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AULA-1.

1. NOÇÃO DE SUCESSÃO
Artigo 2024.º – Noção: Diz-se sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas à
titularidade das relações jurídicas patrimoniais de uma pessoa falecida e a consequente
devolução dos bens que a esta pertenciam.
Percebe-se que, excluídas da sucessão, estarão, em princípio, apenas as relações
pessoais, incindivelmente ligadas ao seu titular em virtude da sua natureza ou da lei as ter
considerado como sendo relações intuito personae.
Em sentido amplo sucessão é a transferência de direitos e obrigações de uma pessoa para
outra, sendo que esses dtos e obrigações se mantém os mesmos.

2. OBJECTO DA SUCESSÃO (2025.º/1)

3. . ESPÉCIES DE SUCESSÍVEIS - 2030.º


Herdeiro e Legatário.
Pessoas colectivas- 2033º/2 e 2053.º

4. CLASSIFICAÇÃO DA SUCESSÃO: Universal e singular/ inter-vivos e


mortis causa

A distinçao entre sucessao universal e singular relaciona-se com o conceito de patrimonio,


que podemos definir como o conjunto de todos os dtos e obrigaçoes sucesptiveis de
avaliaçao pecuniária de que cada pessoa é sujeito. Fala-se em sucessao universal
(herdeiro- 2030º/2) quando a sucessao se verifica em todas as relações patrimoniais de
uma determinada pessoa. E há sucessão singular (legatário) quando a sucessao se
verifica apenas em determinadas relações patrimoniais de um sujeito.

inter-vivos e mortis causa


O critério que esta subjacente na distinçao entre sucessão inter-vivos e mortis causa é o
do pressuposto de facto de que depende a sucessão.
Há casos em que a sucessão se opera mediante um negocio juridico inter vivos translativo
do respectivo direito e casos em que a sucessão é determinada pela morte da pessoa. No
primeiro caso estamos perante sucessão inter vivos e no segundo sucessão mortis causa.
Importa notar que a sucessão inter vivos pode ser voluntária ou coactiva. Tanto há
sucessão numa compra e venda como numa doação, ou até meesmo no confisco e venda
judicial.
A sucessão mortis causa é comumente designada apenas por sucessão. Quando do ponto
de vista tecnico-juridico se fala em sucessão é a sucessão mortis causa que se tem em
vista.

5. SISTEMAS SUCESSÓRIOS
Em função da relevância atribuída ao fenómeno sucessório existem três sistemas:

1- Individualista ou capitalista: assenta no reconhecimento da propriedade


privada da generalidade dos bens e no princípio da autonomia privada. O titular
dos bens tem plena liberdade de dispor dos mesmos. Dai decorre uma ampla
liberdade de testar, apenas condicionada pela necessidade de garantir a formação
livre e esclarecida da vontade do testador.
2- Familiar: prevalece a conexão com a família, assentando na ideia de um
património familiar, afeto aos interesses de um certo grupo, a quem caberá a sua
propriedade. O fenómeno sucessório visará, segundo este modelo, a permanência
dos bens do decujos dentro da sua família. Significa que a sucessão legitima
prevalece sobre a sucessão testamentária.
3- Socialista: faz prevalecer a conexão com o estado, dominando um regime
de propriedade coletiva, quanto à apropriação dos bens, sobre a propriedade
pessoal. A transmissibilidade dos bens pessoais é limitada.

6. FENÓMENO SUCESSÓRIO
A morte extingue a personalidade jurídica do falecido (68º CC), abrindo uma crise nas
relações jurídicas de que a pessoa que faleceu era titular e que devem sobreviver-
lhe (relações patrimoniais). Essas relações desligam-se do seu primitivo sujeito (aquando
da morte deste), e, até que se liguem a novo sujeito (herdeiro), é necessário que ocorra
uma série de actos ou factos que se encadeiam num processo mais ou menos longo. É o
complexo desses actos ou factos, habitualmente designado por fenómeno da sucessão
por morte/fenómeno sucessório.
São estes os momentos fundamentais do fenómeno sucessório:
1. Abertura da sucessão (2031.º)
2. Vocação ou chamamento sucessório (2032.º)
3. Aceitação da herança (2050.º).
AULA-2
A ABERTURA DA SUCESSÃO

