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- Compete ao Direito das Sucessões regular o destino, depois da morte de uma pessoa,
dos seus direitos e obrigações que subsistem para além dessa morte.
Quanto à sua origem, a sucessão pode ser classificada como legítima ou testamentária
(art.1.786, CC).
MORTE REAL
Atualmente, a morte é determinada pela “cessação irreversível de todas as funções do
encéfalo, incluindo o tronco encefálico, onde se situam as estruturas responsáveis pela
manutenção dos processos vitais autônomos, como a pressão arterial e a função
respiratória”.
Importante destacar que a morte rela será atestada por médico, que declarará a causa
e o momento do falecimento, levados em conta na lavratura do registro de óbito junto
ao cartório civil.
MORTE PRESUMIDA
Quando o desaparecimento de alguém tenha ocorrido em determinados
circunstâncias que não permitam duvidar de sua morte, apesar de não ter sido possível
encontrar ou identificar seu cadáver, considera-se, para fins jurídicos, a pessoa natural
falecida. Trata-se de morte presumida.
Importante destacar que a morte presumida resultará sempre de um provimento
judicial, iniciado por qualquer interessado na constatação do evento, por exemplo,
esposa, companheira, pais, filhos, credores.
Presume-se a morte do ausente depois de transcorridos dez anos do trânsito em
julgado da sentença que concede a abertura da sucessão provisória ou após o
transcurso de cinco anos das últimas notícias do ausente, quando este já contar com
mais de oitenta anos.
A morte presumida poderá ser declarada, sem a decretação de ausência, quando for
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida, como nas
situações de pessoa desaparecida em virtude de naufrágio, de acidente aéreo ou de
catástrofes naturais muito graves (art. 7º, I, CC). Poderá também ser declarada a morte
presumida, sem decretação de ausência, quando alguém, desaparecido em campanha
ou feito de prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
ABERTURA DA SUCESSÃO
“Direito de herdar”
Chama-se delação a colocação da herança à disposição de quem possa adquiri-la,
enquanto aquisição designa a incorporação do acervo hereditário no patrimônio dos
herdeiros.
Morto o autor da herança, esta é transferida de pleno direito e imediatamente aos
sucessores.
Sublinha-se que os herdeiros se tornam titulares dos direitos, mas também das
obrigações que pertenciam ao falecido, limitando-se, contundo, a responsabilidade
pelas dívidas ao ativo hereditário (art. 1.792,CC). Importa ressaltar que a herança será
deferida aos sucessores como bem imóvel e indivisível, sendo regulada pelas normas
relativas ao condomínio até sua partilha (art.1.791, CC).
INDIGNIDADE
A indignação é uma penalidade, consistente na extinção do direito hereditário,
aplicada ao sucessor que comete ato ofensivo contra o autor da herança ou seus
familiares.
Pode ser considerado indigno o herdeiro ou legatário que houver sido autor, coator ou
partícipe de homicídio doloso, ou tentado, contra o autor da herança, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente.