Você está na página 1de 21

Direito – Campo Grande/MS – SUCESSÕES- 8º Semestre – Profª Rita de

Cascia Locci Ferreira Queiroz – 2023 – Aula 1


“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”. (Aristóteles)

EMENTA - Conceitos fundamentais. Da herança e sua admissão. Herança


jacente e vacante. Da vocação hereditária e os legitimados a suceder.
Aceitação e renúncia da herança. Dos excluídos da sucessão: indignidade e
deserdação. Da ação de petição de herança. Da Sucessão Legítima.
Sucessão Testamentária. Do inventário e da partilha.
SUCESSÇOES- Amparo Legal:LEI nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 –
CÓDIGO CIVIL - Parte Especial. Livro V – Do Direito das Sucessões –
TÍTULO I – Da Sucessão em Geral – CAPÍTULO I – Das Disposições Gerais

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. 1 SUCESSÕES – DIREITO DAS SUCESSÕES:“MORS OMNIASOLVIT”
* Diferentemente dos muitos ramos do Direito, Princípios jurídicos, nos quais a
“VIDA” é o foco principal para se estabelecer vínculos, pesos e medidas, aplicação
ou não de pena, dentre outras conseqüências, considerando-se que com ela (vida)
tudo começa, no Direito das Sucessões esta idéia não se encaixa, não tem amparo
legal, muito pelo contrário. No direito Sucessório TUDO COMEÇA E FAZ SENTIDO,
PERANTE A LEI, A PARTIR DA MORTE. Tanto que, o Princípio Jurídico “mors
omniasolvit”: a morte acaba com tudo quese aplica ao Direito Eleitoral, Penal e
de Família, de modo que os direitos políticos, a punibilidade, ocasamento e o poder
familiar se extinguem com a morteNÃO se aplica ao Direito das Sucessões,
reiterando, no caso, A MORTE É O COMEÇO DE TUDO!
NO DIREITO DAS SUCESSÕES É COM A MORTE QUE TUDO COMEÇA, A VIDA
TERMINOU, MAS O PATRIMÔNIO DO EXTINTO SUBSISTE E SERÁ
TRANSFERIDO AOS SEUS HERDEIROS. O DIREITO DAS SUCESSÕES É O
“INSTITUTO DA TRANSMISSÃO”.
Obs.:O falecido, morto, no direito das sucessões será mencionado como: DE
CUJOS, EXTINTO, SUCEDIDO, HEREDITANDO, dentre outros.
1. 1. A) A origem do termo Sucessão: vem do latim:sucedere- “...substituir uma
pessoa por outra, que vai assumir suas obrigações e adquirir seus direitos.”;
“significa uns depois dos outros...”.
1. 1. B) A origem deste ramo do direito – Direito das Sucessões: teve início nas
civilizações egípcia e babilônica (muito antes do nascimento de Cristo). Forte em
Roma, onde o herdeiro substituía o falecido em todas as relações jurídicas
- Ligada à ideia de comunidade da família;
- Inicialmente, nas civilizações egípcia e babilônica (muito antes do nascimento de
Cristo);
- Em Roma, o herdeiro substituía o falecido em todas as relações jurídicas (direitos
e obrigações), assim como na religião, na medida em que era o continuador do culto
familiar.
Obs.:Natureza Jurídica do Dir. Das Sucessões: Direito Privado; Efeitos da morte
de uma pessoa natural.
1.2 FUNÇÃO SOCIAL da transmissão sucessória se revela tanto na tutela como
na limitação à autonomia privada. As bases jurídicas do direito de herança são
a dignidade humana e o direito de propriedade.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
“A SUCESSÃO SE DÁ POR LEI OU POR DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA
VONTADE” (art. 1786CC/02)

1
2.1 CONCEITO DE DIREITO DAS SUCESSÕES: “é o conjunto de normas
jurídicas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém após sua
morte, ao(s) herdeiro(s), em virtude de lei ou de testamento”.(M.H. DINIZ)
“Transmissão do patrimônio do extinto aos seus sucessores”
“Regula a destinação do patrimônio de uma pessoa depois de sua morte”
*São todas as normas jurídicas, do ramo do direito civil, que determinam
como irá ocorrer a transmissão do patrimônio (e demais relações jurídicas) da
pessoa que morreu para o(s) herdeiro(s). É a extinção de uma pessoa pela
sua morte.
Obs.:Sucessão, do verbo suceder no vocabulário do cartorário: (sentido
importante do vocábulo) “... tomar o lugar de outrem, ou substituir outro em
alguma coisa ou em alguma situação.”
Obs.:Refere-se apenas às pessoas físicas ou naturais. A extinção de uma
pessoa jurídicanão está no âmbito do direito das sucessões e sim do direito
das empresas.
Obs.:Atenção para Sucessão e Patrimônio: A sucessão é no patrimônio = no
ativo e no passivo, porém, o herdeiro pagará eventuais dívidasdo
hereditando22 (autor da herança),dentro das forças da herança- arts. 943;
1.792 do CC/02.
Obs.: O herdeiro não representa o morto, não é seu procurador ou
advogado, mas apenas o sucede nas relações patrimoniais.
2.2 DENTRO DO DIREITO DAS SUCESSÕES HÁ DIFERENTES
SENTIDOS DA PALAVRA SUCESSÃO, DUAS MODALIDADES, BEM
COMO OS CONCEITOS OBJETIVO DE SUCESSÃO E SUBJETIVO. -
Quanto aos SENTIDOS:(há quem estabeleça este tópico como uma classificação das
sucessões, por questões didáticas.)A)Sucessão em SENTIDO AMPLO, na
modalidade intervivos (ou por ato inter vivos) e B) Sucessão em SENTIDO
ESTRITO, na modalidade mortis causa (causa morte).
- A) Sucessão em SENTIDO AMPLO, na modalidade inter vivos (ou por
ato inter vivos): ocorre quando uma pessoa substitui outra pessoa em uma
relação jurídica que é realizada por ato inter vivos; transmissão entre pessoas
vivas. É consideradaSucessão em sentido amplo por aplicar-se a todos os
modosderivados de aquisição do domínio 2. Indica o ato pelo qual alguém
sucede a outrem, investindo-se, no todo ou em parte, nos direitos que lhe
pertenciam.Ex.: O comprador de uma casa sucede o antigo proprietário nos
direitos e obrigações em relação à casa. Houve uma sucessão inter vivos.
- B) Sucessão em SENTIDO ESTRITO, na modalidade mortis causa (ou
causa morte):ocorre quando uma pessoa transmite a outra pessoa seu
patrimônio depois de sua morte (este que morre para transmitir). Ou seja,
refere-se aos casos de transmissão do patrimônio após a morte de alguém.
Ex.: Quando o pai morre seu patrimônio será transmitido aos filhos, estes
sucedem o pai em seu patrimônio após a morte dele. Trata-se de Sucessão
mortis causa.
* Sucessão sob o conceito OBJETIVO:
* Sucessão sob o conceito SUBJETIVO:
ATENÇÃO! Ao estudar Direito das Sucessões estudam-se os direitos ao
patrimônio de uma pessoa somente em sentido estrito; mortis causa. Só
interessam as relações jurídicas estabelecidas a partir da morte (evento
morte).

2
Obs.: Relembrando, de modo geral, Direito Objetivo são as normas criadas
pelo Estado (normas agendi3), cujo seus descumprimentos, costumam
acarretar uma sanção. Por outro lado, o Direito Subjetivo é, segundo
Francisco Amaral4, “o poder que a ordem jurídica confere a alguém de agir e
de exigir de outrem determinado comportamento”.
* No caso do Direito das Sucessões,pode-se dizer que asucessão subjetiva
relaciona-se com os sujeitos da relação jurídica.Na sucessão causa
mortis, no conceito subjetivo, vem a ser o direito em virtude do qual a
herança é devolvida a alguém, ou, por outras palavras, é o direito por força
do qual alguém recolhe os bens da herança.Dessa maneira, o direito
sucessório nada mais é que uma sucessão subjetiva mortis causa,
significando a substituição do sujeito em virtude do evento morte. A ideia de
direito sucessório reside na manutenção/transmissão da propriedade dentro
do seio da família(herança subjetiva), há movimentação entre os sujeitos.
Ainda com relação à Sucessão, sempre para melhor compreensão da
matéria, há que se observar o aspecto objetivo, ou seja, o verbo suceder
tem significado na palavra "substituir" e, essa substituição pode ser, também
objetiva, sendo que a sucessão objetiva diz respeito ao bem, objeto da
relação jurídica.
3. PRINCÍPIOS DO DIREITO DAS SUCESSÕES
3.1Princípio da liberdade limitada para testar; 3.2 Princípio da liberdade
absoluta para testar e3.3 Princípio de Saisine.
3.1PRINCÍPIO DA LIBERDADE LIMITADA PARA TESTAR: O Brasil adota
esse princípio no art. 1789 CC/02 “havendo herdeiros necessários, o testador
só poderá dispor da metade da herança”. Tem-se uma liberdade para criar os
herdeiros, mas de forma limitada. Ele existe para proteger os herdeiros
necessários e para não privar da sucessão de alguém. Cada pessoa que tem
herdeiro necessário, metade do patrimônio fica para esses herdeiros
necessários.
3.2 PRINCÍPIO DA LIBERDADE ABSOLUTA PARA TESTAR: Com
previsão no art. 1850 do CC/02 “para excluir de sucessão os herdeiros
colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os
contemplar”. Portanto, não havendo herdeiros necessários neste princípio,
pode o testador dispor da totalidade de seu patrimônio (dispor de forma
plena), tendo em vista que não existe sucessor a ser protegido.
3.3 PRINCÍPIO DE SAISINE: Considerado o principal. De origem francesa,
adotado no direito brasileiro previsto no art. 1.784 do CC/02 “aberta a
sucessão, a herança transmite – se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários”. O princípio traz a consequência de transmissão dos direitos
hereditários instantaneamente, sem qualquer intervenção ou atitude do
sucessor, posto que assim que ocorre a morte a herança é transmitida.
4. ESPÉCIES DE SUCESSÃO (arts. 1788 e 1789 do CC/02)
4.1 SUCESSÃO QUANTO ÀS FONTES 5: A) SUCESSÃO LEGÍTIMA(ab
intestato – sem testamento); B) SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA(com
testamento).
A) SUCESSÃO LEGÍTIMA – arts. 1786, 1ª parte (por lei) e 1829 CC/02 (ab
intestato – sem testamento):especificada, prevista em Lei, o falecido não
deixou testamento. O patrimônio da pessoa falecida será transmitido aos
herdeiros conforme determina a Lei. (A sucessão será legal). A lei especifica
para quais herdeiros serão transmitidos e partilhados os bens do falecido. Diz

3
para quem e como serão partilhados os bens herdados. Não há ato volitivo
prévio, daquele que morreu, do autor da herança para ser cumprido.
Ex.:Rosseau6, já órfão morre sem descendentes nem cônjuge, mas as avós
paterna e materna estão vivas. Então a herança será dívida em metade para
cada uma delas,suas únicas herdeiras legítimas, por força da sucessão
legítima (art. 1829 do CC/02).
* Observando-se o art. 1788 do CC/02 pode-se compreender a
SUCESSÃO LEGÍTIMA dividindo-o em três partes:
- 1ª parte: “Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos
herdeiros legítimos;...”.Prevê a Sucessão Legítima. Caso o falecido não
deixe testamento sua herança irá para os herdeiros que a Lei determinar.
- 2ª parte: “... o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem
compreendidos no testamento;... ”. Prevê que o mesmo ocorrerá com os
bens que não forem contemplados no testamento do falecido, ou seja, esses
bens também serão transmitidos aos herdeiros legítimos, conforme determina
a Lei.
- 3ª parte: “... e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar,
ou for julgado nulo”. Prevê que se o testamento caducar 7 , ou seja, pessoa
deixou testamento mas este tornou-se ineficaz por fatos posteriores a sua
existência ou então, deixou testamento mas este tornou-se nulo por
julgamento do Poder Judiciário, a Sucessão será Legítima e não
Testamentária. Ex. de casos em que o Testamento pode CADUCAR: tornar-
se sem efeito – Quando os bens que constam no testamento já não existem
mais no momento da morte do testador; Quando o herdeiro (testamentário)
morreu antes do testador; Quando o herdeiro (testamentário) renunciar à
herança8 .Ex. de casos em que o Testamento pode ser NULO ou
ANULÁVEL9: Quando o testador fez o testamento sob vício do
consentimento: como ex. Coação; Quando o testador dispôs de bem que não
lhe pertencia. Ex.: Kant10, órfão, viúvo, pai de um filho único, antes de falecer
fez um testamento deixando 50% de sua herança para beneficiar sua irmã.
Ocorre que esta morreu antes de Kant, logo, quando ele faleceu, seu
testamento havia caducado (porque a beneficiária já tinha morrido). Sendo
assim, a sucessão dos bens de Kant passou a obedecer a forma de
Sucessão Legítima e seu filho recebeu 1005 de seu patrimônio como herança
(art. 1788 CC/02).
B) SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA – arts. 1786, 1788, 1789 CC/02 (com
testamento):Art. 1789 CC/02 -Havendo herdeiros necessários, o testador
só poderá dispor da metade da herança. Grifo nosso
*Ocorre somente quando a pessoa morta deixou testamento, nesse caso, a
própria pessoa decidiu no testamento para quem ela irá deixar seus bens –
houve ato volitivo prévio –disposição de última vontade. Se a pessoa tem
herdeiros necessários(art. 1845 CC/02) somente poderá dispor de 50% de
seus bens em seu testamento (resguardando a Legítima 11– art. 1846 CC/02),
sendo que os outros 50 % será aplicado conforme o que determina a Lei
(Sucessão Legítima).
Ex.:Guimarães Rosa, órfão, viúvo, pai de um filho amealhou patrimônio
correspondente a uma casa, um terreno e um apartamento, resultando em
sua herança quando ada sua morte. Ocorre que, quer fazer um Testamento
para beneficiar sua irmã Maria Cristina.-Contudo, no caso em exemplo, vale
observar que:

4
- ao morrer o filho único de Guimarães Rosa 12 será seu herdeiro necessário,
legítimo –art.1845 CC/02, no caso, arts 1418 CC/02, 501 CPC e Súm. 239
STJ;
- O Autor da herança só poderá dispor de 50% dela (herança, ou seja, seu
patrimônio);
-poderá fazer um testamento de 10, 20, 30%, por ex. de seus bens, mas no
máximo até 50% destes, para beneficiar sua irmã ou, então, se não quer
deixar uma porcentagem certa poderá deixar um bem determinado para ela,
desde que esse bem não ultrapasse 50% do valor da herança de seu filho.
Poderá deixar a casa e o terreno, por ex. desde que não ultrapassem os 50%
do filho (a legítima).
- Quer dizer que, ao morrer 50% da herança de Guimarães Rosa seria
transmitida ao seu filho por força da Sucessão Legítima, por ele ser seu
herdeiro legítimo, necessário e 50% seria transmitido à irmã do autor da
herança por força da Sucessão Testamentária, já que fizera e deixara um
testamento a ser cumprido. Mas, no caso, como visto, ocorreu o falecimento
(pré-morte13) da herdeira testamentária, logo, verifica-se a Sucessão do Filho
Legítima e Testamentária ao mesmo tempo.
Obs.: Falecido NÃO deixou testamento: SUCESSÃO LEGÍTIMA
Falecido DEIXOU testamento: SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
Obs.: Sucessão Legítima é a regra; Sucessão testamentária exceção
porque só ocorrerá se o falecido tiver deixado testamento.
Obs.:Importa ressaltar que a SUCESSÃO LEGÍTIMA E TESTAMENTÁRIA
também pode coexistir, ou seja, existir de modo simultâneo. Isto ocorrerá, por
exemplo, se o autor da herança dispuser em testamento de apenas uma
parcela de seu patrimônio (art. 1788 CC/02); logo, a outra parcela será
transmitida por sucessão legítima (art.1789 CC/02).
4.2 SUCESSÃO QUANTO AOSEFEITOS 14: A) SUCESSÃO A TÍTULO
SINGULAR; B) SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL.
A) SUCESSÃO A TÍTULO SINGULAR: Ocorre quando a pessoa que morreu
deixou testamento de bem(s) certo(s) e determinado(s).
Ex1.:Sócrates15fezum testamento e deixou para seu neto sua casa de praia
na Grécia. – Deixou um bem certo e determinado.
Ex2.: Aristóteles16 fez um testamento deixando para sua sobrinha um quadro
do artista plástico Doménikos24. – Deixou um bem certo e determinado.
B) SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL: Ocorre quando a pessoa morre e
atotalidade da herança, ou parte indeterminada desta é transmitida para os
herdeiros.
Ex1.: Meu pai, órfão e viúvo, morreu, sendo que eu e meus dois irmãos
somamos trêsherdeiros sucessores necessários, legítimos da sua
herança.Por força da Sucessão legítima a título universal, já que ele não
deixou testamento, receberemos 1/3 cada um, somos em três.
- Vejam que estou recebendo uma herança por meio de sucessão a título
universal, porque estou recebendo uma fração de um patrimônio, ou seja,
1/3. E por que uma fração? Porque tem mais herdeiros junto comigo.
- Porém, SE, meu pai morresse e, o único sucessor dele fosse eu herdaria
todo o patrimônio dele sozinho. Sucessão a título universal, porque eu estaria
recebendo todo o patrimônio, não houve testamento, nem bem especificado
(a título singular) a mais ninguém.

