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Paulina Chiziane
Publicada no Brasil primeiramente em 2002, Niketche: uma história de poligamia, é um dos romances
de Paulina Chiziane. Sobre a autora e seu contexto, é importante destacar que Chiziane é
moçambicana. Assim, suas histórias escritas e a própria história da autora são marcadas pela realidade
de Moçambique, à qual os brasileiros não costumam conhecer.
Desse modo, informamos que Paulina Chiziane esteve ativa no Movimento de Libertação de
Moçambique, que só se tornou independente de Portugal em 1975. Nota-se, portanto, que a realidade
do país, só por esse “detalhe”, está intimamente ligada com esse dado histórico. E na história de Rami,
protagonista e narradora do romance, isso também aparece.
O abraçar da poligamia
Após conhecer as amantes do marido e considerar que elas não são rivais, mas sim todas
desamparadas em sua condição feminina, Rami toma uma decisão. Então, adota a poligamia aceita em
várias regiões de Moçambique. Dessa maneira, na obra Niketche, vai se construindo por meio de Rami
uma tentativa de aumentar a independência das amantes de Tony.
Rami passa a ser a matriarca que conversa com todas as amantes e com Tony. A ele, é pedido que
provida meios das suas outras parceiras terem maior independência, como pequenos negócios. E, de
fato, as coisas vão se ajeitando. Elas, ainda, descobrem a existência de outras duas amantes, sendo
uma delas com quem Tony viaja para Paris esporadicamente.