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Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Daniela de Lima
L732d
Lima, Daniela de
Direito das sucessões. / Daniela de Lima. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
225 p.; il.
ISBN 978-65-5663-356-5
ISBN Digital 978-65-5663-357-2
CDD 342.165
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico, no presente livro didático apresentaremos a
você um dos ramos do direito intitulado Direito das Sucessões. No conteúdo
que abordaremos a seguir, você, acadêmico, compreenderá as relações
sucessórias existentes no direito brasileiro. Todo este livro didático foi
elaborado com o intuito de possibilitar a ampliação de seu conhecimento
neste ramo do direito denominado sucessões.
Bons estudos!
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 65
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 139
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 221
UNIDADE 1 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•
reconhecer o autor da herança, bem como a responsabilidade dos
herdeiros que, no direito brasileiro, é limitada ao patrimônio recebido de
forma proporcional e limitada ao quinhão hereditário;
1
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Para Fábio Ulhoa Coelho (2012), o direito sucessório tem como objetivo
destinar o patrimônio do indivíduo após o fim de sua existência, ressaltando que
o direito sucessório se aproxima tanto do direito das coisas, como do direito de
família, catalogando quem geralmente são os sucessores.
4
TÓPICO 1 — DIREITO DAS SUCESSÕES: CONCEITOS FUNDAMENTOS E REGRAS GERAIS
Maria Helena Diniz (2002), ao tratar da parte especial do direito civil, qual
seja o direito de sucessões, realiza análise um pouco mais minuciosa, conferindo
ao termo sucessão um sentido amplo e outro estrito, diferenciando – os entre si,
vejamos:
ATENCAO
5
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Leia também: Direito à herança – Art. 5º, XXX e XXXI; Direito de propriedade e a sua função
social – Art. 5º, XXII e XXIII, Art. 170, II e III; Princípio da dignidade da pessoa humana – Art.
170, II e III;
Construção de uma sociedade justa, livre e fraterna – Art. 3º, I, todos da CF/1988 (BRASIL,
1988). Arts. 1.784 a 1.828, CC/2002 (Título I – Da Sucessão em geral, Capítulo I – Disposições
gerais) (BRASIL, 2002).
Segundo Acquaviva (2004, p. 16), “de cujus” é uma “locução latina que
designa pessoa falecida de cuja sucessão de bens se trata. Há, todavia, quem
empregue a expressão autor da herança”. Neste sentido, passamos, a partir de
agora, após compreender como devemos nos dirigir e tratar a pessoa que morreu
e deixou bens a serem inventariado ou partilhado, como de cujus ou como “autor
da herança”.
6
TÓPICO 1 — DIREITO DAS SUCESSÕES: CONCEITOS FUNDAMENTOS E REGRAS GERAIS
De acordo com o Código Civil brasileiro (2002), no seu Art. 6º, “a existência
da pessoa natural termina com a morte [...]”, ainda, esse mesmo dispositivo
seguido dos Arts. 7º e 8º, determinam as formas das quais poderá se considerar a
morte da pessoa natural, inclusive para fins de sucessão.
• Morte real.
• Morte presumida sem declaração de ausência, após a devida justificação.
• Morte presumida, declarando a ausência.
• Hipótese de comoriência.
FONTE: A autora
Ressalta-se ainda que são reconhecidas mortas com todos os efeitos legais,
as pessoas desaparecidas políticas, que tenham sido detidas por agentes públicos
no período da Ditatura Militar, ocorrida no Brasil nos anos 1960, 1970 e 1980, e
que constam desde então desaparecidas.
8
TÓPICO 1 — DIREITO DAS SUCESSÕES: CONCEITOS FUNDAMENTOS E REGRAS GERAIS
9
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Na mesma corrente, segue Maria Berenice Dias (2008), que entende que,
para que os bens, direitos e obrigações não se extingam com a morte do titular, a
transmissão ocorre automaticamente, após a morte do autor da herança. “Nada
mais do que a faculdade de alguém entrar na posse de bens alheios. Isso tudo
para que bens, direitos e obrigações não se extingam com a morte de seu titular”
(DIAS, 2008, p. 101).
Entretanto, podemos nos deparar com outras situações que podem alterar
a competência do foro, tais como: a) falecimento no estrangeiro, nesse caso,
será competente para processar o inventário e a partilha, o foro de seu último
domicílio no Brasil; b) ausência de domicílio certo – cujo foro competente será
a situação do imóvel, ambas previsão estão contidas no Art.48, caput, parágrafo
único, I do CPD; c) pluralidade de domicílios – ocorre quando o autor da herança
possuía seus bens localizados em diversos lugares, para tanto, considerar-se-á o
foro competente qualquer que esteja localizado os bens; d) não havendo bens, o
foro do local de qualquer bens do espólio.
10
TÓPICO 1 — DIREITO DAS SUCESSÕES: CONCEITOS FUNDAMENTOS E REGRAS GERAIS
DICAS
Constata de forma clara que o fenômeno jurídico que ocorre quando duas
ou mais pessoas falecem na mesma ocasião, não sendo possível verificar qual
faleceu primeiro, é denominado de comoriência, ou seja falecimento simultâneo.
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
12
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Penha/SC.
b) ( ) Itapema/SC.
c) ( ) Blumenau/SC.
d) ( ) Balneário Camboriú/SC.
13
IV- Em caso de comoriência e não havendo possibilidade de definir quem é
herdeiro de quem, um não herda do outro e os bens de cada um passam
aos seus respectivos herdeiros.
14
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
1 INTRODUÇÃO
15
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
NOTA
Gonçalves (2004, p. 4), ao discorrer sobre sucessão legítima, afirma que ela
“[...] representa a vontade presumida do de cujus de transmitir o seu patrimônio
para as pessoas indicadas na lei, pois teria deixado o testamento se outra fosse a
intenção”.
Ou seja, quando não há testamento, vale dizer que o falecido não deixa
qualquer ato de última vontade e assim é transmitido todo o patrimônio do de
cujus às pessoas expressamente indicadas pela lei de acordo com a ordem de
vocação hereditária (BRASIL, 2002, Art. 1.829). Podemos verificar que essa forma
de sucessão, qual seja, legítima, para a doutrina, seria a vontade presumida do
autor da herança, tendo ele conhecimento daqueles que o sucederiam após sua
morte.
NOTA
17
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
FONTE: <https://www.educamundo.com.br/uploads/blog_posts/featured_images/Direito-das-
-sucess%C3%B5es4-3.jpg>. Acesso em: 11 mar. 2021.
FONTE: <https://www.facebook.com/NacaoJuridica/photos/a-sucess%C3%A3o-tes-
tament%C3%A1ria-%C3%A9-conduzida-pelo-testamento-sendo-um-principio-de-di-
rei/480734018735214/>. Acesso em: 11 mar. 2021.
18
TÓPICO 2 — ESPÉCIES DE SUCESSÃO
NOTA
E
IMPORTANT
Exemplo:
João dos Anjos era viúvo e tinha três filhos: Rafaela, Rodrigo e Ricardo,
ao falecer na cidade de Itapema/SC, sem testamento, deixou bens a serem
inventariados, esses bens são: uma casa, localizada no município de Itapema,
um veículo automotor e um apartamento localizado na cidade de Blumenau/
SC. A abertura da sucessão ocorreu no momento de sua morte. Os bens a serem
inventariados anteriormente descritos totalizam 100% do seu patrimônio. Como
são três sucessores (os filhos Rafaela, Rodrigo e Ricardo), cada filho vai receber 1/3
do patrimônio. Esta forma de recebimento é a título universal, porque os herdeiros
receberão a totalidade do patrimônio, mesmo que fracionado. Na hipótese de
que João tivesse apenas um filho, esse herdeiro receberia a integralidade de seu
patrimônio e de igual modo a título universal.
20
TÓPICO 2 — ESPÉCIES DE SUCESSÃO
Diniz (2002), no entanto, embora faça essa ressalva, que nos facilita na
identificação da sucessão universal, também coaduna no sentido de que é
necessário que o herdeiro seja chamado a suceder no todo ou numa parte do
patrimônio do autor da herança. Vejamos:
NOTA
Exemplo:
João dos Anjos era viúvo e tinha três filhos: Rafaela, Rodrigo e Ricardo,
ao falecer na cidade de Itapema/SC, foi constatado a existência de testamento e
bens a serem inventariados, esses bens são: uma casa localizada no município
de Itapema/SC, um veículo automotor e um apartamento localizado na cidade
de Blumenau/SC. A abertura da sucessão ocorreu no momento de sua morte.
Os bens a serem inventariados anteriormente descritos totalizam 100% do seu
patrimônio. João preferiu realizar a sucessão de forma singular com relação ao
seu apartamento na cidade de Blumenau/SC, que corresponde a 30% do seu
patrimônio. Os demais bens serão divididos entre seus três sucessores/herdeiros
necessários, que são seus filhos (Rafaela, Rodrigo e Ricardo), cada filho vai
receber um determinado quinhão daquela quota parte da herança. João dos Anjos
dispôs que o apartamento na cidade de Blumenau será deixado para Raquel. Essa
discriminação do bem e quem deverá ficar com o bem é que o caracteriza como
sucessão singular.
21
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
a título singular e observar que essa forma de sucessão surge apenas em caso de
sucessão por testamento, muito embora a sucessão testamentária possa ocorrer
tanto a título universal quanto a título singular.
NOTA
22
TÓPICO 2 — ESPÉCIES DE SUCESSÃO
4 SUCESSÃO CONTRATUAL
Há, ainda, uma categoria existente no direito de sucessões, que é a
denominada sucessão contratual, essa categoria desperta calorosos debates,
por não ser admitida no ordenamento jurídico brasileiro à sucessão contratual,
conforme consta no Art. 426 do Código Civil, que assim dispõe “Não pode ser
objeto de contrato a herança da pessoa viva” (BRASIL, 2002).
FONTE: <https://parceirolegal.fcmlaw.com.br/wp-content/uploads/sites/2/2018/01/clausula-de-
-sucessao-825x542.png>. Acesso em: 11 mar. 2021.
Outro ponto que deve ser ressaltado é que a herança propriamente dita
decorre da morte do indivíduo proprietário dos bens, sem a morte, não há que se
falar em herança, conforme estudaremos no Tópico 3 desta unidade.
23
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
24
TÓPICO 2 — ESPÉCIES DE SUCESSÃO
NOTA
5 SUCESSÃO IRREGULAR
Caro acadêmico, você já adquiriu compreensão da disciplina Direito das
Sucessões, percorrendo por diversos conceitos de categorias antes desconhecidas
e que agora são facilmente compreendidas por você?
25
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
26
TÓPICO 2 — ESPÉCIES DE SUCESSÃO
NOTA
FIGURA 9 – SÍNTESE
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
28
AUTOATIVIDADE
29
3 A pandemia causada pelo novo coronavírus, na segunda década do século
XXI, causou incertezas e a convivência com a morte, tornando necessário
pensar sobre o Direito Sucessório, particularmente com relação ao exercício
da autonomia da vontade no direito sucessório, colocando em discussão os
dispositivos do Código Civil relacionados à sucessão. Dentre os dispositivos
mais polêmicos, destacam-se os relacionados à chamada sucessão contratual
e sucessão irregular. Acerca da sucessão contratual, assinale a alternativa
CORRETA:
30
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
31
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
2 HERANÇA
Wald (2009, p. 7) nos ensina que a herança também pode ter outras
denominações, para o doutrinador, a categoria herança também pode ser
denominada de espólio ou monte: “É o conjunto de bens, direitos e obrigações
que se transmite aos herdeiros e legatários. Também denominada de espólio ou
monte”.
32
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
Diniz (2012, p. 77) nos ensina que o objeto da sucessão causa mortis é a
herança, segundo a doutrinadora “[...] A herança é, portanto, o patrimônio do
falecido, isso é, o conjunto de direitos e deveres que se transmite aos herdeiros
legítimos ou testamentários”. A exceção reconhecida pela autora se dá aos que
forem personalíssimos ou inerentes à pessoa do de cujus. No pensamento de
Venosa (2015, p. 7), a herança contém tantos bens materiais quanto imateriais,
desde que possam ser avaliáveis do ponto de vista econômico.
Por sua vez, o Art. 943 do Código Civil garantirá que se transmita com a
herança o direito de exigir reparação e também a obrigação de prestá-la, se for o
caso.
33
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
FONTE: <https://thumbs.jusbr.com/filters:format(webp)/imgs.jusbr.com/publications/images/7c-
d101a3ca3e9d93e87565a053d5cf08>. Acesso em: 11 mar. 2021.
Ainda de acordo com o Art. 1.793 do Código Civil, prevê-se que a alienação
da quota parte da herança por parte de um dos herdeiros, depende da autorização
judicial, sob pena de ser declarada ineficaz:
Por outro lado, ao discorrer com olhar mais crítico, Venosa (2013) refere-se
à herança como uma unidade abstrata, de que não se deve acreditar que realmente
seja totalmente indivisível, eis que pode haver unidade da universalidade, que
ocorre quando existem vários herdeiros chamados a suceder o de cujus, porém,
caso haja divisão, essa será realizada em partes ideais, fracionadas, o que faz com
que possa perfeitamente conciliar-se, desta forma, com a coexistência de vários
herdeiros.
34
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
35
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Contas Ativos
On-line Digitais Herança Digital
36
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
Para tanto, embora ainda não haja legislação sobre o tema, a doutrina
vem reconhecendo a existência de bens digitais, sendo esses bens classificados
como incorpóreos, devido as suas características, fazendo com que haja também
a herança digital, que igualmente compõe e faz parte da herança em regra
geral, devendo ser futuramente submetida a partilha. Para tanto, é necessária a
compreensão do que são bens digitais no campo jurídico, para que possamos
compreender o que será transmitido aos sucessores ante a morte do seu titular.
DICAS
Acerca do tema, sugere-se a leitura do texto O que é herança digital?, de Galvão e Silva
Advocacia disponível em: https://jus.com.br/artigos/80027/o-que-e-heranca-digital.
Ainda o interessante artigo A herança digital no Brasil e o tratamento das criptomoedas e
bitcoins como bens digitais de autoria de Cintia Obladen de Almendra Freitas. Disponível
em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/primafacie/article/view/48807.
37
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
E
IMPORTANT
FIGURA 13 – DE CUJUS
38
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
3 LEGADO
O legado é proveniente da sucessão testamentária e não da sucessão
legítima, para tanto o de cujus antes de sua morte, dispõe sua última vontade
nomeando o legatário para um determinado bem ou um conjunto de bens certos
e determinados dentro da herança.
NOTA
Para confirmar que o legado pode ser destinado a um dos herdeiros legítimo
do de cujus, levamos para você, acadêmico, a leitura de Gustavo René Nicolau,
que afirma que “Esse beneficiado pode, inclusive, ser um herdeiro legítimo do de
cujus, que passa a receber a título universal (Art. 1.829) e a título singular. Tem-se,
nesse caso o chamado prelegado ou legado precípuo” (NICOLAU, 2005, p. 132).
39
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Veja o que nos ensina Nicolau (2005, p. 133) ao tratar do legado de coisa
comum e do legado de coisa singularizada.
[...] caso o testador legue bem que só lhe pertence parcialmente, a deixa
só terá eficácia quanto a essa parte (Art.1.914). [...] se, no momento da
abertura da sucessão, os bens estipulados pelo testador existirem em
quantidade inferior ao que foi designado no testamento, só em relação
ao remanescente é que valerá a deixa (Art. 1.916).
40
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
E
IMPORTANT
41
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
FONTE: <https://www.marinslourenco.com/wp-content/uploads/2020/07/15.07.2020-morto-di-
vida-site-1536x864.png>. Acesso em: 11 mar. 2021.
Assim, eventuais dívidas que tenham sido contraídas pelo de cujus será
o espólio inicialmente, responsável pelo adimplemento das referidas dívidas.
Posteriormente à partilha serão os herdeiros responsáveis, em nome próprio, por
responderem sobre eventuais dívidas, dentro do limite de seus quinhões.
Exemplo:
João dos Anjos faleceu e deixou como únicos herdeiros seus três filhos:
Rafaela, Rodrigo e Ricardo. O patrimônio deixado por João foi equivalente a R$
999.999,99, tendo cada filho herdado a quota parte de 33,33% desse valor, ou seja,
R$ 333.333,33 – herdam 1/3 da legítima (fração ideal). Depois de ter sido feito o
inventário e a partilha dos bens, uma terceira pessoa, chamada Rodrigo apresentou
uma nota promissória assinada por João dos Anjos na qual esse se comprometia
a pagar R$ 150.000,00, assim que Rodrigo possui um título executivo assinado
por João. Quem é responsável pelo pagamento deste R$ 150.000,00) devidos a
Rodrigo?