5
- No entanto, mesmo tendo recebido meu 1/3 sucedi a título universal por ter
ocorridoa mim a transmissão de“todo” patrimônio do de cujus17 (meu pai),
minha fração (meu quinhão todo) ou uma fração do patrimônio, já que tinha
mais de um sucessor, ou seja, meus dois outros irmãos que, também
herdaram por meio de sucessão legítima, a título universal.– Deixou a
totalidade da herança para cada herdeiro.
Ex2.: Meu pai, órfão e viúvo, morreu, sendo que eu era/sou seu filho único,
herdeiro de toda sua herança (art. 1829 CC/02). Por força da Sucessão
legítima a título universal, já que ele não deixou testamento, recebi a
totalidade do seu patrimônio como herança,mediante Auto de Adjudicação18
lavrado no inventário. – Deixou a totalidade da herança para seu herdeiro.
Ex2.: Meu pai, órfão e viúvo, morreu deixando um testamento para que após
sua morte, então, 50% de seu patrimônio fosse dado para minha filha Helena,
sua neta.
-Observem que 50% do patrimônio é uma parte indeterminada da herança,
não discriminando o que compõe esses 50% da herança do de cujus é
considerada parte indeterminada da herança, não é como um objeto certo e
determinado, como um carro ou um imóvel “x”. – Deixou parte indeterminada
da herança.
4.3 A SUCESSÃO CONTRATUAL OU “PACTOS SUCESSÓRIOS -PACTA
CORVINA19”:uma pessoa organiza a sua sucessão de acordo com outros
interessados, ou estes, em combinação com tal pessoa, transferem ou
abdicam de seus direitos.NÃO é admitida pelo nosso ordenamento jurídico.
Não pode ser objeto de contrato herança de pessoa viva (art. 426 CC/02),
mas há exceções admitidas pelo CC/02, que são: é permitido aos cônjuges a
organização de sua herança mútua (arts. 156, 257 e 314/02); aos pais é
delegado a competência de determinar, em vida, a divisão dos próprios
haveres entre os filhos, a qual é considerada válida desde que não seja
desprezada a parte reservada por lei aos descendentes e ascendentes, e da
qual, portanto, não se pode dispor livremente (art. 1776/02).
4.4 A SUCESSÃO ANÔMALA OU IRREGULAR:é disciplinada por normas
próprias, é legal, mas nãoobedece àquelasleis reservadas para o direito das
sucessões doartigo 1784 e seguintes do CC/02. São regras excepcionais que
regem a transmissão, como é o caso do artigo 551 e Parágrafo único do
CC/02. “Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma
pessoa entende-se distribuída entre elas por igual. Parágrafo único. Se os
donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a
doação para o cônjuge sobrevivo”. No caso, interessa saber quanto ao P. ú.,
ou seja, assegura a um cônjuge o direito a parte do outro que vier a
falecer.São conhecidos como exemplos de sucessão anômala os valores
consistentes em saldo de salários, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço,
depósitos do PIS-PASEP, restituição de tributos, depósitos bancários até
certo limite etc. Desta forma, a Lei 6.858/80 que dispõe sobre o Pagamento,
aos Dependentes ou Sucessores, de Valores não recebidos em vida pelos
respectivos titulares, consolidando em seus artigos a Sucessão Anômala,
mesmo que não trate em primeiro momento da Ordem de Vocação
Hereditária prevista no art. 1829 do CC/02, mas sim indica os dependentes
habilitados perante a Previdência Social, os quais estão previstos na Lei
própria de nº 8.213/91, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências. Assim, fica claro que diferente

6
das regras contidas no capítulo das Sucessões do CC/02, quando se trata de
Sucessões Anômalas ela foge da “ordem natural” estabelecida. No entanto,
não se pode deixar de observar que Leis próprias tratam dos sucessores
previstos na lei civil na ausência dos acima qualificados.
5. DA ABERTURA DA SUCESSÃO (LUGAR) (arts. 1784 e 1785 CC/02)
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.
- Conforme os artigos acima descritos, pode-se observar o quando, o
momento no qual será ABERTA A SUCESSÃO; quem serão os herdeiros,
enfim, asseguram o que deve ser feito diante doEVENTO MORTE. O evento
morte dá ensejo à abertura da sucessão, em que ocorre a transmissão
automática das relações patrimoniais deixadas pelo autor da herança a seus
herdeiros legítimos indicados pela Lei. No entanto, antes de adentrar nesse
tópico da abertura da sucessão, há que se relembrar alguns aspectos da
MORTE no Direito Civil e avançar no conceito no Direito das Sucessões.
- O art. 6º do CC/02 preceitua que:” A existência da pessoa natural
termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos
em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”. Ou seja, o
referido artigo prevê a morte real (1ª parte), presumida ea abertura da
sucessão definitiva. Nas entrelinhas, determina que a existência da pessoa
natural termina com a morte e que estase divide em três tipos:a real, a
simultânea ou por comoriência e a presumida. Vale observar, a parte que
cada uma possui características próprias que as distinguem e culminam em
procedimentos diferentes quanto a sua constatação e sucessão. Mas em
“todas” trata-se dofim da personalidade da pessoa natural em decorrência
do fato natural que é a vida, assim, a pessoa deixa de existir, se tornando o
que chamamos no direito de " de cujus". Pode-se dizer que o ser humano tem
mais de uma morte: a denominada morte biológica e a morte jurídica.
*JURIDICAMENTE, temos dois tipos de morte - extinção da
personalidade jurídica: (art. 6º CC/02 – 1ª parte) - MORTE REAL –
existência de um corpo, de fácil constatação, por isso a PROVA JURÍDICA
TAMBÉM É DEFÁCIL CONSTATAÇÃO e se dá por meio da CERTIDÃO DE
ÓBITO E MORTE PRESUMIDA – não existe um corpo, tem -se que presumir
a morte. Como por ex. acidente de avião, ausentes, etc.
* Existem dois tipos de MORTE PRESUMIDA: 1. COM DECRETAÇÃO DE
AUSÊNCIA (art. 6ºCC/02 – 2ª parte cc art.37CC/02) e 2. SEM
DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (art. 7º CC/02).
- MORTE PRESUMIDA: 1. COM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (art.
6ºCC/02 – 2ª partecc art.37CC/02)“Art. 6º ... presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”.
*Ausentes: pessoas que desapareceram e nunca mais se teve notícias; são
desaparecidas. Ex.:Pessoa saiu para trabalhar e nunca mais foi vista.
Quando
a pessoa desaparece e não deixa notícias é aberto um Processo Judicial de
Ausência que tem três fases: Curadoria, Sucessão Provisória e Sucessão
Definitiva. Somente após aberta a Sucessão Definitiva vai ser presumida a
Morte da pessoa; somente aí o Juiz decreta a ausência dessa pessoa.
- MORTE PRESUMIDA: 1.1SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (art.
7ºCC/02) “Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de

7
ausência:I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo
de vida;... .”
Ex.: Acidente de avião; catástrofe como o 11 de setembro; tsunami; acidente
de helicóptero; etc. Situações muito prováveis à morte da pessoa. Depois de
esgotadas as buscas, não havendo corpo o Juiz vai declarar que esta pessoa
está presumidamente morta pela sua ausência.
- MORTE PRESUMIDA: 1.2 SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (art.
7ºCC/02) “ Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência: ... II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro,
não for encontrado até dois anos após o término da guerra.... .”
Ex.: Prisioneiro de guerra. Conforme o artigo prevê e no prazo, o Juiz vai
declarar a morte presumida por ausência da pessoa.
- MORTE PRESUMIDA: 1.3 SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (art.
7ºCC/02)“ Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência: “...Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses
casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e
averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento”.
Ex.: Ao declarar a presunção da morte pela ausência, nos incisos acima, no
P.ú. o Juiz deverá fixar a data provável do falecimento da pessoa.
Obs.:Quanto à ausência, em si, vale ressaltar alguns aspectos que vão surtir
efeito no Direito Sucessório: Na fase da sucessão provisória, os herdeiros
podem entrar na posse dos bens do ausente, desde que prestem garantia da
restituição deles, em caso de retorno do ausente. Essa fase, durará, em
regra, 10 anos (contados do trânsito em julgado da decisão que abre a
sucessão provisória). O prazo se reduz para 5 anos, se o ausente tiver mais
de 80 anos e de mais de 5 anos datarem suas últimas notícias. Essa fase se
encerra pela confirmação de morte do ausente, pelo seu retorno ou pela
abertura da sucessão definitiva.Sucessão definitiva: nesta que é a última
fase, os herdeiros podem solicitar o levantamento das garantias prestadas,
adquirindo assim, o domínio dos bens deixados. No entanto, o domínio será
resolúvel, uma vez que, caso o ausente retorne, terá seus bens de volta,
porém, no estado em que se encontrarem. Todavia, é importante ressaltar
que o ausente só terá esse direito, se retornar em até 10 anos contados da
abertura da sucessão definitiva, depois disso, não mais terá direito aos bens.
Obs.:DA REVERSIBILIDADE DA DECRETAÇÃO DA MORTE
PRESUMIDA: a decisão de morte presumida pode ser reversível se for
encontrada a pessoa; ou o momento da morte pode ser revisto se for
encontrado o corpo da pessoa.
- MORTE SIMULTÂNEA OU POR COMORIÊNCIA – Art. 8º CC/02: Se dois
ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-
ão simultaneamente mortos.
* COMORIÊNCIA: morte simultânea. Diferentemente de Pós-moriência:
uma pessoa morre após a outra, bem como, diferente de Prémoriência: uma
pessoa morre antes da outra. No caso, segue o exemplo dos casos comuns
de COMORIÊNCIA: pessoas que morrem, presumidamente, ao mesmo
tempo.Ex.: Acidente de avião, de carro etc. *Comoriência é a presunção de
morte simultânea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasião (tempo), em
razão do mesmo evento ou não, sendo essas pessoas ligadas por vínculos

8
sucessórios. Quando não se sabe quem morreu primeiro, presumem-se
simultâneos. Obs.: Pessoas que morrem por COMORIÊNCIA são
COMORIENTES; por PRÉMORIÊNCIA são: PRÉMORIENTES e por PÓS-
MORIÊNCIA são PÓS-MORIENTES.
- REFLEXOS DA COMORIÊNCIA NO DIREITO: a comoriência só tem
importância jurídica quando se discute transferência de direitos entre
comorientes, ou herança, visto que não há transmissão de direitos entre os
comorientes.
- EXEMPLOS de TRANSMISSÃO DE HERANÇA NOS CASOS DE MORTE
POR COMORIÊNCIA - DIREITO DAS SUCESSÕES:
*CAETANO, PAI DO “FILHO A” COM A “MÃE A” E DO “FILHO B” COM A
“MÃE B”:
1. Caetano sai para passear de carro com o Filho A e com o Filho B e os
trêssofrem um acidente. Caetano e o Filho A falecem na hora, juntos, mesma
ocasião, constatando entre eles morte por comoriência. Mas o Filho B sofre
ferimentos leves e sobrevive. Quanto a herança de Caetano, como ele e seu
Filho A tiveram morte por comoriência, nada acontece, ou seja, nem ele
transmite para o filho a parte dele, nem tampouco o Filho A recebe a parte
dele, por terem ambos morrido simultaneamente. Então, no caso, a herança
será toda recebida pelo Filho B que sobreviveu, e se tornou o herdeiro do
Pai.
2.Caetano sai para passear de carro com o Filho A e com o Filho B e os
trêssofrem um acidente. Caetano falece no momento do acidente. OFilho A
falece depois de ter ido para o hospital, ter sido atendido, mas não sobrevive.
*Ambos falecem, mas não houve comoriência e sim pós-moriência. (Filho A
falece após o Pai). E o Filho B sobrevive ao acidente com leves arranhões.
Quanto à herança de Caetano, cada Filho, A e B recebe 50% dela. Mesmo
que o Filho A tenha morrido após o Pai, no momento de sua morte estava
vivo, então, imediatamente recebeu sua herança, seu 50%, por não ter
havido comoriência.
3.Caetano sai para passear de carro com o Filho A e com o Filho B;os três
sofrem um acidente e falecem na hora, simultaneamente, caracterizando-se
morte por comoriência. Nesse caso, não há herança do Pai Caetano a ser
transmitida aos Filhos A e Bnão haver mais, também, os Filhos A e B,
herdeiros. A herança de Caetano será transmitida a outros herdeiros, se for o
caso. * Entre os comorientes NÃO HÁ transmissão nem de direitos e
nem de herança.
- RETOMANDO A ABERTURA DA SUCESSÃO(item 5)– Arts. 1785 e 1787
CC/02 e 48 do CPC.
- A abertura da sucessão ou a transmissão da herança aos herdeiros se dará
imediatamente à morte da pessoa (autor da herança); no momento da morte
da pessoa (Princípio de Saisine). É no ato/momento da morte que a
herança da pessoa morta é transmitida ao(s) herdeiro(s), sem que este(s)
tenha(m) de realizar qualquer ato. A TRANSMISSÃO É
AUTOMÁTICAMENTEÀ MORTE DO AUTOR DA HERANÇA. (art. 1784
CC/02 “... transmite-se, desde logo, ...”.)
imediatamente

Obs.:O fato de o(s) herdeiro(s) ter(em) deACEITARa herança em um


processo de inventário é ATO APENAS DE NATUREZA CONFIRMATÓRIA,
9
sendo que a transmissão da herança aos herdeiros se dá no momento da
morte, independentemente de existir ou não a abertura do Inventário.
Obs1.: No art. 1784 CC/02, deve ficar claro que: “Aberta a sucessão, a
herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”.

Esta se dá imediatamente
com a morte da pessoa.
Princípio de Saisine23
Obs2.: No art. 1784 CC/02, deve ficar claro que: “Aberta a sucessão, a
herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários”.

HERANÇA éo conjunto dos ativos e passivos


que uma pessoa aomorrer transmite aos seus
herdeiros. Éo conjunto de bens móveis e imóveis;
direitos; relações jurídicas; obrigações, etc. que
uma pessoa ao morrer transmite aos seus herdeiros.
5.1 LUGAR- DA ABERTURA DA SUCESSÃO – Art. 1785 CC/02 “A
sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido”
- A importância de se saber onde, ou seja, o lugar em que será aberta a
Sucessão se justifica porque será nesse lugar que deverá ser PROPOSTA A
AÇÃO DE INVENTÁRIO; A PARTILHA; A ARRECADAÇÃO;
CUMPRIMENTO DE DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE; ANULAÇÃO DE
PARTILHA EXTRAJUDICIAL E JUDICIAL e demais AÇÕES SUCESSÓRIAS
PERTINENTES, nas quais o ESPÓLIO20 for réu.
- Todas essas ações, todo esse trâmite deve ser proposto, segundo a Lei
(art. 1785 do CC/02) no ÚLTIMO DOMICÍLIO DO FALECIDO, este será o
FORO21 COMPETENTE para processar a AÇÃO DE INVENTÁRIO (e
demais ações sucessórias), necessariamente.
*NÃO importa o lugar onde faleceu o autor da herança e sim, seu último
domicíliopara abertura da Sucessão, para a propositura das Ações
Sucessórias necessárias.
Ex.:Leandro Konder (Filósofo brasileiro), residia em Petrópolis/RJ. Viajou
para cidade de São Paulo/SP, onde sofreu um infarte fulminante e lá veio a
falecer. Conforme a Lei (art. 1785 CC/02), quanto a ABERTURA DA
SUCESSÃO da herança dos bens do falecido, estase dará em Petrópolis/RJ
– seu último domicílio – sendo o Inventário processado em Petrópolis/RJ,
também (art. 48 CPC/2015: “O foro de domicílio do autor da herança, no
Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o
cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação
de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda
que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”).
Obs.: O exemplo acima, conforme art. 48 do CPC/2015, chama atenção
para o fato de que a Sucessão deve ser aberta NO ÚLTIMO DOMICÍLIO
DO DE CUJUS, DESDE QUE, ESTE TENHA SIDO NO BRASIL. Além do
citado artigo, o mesmo Código de Leis confirma o previsto, no mesmo sentido
por meio do art. 23: “Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão
de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no
Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil,
ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha

10
domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou
dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil,
ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora
do território nacional”.
- Concluindo: os arts 48 e 23 do CPC/2015 atribuem competência de foro
ao local onde deve ser aberta a Sucessão do de cujus seu País de
nacionalidade, nascença, seu domicílio. Ex.: Se a pessoa faleceu nos
EUA, mas residia na cidade de Jaú/SP, o Inventário de seus bens deverá ser
aberto/proposto em Jaú que foi seu último domicílio.
Obs1.: Caso o falecido NÃO possuísse DOMICÍLIO CERTO, quanto à
abertura da Sucessão – art. 48, P.ú, I CPC/2015
“O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as
ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro.Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía
domicílio certo, é competente:I - o foro de situação dos bens
imóveis;... .”
Ex.: Machado de Assis faleceu na cidade de São Paulo/SP. Trabalhava em
uma editora ambulante e não possuía domicílio certo. Era proprietário de um
terreno na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Como não possuía domicílio certo, o
Inventário de Machado de Assis deverá ser proposto na cidade do Rio de
Janeiro/RJ; onde possuía um bem imóvel (o terreno).
MAS...
Obs2.:Caso o falecido NÃO possuísse DOMICÍLIO CERTO E TIVESSE
IMÓVEIS EM VÁRIA CIDADES DIFERENTES, quanto à abertura da
Sucessão - art. 48, P.ú, II CPC/2015
“O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as
ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro.Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía
domicílio certo, é competente: ...; II - havendo bens imóveis em foros
diferentes, qualquer destes;... .”
Ex.: Machado de Assis não tinha domicílio certo, mas tinha imóveis no Rio de
Janeiro/RJ, em Campo Grande/MS e em Curitiba/PR, nesse caso o seu
inventário poderá ser proposto tanto no Rio de Janeiro, em Campo Grande
ou em Curitiba, porque possuía imóveis nas três cidades (três lugares – três
foros diferentes para serem eleitos competentes).
MAS...
Obs3.:Caso o falecido NÃO possuísse DOMICÍLIO CERTO E NÃO
TIVESSE IMÓVEIS, quanto à abertura da Sucessão - art. 48, P.ú, III
CPC/2015
“ O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as
ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía
domicílio certo, é competente: ...; ...; III- não havendo bens imóveis, o
foro do local de qualquer dos bens do espólio.”

11
Ex.: Machado de Assis tinha uma conta bancária no RJ/RJ e uma tenda
ambulante para vender livros em Salvador/BA. Assim, o Inventário dele
poderá ser proposto para abertura de sua Sucessão tanto na cidade de sua
conta bancária (RJ/RJ) quanto onde tem sua tenda ambulante (Salvador/BA),
segundo a Lei.*OBSERVEQUE, NO CASO, O INCISO III DISPÕE QUE
SEJA ABERTA SUCESSÃO NO BRASIL, SIM, onde haja, todavia,
QUALQUER BEM, já que o falecido não tinha lugar certo de domicílio nem
bens imóveis. Então,A SUCESSÃO DEVERÁ SER ABERTA, NO BRASIL E
NO LUGAR DE QUALQUER BEM MÓVEL.
ATENÇÃO!
Obs4.: Caso o falecido possuísse VÁRIOS DOMICÍLIOS:PLURALIDADE
DOMICILIAR, quanto à abertura da Sucessão – Art. 46, § 1º CPC/2015
“ A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens
móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de
qualquer deles. ... .”
falecido
*Caso em que alguns Doutrinadores atribuem certa “confusão
com o artigo 1785 do CC/02:
- Art. 1785 do CC/02:“A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do
falecido” assegura que o Inventário seja proposto, para abertura da Sucessão
no ÚLTIMO DOMICÍLIO do falecido.
*MASse o falecido tiver DOIS DOMICÍLIOS?
Ex.: O falecido tinha duas empresas em cidades diferentes. Morava duas
semanas por mês na cidade de Joinville/SC e as outras duas na cidade de
Blumenau/SC (locais onde se localizam suas duas empresas). Nesse caso,
será proposta Ação de Inventário para abertura da Sucessão em qualquer um
dos lugares: Joinville ou Blumenau, segundo o art. 46, §1º do CPC/2015.
CONCLUSÃO: ABRE-SE A SUCESSÃO
- Art. 1785 CC/02: Regra Geral;
- Art. 48, P.ú., I CPC/2015:Quando o falecido não possuía domicílio certo;
- Art. 48, P.ú., II CPC/2015:Quando o falecido não possuía domicílio certo e
possuía bens imóveis em cidades diferentes;
- Art. 46, § 1º CPC/2015: Quando o falecido tiver dois domicílios;
5.2DATA - DA ABERTURA DA SUCESSÃO - art. 1787 CC/02
O Art.1787 do CC/02é a “LEI” que rege a Sucessão! Traz a importância,
fundamental da vigência da Lei na data da morte do autor da herança para a
abertura da Sucessão.
- Art. 1787CC/02 -Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei
vigente ao tempo da abertura daquela.

Lei vigente na data do óbito é a De nada adiantará a Lei


que vale para regular os atos da se não tiver ocorrido a
sucessão: garante a abertura e morte no caso das
legitimação.Sucessões.

12
Ex1.: Raquel de Queiroz, escritora, morreu no dia 15 de janeiro do ano de
2021, a lei que foi observada e utilizada para reger toda sua Sucessão de
bens foi a lei vigente no dia 15 de janeiro do ano de 2021, dia do seu óbito.
Obs.:Certo! Ainda que tenha existido alguma mudança após a morte da
escritora, a lei que deveria reger os trâmites da Sucessão de sua herança
seria aquela vigente na data de sua morte, mesmo.
INDEPENDENTEMENTE, da data que tenha sido ajuizado ou julgado seu
Inventário.
Ex2.: Raquel de Queiroz, escritora, morreu no dia 15 de janeiro do ano de
2022, a Lei de Sucessões sofreu alterações dia 1º de fevereiro do ano de
2022. Seu esposo protocolou Ação de Inventário no dia 20 de fevereiro do
ano de 2022, DEPOIS DAS ALTERAÇÕES sofridas pela lei de sucessões. O
Juiz deverá aplicar, no caso, a lei que estava vigente no dia da morte da
autora da herança, cujo Inventário foi protocolado, ou seja, dia 15 de janeiro
de 2021, segundo art. 1787do CC/02.
ATENÇÃO!À Sucessão com relação ao CC/02 deve-se ficar atento para:
- Para reger a Sucessão das pessoas que faleceram ANTES do dia 11 de
janeiro de 2003 deve ser aplicado o ANTIGO CÓDIGO CIVIL: CC/2016;
-Para reger a Sucessão das pessoas que faleceram APÓS o dia 12 de
janeiro de 2003 deve ser aplicado o NOVO CÓDIGO CIVIL: CC/02;
Obs1.:Art. 1787CC/02 –“Regula a sucessão... .”.: Regulamenta TODA a
Sucessão nos pontos principais da Relação Jurídica que perfaz o Direito das
Sucessões.
Obs2.: Art. 1787CC/02 – “Regula a sucessão e a legitimação para
suceder... .” Regulamenta quais, quem serão os herdeiros legítimos a receber
a herança na data do falecimento do de cujus. Os que estarão aptos ou não,
na data do falecimento do autor da herança (de cujus).
Obs3.:No que diz respeito ao art. 1787CC/02 quanto a ser Lei que
regulamenta o Direito das Sucessões ea legitimidade daqueles que
sucederão ou não, determina imperioso que assim seja desde que ocorra na
vigência do tempo da abertura da Sucessão que deve ser o mesmo da
morte do autor da herança (de cujus).“Art. 1.787. Regula a sucessão e a
legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela”.
6. DA HERANÇA
6.1 DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTARÇÃO – Art.1791 a 1797 CC/02
(Livro V – Título I – Capítulo II)
- HERANÇA: Entende-se por herançaaação de herdar, no caso, de adquirir
por sucessãoo patrimônio, incluindo bens, direitos e dívidas, deixado por
alguém em razão do seu falecimento.Pode-se transmitir a herança por
testamento (disposição de última vontade, de acordo com a lei) ou de acordo
com a Lei, sem deixar testamento.Etimologicamente 25, a palavra herança
surgiu a partir do latim haerentia, sendo utilizada para definir o legado ou
patrimônio que um indivíduo pode deixar para os seus descendentes.O termo
"herança", como um bem que é transmitido de uma geração para outra, pode
ser atribuído em muitas situações, sendo as principais no contexto social,
cultural, biológico e jurídico.A transferência e a divisão (ou Partilha) da
herança é feita, no Brasil por meio da Justiça: Inventário, Alvará Judicial ou
Arrolamento até a Partilha no Cartório.
Ex.: "A minha mãe, ao falecer deixou uma casa na praia de herança para
mim e para meus irmãos". "Meu tio me deixou de herança um carro" ou "Meu

