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DIREITO DAS SUCESSÕES

Abertura da Sucessão
Conceito: conjunto de regra que disciplinam a transferência dos bens/herança do
morto para os herdeiros.
. Quem são os herdeiros? Descendentes e ascendentes. Proximidade por grau de
parentesco.
Direito Relação de Parentesco (4)
de Regime de Bens (5)
Família Filiação (parentesco)

Herança: conjunto de bens


Obs.: relembrar a parte geral sobre as classificações dos bens. São eles: móveis,
imóveis, individuais (singulares) ou coletivos; fungíveis e infungíveis; divisíveis e
indivisíveis, materiais e imateriais; consumíveis e inconsumíveis (valor econômico e
função social)
A partilha pode ser judicial e extrajudicial. Fazer no cartório é mais rápido e econômico.

1 INTRODUÇÃO
2 SIGNIFICADO DE SUCESSÃO
2.1. Amplo –
Compreende qualquer espécie (ex: doação, depósito, pose direta)
2.2. Restrito –
Transferência do patrimônio do morto para os seus herdeiros.
3 DA ABERTURA DA SUCESSÃO
3.1 DA ABERTURA MORTE DO AUTOR DA HERANÇA
A abertura morte e/ou sucessão é o evento morte, ou seja, ocorrerá a abertura de
sucessão com o falecimento do indivíduo.
Dessa forma, a sucessão hereditária ocorrerá com o falecimento do titular (de cujus)
do patrimônio, sendo essa pessoa física e natural.
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-
se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a
abertura de sucessão definitiva.
A abertura da sucessão transmite a posse e a propriedade dos bens do falecido aos
herdeiros legítimos e testamentários, de modo automático e imediato, independente
da abertura do inventário. A lei que determina a capacidade sucessória passiva é a lei
em vigor no tempo da abertura da sucessão.
3.2 EFEITOS
A) Vigência da Lei
B) O Herdeiro que Sobrevive o “de cujus”por instantes, herda a Herança.
C) No Domicílio do Autor (Último)
4 Espécies de Sucessão
Se tem a Legal/Legítima e a Testamentária
4.1 Quanto à Fonte
A) Legítima
Definida por lei. Essa sucessão ocorre na falta de testamento
Presume-se a vontade do falecido, ao designar como herdeiros seguindo a ordem de
vocação hereditária.
Conforme previsão do CC, os herdeiros são:
 descendente
 ascendentes
 cônjuge ou companheiro
Na falta de um deles acima, os herdeiros colaterais até o 4° grau
B) Testamentária
Advinda da disposição de última vontade do “de cujus” (como um testamento),
seguindo, portanto, a divisão neles prevista.
Se dá:
 Título Universal: o herdeiro é chamado para suceder na totalidade da herança,
fração ou parte dela, assumindo a responsabilidade relativamente ao passivo.
Ocorre na legítima e na testamentária.
 Título Singular: o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado
(legado). Entretanto, não responde pelas dívidas da herança.
C) Contratual
Conhecido como pactos sucessórios, não são permitidos no CC, portanto, não se
admite a sucessão contratual porque vedado o negócio jurídico sobre herança de
pessoa viva.
D) Anômala
Disciplinada por normas próprias, não observando a ordem da vocação hereditária
estabelecida no artigo 1.829.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente,
salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal,
ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou
se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver
deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz,


vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão
parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação,
optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma,
reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto
antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.

4.2. Quanto aos Efeitos


A) Título Universal
O herdeiro é chamado para suceder na totalidade da herança, fração ou parte dela,
assumindo a responsabilidade relativamente ao passivo. Ocorre tanto na legítima
quanto na testamentária.
B) " Singular
O testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado. O herdeiro não
responde pelas dívidas da herança.

5 ESPÉCIES DE HERDEIROS
5.1. Legítimo (ARTIGO 1829)
São aqueles que, por lei, têm o direito de herdara herança. Os herdeiros necessários,
que incluem cônjuge, ascendentes e descendentes, além dos herdeiros facultativos.
Mesmo que o falecido queira favorecer outras pessoas, os herdeiros legítimos terão
sempre o direito à sua parte da herança, conhecida como quota legítima.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide
Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº
878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente,
salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal,
ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou
se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver
deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

5.2. Instituído OU Testamentário


Considerado uma pessoa física ou jurídica que a pessoa falecida deixou o seu
patrimônio através de um testamento. Ou seja, os herdeiros testamentários só existem
na hipótese de ter um testamento.
5.3. Necessário (ARTIGO 1845)
Uma pessoa que tem o direito de receber parte do patrimônio deixado por algum
parente próximo ao falecido, independente do testamento.
São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge do falecido.
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e
o cônjuge.
5.4. Universal
Também denominado de sucessor universal. É o herdeiro que recebe a totalidade dos
bens hereditários, o qual pode ocorrer em razão da lei, pelo motivo de renúncia dos
demais herdeiros ou ainda por força do testamento.

Princípio do Sisine
Estabelece que os bens e direitos de um falecido transmitem-se imediatamente a seus
herdeiros no momento da morte, mesmo que ainda não tenha sido inventário e
partilha.

Obs: o morto também pode ser chamado de de cujus (daquela cuja sucessão se trata),
finado, falecido, autor da herança.
HERANÇA E SUA ADMINISTRAÇÃO

1) Introdução
Quem administra a herança pós mortem?
A lei diz que a administração da herança deve ser exercida pelo cônjuge ou
companheiro; pelo herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, se
houver mais de um nessas condições o mais velho; pelo testamenteiro; ou na
falta desses, ou por motivo grave, por pessoa de confiança do juiz.
2) Herança
Bem imóvel para efeitos legais (artigo 80)
A herança é considerada bem imóvel pela lei, mesmo que seja composta
apenas de bens móveis. Isso significa que é necessário a participação do
cônjuge na cessão de direitos hereditários, salvo no regime de separação
obrigatória. Além disso, a herança não pode ser fracionada ou alienada
esparsamente, para proteger o interesse dos herdeiros .
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.

2.1 – Indivisibilidade da herança


Estabelece que nenhum herdeiro terá posse exclusiva sobre um bem certo e
determinado da herança, já que todos são condôminos entre si, enquanto não
houver partilha.
A herança é considerada uma universalidade, e somente após a partilha serão
determinados quais bens correspondem a cada herdeiro. O princípio veda a
alienação, por herdeiro, de coisa singularmente considerada do patrimônio a
ser inventariado.
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda
que vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros,
quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e
regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.

2.2 – Universalidade de bens


Definida como a pluralidade de bens singulares que, pertencentes à mesma
pessoa, têm destinação unitária.
Os bens que formam essa universalidade podem ser objetos de relações
jurídicas próprias.
Uma herança, que é uma universalidade de direito, pois é um conjunto de
direitos e obrigações que se transmite aos herdeiros.

2.3 – É um todo. Unitário


2.4 – Regras de Condomínio
3) Responsabilidade dos herdeiros (artigo 1792)
O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança. A
herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só
respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe
coube. A responsabilidade dos herdeiros sobre os bens sucessão de bens se dá no
momento da morte, ou seja, mesmo sem abertura de procedimento de
arrolamento/inventário, a justiça trata os bens, para todos os efeitos legais, como se
tivessem sido passados automaticamente aos herdeiros. A responsabilidade dos
herdeiros é limitada ao valor do patrimônio herdado. 
Feita a partilha, cada herdeiro responde pelas dívidas do falecido dentro das
forças da herança e na proporção da parte que lhe coube. Os herdeiros respondem não
necessariamente e só com os bens herdados, podendo, até àquela proporção, ser
penhorados quaisquer bens do seu património.
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às
forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo
se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens
herdados.
3) Administração da herança (artigo 1797)
O administrador da herança é chamado de inventariante e é o responsável por
representar e gerir os bens do falecido até a partilha. A lei diz que o
inventariante pode o cônjuge ou companheiro, o herdeiro mais velho que
estiver na posse dos bens, o testamenteiro ou uma pessoa de confiança do juiz.
I – Cônjuge ou companheiro
II – Herdeiro/posse
III – Testamento
IV – Pessoa de confiança de Juiz
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração
da herança caberá, sucessivamente:
I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao
tempo da abertura da sucessão;
II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e,
se houver mais de um nessas condições, ao mais velho;
III - ao testamenteiro;
IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das
indicadas nos incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser
afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.

Obs: Artigo 1788, morte sem testamento, herdeiros necessários (artigo 1789)
Estabelece que, em caso de morte de uma pessoa sem testamento, a herança será
transmitida aos herdeiros legítimos. O mesmo ocorrerá com os bens que não forem
compreendidos no testamento.  A sucessão legítima subsistirá se o testamento caducar
ou for julgado nulo.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a
herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos
bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a
sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
Se uma pessoa morre sem deixar testamento, a herança será dividida seguindo a
ordem sucessória estabelecida pelo Código Civil. Os primeiros a serem chamados são
os descendentes (filhos, netos e bisnetos) e o cônjuge do falecido. Se não houver
descendentes, os próximos a serem chamados serão os pais junto com o cônjuge.
Herdeiros necessários são aqueles que têm direito a uma parte da herança de uma
pessoa falecida, independentemente de ela ter deixado ou não um testamento
Entre os herdeiros que têm o direito a parte legítima da herança, estão:
 Ascendentes: país, avós, bisavós, etc.
 Descendentes: filhos, netos, bisnetos, etc.
 Cônjuge: companheiro ou companheira da pessoa falecida.

Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor


da metade da herança.