E caso a partilha não tenha sido realizada, você sabe dizer o que Rodrigo
deveria fazer, para ver sua dívida com o de cujus quitada? Caso não tenha sido
realizada a partilha, Rodrigo enquanto credor do de cujus, poderá habilitar seus
créditos no juízo do inventário ou ajuizar ação de cobrança contra o monte/
espolio.
44
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
NOTA
DICAS
FONTE: <https://m.facebook.com/NacaoJuridica/photos
/a.153413011467318/2046012868873980/?type=3&source=48>. Acesso em: 11 mar. 2021.
45
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
5.1 CONCEITO
46
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
47
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
48
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
Exemplo:
João dos Anjos faleceu e deixou como únicos herdeiros seus três filhos:
Rafaela, Rodrigo e Ricardo. O patrimônio deixado por João foi equivalente a R$
999.999,99, sendo esse o acervo hereditário, tendo cada filho herdado a quota
parte de 33,33% desse valor, ou seja, R$ 333.333,33 – herdam 1/3 da legítima
(fração ideal). Rafaela tem interesse na quota parte do Ricardo. Rodrigo não
possui interesse na quota parte de nenhum dos outros herdeiros. Ricardo, por
sua vez, também tem interesse de disponibilizar sua quota parte. Assim, Rafaela
e Ricardo terão que realizar negócio jurídico denominada cessão de direitos, para
que Rafaela tenha um acréscimo na partilha, essa cessão, como vimos, é pública
e deve ser realizada junto ao cartório/ tabelionado, e para que seja considerada
eficaz, ela se dará sobre a quota parte do herdeiro cedente e não sobre bem
individualizado.
E
IMPORTANT
49
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Realizada a cessão de direitos hereditários, não quer dizer que se esteja vendendo a qualidade
de herdeiro, nada mais estaria dispondo do patrimônio que já lhe foi transferido através da
sucessão.
A possibilidade de transmissão por ato inter vivos, independentemente de estar concluído o
inventário.
A liberdade de realizar a cessão de direitos hereditários, inicia-se após a abertura da sucessão.
O direito hereditário é indivisível até o final da partilha, por força de lei.
Como você pôde observar na parte final do Art. 1.793 do Código Civil,
esta cessão de direitos hereditários deverá revestir-se de forma pública, para
tanto, foi previsto que o objeto de cessão deverá se dar por escritura pública, junto
ao tabelionato. Isso porque a herança, como vimos anteriormente (Art. 80, II do
Novel), é considerada bem imóvel.
Esta previsão contida no Art. 1.793 também é uma exigência feita pela
Lei de Registros Públicos em seu artigo 129, que dispõe que, para surtir efeitos, o
cartório deve realizar o registro da cessão de direitos hereditário, vejamos:
50
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
Este objeto da cessão de direito hereditários pode ser cedido tanto gratuita
quanto onerosamente, como já explicado, garantindo que seja realizado por
escritura pública e a título universal.
E
IMPORTANT
51
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
No que diz respeito aos bens que integram o acervo hereditário, é garantido
ao coerdeiro o exercício do direito de preferência: "Art. 1.794. O coerdeiro não
poderá ceder a sua quota hereditária à pessoa estranha à sucessão, se outro
coerdeiro a quiser, tanto por tanto" (BRASIL, 2002).
52
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
Coaduna com este entendimento Flávio Tartuce (2015, p. 52), que ressalta
que: “Em tal notificação, aliás, devem constar todos os dados fundamentais a
respeito da cessão, como o preço e as condições de pagamento, o que representa
aplicação do princípio da boa-fé objetiva para o negócio jurídico em questão”.
53
UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
Exemplo:
João dos Anjos faleceu e deixou como únicos herdeiros seus três filhos:
Rafaela, Rodrigo e Ricardo. O patrimônio deixado por João foi equivalente a
R$ 999.999,99, sendo esse todo o acervo hereditário, tendo cada filho herdado a
quota parte de 33,33% desse valor, ou seja, R$ 333.333,33 – herdam 1/3 da legítima
(fração ideal). Rodrigo tem interesse em realizar a cessão de sua quota parte,
entretanto, por desconhecer o que determina a legislação brasileira sobre cessão de
direitos hereditários, resolve realizar negócio jurídico com seu amigo Humberto,
realizando com esta cessão onerosa de direitos hereditários. Para tanto, Rodrigo
realiza a cessão de sua quota parte dos direitos hereditários a terceiro estranho à
54
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
FONTE: <https://i0.wp.com/www.megajuridico.com/wp-content/uploads/2014/07/Direito-Civil-
-Cess%C3%A3o-de-Direito-Heredit%C3%A1rios.jpg>. Acesso em: 11 mar. 2021.
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UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
Primeiras reflexões
Flávio Tartuce
Vale lembrar que o Código Civil de 2002 admite que o testamento tenha
um conteúdo extrapatrimonial, pela regra constante do seu Art. 1.857, § 2º:
“São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda
que o testador somente a elas se tenha limitado”. Procurou-se, assim, afastar
críticas anteriores existentes quanto ao Art. 1.626 do Código Civil de 1916, que
supostamente limitava o testamento a um conteúdo patrimonial: “Considera-se
testamento o ato revogável pelo qual alguém, de conformidade com a lei, dispõe,
no todo ou em parte, do seu patrimônio, para depois da sua morte”. No âmbito
da herança digital, fala-se em testamento em sentido amplo, sendo certo que a
atribuição de destino de tais bens digitais pode ser feita por legado, por codicilo
– se envolver bens de pequena monta, como é a regra – ou até por manifestação
feita perante a empresa que administra os dados.
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UNIDADE 1 — ORIGEM E FUNDAMENTO DO DIREITO DE SUCESSÕES
58
TÓPICO 3 — DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Hoje, temos bens digitais que podem, futuramente, com a morte do indivíduo,
tornarem-se herança digital e integrarem o conjunto do espólio.
CHAMADA
61
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Bem móvel.
b) ( ) Bem imóvel.
c) ( ) Bem incorpóreo.
d) ( ) Bem móvel ou imóvel, de acordo com os bens que compõem o espólio.
62
( ) O chamado prelegado ou legado precípuo nada mais é que o acúmulo
de duas qualidades em uma só pessoa, no caso seria o acumulo das
qualidades de herdeiros e das qualidades de legatário.
( ) Se torna eficaz o legado de coisa certa que não pertença ao testador no
momento da abertura da sucessão.
63
64
REFERÊNCIAS
ACQUAVIVA, M. C. Dicionário básico de direito Acquaviva: de acordo com o
novo Código Civil. 5. ed. São Paulo: Editora Jurídica Brasileira, 2004.
BRASIL. STF. REsp 546.077-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em dois de
fevereiro de dois mil e seis. Brasil. Superior Tribunal de Justiça.
COELHO, F., U. Curso de direito civil, família e sucessões. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.
COELHO, F., U. Curso de direito civil: parte geral. Volume 1. 4. ed. São Paulo:
Saraiva, 2010.
65
DIAS, M. B. Manual das sucessões. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
DIAS, M. B. Manual de direito das sucessões. 7. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2010.
DIAS, M. B. Manual das sucessões. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 25. ed. São Paulo: Saraiva. 2011.
DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005.
DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
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DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
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66
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LEITE, E. de. O. Comentários ao novo Código Civil: do direito das sucessões. Rio
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Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
OLIVEIRA, E. de; AMORIM, S. Inventário e partilha: teoria e prática. 26. ed. São
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67
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WALD, A. Direito civil. In: Direito das sucessões. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
WALD, A. Direito das sucessões. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
68
UNIDADE 2 —
DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA
ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA
HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
69
70
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
1 INTRODUÇÃO
71
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
É partir deste entendimento que estaremos aptos a vencer mais esta etapa
que trata sobre o direito das sucessões.
Para tanto, temos que o nosso ordenamento jurídico, ao que tudo indica,
compactua com o princípio da coexistência, eis que legitima a suceder aqueles já
nascidos ou já concebidos no momento da abertura da sucessão.
Importante ressaltar que a legitimação para suceder não pode e nem deve
ser confundida com a capacidade civil, no que diz respeito a esses dois institutos
e suas diferenças, podemos encontrar na doutrina de Maria Helena Diniz (2013)
o conceito de cada uma dessas categorias e suas diferenças.
A capacidade civil é a aptidão que tem uma pessoa para exercer, por si,
os atos da vida civil; é o poder de ação no mundo jurídico. A legitimação
ou capacidade sucessória é a aptidão específica da pessoa para receber
os bens deixados pelo de cujus, ou melhor, é a qualidade virtual de
suceder na herança deixada pelo de cujus (DINIZ, 2013, p. 60).
72
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
73
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
NTE
INTERESSA
74
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
A prole eventual é o filho que uma pessoa – que tem de estar viva no
momento da abertura da sucessão do testador – virá a ter, no futuro.
Não se trata de um nascituro (conceptus) que já está concebido no útero
materno. Também não se restringe à figura do embrião criogenizado
no laboratório. A prole eventual é expressão mais ampla, dizendo
respeito ao filho ainda não concebido de uma pessoa. É chamado
também de concepturo ou de nodum concepti (FARIAS, ROSENVALD
2017, p. 136).
75
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
quinhões, razão pela qual concluo não existir decadência que possa
ser imposta contra o exercício do supramencionado direito potestativo
de reclamar a sua parte na herança.
6. Deste modo, considerando a natureza jurídica da cessão de
direito hereditário, e à míngua de previsão legal limitando o direito
potestativo de requerer a transferência efetiva do objeto da herança,
pode o cessionário a qualquer momento exercer a sua legitimidade
concorrente para reclamar a parcela do seu quinhão, não havendo que
se falar em reconhecimento da decadência desse direito, muito menos
em sua prescrição. REsp 1605095 – 10/06/2019 (STJ, 2016).
E
IMPORTANT
Além da regra geral que estudamos anteriormente, bem como a sua exceção
no caso de filhos concebidos post mortem, o nosso ordenamento jurídico junto ao
Art. 1.799 do Código Civil, prevê outros possíveis legitimados a sucederem.
76
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
77
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
E
IMPORTANT
• Além da prole eventual, nossa legislação confere legitimidade a suceder por testamento
as pessoas jurídicas e as pessoas jurídicas na forma de fundação, cuja organização seja
determinada pelo testador.
• A única pessoa jurídica que tem legitimidade de suceder e que ainda não existe é a
pessoa jurídica na forma de fundação.
78
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
79
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
O rol do Art. 1.814, que prevê quem deve ser excluído da sucessão é
taxativo ao afirmar que são excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que
80
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
FONTE: <http://s2.glbimg.com/YfOteNHvUuU1_bABAG1bQYG4hQs=/300x225/s.glbimg.com/
jo/g1/f/original/2014/10/28/suzane.jpg>. Acesso em: 12 mar. 2021.
81
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
Você deve ter percebido que a diferença entre esses dois institutos se dá
no fato de que a declaração de herdeiro indigno deve ser por decisão judicial, ao
passo que, a declaração de deserdação pode se dar através de testamento, como ato
de última vontade, muito embora deva os demais interessados promoverem ação
específica, no prazo de quatro anos, a contar da abertura do testamento contra o
herdeiro declarado deserdado pelo testador, para comprovar a causa da deserdação,
conforme preceitua o Art. 1.965, parágrafo único do nosso Código Civil.
82
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
83
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
E
IMPORTANT
• O nosso ordenamento jurídico prevê três situações que podem se encaixar naquilo que
configura a ilegitimidade para suceder: renúncia, indignidade e a deserdação.
• O herdeiro ou legatário pode ser privado do direito sucessório se praticar contra o de
cujus atos considerados ofensivos, de indignidade.
• Há de ressaltar que a indignidade poderá recair tanto em cima do herdeiro legítimo e
testamentário como em cima dos legatários.
• Na deserdação, é o autor da herança quem pune o responsável, em testamento.
84
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
85
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
O Art. 1.830 do Código Civil, que dispõe sobre o tema, ainda abre brecha
para que, mesmo nessas situações, o cônjuge – companheiro – sobrevivente
possam garantir seu direito sucessório, eis que ao fim abre uma exceção, ao
tratar da separação de fato “salvo prova, neste caso, de que essa convivência se
86
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Para que não cause confusão, é salutar realizar a leitura do Art. 1.836 do
Código Civil que determina que os ascendentes apenas serão chamados a suceder,
em concorrência com o cônjuge, quando não houver descendentes passiveis de
sucessão.
87
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
FIGURA 10 – SUCESSÃO
B C
(pré-
50% morto)
D E
25% 25%
88
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
E
IMPORTANT
• Assim que a sucessão legítima irá decorrer da lei, sendo a norma jurídica quem irá
indicar quem são os herdeiros e quanto cada um terá direito de herdar.
• A ordem de vocação hereditária beneficia os membros mais próximos do autor da
herança, afastando assim os mais remotos.
• A sucessão testamentária irá decorrer da própria vontade do de cujus, como ato
personalíssimo e de último desejo.
89
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
6 HERDEIROS
Como vimos anteriormente, em nosso ordenamento jurídico existem
duas modalidades de sucessão, a sucessão legítima e a sucessão testamentária. A
transferência da herança ocorrerá através de uma das sucessões apresentadas e
existentes ou pelas duas, de forma concomitante.
90
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
91
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
De acordo com o Art. 1.846 do nosso Código Civil, "pertence aos herdeiros
necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a
legítima". O contido neste dispositivo legal impede que o autor da herança venha
dispor da integralidade de seu patrimônio, garantindo, assim, aos herdeiros
necessários (que são os descendentes, ascendentes, cônjuge e companheiro – esse
último por força de determinação judicial) o resguardo da legítima.
FONTE: <https://cnbmg.org.br/Art.-companheiros-sao-herdeiros-necessarios-ou-facultativos-
-por-rodrigo-pereira/>. Acesso em: 12 mar. 2021.
92
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
93
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
94
TÓPICO 1 — DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Nos termos do Art. 1.801 do Código Civil, não poderão ser nomeados
herdeiros e nem legatário:
Esse dispositivo legal garante proteção aos herdeiros e aos bens que serão
deixados pelo autor da herança, garantindo, assim, a aplicação da real vontade
externada pelo de cujus, além de impedir que ocorra possível abuso por parte de
quem participa do ato de testar.
95
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
Observe que a legislação amplia o rol daqueles que não são suscetíveis
de serem beneficiados por testamento ou legado. Em um primeiro momento,
apresenta quem seriam os legitimados e, em um segundo momento, acrescenta
um novo grupo proibitivo de constar como herdeiro e legatário.
Vale lembrar que é salutar para o seu aprendizado que você realize as
leituras indicadas, bem como a leitura do resumo que irá lhe direcionar para a
realização dos exercícios de autoavaliação, todos esses passos contribuirão para
fixação do tema e para o aprimoramento dos seus conhecimentos com relação a
essa matéria. Aguardamos você no Tópico 2.
96
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A legitimação para suceder não pode e nem deve ser confundida com a
capacidade civil.
• Animais, coisas inanimadas e entidades místicas não estão aptos para figurarem
no rol daqueles que podem receber os bens deixados pelo autor da herança.
• O legislador impôs prazo de dois anos para que esse filho de pessoa indicada
pelo testador seja concebido, a não ser que haja disposição contrária no
testamento.
• O rol do Art. 1.814 que prevê quem deve ser excluído da sucessão é taxativo.
97
AUTOATIVIDADE
98
3 O direito das sucessões é definido como o conjunto de normas que
disciplinam a transferência do patrimônio a alguém depois de sua morte,
ao herdeiro em virtude de lei ou testamento. Trata-se da sucessão causa
mortis considerada como ato jurídico através do qual uma pessoa sucede a
outra em seus direitos e obrigações após morte do antecessor. Diante dos
seus conhecimentos em direito sucessório, assinale a alternativa CORRETA.
99
100
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
2 DA ACEITAÇÃO DA HERANÇA
Para que se possa concretizar a transmissão da herança, que se dá de forma
provisória no momento do falecimento do autor da herança, nosso ordenamento
jurídico prevê a necessidade da aceitação da herança.
101
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
Conforme Diniz (2002, p. 61), “[...] não é um ato desnecessário, visto que
ninguém deve ser herdeiro contra a própria vontade, dado que deverá assumir
algumas obrigações”.