Já fizemos referencia as diferentes fases ou momentos do fenomeno


sucessorio. O primeiro é a abertura da sucessão a que se refere o
art. 2031.º CC, a sucesão abre-se no com do morte do seu autor.
As relaçoes juridicas de que era titular o falecido não se extinguem
em si mesmas face a cessação da personalidade jurídica do seu
titular acontecendo que durante um determinado periodo de tempo
extinto que foi o titular, aquelas relaçoes juridicas permanecem em
estado de vinculação juridicamente tutelado até ao sub-ingresso dos
sucessiveis nas posições juridicas do de cujus.
A abertura da sucessão constitui assim o inicio de um complexo
processo tendente a devolução sucessoria das relaçoes juridicas
transmissiveis do De cujus e tem como pressuposto a morte do seu
autor.
Abertura Da Sucessão- Caracteriza-se pela extinção juridica do
titular das relaçoes juridicas transmissiveis e consequente estado de
vinculação de tais relações ao sub-ingresso dos sucessíveis.

MOMENTO DA ABERTURA DA SUCESSÃO:


O momento da abertura da sucesão é o momento da morte do seu
autor nos termos do art. 2031.º do CC.
Se a abertura da sucessão se dá em consenquência de ausência,
esse momento é o da ultimas noticias do ausente vide art. 103,º,
105,º e 114.º nº 3 CC.

LUGAR DA ABERTURA DA SUCESSÃO:


O lugar da abertura da sucessão é o lugar do ultimo domicilio do
decujus nos termos do art. 2031.º do CC.
A lei tomou aqui como criterio o domicilio preferindo-o ao do lugar do
falecimento (82.º e ss CC). Tambem a determinação do lugar da
abertura da sucessão tem muita importancia para diversos efeitos.
EX; art. 2270.º CC.

A morte, a herança e o legado


O homem nasce e morre no fim do ciclo biologico da vida. A morte
dá fim a vida e dá inicio á sucessão. A morte fisica é a unica causa
real e verdadeira da abertura da sucessão. Nao se quer dizer com
isso que a curadoria definitiva (art. 99.º CC) e a morte presumida (Art.
114.º CC) não sejam causas verdadeiras, antes quer se dizer, que
estas são causas jurídicas da abertura da sucessão.
A Herança
No decurso da sua existencia o homem adquire dtos, bens e sujeita-
se ao cumprimento de obrigações investe e torna-se por conseguinte
dono de um patrimonio, complexo de bens ou relaçoes jurídicas com
carácter pecuniário. Com seu decesso esse património toma a
designaçao genérica de herança, segundo Oliveira Ascensão, o
conceito de herança esta intimamente ligado ao patrimonio das
pessoas que morrem.

Caracteristicas da Herança:
1- Patrimonio autónomo de afectação especial: constituida por
situações juridicas activas e passivas em que a
responsabilidade dos herdeiros não ultrapassa o valor dos bens
que usufrem ou recebem, e os credores dela preferem aos
credores dos herdeiros, art. 2068.º;

2- Universalidade de Dtos- é formada por um complexo de


coisas determinadas quantitativa e qualitativamente em função
do lugar ou da sua natureza, art. 2025.º;

3- InSusceptivel de ser adquirida por usucapião- Ela não pode


ser usucapida, porque as universalidades são insusceptivel de
posse, só podendo ser possuidas as coisas individuais que dela
façam parte;

4- Herança Jacente- ainda não partilhada.


TIPOS LEGAIS DE HERANÇA:

Jacente- herança aberta mas ainda não aceite, nem declarada vaga
para o Estado, em estado pendente apta a enlançar-se na esfera
jurídica de outrem, art.º 2046.º;
Vaga- A herança aberta e que saiu do estado de jacência mas que
não pode ser aceita por nenhum sucessivel, além do Estado, art.
2152.º;
Deficitária- A herança cujo o passivo é superior ao activo, art. 2278.º
e 2071.º nº 2.