13
pai me deixou a empresa como herança".“Minha tia deixou um testamento ao
falecer, deixando de herança seus bens para os sobrinhos”.
O novo CPC (Lei nº 13.105/15), no seu contexto, prevê que herança se trata
dos pertences, da universalidade dos bens deixados pelo "de cujus", aos
seus herdeiros, sucessores legais. É o patrimônio ativo e passivo deixado
pelo falecido.
Obs1.:Quanto aos artigos acima citados, torna-se imprescindível que sejam
estudadas questões muito importantes diretamente ligadas à herança e
suas peculiaridadesindispensáveis à compreensão doDireito das
Sucessões:
-Art.1791: “A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários
sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos coerdeiros, quanto à
propriedade e posse da herança, será indivisíve l, e regular-se-á pelas
normas relativas ao condomínio”.
No caso, o legislador chama atenção para que A INDIVISIBILIDADE DA
HERANÇA ATÉ QUE SE FAÇA A PARTILHA.Bem como, chama atenção
para condição de CONDOMÍNIO ENTRE OS HERDEIROS.
Entende-se a herança como um todo, uma UNIVERSALIDADE juris(art. 91.
“Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma
pessoa, dotadas de valor econômico”).Mesmo que sejam vários os herdeiros,
até que se faça a partilha dos bens nenhum possui posse ou domínio
exclusivos de seus bens. Sendo assim,a herança não pode ser dividida,
até o momento da partilha. Esta será de todos os herdeiros, ou seja,
INDIVISÍVEL(art. 2.023. “Julgada a partilha, fica o direito de cada um dos herdeiros
circunscritos aos bens do seu quinhão”) . No entanto, pode ocorrer, na partilha,
que fique estipulado que algum bem permaneça em estado de comunhão
entre os herdeiros.(art.1117, I CPC/15 “Também serão alienados em leilão,
procedendo-se como nos artigos antecedentes: I - O imóvel que, na partilha, não
couber no quinhão de um só herdeiro ou não admitir divisão cômoda, salvo se
adjudicando a um ou mais herdeiros acordes;(...)” .( e o art. 2.019 CC/02. “Os bens
insuscetíveis de divisão cômoda, que não couberem na meação do cônjuge
sobrevivente ou no quinhão de um só herdeiro, serão vendidos judicialmente,
partilhando-se o valor apurado, a não ser que haja acordo para serem adjudicados a
todos.§ 1o Não se fará a venda judicial se o cônjuge sobrevivente ou um ou mais
herdeiros requererem lhes seja adjudicado o bem, repondo aos outros, em dinheiro,
a diferença, após avaliação atualizada.§ 2o Se a adjudicação for requerida por mais
de um herdeiro, observar-se-á o processo da licitação”.). E, quanto à condição de
CONDOMÍNIO ENTRE OS HERDEIROS, até a partilha devido à
indivisibilidade da herança, nada mais é que cada coerdeiro passa a ter o
direito de posse e propriedade regido regidos pelas normas relativas ao
Condomínio. Cada um pode exercer seus direitos desde que não exclua os
dos demais, conforme prevê os artigos que seguem: (“Do direito dos
condôminos - Art. 1.314 CC/02 Cada condômino pode usar da coisa conforme sua
destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão,
reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou
gravá-la.Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da
coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos
outros”) e (“Da Sociedade Personificada - Art. 1.119 A fusão determina a extinção
das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos
direitos e obrigações” ).

14
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças
da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver
inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
No caso, o legislador chama atenção para a RESPONSABILIDADE DOS
HERDEIROS QUANTO AOS ENCARGOS DO ESPÓLIO. ÀS FORÇAS DA
HERAÇA. PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO DO INVENTÁRIO.
No caso, o legislador chama atenção para que os herdeiros não se
preocupem com os encargos que possam vir “juntos” da herança que
“aceitaram26” receber do de cujus. O herdeiro NÃO assumirá os encargos
do de cujus além das forças do acervo hereditário, mas deverá provar
(por todos os meios admitidos) que os bens herdados têm valor inferior ao
dos débitos, exceto se tiver inventário em andamento contendo avaliação dos
bens recebidos, demonstração do montante de dívida e que os encargos
equivalem às forças da herança ou a ela são superiores. Ao Herdeiro caberá
provar o excesso a não ser que o inventário o escuse, demonstrando o valor
dos bens herdados.O herdeiro tem responsabilidades dentro das forças da
herança em função do PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO DE INVENTÁRIO que é o
privilégio legal concedido ao herdeiro de ser admitido à herança do autor sem
obrigá-lo a responder pelos encargos além das forças daquele acervo
hereditário.POR FORÇA DA HERANÇAentende-se que a herança responde
pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem
os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube, ou
seja, essa é a força da herança, o quinhão de cada herdeiro.
- Art. 1793.O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que
disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
§ 1º Os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de
substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos
pela cessão feita anteriormente.
§ 2º É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre
qualquer bem da herança considerado singularmente.
§ 3º Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão,
por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário,
pendente a indivisibilidade.
No caso, o legislador chama atenção para a VALIDADE DA CESSÃO DA
HERANÇA, para o SEU OBJETO E A SUB-ROGAÇÃO DO CESSIONÁRIO
NOS DIREITOS DO CEDENTE.
No caso, o legislador chama atenção para fatos que envolvem a cessão da
herança. Contudo é preciso saber que CESSÃO DA HERANÇA27,
GRATUITA (equipara com a doação) OU ONEROSA (será uma compra e
venda), CONSISTE NA TRANSFERÊNCIA QUE O HERDEIRO, LEGÍTIMO
OU TESTAMENTÁRIO, PODE FAZER A OUTREM DE TODO SEU
QUINHÃO HEREDITÁRIO OU PARTE DELE, APÓS A ABERTURA DA
SUCESSÃO, senão será nulo ato, visto que, assim entende-se que se trata
de Sucessão, evento morte, autor de herança, sucessor, herança e, daí
cessão (não haveria nada disso se a pessoa tivesse viva... o autor da
herança! Ou mesmo, se estivesse sendo falado de cessão de herança antes
da abertura da Sucessão a cessão configuraria pacto sucessório, que nossa
lei proíbe e considera nulo de pleno direito).Ademais, a cessão deverá ser
feita da universalidade de bens que cabe ao herdeiro cedente e não de uma
individualização dentro dela, ademais com autorização judicial e por

15
escritura pública (requisito formal da cessão), sob pena de nulidade. Quanto
ao OBJETO DA CESSÃO DA HERANÇA28, este deve ser a quota-parte ou
parcela de quota-parte naquele complexo hereditário (universitas), mas
nunca um ou mais bens determinados. Tal regra decorre da indivisibilidade
da herança como um todo e da incerteza relativa aos bens que tocarão a
cada coerdeiro quando ultimada a partilha. Se o cedente discriminar as
coisas que pretende alienar, não obriga com isso os coerdeiros, perante os
quais é ineficaz a alienação (CC/02, art. 1.793, § 2º). No tocante a CESSÃO
TER COMO REQUISITO FORMAL A ESCRITURA PÚBLUCA justifica-se
pela natureza que esta adquire de “bem imóvel” enquanto universalidade de
bens até que realizada a partilha (arts. 80, II, 166, IV e 1806 CC02). Por fim,
o CESSIONÁRIO ASSUME, RELATIVAMENTE AOS DIREITOS
HEREDITÁRIOS A MESMA CONDIÇÃO JURÍDICA DE CEDENTE. Mas não
lhe é transmitidaA QUALIDADE DE HERDEIRO, e sim e tão somente a
titularidade do quinhão ou legado (sub-rogação do cessionário nos
direitos do cedente).
- Art. 1794.O coerdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a
pessoa estranha à sucessão, se outro coerdeiro a quiser, tanto por
tanto.
No caso, o legislador chama atenção para o DIREITO DE PREFERÊNCIA
DE COERDEIRO NA CESSÃO ONEROSA DE HERANÇA A ESTRANHO.
No caso, o legislador chama atenção para que no caso das Sucessões
TODOS OS COERDEIROS TÊM PREFERÊNCIA (O direito de preferência (Art.
504, 513CC/02 Lei 8.245 – Lei do Inquilinato) é uma cláusula especial própria dos contratos
de compra e venda que estipula o direito do vendedor readquirir o bem caso o comprado
deseje vendê-lo. Basicamente, é o direito de alguém ser preferido em igualdade de
condições com terceiro na aquisição de uma coisa). PARA EFETIVAR A CESSÃO,
NÃO PODENDO O CESSIONÁRIO VENDER SEU DIREITO SEM O
EXERCÍCIO DOS OUTROS. O prazo, em regra é de trinta dias, devendo a
proposta de cessão ser pormenorizada, informando quanto por cento está à
venda e forma de pagamento. Caso mais de um herdeiro queira estabelecer-
se-á a concorrência ou licitação entre os interessados. Só nos casos de
cessão onerosa. O estranho deve ser sempre evitado, MAS SE A CESSÃO
FOR GRATUITA NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PREFERÊNCIA.
- Art. 1795.O coerdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão,
poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se
o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão. Parágrafo único.
Sendo vários os coerdeiros a exercer a preferência, entre eles se
distribuirá o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas
hereditárias.
No caso, o legislador chama atenção para o EXERCÍCIO DO DIREITO DE
PREFERÊNCIA DO COERDEIRO E O PRAZO DECADENCIAL DE 180
DIAS APÓS A TRANSMISSÃO E SEUS EFEITOS.
No caso, o legislador chama atenção paraque, em caso de cessão onerosa
feita a pessoa alheia à sucessão, sem que o cedente tenha oferecido aos
demais coerdeiros o seu quinhão ideal para que exerçam seu direito de
preferência, tanto por tanto, qualquer deles que, DENTRO DO PRAZO
DECADENCIAL DE CENTO E OITENTA DIASapós a transmissão, depositar
a quantia haverá para si a quota cedida a estranho. (como se estivesse
exercendo seu direito de preferência usurpado). E, se vários coerdeiros o