102
TÓPICO 2 — CONCEITO DE ACEITAÇÃO DA HERANÇA
NOTA
103
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
104
TÓPICO 2 — CONCEITO DE ACEITAÇÃO DA HERANÇA
NOTA
105
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
106
TÓPICO 2 — CONCEITO DE ACEITAÇÃO DA HERANÇA
E
IMPORTANT
107
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
NOTA
108
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
109
AUTOATIVIDADE
110
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
111
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
Para tanto, temos que a renúncia é um ato expresso e solene, não podendo
ser realizada de forma tácita ou presumida, devendo constar ainda a livre e
espontânea vontade do renunciante herdeiro. Este entendimento é trazido pela
doutrina de Monteiro (2008, p. 53):
Na mesma linha, pontua Flávio Tartuce (2019, p. 90) “que não se admite
renúncia tácita, presumida ou verbal, muito menos que o ato seja feito por
instrumento particular mesmo que as assinaturas tenham firma reconhecidas”.
112
TÓPICO 3 — CONCEITO DE RENÚNCIA DA HERANÇA
113
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
114
TÓPICO 3 — CONCEITO DE RENÚNCIA DA HERANÇA
E
IMPORTANT
• A renúncia é um ato expresso e solene, não podendo ser realizada de forma tácita ou
presumida.
• A renúncia é realizada através de instrumento público ou de termo nos autos do
inventário, com a homologação do juiz.
• Ocorrendo a renúncia não haverá a transmissão da herança, ou seja, o herdeiro
renunciante é considerado como se nunca tivesse existido para o direito das sucessões,
sendo que estes efeitos retroagem até a data da morte do autor da herança.
• A espécie de renúncia abdicativa é realizada de forma pura e simples, sem que seja
realizada em favor de uma determinada pessoa, e sim em favor do monte mor hereditário.
• A renúncia translativa é aquela no qual o herdeiro transfere sua herança a determinada
pessoa. Estão presentes dois atos, de aceitação e posterior doação.
115
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
No que diz respeito à capacidade jurídica plena, temos que essa condição
é a que possibilita a pessoa física ou jurídica de exercerem pessoalmente os atos
da vida civil, adquirindo direitos e deveres.
116
TÓPICO 3 — CONCEITO DE RENÚNCIA DA HERANÇA
Assim, temos que, se a renúncia for lesiva aos credores do herdeiro, esses
credores poderão aceitá-la em nome do renunciante, nos termos do Art. 1.813 do
Código Civil: “Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à
herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante”
(BRASIL, 2002).
117
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
NOTA
Assim, outro efeito caracterizado pela renúncia está contido no Art. 1.811
do Código Civil, que proíbe o direito de representação do herdeiro renunciante.
Em termos práticos, os descendentes do herdeiro renunciante não poderão herdar
por representação, após o ato de renúncia, caso haja herdeiros não renunciante da
mesma classe do herdeiro renunciante.
118
TÓPICO 3 — CONCEITO DE RENÚNCIA DA HERANÇA
Um fato relevante e que vale a reflexão por você, acadêmico, é que após
realizada a renúncia, sendo o herdeiro renunciante excluído da sucessão e caso
venham a encontrar mais bens do autor da herança, esse herdeiro não poderá
igualmente participar da divisão daquele bem encontrado posteriormente ao ato
da renúncia.
119
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
E
IMPORTANT
120
TÓPICO 3 — CONCEITO DE RENÚNCIA DA HERANÇA
FONTE: <https://pt-br.facebook.com/tudomapeado/photos/mapinhaaceita%C3%A7%C3%A3o-e-
-ren%C3%BAncia-de-heran%C3%A7a-/958977197623587/>. Acesso em: 12 mar. 2021.
121
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
122
AUTOATIVIDADE
123
3 Ocorrendo a morte, os bens deixados pelo de cujus são transmitidos
imediatamente aos herdeiros. Em caso de inventário, que é um procedimento
comum para a transferência dos bens deixados aos herdeiros, os quinhões
hereditários podem ser alterados por meio da renúncia da herança ou cessão
de bens. Acerca da renúncia da herança, classifique com V as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
124
TÓPICO 4 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
2 DA HERANÇA JACENTE
Durante todo o nosso estudo sobre a herança, que é o patrimônio, bens
e obrigações deixados pelo de cujus, observamos a existência de herdeiros aptos
a recebê-la, recaindo àqueles toda a atividade a ser realizada com relação a esta
herança que lhes foi conferida no momento da abertura da sucessão.
125
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
Para tanto, temos que o legislador brasileiro previu essa situação e trouxe
no Código Civil, junto ao Art. 1.819, a seguinte dicção:
126
TÓPICO 4 — CONCEITO DA HERANÇA JACENTE E VACANTE
Isso ocorre para que a massa de bens e obrigações deixadas pelo autor da
herança não fique vulnerável, podendo ser ocupada por alguém ou até mesmo
degradada pelo tempo. Para o professor Zeno Veloso (2002, p. 1663), não se admite
em nosso ordenamento jurídico herança sem dono, nas palavras do doutrinador:
“Em nosso sistema, não há herança sem dono, definitivamente sem dono”.
Não apenas o Código Civil trata sobre a herança jacente, como também o
Código de Processo Civil que preceitua que quando do falecimento do de cujus
e não havendo nenhum herdeiro sucessível, deverá ser aberta a arrecadação dos
seus bens pelo Poder Público competente.
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz
em cuja comarca tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à
arrecadação dos respectivos bens.
Art. 739. A herança jacente ficará sob a guarda, a conservação e a
administração de um curador até a respectiva entrega ao sucessor
legalmente habilitado ou até a declaração de vacância.
127
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
NOTA
3 DA HERANÇA VACANTE
Após reconhecida a herança como jacente, e que não foram encontrados
herdeiros legais ou testamentários ou, alternativamente, mesmo que encontrados,
esses herdeiros tenham renunciado à herança e tenha sido realizada a declaração
de vacância, esses bens poderão se tornar propriedade do estado, como veremos.
“[...] vacante – quando é devolvida à fazenda pública por se ter verificado não
haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência” (GONÇALVES, 2014.
p. 134).
128
TÓPICO 4 — CONCEITO DA HERANÇA JACENTE E VACANTE
Outro prazo estipulado pela legislação civilista, consta no Art. 1.822, que
estipula prazo de cinco anos a contar da abertura da sucessão, para que o herdeiro
dê início a ação de petição de herança.
O código civilista em seu Art. 1.823 é claro e firme de que quando todos
que foram chamados a suceder renunciarem, a declaração de vacância deve ser
realizada de forma imediata.
129
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
130
TÓPICO 4 — CONCEITO DA HERANÇA JACENTE E VACANTE
E
IMPORTANT
131
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
É cediço que o direito civil reconhece como filhos os nascidos pelo uso
da referida técnica, mesmo que concebidos após a morte do cônjuge. Entretanto,
se já são reconhecidos como filhos, por que não se configuram como herdeiros
legítimos necessários? Esse é um dos pontos que serão estudados frente aos
pensamentos doutrinários, levando em consideração os princípios presentes na
Constituição Federal, tendo em vista a falta de legislação específica a respeito.
132
TÓPICO 4 — CONCEITO DA HERANÇA JACENTE E VACANTE
Alain Parpalaix após descobrir que estava com câncer nos testículos e
correndo sérios riscos de ficar estéril devido às quimioterapias para o tratamento
da doença, depositou seu material genético em um banco de sêmen, para que,
após o tratamento, conseguisse ter um filho com sua mulher Corine Richard.
Entretanto, após poucos dias de seu casamento, Alain Parpalaix veio a falecer
por consequência da doença, antes de conseguirem o sonhado filho (FREITAS,
2008).
133
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
autorização prévia do marido. Foi então que resolveu buscar judicialmente o seu
desejo. A 13ª Vara Cível de Curitiba (PR) concedeu liminar que autorizou Kátia a
engravidar com o sêmen congelado do marido. A inseminação foi frutífera e hoje
ela tem sua filha.
[...]
134
TÓPICO 4 — CONCEITO DA HERANÇA JACENTE E VACANTE
135
UNIDADE 2 – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, DA ACEITAÇÃO E DA RENÚNCIA DA HERANÇA E DA HERANÇA VACANTE
E JACENTE
[...]