TPC:
Quais são os efeitos jurídicos da morte?
Quais são os efeitos da determinação do lugar da abertura da sucessão?
3ª AULA: O SISTEMA SUCESSÓRIO ANGOLANO
 ESPÉCIES DE SUCESSÃO

 DESERDAÇÃO

Quando se fala de SISTEMA SUCESSÓRIO ANGOLANO a questão


que se coloca é como é que o Código Civil regula a transmissão dos
bens por morte, como se processa a sucessão: o chamamento de
uma ou mais pessoas à titularidade das relações jurídicas
patrimoniais do falecido.

ESPÉCIES DE SUCESSÃO (2026.º):


Legal (2027º): Legitimária (2156º ss.) e Legítima (2131º ss.)
Voluntária: Testamentária (2179º ss.) e Contratual (2028º)

Sucessão legal: legítima ou legitimária, consoante possa ou não


ser afastada pela vontade da pessoa falecida (2027.º).

1. Sucessão legitima (2131.º)


Sucessão legitima: Quota disponível que o autor da sucessão
dispõe livremente por testamento ou contrato. Quando o autor
da sucessão não manifesta a sua vontade no sentido de atribuição
dos seus bens a alguém, a lei determina o chamamento dos seus
familiares de acordo com uma hierarquia que tem em conta a
proximidade dos vínculos familiares (2133.º). Estabelece a
devolução dos bens às pessoas integradas em certas categorias
de sucessíveis designadas na lei, sem a vontade do de cujus, isto é,
na falta de vontade deste em contrário, expressa em testamento.

A sucessão legitima consiste no chamamento de herdeiros legítimos


à sucessão por facto de o autor da sucessão não ter disposto
validamente dos seus bens. A lei estabelece regras que, por defeito,
ou seja, supletivamente se aplicarão quando a pessoa que morreu
não dispôs dos seus bens. O chamamento faz-se por ordem de
classes sucessíveis, preferindo os parentes de grau mais próximo,
segundo a classe de sucessíveis disposta no art. 2133.º/1.

São herdeiros legítimos: o cônjuge, os parentes e o estado (2132.º),


a razão que leva à atribuição dos bens do decujos não é a mesma
para todos os herdeiros.

2. Sucessão legitimária (2156.º)

A sucessão legitimária consiste no chamamento dos herdeiros


legitimários porque a lei lhes reserva parte da herança (quota
legítima), não podendo o autor da sucessão dispor desta quota. De
acordo com o artigo 2156.º, entende-se por legitima a porção de bens
de que o testador não pode dispor, por ser legalmente destinada aos
herdeiros legitimários.

São herdeiros legitimários: descendentes e ascendentes, 2157.º. A


estes sucessíveis é reservada uma parte dos bens do decujos, a
legitima ou quota indisponível, sobre a qual não pode exercer a sua
liberdade de disposição.

O autor da sucessão, tendo herdeiros legitimários, tem de respeitar


as suas quotas legítimas. Caso não respeite, porque, por exemplo,
não tem matematicamente presente quanto cabe a cada herdeiro,
nestes casos as liberalidades do de cujus ofendem a legítima, pelo
que serão reduzidas ou revogadas por serem inoficiosas. Dá-se a
redução por inoficiosidade (2168.º ss.).

Deserdação
O CC permite ao autor da sucessão privar o herdeiro legitimário
da quota legítima em testamento, isto é, impedir que um ou todos
os herdeiros legitimários venham a receber os bens após a sua
morte. É a deserdação: deserdar um herdeiro legitimário significa
impedir que essa pessoa venha a receber os bens. Em todo o caso,
esta possibilidade é muito, mas muito limitada, só podendo
fundamentar-se numa das situações previstas no art. 2166.º.
Sucessão voluntária: resulta de testamento ou contrato. Não
havendo herdeiros legitimários ou havendo-os, nos limites da quota
disponível, o autor da sucessão pode dispor livremente por
testamento ou contrato. 2179º ss. e Contratual 2028º. O fundamento
da sucessão voluntária está no princípio da autonomia privada e da
liberdade de disposição. O proprietário dos bens tem liberdade de
dispor dos mesmos, tanto a título oneroso como gratuito.
1- Sucessão testamentária (2179º): o testamento é o negócio
jurídico unilateral e revogável pelo qual uma pessoa dispõe, para
depois da sua morte, de todos os seus bens ou de parte deles.
Trata-se de um negócio jurídico elaborado pelo testador em que este
dispõe do seu património, com efeitos após a morte. Determina
a devolução dos bens segundo a vontade do de cujus, expressa
em testamento válido e eficaz.
2- Sucessão contratual (2028º): admitida em casos muito
excepcionais. Basicamente, a sucessão voluntária é o testamento.
Quanto ao contrato, aliás, a regra é a da proibição de pactos
sucessórios. Entre a sucessão testamentária e a sucessão legitimária
há uma estreita ligação, dado que uma e outra se limitam
reciprocamente. O autor da sucessão pode dispor do património por
morte, com plena liberdade, em testamento, mas não pode afetar
a quota que a lei reserva aos herdeiros legitimários. Nota-se
aqui um conflito entre a liberdade de testar e a proteção da família.
4ª AULA: OS SUCESSÍVEIS

