Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CASAMENTO
CASAMENTO
1
Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 3
1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 3
1.1.2.Geral .................................................................................................................................. 3
1.1.3.Específicos ......................................................................................................................... 3
1.2.Metodologias ........................................................................................................................ 3
2. CASMENTO .......................................................................................................................... 4
4. Conclusão ............................................................................................................................... 9
2
1.Introdução
O trabalho é de carácter avaliativo, referente a cadeira de Antropologia, tem como tema:
Casamento. No entanto, o casamento é um dos temas mais cadentes em Antropologia e
possibilita evidenciar a humanidade é ao mesmo tempo a mesma e diferente pois, são notáveis
as diferenças e semelhanças nas suas mais diversas semelhanças e diferenças. Dessa forma, o
estudo visa aprofundar de forma prática o assunto. Desta feita, pretende-se também, estabelecer
uma relação entre aspectos da literatura sobre o casamento e um conjunto de aspectos a
formação, tipo e finalidade do casamento na sua província de Niassa.
1.1.Objectivos
1.1.2.Geral
Analisar o Casamento.
1.1.3.Específicos
Definir o Casamento;
Apresentar as formas de casamento na realidade social;
Criticar de forma explícita a realidade social do casamento na actualidade.
1.2.Metodologias
A realização do trabalho foi possível com o auxílio de diversas obras de autores que abordam
assuntos relacionados com o Tema, sites e documentos em formato PDF, detalhados nas
Referências Bibliográficas.
3
2. CASMENTO
Conforme Boas, (2009), “O Casamento é a união voluntária e singular entre um homem e uma
mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão plena de vida”.
Segundo Batalha, (2004, p. 34), “O casamento é um acontecimento cultural que está muito para
além da genética ou biologia humanas é a forma comummente aceite de constituir família e ter
filhos, entre a maioria social e politicamente dominante”.
2.1.2.Tipos de Casamento
Monogamia
Embora a monogamia seja a norma de casamento mais comum na maior parte das sociedades,
a poligamia é a forma mais praticada, especialmente na forma conhecida como poliginia.
Poliginia
Poliandria
A poliandria, que liga matrimonialmente uma mulher a dois ou mais homens, é a forma mais
rara de poligamia. Alguns antropólogos entendem que é menos vulgar do que a poliginia devido
à menor esperança de vida e maior mortalidade infantil do sexo masculino. Em algumas
4
sociedades, ou entre alguns grupos sociais, o casamento é considerado uma coisa demasiado
séria para ser deixado aos caprichos de jovens com pouca experiência de vida social. Nessas
sociedades e grupos, o casamento, mais do que a união entre duas pessoas, representa o
estabelecimento de uma aliança entre famílias ou grupos de parentesco.
a) Casamento Civil
Em Moçambique, têm capacidade para contrair casamento todos aqueles em relacção aos quais não
verifique-se algum dos impedimentos matrimoniais previstos na lei.
5
religioso e o tradicional produz efeitos previstos na presente Lei ou em legislação especial,
desde que esteja devidamente transcrito pelos serviços do registo civil nos termos da lei.
Lobolo
O lobolo é uma prática cultural por meio da qual se unem duas pessoas (homem e mulher) pelo
casamento condicionado ao pagamento real ou simbólico de um dote. Este dote pode ser uma
enxada, uma cabeça ou várias de vaca, dinheiro em numerário ou outros bens de natureza ou
pecuniária. O “pagamento” da noiva é uma prática comum em sociedades onde esta deixa a
casa de sua família para ir viver coma família do noivo. Assim, a família dela recebe uma
compensação pela sua saída, que constitui uma forma de indemnizar. Nessas sociedades as
mulheres são a principal força de trabalho e as famílias precisam de ser compensadas pela sua
saída.
A gravidez precoce, especialmente até aos 16 anos de idade, apresenta riscos físicos,
psicológicos e sociais, por vezes graves. As chances das mães adolescentes morrerem devido
as complicações durante a gravidez são altas, podendo haver parto prematuro, anemia, tensão
arterial elevada ou fístula para além de poder contraírem infecções sexualmente transmissíveis.
Os bebés que nascem de uma mãe adolescente têm maior risco de desenvolver a desnutrição.