FONTE: Adaptado de <https://conteudojuridico.com.br/consulta/Art.s/54696/os-direitos-here-
ditrios-dos-concebidos-por-inseminao-artificial-homloga-post-mortem-do-autor-da-herana>.
Acesso em: 16 mar. 2021.
136
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
137
AUTOATIVIDADE
3 A herança jacente é aquela que ocorre quando alguém falece e não é deixado
nenhum herdeiro, nenhum testamento, tornando-se assim, herança sem
destinação. Já a herança vacante é aquela em que o bem é devolvido ao
patrimônio público, por não haver herdeiros habilitados durante o período
de jacência. A partir do estudo realizado, assinale a alternativa CORRETA:
138
REFERÊNCIAS
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da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, para promover ação
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CARVALHO, L. P. V. de. Direito das sucessões. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
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DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
DINIZ, M. H. Curso de Direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 25. ed. São Paulo: Saraiva. 2011.
DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões, volume
6. 24. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro. In: Direito das sucessões. Volume
6. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
GOMES, O. Sucessões. 15. ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2012.
139
GONÇALVES, C. R. Curso de direito civil. In: Direito de sucessões. Volume 7. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro: parte geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva,
2012.
NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. de A. Código Civil comentado. 11. ed. Joinville:
Revista dos Tribunais, 2014.
TARTUCE, F. Direito civil. In: Direito das sucessões. Volume 6. 12. ed. rev., atual.
e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
140
UNIDADE 3 —
DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO
INVENTÁRIO E DA PARTILHA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – DO TESTAMENTO
TÓPICO 2 – DO LEGADO
CHAMADA
141
142
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
DO TESTAMENTO
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO
Ao estudarmos o direito sucessório, destacamos que o nosso ordenamento
jurídico resguarda o direito de herança, garantindo a legítima aos herdeiros
necessários e permitindo ao titular do patrimônio a possibilidade de testar
metade dos seus bens, deixando a outra metade da totalidade dos bens do falecido
resguardada aos herdeiros necessários.
143
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
144
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
145
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
FONTE: <https://i2.wp.com/advfam.com.br/wp-content/uploads/2014/04/o-testamento-pode-
-ser-modificado-corpo-do-texto.png>. Acesso em: 18 mar. 2021.
Para Zeno Veloso (2016), essa seria uma das principais características do
testamento, a possibilidade de alterá-lo a qualquer tempo, eis que a vontade é
algo que sempre está em movimento, podendo o testador dispor da forma que
lhe convém, por diversas ocasiões substitutivas, tornando-o revogável, excetua-se
a essa possibilidade de revogabilidade, o reconhecimento de filhos provenientes
de outras relações, mesmo que incidentalmente mencionados no testamento. “[...]
uma das principais características do testamento é a de ser um ato revogável.
O testamento contém disposição de última vontade, e a vontade é ambulatória,
[...] O testador pode modificar livremente, alterar, quando lhe aprouver o que
declarou no testamento” (VELOSO, 2016, p. 1.956).
146
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
NOTA
147
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
148
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
Ampliando ainda o rol daqueles que não possuem capacidade ativa para
testar, Gonçalves (2012), ao analisar a matéria, inclui pessoas acometidas por
arteriosclerose, excessiva pressão arterial, pessoas em estado de embriaguez e
aquelas que fazem uso de entorpecentes ou substâncias alucinógenas, situações
de hipnoses ou outras causas similares e transitórias.
149
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
E
IMPORTANT
Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem
pleno discernimento.
Podem testar os maiores de 16 anos.
A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do
incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
A incapacidade ativa inclui pessoas acometidas por arteriosclerose, excessiva pressão
arterial, pessoas em estado de embriaguez e aquelas que fazem uso de entorpecentes ou
substâncias alucinógenas.
150
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
151
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
152
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
153
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
DICAS
Para Tartuce (2008), esta forma de testamento, por ser lavrada por tabelião,
confere uma maior segurança para as pessoas ali envolvidas. Nas palavras do
doutrinador, o testamento público seria “[...] aquele que traz maior segurança para
as partes envolvidas, pois é lavrado pelo tabelião de notas ou por seu substituto,
que recebe as declarações do testador ou autor da herança” (TARTUCE, 2018, p.
384).
154
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
155
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
156
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
157
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
158
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
159
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Para tanto, é com extremo rigor que é exigido pelos nossos tribunais
a presença de três testemunhas, caso esse pressuposto formal não estiver
contemplado no testamento, ele será considerado inválido.
160
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
161
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
162
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
FONTE: <https://jusbrasilmodelos.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/790643201/modelo-testamento>.
Acesso em: 18 mar. 2021.
163
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
E
IMPORTANT
Para tanto, temos disposição legal que impõe limite à liberdade de testar,
esse limite deve ser obrigatoriamente respeitado junto ao testamento. No que diz
respeito às cláusulas testamentárias, temos que há a exigência de ser observada as
formalidades legais, eis que o testamento é um ato jurídico solene.
164
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
Por sua vez, a nomeação dada para certo fim ou modo é aquela, segundo
Veloso (2015, p. 482), submetida a um determinado encargo, impondo uma
obrigação para o herdeiro testamentário, devendo por certo, esta obrigação ser
lícita e possível.
Para certo fim ou modo é a disposição submetida a encargo, ou seja,
ao beneficiado é imposta uma obrigação. O encargo tem de ser lícito e
possível. Na condição, a liberalidade tem o efeito subordinado a evento
futuro e incerto; o encargo é ônus, uma restrição à liberalidade, não é
um correspectivo da atribuição feita no testamento, mas moderação,
limitação dela, e, no geral dos casos, não suspende a eficácia da
disposição (Art. 136). Conforme a lição repetidíssima do venerando
Savigny, a condição (suspensiva) suspende e não obriga e o encargo
ou modo obriga e não suspende. 8 O Art. 136 de nosso Código Civil
em vigor corresponde ao Art. 128 do Código Civil de 1916, e a fonte de
ambos é o Art. 655 do Esboço, de Teixeira de Freitas.
165
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Por fim, podemos fazer a leitura do que defendem que deve prevalecer
a vontade do testador: "A vontade do testador, declarada por meio de formas
solenes impostas por lei, deve ser respeitada. Para tanto, prevalece sempre o fator
subjetivo, cogitando-se antes do mais da vontade, expressa ou presumida do
estipulante" (NERY JUNIOR; NERY, 2011, p. 1348).
166
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
Já o Inciso II, determina que seja declarada a nulidade quando não for
possível identificar a pessoa para qual o testador tinha a intenção de deixar parte
de seu patrimônio.
167
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Com relação ao que preceitua o Inciso III do Art. 1.900, temos que
a disposição testamentária que favoreça pessoa incerta, delegando a sua
identificação por parte de terceiros também deve ser declarada nula, nesses
casos, o ato de testar estaria sendo terceirizado, o que não é permitido em nossa
legislação, pois o testamento é um ato personalíssimo, como já estudamos.
Diferente não é a cláusula nula que autoriza que o herdeiro ou uma terceira
pessoa estipulem o valor do legado. Para Veloso (2015), embora o dispositivo legal
se refira a legado, a categoria herança deve ser incluída no preceito. O conceituado
autor traz a exemplificação de como seria uma disposição testamentária, na qual
o herdeiro ou um terceiro fixem o valor ou a fração a ser recebida pelo herdeiro
testamentário.
168
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
Para que não haja confusão entre o Inciso I do Art. 1.901 e inciso II e III
do Art. 1.900, importante esclarecer a você, acadêmico, que o primeiro caso se
trata de incerteza relativa, eis que o testador deverá indicar dentre duas ou mais
pessoas que sejam mencionadas por ele, ou pertencentes a uma família, ou a um
corpo coletivo, ou a um estabelecimento por ele designado, enquanto ao segundo
caso se trata de incerteza absoluta, eis que o Inciso II daquele artigo faz referência
à pessoa que não se possa averiguar e o Inciso III delega a determinação de
indicação por terceira pessoa. Essa diferença é muito bem exemplificada por
Veloso (2015, p. 496), veja:
Por força do Art. 1.900, III, é nula a disposição seguinte: “deixo a casa
da rua 7 de Setembro à pessoa que mamãe indicar”; mas, diante do
Art. 1.901, I, é válida a cláusula que estabelece: “deixo a casa da rua 7
de Setembro para uma de minhas irmãs, que será escolhida por minha
mãe”. O terceiro, que, obviamente, é pessoa de confiança do testador,
vai fazer a determinação do favorecido num grupo restrito, limitado,
dentre pessoas mencionadas, já indicadas pelo testador. O terceiro,
afinal, faz a opção, mas quem escolheu as pessoas foi o de cujus.