A DESIGNAÇÃO SUCESSÓRIA
OS TÍTULOS DESIGNATIVOS
A HIERARQUIA DOS TÍTULOS:
a) A designação sucessória legitimária;
b) A designação sucessória testamentária;
c) A designação sucessória legítima.

1. A DESIGNAÇÃO SUCESSÓRIA
O fenómeno juridico sucessório é tão antigo como o propio homem,
mas não tanto o direito sucessório propriamente dito. Observa-se por
isso até hoje no ambito da nossa disciplina uma grande imprecisão
conceitual que é fruto de ser o direito das scessões uma disciplina
jovem, com muito menos elaboração teorica do que outras disciplinas
do direito civil.

Em virtude dessa jovialidade há necessidade de se fixar


terminologias, e neste dominio a necessidade de se assentar no
sentido de três diferentes conceitos: os de designação; vocação e
devolução sucessórias, esta trilogia não concepual não contudo dificil
de compreender e reter.

Na definição da professora CRISTINA, Araújo a designação


sucessória consiste na determinação antes da morte do autor da
sucessão, como sucessível ou sucessíveis de certa pessoa ou de
certas categorias de pessoas ex lege (por mero efeito de normas
legais imperativas ou supletivas) ou por força de vontade privada
corporizada em testamento ou expcionalmente em doações mortis
causa.

Já a Vocação sucessória surge no momento posterior, trata-se do


chamamento de um sucessível á sucessão feito no momento da
morte do de cujus. Neste momento com respeito a cada categoria de
relações juridicas transmissíveis mortis causa que se considera um
dos sucessíveis anteriormente indicado para suceder verificando-se
determinados pressupostos.
A devolução sucessória: é sensivelmente o mesmo que a vocação
sucessória. Ambos os conceitos na verdade traduzem a realidade do
chamamento de alguém a sucessão. Só que essa realidade pode
encarar-se tanto de um ponto de vista subjectivo (isto é do ponto de
vista da pessoa a chamada a suceder) como do ponto de vista
objectivo (isto é do ponto de vista da posição juridica em que se
sucede).

Podemos assim entender a devolução sucessória como a atribuição


ao chamado de uma determinada posição juridica integrada por certo
conjunto de diteitos e obrigações, justamente aqueles dtos e
obrigações transmissíveis mortis causa de que era titular o de cujus
no momento da sua morte.

2. OS TÍTULOS DESIGNATIVOS
Os títulos designativos encontam-se enunciados no art. 2026.º que
tem a epigrafe titulos de vocação sucessória, aí se estabelece que a
sucessão é deferida por lei, testamento ou contrato.

O facto designativo legal pode ser uma situação familiar ou uma


relação de soberania, é o que se verifica nas sucessões legitimária e
legítima, que constituem as duas modalidades de sucesão legal.

Pode por outro lado, a designação sucessória advir de negócio


jurídico, um testamento ou contrato.

