ocorre porque apenas o líquido passa pelo
processo de vaporização durante o aquecimento.

Equipamentos utilizados na destilação simples"

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b) Destilação Fraccionada: é um método de separação utilizado para separar um líquido
que está dissolvido em outro (mistura homogênea formada por líquidos miscíveis). A
separação é possível porque os líquidos apresentam pontos de ebulição diferentes.

iii. Absorção

A absorção, é um método de separação de misturas que consiste na interação entre partículas,


implica na aniquilação de uma delas com transferência de energia (física) ou a partícula não se
adere a superfície e sim penetra no interior de outra ou em um meio poroso (fisioquímica).

iv. Adsorção
A Adsorção é um método de separação de misturas que consiste na interação entre moléculas,
caracterizada pela aderência ou retenção de um determinado fluído sobre determinada
superfície. O fluído é a substância adsorvida, já a superfície é adsorvente. Trata-se então de uma
interação entre moléculas que pode ocorrer de forma física ou química.

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v. Transferência de Calor

Energia térmica é a fracção da energia interna de um corpo que pode ser transferida devido a
uma diferença de temperaturas. Esta fracção é composta pelas formas de energia microscópicas
energia sensível e energia latente.

Por exemplo, um corpo colocado num meio a uma temperatura diferente da que possui, recebe
ou perde energia, aumentando ou diminuindo a sua energia térmica (ou interna, armazenada).
Esta energia térmica transferida “para o” ou “do” corpo é vulgarmente designada por “Calor” e
o processo é designado por Transferência de Calor.

Não ocorrendo mudança de estado físico, a variação de energia interna sofrida por um
corpo, de massa m, é igual ao calor transferido (Q) e pode ser estimada pela variação de
temperatura ocorrida (ΔT), conhecido o seu calor específico, cP, como transcrito de uma forma
simplista pela eq. 1. Havendo mudança de estado, a temperatura mantém-se constante, por
exemplo na evaporação de uma massa m de um líquido, e o calor associado é calculado com
recurso à eq. 2, onde ΔHvap é a entalpia específica de vaporização (obtida por subtracção da
entalpia do líquido à entalpia do gás).

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4.Conclusão
Chegado a este ponto, é de extrema importância referir que ao longo da abordagem do
contruídos relacionados com os temas em alusão compreendeu-se que uma solução, no sentido
amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas. No
âmbito mais restrito, as dispersões que apresentam as partículas do disperso (soluto) com um
diâmetro inferior a 10 Å são denominadas soluções. Quando este diâmetro situa-se entre 10 e
1000 Å, temos dispersões coloidais. No entanto, As operações a montante da reacção para
preparação das matérias-primas são umas de carácter mecânico (por exemplo, moagem,
mistura), outras são de carácter químico (e.g., hidrólise ou a formulação do meio de cultivo de
microrganismos) e outras ainda são de carácter físico (é o caso da esterilização dos caldos de
cultivo ou a descontaminação do ar por processos como a filtração por membranas ou em filtros
de fibras). A montante da reacção há ainda a considerar a selecção de micro-organismos
produtivos, a sua adaptação às condições de cultivo (que determinam a fisiologia de
crescimento), a preparação dos inóculos.

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5.Referências Bibliográficas
Chang, Raymond & Goldsby, Kenneth A. (2013). Química, 11ª Edição, São Paulo, Brasil.

Peruzzo, Francisco Miragaia (Tito); Canto, Eduardo Leite. (1998), Química na Abordagem do
Cotidiano, Ed. Moderna, volume 1, São Paulo.

Skoog, D.A.; West, D. M.; Holler, F.J.; Crouch, S. R. (2009). Fundamentos de química
analítica. Tradução da 8ª ed., S. Paulo: Cengage Learning.

Brown, T. L.; LEMAY JR., H. E.; Bursten, B. E.; Burdge, J. R. (2008). Química a ciência
Central. 9ª ed. Pearson Prentice Hall do Brasil.

Feltre, Ricardo. (2004), Físico-Química, Volume 2, 6ª Edição, São Paulo.

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