169
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
170
TÓPICO 1 — DO TESTAMENTO
Não basta que o testador aponte a causa. Ela precisa ser justa,
podendo-se imaginar a pletora de questões que essa exigência vai
gerar, tumultuando os processos de inventário, dado o subjetivismo
da questão. Se o testador explicou que impõe a incomunicabilidade
sobre a legítima do filho porque a mulher dele não é confiável, agindo
como caçadora de dotes; ou se declarou que grava a legítima da
filha de inalienabilidade porque esta descendente é uma gastadora
compulsiva, viciada no jogo, e, provavelmente, vai dissipar os bens,
será constrangedor e, não raro, impossível concluir se a causa apontada
é justa ou injusta.
171
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• É possível que o testamento possa ser alterado a qualquer tempo, desde que
vivo o testador.
• Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem
pleno discernimento, porém podem testar os maiores de 16 anos.
• O testamento cerrado deve ser escrito pelo testador ou por outra pessoa que o
faça a pedido do testador, devendo, em ambos os casos, conter a assinatura do
indivíduo que está testando e a sua validade está condicionada à aprovação do
tabelião ou o substituto deste. Exige-se a presença de duas testemunhas.
172
• O testamento particular é a forma mais acessível de testamento, pois é a
que apresenta a menor quantidade de formalidades, não sendo essencial a
presença do notário ou tabelião para que seja elaborado. Exige-se a presença
três testemunhas e o poder judiciário deve confirmar o seu teor.
173
AUTOATIVIDADE
I- O testamento é ato personalíssimo e uma vez feito não pode ser alterado
sem justa causa.
II- O prazo para impugnar a validade de um testamento é de três anos a
partir da abertura da sucessão testamentária.
174
III- O testamento não pode ser realizado de forma alguma por pessoas com
deficiência visual, entretanto, poderá ser realizado por pessoas com
deficiência auditiva.
IV- A liberdade de testar se restringe a parte reservada a legítima.
175
176
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
DO LEGADO
1 INTRODUÇÃO
Ainda compreenderá que o legado poderá ter eficácia parcial, nos casos
estipulados junto ao Código Civil. Ademais, distinguirá as espécies de legado
provisionados em nosso ordenamento.
2 CONCEITO
O legado é transmitido por testamento ou codicilo, entretanto, nesse ato, é
conferido ao testador certa liberdade, assemelhando-se à doação realizada no ato
intervivos. Através do legado, o testador poderá beneficiar determinada pessoa,
indicando coisa certa e determinada.
177
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Para tanto, se o legado for coisa a ser determinada pelo gênero, deverá ser
cumprido nos termos disposto pelo testador, ainda que essa coisa não exista entre
os bens deixado pelo falecido.
Com o legado surge também a figura do legatário, que nada mais é que
o indivíduo, herdeiro ou não, que será beneficiado pelo legado, recebendo para
si uma coisa certa e determinada, podendo, inclusive, ser uma soma de valores.
FIGURA 8 – LEGATÁRIO
178
TÓPICO 2 — DO LEGADO
O Art. 1.913 do Código Civil, por sua vez, delibera no sentido de autorizar
que o testador possa ordenar que herdeiro ou legatário sejam responsáveis pela
entrega de coisa de sua propriedade a outra pessoa, no caso do descumprimento
por parte destes, haverá o entendimento de que houve a renúncia à herança ou
ao legado.
179
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Da leitura desse mesmo artigo, podemos verificar que ele também trata,
em sua parte inicial, de coisa individualizada, devendo o testador especificar de
qual bem se trata e quais são suas características.
180
TÓPICO 2 — DO LEGADO
Esta espécie de legado, quando não estipulada pelo testador, será arbitrada
pelo juiz, observando sempre, além da vontade do testador a capacidade da
herança, estando de acordo com o binômio necessidade/possibilidade.
Por fim, junto ao Art. 1.922 temos o legado de imóvel, que assim dispõe de
fácil leitura e compreensão.
Art. 1.922. Se aquele que legar um imóvel lhe ajuntar depois novas
aquisições, estas, ainda que contíguas, não se compreendem no legado,
salvo expressa declaração em contrário do testador.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo às benfeitorias
necessárias, úteis ou voluptuárias feitas no prédio legado (BRASIL,
2002).
NOTA
181
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Neste sentido, temos, de acordo com Venosa (2008, p. 260), que “[...] pela
dicção legal, não há dúvida de que o legatário, em legado puro e simples, ou de
coisa certa, como aduz o atual diploma, tem o domínio da coisa, com a abertura
da sucessão. A morte é o título que transfere à propriedade”.
Para tanto, temos que o primeiro efeito a ser produzido pelo legado é o
pertencimento deste por parte do legatário, e o segundo efeito, embora não de
182
TÓPICO 2 — DO LEGADO
imediato, é a posse por parte deste ao bem legado. O terceiro efeito produzido pelo
legado é com relação aos frutos que o bem poderá produzir após o falecimento do
testador, eis que esses frutos irão pertencer ao legatário, com exceção de condição
suspensiva ou termo inicial, caos o testador os estipule.
183
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
E
IMPORTANT
O primeiro efeito a ser produzido pelo legado é o pertencimento deste por parte
do legatário, e o segundo efeito, embora não de imediato, é a posse por parte deste ao bem
legado. O terceiro efeito produzido pelo legado é com relação aos frutos que o bem poderá
produzir após o falecimento do testador, eis que esses frutos irão pertencer ao legatário, com
exceção de condição suspensiva ou termo inicial, caos o testador os estipule.
O momento ideal que confere o direito ao legatário em reivindicar para sim a coisa legada
é a partilha.
Quando se tratar de coisa determinada pelo gênero, em regra geral, caberá ao herdeiro
escolher entre o meio termo da coisa, estando essa entre a melhor e a pior qualidade.
Com relação às despesas ocasionadas e o risco da entrega do legado, a legislação pátria
prevê que esses correm por conta do legatário, ao menos, que o testador disponha de
forma diferente. Devendo a coisa legada ser entregue com seus acessórios, no lugar e
estado em que se achava ao falecer o testador, passando para tanto ao legatário com todos
os encargos que a oneram.
185
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
186
TÓPICO 2 — DO LEGADO
187
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
188
TÓPICO 2 — DO LEGADO
Leite (2005) conceitua o direito de acrescer como sendo uma forma indireta
de sucessão. Para o autor:
189
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
(A) deixa em testamento uma fazenda para (B), (C) e (D), impondo
a (B) o encargo de construir uma casa para (E). Na hipótese de (B)
renunciar, o legado se transfere aos coerdeiros (C e D), por direito de
acrescer. Caso nenhum deles aceite o acréscimo, ou seja, a parte de
(B), em face do encargo excessivo, a recusa não implica em renúncia.
Continua, (C e D) titulares do legado: (2/3 da fazenda). Cabe entregar
a (E) o quinhão de (B), ou seja, a terça parte.
190
TÓPICO 2 — DO LEGADO
FIGURA 9 – SÍNTESE
E
IMPORTANT
191
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Se o legado for de coisa que se determine pelo gênero, ele será cumprido, ainda
que tal coisa não exista entre os bens deixados pelo testador.
• Com o legado surge também a figura do legatário, que nada mais é que o
indivíduo, herdeiro ou não, que será beneficiado pelo legado, recebendo para
si uma coisa certa e determinada, podendo inclusive ser uma soma de valores.
192
• Se em vida o testador alienou a coisa e esta não é mais do proprietário, clara está
a sua intenção de retirar os efeitos do legado, razão pela qual há caducidade.
193
AUTOATIVIDADE
194
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
1 INTRODUÇÃO
2 DO INVENTÁRIO
O instrumento processual utilizado para relacionar os bens deixados pelo
indivíduo a seus herdeiros ou legatário é denominado de inventário. É através
do inventário que se realizará a transferência do domínio dos bens, outrora
pertencentes ao de cujus, aos seus herdeiros ou legatário.