A província nortenha do Niassa, a mais empobrecida de Moçambique, está a ser afectada pelo
fenómeno de casamentos prematuros, que, segundo o respectivo governador, está a ter um
impacto bastante negativo no sector da educação.
7
3.3. Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, promulgou em outubro de 2019, e mandou publicar
a Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras, aprovada em julho 2019 pelo
parlamento. A lei elimina uniões maritais envolvendo pessoas com menos de 18 anos, punindo
com pena até 12 anos e multa até 2 anos o adulto que se casar com uma criança.
i. O adulto, independentemente do seu estado civil, que unir-se com a criança será punido
com pena de prisão de 8 a 12 anos e multa até dois anos" - Artigo 30, Lei de Prevenção e
Combate às Uniões Prematuras em Moçambique.
ii. "A união entre duas pessoas formada com propósito imediato de constituir família, só é
permitida a quem tiver completado 18 anos de idade à data da união" - Artigo 7, Lei de
Prevenção e Combate às Uniões Prematuras em Moçambique.
iii. "O adulto que, por si ou por interposta pessoa, noivar uma criança conhecendo a idade desta,
será punido com pena de prisão até 2 anos" - Artigo 25, Lei de Prevenção e Combate às
Uniões Prematuras em Moçambique.
iv. "O servidor público que, no exercício das suas funções, de forma consciente, celebrar ou
autorizar a celebração de casamento no qual ambos ou um dos esposados é criança, será
punido com pena de prisão de 2 a 8 anos e multa até 2 anos" - Artigo 26, Lei de Prevenção
e Combate às Uniões Prematuras em Moçambique.
v. "Aquele que colaborar para que a união com uma criança tenha lugar, ou que por qualquer
outra forma concorra para que produzam os seus efeitos, desde que tenha conhecimento de
que a união envolve criança, será punido com pena de prisão e multa até 1 ano" - Artigo 31,
Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras em Moçambique.
vi. "A pena de prisão de 8 a 12 será aplicada a quem entregar criança para união em troca de
algum bem ou valor, para pagamento de dívida, como cumprimento de promessa, como
dádiva ou para qualquer outra finalidade contrária à lei" - Artigo 32, Lei de Prevenção e
Combate às Uniões Prematuras em Moçambique.
vii. O pai, a mãe, o tutor, o padrasto, a madrasta, qualquer outro parente, encarregado de guarda
da criança ou da sua educação, ou a pessoa que exercer poder equiparável ao parental ou de
guarda, que autorizar ou obtiver autorização para união de criança, instigar, aliciar ou não
obstar a união, será punido com pena de prisão de 2 a 8 anos e multa até 2 anos, se pena
mais grave não couber.
8
4. Conclusão
Contudo, importa salientar que A Lei moçambicana define casamento como sendo uma união
voluntária e singular entre um homem e uma mulher, com o propósito de constituir família,
mediante comunhão plena da vida. O casamento pode ser civil, religioso ou tradicional. Em
Moçambique, ao casamento monogâmico, religioso e tradicional é reconhecido valor e eficácia
igual à do casamento civil, isto quando tenham sido observados os requisitos que a lei estabelece
para o casamento civil. No entanto, as lacunas na lei e as enraizadas tradições continuam a
permitir que muitas meninas e adolescentes iniciem cedo a vida sexual e matrimonial. Entre as
tradições, destacam-se os ritos de iniciação em que "as meninas entram mais ou menos com 10,
11 anos de idade, altura em que elas têm a primeira menstruação. Nesses ritos, elas são
preparadas para o casamento e saem de lá como mulheres”. Ao participarem naquelas práticas,
muitas meninas acabam por perder a escola. o factor preocupante é o índice do crescimento do
casamento prematuro é uma das piores formas de violência contra meninas moçambicanas.
Mais da metade das meninas se casa antes da idade legal, ou seja, antes de 18 anos. Moçambique
tem leis que proíbem o casamento prematuro e o abuso sexual de menores. No entanto, só se
aplicam quando o parceiro da rapariga é maior de idade e não quando envolve dois adolescentes.
9
5.Referência Bibliográficas
Batalha, Luís, Antropologia uma Perspectiva Holística, Lisboa, Portugal, 2004.
Boas, Franz. Antropologia Cultural. Trad. Celso Castro. 5. Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahor
editora, 2009.
10