3. A HIERARQUIA DOS TÍTULOS

A sucessão opera em obediência a certas regras, no confronto entre


a vontade do autor da sucessão e os imperativos da lei. Sendo a
regulamentação do fenómeno sucessório uma necessidade social de
particular importância a lei tem empenho nisso por isso designa
assim várias pessoas para suceder, estabelecendo assim um quadro
de sucessíveis cfr art. 2133.º. pode por outro acontecer que o autor
da sucessão designe os seus proprios sucessíveis em testamento.
Temos assim não apenas uma, mas varias pessoas designadas para
sucender. Uma pessoa pode fazer testamento, ao mesmo tempo
pode ter filhos, irmãos ou outros parentes. Designados para lhe
sucederem são os herdeiros instituídos ou os legatários nomeados
em testamento, mas são-no tambem os familiares, enfim todos os
herdeiros legítimos mencionados no artigo 2133.º CC.

Temos então que existe uma hierarquia entre as designações


sucessórias:
1- Em primeiro lugar e dentro da medida de cada legítima
subjectiva surgem-nos os herdeiros legitimários, sao no nosso
ordenamento jurídico os descendentes e os ascendentes vide
art. 2157.º aqueles antes destes. Os legitimários preferem aos
testamentários nos termos do art. 2027.º por interpretação
extensiva. Essa hierarquia resulta de algum esforço de
interpretação das disposições legais. É assim que a
designaçao sucessão legitimária prevalece sobre qualquer
outra cfr, arts. 2156.º, 2162.º, 2168.º e 2171.º.

A designação sucessoria legitimaria prevalece nomeadamente


sobre a desinação sucessoria contratual, cfr art. 1705.º nº 3 e
1759.º embora revogados. Ademais esta sobrepõe-se a
designaçao sucessoria testamentaria, art. 1701 nº 1 prima par,
e 2311.º e ss. A qual por sua vez afasta a designação
(sucessão) legítima nos termos do art. 2131.º

Deve notar-se que esta prevalencia ou hierarquização das


modalidades de designação entre si nao significa que se excluem em
absoluto.
Presspostos da vocação sucessória: prevalência da designação;
existencia do chamado; capacidade sucessória.
5ª AULA: A CAPACIDADE SUCESSÓRIA-2033.º
É Um pressuposto da Vocação, a Capacidade Sucessória, ela
consiste na idoneidade para se ser destinatário de uma determinada
vocação sucessoria ou ainda da aptidão para se ser chamado a
suceder, como herdeiro ou legatário.
A capacidade é a regra e a incapacidade a excepção, a regra está
definida no art. 2033.º, as incapacidades estão previstas nos arts
2034,º e ss, que estabelece a regra geral da incapacidade por
indignidade e nos arts 2166.º e 2167.º, a incapacidade por
deserdação.

A nossa lei define deste modo a indignidade e a deserdação como


formas de incapacidade sucessória. Assegura-o o art. 2034,º em
relação a indignidade, onde se enumeram as causas da indgnidade
como forma de incapacidade. E o art. 2166,º em relação a
deserdação.

Fundamentos e Causas da indignidade


As indignidades são situações que decorrem de um acto ilicito
praticado por um sucessível contra o autor da sucessão, e isto faz a
lei reagir estabelecendo como sanção a indignidade, de modo afastar
o sucessível ou invitar que o acto ilicito se torne lucrativo para aquele
que o praticou.

Causas:
a) Condenado como autor ou cmplice de homicidio doloso ainda
que não consumado, contra o autor da sucessão;

b) Condenado por denuncia caluniosa ou falso testemunha;

c) O que por meio de dolo ou coação induzir o autor da sucessao


a fazer, revogar, ou modificar o testamento ou disso o impediu;

d) O que dolosamente subtraiu, ocultou, inutilizou, falsificou ou


suprimiuo testamento antes ou depois da morte do autor da
sucessão; vide, 2034.º
Incapacidade Por Deserdação
A deserdação é outra forma de incapacidade sucessoria, encontra-
se regulada nos arts. 2166.º e 2167.º, a deserdação é no texto da lei
um acto atraves do qual o autor da sucessão priva da legitima um
herdeiro legitimário.
Contudo nos termos do art. 2167.º admite-se a acção de impugnação
com fundamento na inexistencia da causa invocada, acção esta que
caduca ao fim de 2 anos a contar da da abertura do testamento.
Significa isto que o legitimario pode nos limites do prazo estabelecido
impugnar judicialmente a deserdação.

TPC:
Quais são os efeitos da indignidade?
Fale sobre a reabilitação do indigno

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