16
quiserem, entre eles se distribuirá o quinhão cedido, na proporção das
respectivas quotas hereditárias.
- Art. 1796.No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão,
instaurar-se-á inventário do patrimônio hereditário, perante o juízo
competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for
o caso, de partilha da herança.
No caso, o legislador chama atenção para oPRAZO DE TRINTA DIAS a
contar da ABERTURA DA SUCESSÃO para INSTAURAÇÃO DO
INVENTÁRIO, no JUÍZO COMPETENTE, no LUGAR da Sucessão,
TÉRMINO e PRORROGAÇÃO do Inventário e CULPA POR EXCESSO DE
PRAZO.
No caso, o legislador chama atenção parao processo de inventário e de
partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura
da sucessão (art. 611, CPC). Normalmente, a abertura é requerida por quem
administra os bens na data do óbito do de cujus, Inventariante.ultimando-se
nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de
ofício ou a requerimento de parte.Conferido o plano de partilha, se estiver
correto, a contadoria informará o juízo que nada tem a opor ao
prosseguimento do feito.O próximo passo é a apresentação das últimas
declarações que, geralmente, serão iguais as primeiras, ressalvada a
realização de venda de algum bem constante do acervo para pagamento de
tributo ou coisa parecida. Se o espólio restou intocado durante a tramitação,
o inventariante deverá informar nos autos que nada tem a retificar às
primeiras declarações e seguirão para chancela judicial derradeira ao
processo de inventário que leva o nome de homologação de partilha,
sentença definitiva pela qual o juiz atribui aos herdeiros os respectivos
quinhões.O art. 983 CPC/15 autoriza a dilatação de lapsos pelo magistrado,
de ofício ou a requerimento da parte ou do inventariante, desde que haja
justa motivação. E, quanto ao excesso de prazo, se se der por culpa do
inventariante, o juiz poderá providenciar sua remoção, a requerimento de
algum herdeiro, e se for testamenteiro será privado de vintena( Chamada de
“vintena”, corresponde à vigésima parte do patrimônio, ou seja 5%, valor máximo
tradicionalmente atribuído aos testamenteiros desde o Alvará de 23 de janeiro de 1798.) .
(arts. 1796, 1987 e 1989 CC/02).
- Art. 1797. Até o compromisso do inventariante, a administração da
herança caberá, sucessivamente:
I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da
abertura da sucessão;
II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se
houver mais de um nessas condições, ao mais velho;
III - ao testamenteiro;
IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos
incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo
grave levado ao conhecimento do juiz.
No caso, o legislador chama atenção para o ADMINISTRADOR
PROVISÓRIO DA HERANÇA.
No caso, o legislador chama atenção paraoADMINISTRADOR
PROVISÓRIODA HERANÇA que é AQUELE QUE SE ENCONTRA NA
ADMINISTRAÇÃO DE FATO DOS BENS QUANDO DA ABERTURA DA
SUCESSÃO, não sendo necessária sua nomeação judicial.A

17
administração provisória da herança caberá, portanto, na seguinte ordem: ao
cônjuge ou companheiro supérstite, ao herdeiro que tiver na posse de cada
um dos bens da herança, ou o mais velho entre estes (arts. 985 e 986 do
CC02).
6.2 DA HERANÇA JACENTE
HERANÇA JACENTE
- Ocorre quando alguém falece não deixando testamento (JACÊNCIA ab intestato),
nem herdeiros notoriamente conhecidos, filhos, cônjuge sobrevivente e nem parentes
para sucedê-lo. Não há herdeiro certo e determinado, ou não se sabe da existência
desdelogo, a herança vai ser declarada JACENTE.O pedido para declaração da
herança jacente, deverá ser formulado pela Fazenda Pública, Ministério Público e/ou
interessado por meio de advogado, instruído com a certidão de óbito. A JACÊNCIA é
um estado transitório (art. 1142 e s. CC/02 a herança foi arrecadada pelo Poder Público
competente, devendo por ele ser administrada por um curador nomeado pelo juiz) que
perdura até o momento da entrega da herança aos herdeiros, que comprovarem sua
condição ou da declaração judicial de VACÂNCIA. Com a vacância a herança torna-se
VACANTEeé devolvida à fazenda pública por se ter verificado não ter tido herdeiros
sucessíveis, titulares do acervo hereditário que se habilitaram no período da jacência.
Conforme o art. 1821 CC/02 cabe aos credores pedir o pagamento das dívidas, nos
limites da força da herança (art. 1154 do CPC), na Vacância. O efeito prático da
declaração de vacância é a transferência do patrimônio da pessoa falecida para a
Administração Pública (Município, Distrito Federal ou União – a localização do bem irá
determinar quem irá receber). O art. 1822 P.ú. CC/02 exclui os colaterais da Sucessão
no caso de Vacância da Herança, mas há que se considerar o art. 1115 do CPC para
tanto.SE, a herança for repudiada POR TODAS AS PESSOAS SUCESSÍVEIS, TER-
SE-Á, desde logo, A DECLARAÇÃO DE SUA VACÂNCIA (art. 1822 CC02-
declaração imediata da vacância da herança), e, consequentemente, a produção
de seus efeitos jurídicos. NÃO HAVERÁ, assim, A FASE DA JACÊNCIA.
Referências
1.
Arts. 943 e 1792 do CC/02: “Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de
prestá-la transmitem-se com a herança. “Art. 1.792. O herdeiro não responde por
encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso,
salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados”. 2.
modos derivados de aquisição de domínio: A aquisição derivada é aquela pela qual a
autonomia das partes faz com que a propriedade seja transferida de uma pessoa para
outra exigindo, a legislação, certas formalidades e solenidades. Na aquisição derivada
com a transmissibilidade de domínio por ato causa mortis ou inter vivos; no direito
hereditário e no negócio jurídico seguido de registro do título de transferência na
circunscrição imobiliária competente não há transferência de propriedade. O domínio
significa a própria relação de propriedade que se exerce sobre o bem imóvel, garantindo
o exercício desse direito de propriedade de modo efetivo, podendo ser oposto contra
qualquer reivindicação de terceiros ou dúvida quanto à legitimidade do ato de
aquisição.3. normas agendi: A norma de agir, chamada de Norma Agendi, que a origem
do latim e significa “norma de agir”, ou seja, uma norma de conduta, podendo ser uma
lei, norma ou regra.4. Francisco Amaral: Francisco Amaral nasceu em Campinas (SP)
em1923. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, precursora da
Universidade do Estado da Guanabara, atual faculdade de direito da UERJ. Político e
ativo na vida acadêmica e associativa dentro do mundo jurídico. 5. Fontes (do Direito das
Sucessões): Fonte do Direito nada mais é do que a origem do Direito, suas raízes
históricas, de onde se cria (fonte material) e como se aplica (fonte formal), ou seja, o
processo de produção das normas daquele ramo do direito, no caso do direito das
sucessões.6. Rousseau: Jean-Jacques Rousseau, também conhecido como J.J.
Rousseau, foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata. É
considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.
Nascimento: 28 de junho de 1712, França. Rousseau era a favor do “contrato social”,
forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra. Apregoava que a
propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Um notável
Iluminista.7.Caducar (testamento): Caducidade, caducar (um testamento) é propriamente
a ineficácia de uma disposição testamentária por uma causa superveniente; trata-se de

18
um obstáculo que não existia no momento da confecção do testamento, mas que
sobreveio, de modo que, sendo a disposição válida em si, em virtude do obstáculo que
sobreveio não pode ter eficácia. 8. Renuncia à herança: A renúncia de herança é o ato
solene por meio do qual um ou mais herdeiros renunciam a sua participação na
sucessão da pessoa falecida.9. Testamento nulo e anulável: O testamento pode ser
nulo, por não observar as formalidades legais, ou por ser conjuntivo, ou se realizado por
incapaz, por exemplo. Neste caso, a impugnação deve ser requerida em 05 anos a
contar do registro do testamento. São anuláveis os testamentos que contém vícios de
consentimento erro, dolo e coação. Isso porque é imprescindível que a manifestação de
vontade tenha sido livre, espontânea sem qualquer mácula. 10.Kant: Immanuel Kant
(1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” - sistema que
procurou determinar os limites da razão humana. As obras mais importantes de Kant
são "Crítica da razão pura" (1781), "Princípios fundamentais da metafísica dos
costumes" (1785) e "Crítica do juízo" (1790). Expoente da ideia de que a Paz Perpétua
seria o resultado da história universal. 11. Legítima (dos herdeiros): Parte da herança de
que o testador não dispõe livremente, porque a lei a reserva aos herdeiros ascendentes
ou descendentes. A parte legítima equivale a 50% dos bens do testador, do qual os
herdeiros necessários não podem ser privados.12. Guimarães Rosa: João Guimarães
Rosa, mais conhecido por Guimarães Rosa, nasceu em 1908, na cidade de
Cordisburgo, Minas Gerais. Cursou Medicina na Faculdade de Minas Gerais (atual
UFMG. Nessa fase, foram publicados seus primeiros contos na revista O Cruzeiro.
Deixou a medicina e optou pela carreira diplomática, o que também lhe proporcionou
maior contato com o mundo das letras. Destacou-se como escritor inesquecivelmente
com obras como Grande Sertão: veredas, no conto “Manuelzão e Miguilim”, nas obras
Corpo de Baile (1956), Sagarana (1946), dentre outras. 13. pré-morte/pré-morto: pré-
morte = morte anterior a morte do autor da herança e pré-morto é aquele que faleceu
antes do autor da herança.14. Efeitos (Sucessões): Efeitos, sentido literal são resultados
do que é produzido por uma causa; consequência, resultado; atingindo um objetivo,
destino, finalidade, fim. No Direito, é o resultado prático, lícito, legal, de conformidade
com os princípios do Direito, resultado advindo da incidência da lei em casos concretos.
Na Sucessão Hereditária pode ocorrer a título universal e a título singular. 15. Sócrates:
Sócrates (c. 469-399 a.C.), filósofo grego, nasceu em Atenas, foi o principal filósofo
desse período da filosofia antiga. Por meio das ideias dele os filósofos passaram a se
preocupar com os problemas relacionados ao indivíduo e a organização da
humanidade. O princípio de sua filosofia estava na frase "Conhece-te a ti mesmo. Não
deixou obra escrita, quem o fez foi o filósofo Platão, seu discípulo. 16. Aristóteles:nasceu
na Macedônia. Teve uma sólida formação em Ciências da Natureza. Defendia o
empirismo (experiências do dia a dia). Foi discípulo de Platão, lecionando na Academia
dele. Após a morte de Platão, retornou para a Macedônia, onde se tornou preceptor de
Alexandre, o Grande. Fundou o Liceu, sua própria escola para ensinamentos filosóficos.
Sistematizou e separou o conhecimento filosófico da Antiguidade. 17. “de cujus”: falecido
cujos bens estão em inventário. Há o de cujus varão/masculino e o de cujus
virago/feminino. Portanto, sempre “o de cujus”.18. Auto de Adjudicação: O auto de
adjudicação configura o ato processual em que se considera o ato perfeito e acabada.
Finaliza a transferência do bem e o processo. Assinado o auto, será expedida a ordem
de entrega ao adjudicatário (credor), quando se tratar de bem móvel. A adjudicação
também aparece no direito sucessório, com o mesmo efeito, mas com um caminho
diferente. Caso uma pessoa faleça e tenha um único herdeiro, que seja maior de idade
e civilmente capaz, os bens inventariados poderão ser diretamente transferidos para
essa pessoa por esse meio, ao invés do processo comum de partilha. O Novo CPC
(2015) prevê a Adjudicação nos arts. 825, 876, 877 e 889, principalmente. 19. Pactos
Sucessórios – “Pacta Corvina”: Os Pactos Sucessórios são concebidos, em sentido
amplo, como qualquer convenção cujo objeto seja a herança de pessoa viva.
Estipulações que atribuem um direito privativo sobre toda ou parte da herança. Pacta
Corvina é uma expressão em latim que significa “acordo do corvo”. Ocorre quando é
celebrado contrato que tem por objeto herança de pessoa viva, ou seja, sequer o
proprietário do patrimônio faleceu e já está sendo negociada a futura “herança” por meio
contratual. A prática, inclusive, é vedada pelo Código Civil, consoante artigo 426 “(…)
não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.” É de cunho moral, derivada
do direito romano, sendo que o ato negocial contraria a moralidade e os bons costumes,

19
pois é certo que o acordo surtiria efeitos após o falecimento daquele que tem os bens,
gerando expectativa de morte ou antecipação dela. Refere-se aos hábitos alimentares
da ave que fica aguardando a morte de suas vítimas para se aproveitar de seus restos
mortais. O ato negocial envolvendo herança de pessoa viva inexiste, tendo em vista que
antes do falecimento da pessoa, o que existe é patrimônio. Por fim, resta informar que
todo contrato de herança de pessoa viva é nulo, embora se admita a cessão de direitos
hereditário, no qual é requisito a condição de herdeiro para praticar tais atos e ainda o
falecimento do proprietário dos bens para que seja aberta a sucessão. 20. Espólio:
Considera-se espólio o conjunto de bens, direitos e obrigações da pessoa falecida. 21.
Foro: Significa praça pública nas antigas cidades romanas, que servia de ponto de
reunião e onde funcionava o mercado, realizavam-se assembleias populares e
julgamentos. Lugar onde se discutem os assuntos públicos; tribuna. Foro (ou fórum) é o
local onde são processados assuntos relacionados com a justiça, com o Direito. É o
mesmo que tribunal. O foro do domicílio do autor é o local onde reside ou
trabalha.22.hereditando: autor da herança, de cujus, falecido que deixas bens a
inventariar.23. Princípio de Saisine: Trata-se de princípio fundamental do Direito
Sucessório, em que a morte opera a imediata transferência da herança aos seus
sucessores legítimos e testamentários, visando impedir que o patrimônio deixado fique
sem titular, enquanto se aguarda a transferência definitiva dos bens aos sucessores do
falecido.24.Doménikos: Pintor, artista plástico grego de notável capacidade. 25.
Etimologicamente: vem de etimologia, a ciência que investiga a origem das palavras. 26.
Aceitaram (receber a herança): A aceitação da herança ocorre quando o herdeiro aceita
receber a herança deixada pelo falecido. A aceitação da herança pode ser de forma
expressa ou tácita. A aceitação expressa ocorre quando por escrito o herdeiro declara
sua vontade em receber a herança, mediante declaração pública ou declaração
particular.28. Objeto da Herança: são os bens do de cujus. 29. Supérstite (cônjuge): que
sobrevive (a outrem); sobrevivente.
BIBLIOGRAFIA
BUENO, Cássio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil - Lei Nº 13.105, de
16.03.2015. Vol. Único. São Paulo: Saraiva, 2015.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: Volume 6 - direito das sucessões.
23. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
GOMES, Orlando. Sucessões. 15.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Sucessões. Vol. VII. São Paulo.
Saraiva, 2020.
LOBO, Paulo. Direito Civil - Sucessões, Vol. VI. São Paulo: Saraiva, 2020.
MARINONI, L. G.; ARENHART, S. C. e MIDITIERO, D. O Novo Processo Civil. São
Paulo: RT, 2015.
PONTES DE, Miranda. Tratado de Direito Privado: parte especial - direito das
sucessões. Vol. 55. Campinas.
STOLZE, Pablo. Novo Curso de Direito Civil: Vol. VII, Direito das Sucessões. São Paulo:
Saraiva, 2020
TARTUCE, Flávio. Direito das Sucessões. Vol. VI. São Paulo: Gripo GEN, 2020.
http://www4.planalto.gov.br
https://www.tjms.jus.br
https://www.tjsp.jus.br
https://oabms.org.br
https://www.oabsp.org.br
https://ibdfam.org.br

20
21

Você também pode gostar