195
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
196
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
FONTE: <https://thumbs.jusbr.com/filters:format(webp)/imgs.jusbr.com/publications/artigos/
images/12671769-1077207995696256-172228886063420403-o1486563278.jpg>. Acesso em:
19 mar. 2021.
197
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
198
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
199
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
200
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
FONTE: <https://cartorio.info/wp-content/uploads/2018/03/Saiba-mais-sobre-invent%C3%A1rio.
jpg>. Acesso em: 19 mar. 2021.
E
IMPORTANT
201
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
3 DOS SONEGADOS
O Art. 1.992 do Código Civil prevê que:
O Art. 1.993 do civilista estipula que além da pena constante no Art. 1.992,
se o sonegador for o inventariante, ele será removido da função. O dispositivo
1.994 do mesmo código admite que a pena só será aplicada em ação específica
que deve ser movida pelos herdeiros ou credores da herança.
202
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
203
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
E
IMPORTANT
4 DO PAGAMENTO DE DÍVIDAS
O Capítulo III, do Título IV do Código Civil tratará do pagamento
de dívidas deixada pelo autor da herança. Encontramos junto ao Art. 1.997
determinação legal de que a herança responde pelo pagamento das dívidas do
sujeito que faleceu, entretanto, caso já tenha sido realizada a partilha, quem irá
responder pelas dívidas serão os herdeiros, dentro da proporção que lhe coube da
herança. “Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido;
mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte
que na herança lhe coube” (BRASIL, 2002).
204
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
<https://thumbs.jusbr.com/filters:format(webp)/imgs.jusbr.com/publications/artigos/112324771/
images/quando-a-pessoa-morre-quem-paga-dividas1463151402.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2021.
205
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Ressalta-se ainda que, caso o autor da herança não tenha deixado bens
suficientes para a quitação da dívida, ela será considerada quitada parcialmente,
abarcando todo o quinhão que foi deixado a princípio como herança, não
recebendo os herdeiros os bens deixados pelo falecido, já que estes servirão para
a quitação de dívida.
206
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
O Art. 2.001 deste mesmo código leciona que se o herdeiro for devedor
do espólio, esta dívida poderá ser partilhada igualmente entre todos, ao menos
que haja consenso da maioria dos herdeiros em imputar o débito inteiramente ao
quinhão do herdeiro devedor.
207
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
E
IMPORTANT
5 DA PARTILHA
208
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Diferente não é o que preceitua Maria Berenice Dias (2015), que afirma
ser necessária a realização da partilha para definir o quinhão que caberá a cada
herdeiro, caracterizando a partilha como a razão de existir do processo de
inventário, sendo a fase final deste.
Com o falecimento do autor da herança, cabe aos herdeiros uma parte
ideal e indeterminada do acervo patrimonial. Daí a necessidade de se
proceder à sua visão por meio da partilha. Primeiro é preciso definir o
quinhão de cada herdeiro, para depois transferir a posse. Esta é a razão
de ser do processo do inventário. A partilha é o ponto culminante
da liquidação da herança, na medida em que põe termo ao estado
transitório do espólio, através da entrega do acervo individualizado
a cada herdeiro, na proporção do respectivo quinhão. Esta é a fase
final do processo de inventário, na qual se promove a divisão oficial do
patrimônio líquido identificado durante o inventário, encerrando-se a
comunhão sobre a universalidade dos bens da herança (DIAS, 2015,
p. 602).
De acordo com o Art. 2.013 do Código Civil, a partilha pode ser requerida
por herdeiro, mesmo que o testador o proíba, esta faculdade também é concedida
aos cessionários e credores. A partilha também pode ser realizada pelo testador,
que deve, para tanto, indicar bens e valores que irão compor o quinhão de cada
herdeiro. Para a validade da partilha a ser realizada por parte do testador, os
valores dos bens devem corresponder às quotas estabelecidas, nos termos do que
preceitua o Art. 2.014 do civilista.
209
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
FONTE: <https://tabelionatogaucho.com.br/wp-content/uploads/2018/06/0606-2-300x200.
png>. Acesso em: 19 mar. 2021.
210
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Nas situações em que não se trata de ato nulo de pleno direito, com vícios
de menor gravidade, o mesmo tribunal reconhece a prescrição ânua, distinguindo
a partilha como ato jurídico absolutamente nula daquela meramente anulável
(vício relativo e sanável por natureza). A prescrição ânua possui amparo legal
junto ao parágrafo único do Art. 657 do Código de Processo Civil, a redação deste
dispositivo foi também conferida ao Art. 2.027 do Código Civil.
O Código de Processo Civil, determina que aquele que tem por incumbência
realizar a partilha, deve elaborar um esboço de acordo com a decisão judicial e
seguir a ordem ali proposta pelos Incisos I, II, III, IV do Art. 651.
211
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
No que diz respeito aos bens insuscetíveis de divisão cômoda, e que não
couberem na meação do cônjuge, bem como no quinhão de um só herdeiro, o
legislador autorizou, através do Art. 2.019 do novel, a venda judicial do bem,
devendo o valor apurado ser partilhado. No caso de acordo para adjudicá-lo,
aqueles, herdeiro ou cônjuge, que assim requererem devem repor aos outros em
dinheiro a diferença.
212
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
E
IMPORTANT
A partilha, por sua vez, será realizada dentro do processo de inventário, seja
judicial ou extrajudicial e que, ao ser concluído, terá como efeito a repartição dos bens
deixados pelo de cujus aos seus herdeiros. Podemos afirmar que a partilha complementa o
processo de inventário, finalizando-o.
Partilha é a repartição dos bens da herança ou a distribuição do acervo hereditário entre
os herdeiros.
Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo
nos autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz.
213
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
LEITURA COMPLEMENTAR
TESTAMENTO VITAL
[...]
214
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
A expressão living will foi utilizada pela primeira vez nos EUA, no ano
de 1967, em uma proposta da Sociedade Americana para a Eutanásia, sendo um
“documento de cuidados antecipados, pelo qual o indivíduo poderia registrar seu
desejo de interromper as invenções médicas de manutenção da vida” (DADALTO,
2013, p. 95-96). Do termo em língua inglesa, surgiu a tradução literal “testamento
vital”, a qual não nos parece a mais adequada. Will é sinônimo de testamento,
mas também significa desejo, vontade, intenção. A tradução literal neste sentido,
tal como “desejos de vida”, “vontade vital” ou “intenções de vida” seria mais
esclarecedora, não motivando o equívoco no tocante ao testamento sucessório.
215
UNIDADE 3 — DO TESTAMENTO, DO LEGADO, DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
Por fim, caso o paciente não tenha elaborado o testamento vital, mas
manifestado a familiares sua rejeição ao esforço terapêutico, ou a algum
procedimento específico, em casos de doença terminal ou inconsciência, a sua
vontade deverá ser respeitada, pela justificativa testemunhal, equiparando-se
esta ao testamento vital
216
TÓPICO 3 — DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
CHAMADA
217
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Aqueles bens que deveriam constar no rol do inventário e não estão lá, devido
ao intuito do herdeiro em omitir referidos bens, são considerados sonegados,
recaindo sobre o responsável que detinha o conhecimento da existência da
coisa, penalidades previstas na legislação, entre elas o direito que sobre eles
lhe deveria recair.
• A legislação estabelece ainda que, caso o sonegador não puder restituir os bens
sonegados, por já não estarem em seu poder, ele deverá realizar o pagamento
do montante que ocultou, acrescidos de pernas e danos, nos termos do que
determina o Art.1.995 do novel.
218
AUTOATIVIDADE
219
I- O herdeiro que sonegar bens da herança, não os descrevendo no inventário
quando estejam em seu poder, ou com o seu conhecimento, no de outrem,
ou que os omitir na colação, a que os deva levar, ou que deixar de restituí-
los, perderá o direito que sobre eles lhe cabia.
II- A pena estabelecida na legislação ao herdeiro sonegador é a perda do
direito sobre os bens objeto da sucessão e recairá apenas em relação aos
bens sonegados e não sobre a herança como um todo.
III- A figura do dolo deve estar presente, para caracterizar a intenção de
sonegação dos bens deixados pelo autor da herança, com a comprovada
má-fé.
IV- Caso o sonegador não puder restituir os bens sonegados, por já não estarem
em seu poder, ele deverá realizar o pagamento do montante que ocultou,
sem exigência de acrescer de perdas e danos.
220
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