Herança – parte disponível 50%


A herança disponível é aquela que o falecido pode dispor livremente através de
testamento. Ou seja, é a parte da herança que não está sujeita às regras de sucessão
estabelecidas por lei e que pode ser distribuída de acordo com a vontade do testador.
Parte legítima – 50%
A parte legítima equivale a 50% dos bens do testador, do qual os herdeiros necessários
não podem ser privados. O cálculo da parte legítima é realizado no momento de
abertura da sucessão. Este percentual é calculado sobre a herança líquida, ou seja,
após a quitação das dívidas e as despesas com o funeral.
Meação, direito próprio não é herança.
Não se pode confundir o direito de meação com o direito à herança, pois na meação os
bens já pertencem ao cônjuge sobrevivo, enquanto na sucessão os bens pertencem ao
de cujus estes são atribuídos a título de herança para os herdeiros assim legitimados.
Meação é um direito decorrente do regime de bens adotado durante o casamento ou
união estável, e não se confunde com a herança, que é um direito sucessório.
VOCAÇÃO HEREDITÁRIO
1) Introdução – legitimação para ser herdeiro
Os nascituros possuem vocação hereditária, ou seja, podem ser chamados a
suceder tanto na sucessão legítima como na testamentária, ficando a eficácia
da vocação dependente do seu nascimento.
Art. 1.799 – Código Civil: Na sucessão testamentária podem
ainda ser chamado a suceder:
I – os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo
testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II – as pessoas jurídicas;
III – as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo
testador sob a forma de fundação.
Pode-se notar a exceção a partir do inciso I, que permite que os filhos não
concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, e vivas ao abrir-se a sucessão,
venham a recolher a herança.

2) Na sucessão legítima
2.1 – Pessoas vivas na abertura da sucessão
2.2 – Pessoas já concebidas
3) Na sucessão testamentária – artigo 1799
Art. 1.799 – Código Civil: Na sucessão testamentária podem
ainda ser chamado a suceder:
I – os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo
testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II – as pessoas jurídicas;
III – as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo
testador sob a forma de fundação.

3.1 – Filhos ainda não concebidos


3.3 – Pessoas Jurídicas
3.3 – “ (fundação)
4) Artigo 1800. Curador nomeado pelo juiz
Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da
herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador
nomeado pelo juiz.
§ 1° Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela
caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro,
e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775.
§ 2° Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim
nomeado, regem-se pelas disposições concernentes à curatela
dos incapazes, no que couber.
§ 3° Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida
a sucessão, com os frutos e rendimentos relativos à deixa, a
partir da morte do testador.
§ 4° Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não
for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo
disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros
legítimos.

Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado


judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando
interdito.
§1° Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai
ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar
mais apto.
§ 2° Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos
mais remotos.
§ 3° Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao
juiz a escolha do curador.
Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com
deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a
mais de uma pessoa.

4) Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários (artigo 1801)

A pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou


companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos.
As testemunhas do testamento.
O concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado
de fato do cônjuge há mais de cinco anos.
Existem algumas pessoas que não podem ser nomeadas herdeiros ou
legatários, como por exemplo:

 Os que foram autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou


tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente (art. 1.814 do Código Civil);

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:


I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de
homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja
sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou
descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da
herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu
cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou
obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens
por ato de última vontade.

 Os que acusaram caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorreram


em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro (art. 1.815 do
Código Civil);

A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade,


será declarada por sentença. Aqui está uma diferença entre indignidade e
deserdação. Na primeira suposição podem ser excluídos os herdeiros e os
legatários; na segunda, porém, somente os herdeiros e, mais precisamente, os
necessários.

Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer


desses casos de indignidade, será declarada por sentença.
§ 1° O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário
extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão.
§ 2° Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público
tem legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou
legatário.

 Os que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da


herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade (art.
1.816 do Código Civil);

Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes


do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da
abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao
usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores
couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.

 Os que, por meio de coação, induzirem o testador a fazer, revogar ou modificar


o testamento (art. 1.969 do Código Civil).

O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser
feito.

Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e


forma como pode ser feito.
5) Nulidade da disposição testamentária (artigo 1802)

Erros, dolo e coação


A disposição poderá ser anulada num prazo de quatro anos, contados do
momento que o interessado tiver conhecimentos dos fatos. A anulação de uma
disposição, não prejudicará o testamento inteiro.
Incapacidade do testador –
Art. 1. 861. A incapacidade superveniente do testador não
invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida
com a superveniência da capacidade.
Impossibilidade ou ilicitude do objeto
Segundo o artigo 104 do Código Civil, um dos requisitos de validade de
qualquer negócio jurídico é a licitude, possibilidade e determinação do seu
objeto. Isso significa que o testador não pode dispor de bens que não lhe
pertençam, que sejam inalienáveis ou que violem a lei ou a moral. Se isso
ocorrer, o testamento será nulo e não produzirá efeitos.
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Inobservância da forma prescrita em lei


Designação expressa em lei
Ter sido elaborado sob condição captatória
Referir-se a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar
A disposição poderá ser anulada num prazo de quatro anos, contados do
momento que o interessado tiver conhecimentos dos fatos
A anulação de uma disposição, não prejudicará o testamento inteiro

Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de


pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob
a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta
pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os
ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou
companheiro do não legitimado a suceder.

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