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DIREITO DAS SUCESSÕES

I) Antecedentes históricos:

- A sucessão mortis causa, objeto do direito das sucessões, tem sua origem conexa aos direitos
familiares, como modo de perpetuação das próprias famílias.

- Na Roma antiga, a finalidade da sucessão hereditária era a de assegurar a continuação do


mesmo grupo familiar sobre os bens. A posse e a propriedade continuavam inalteráveis depois da
morte do chefe do grupo (pater famílias). Apenas mudava a pessoa do administrador da fortuna
doméstica.

- O sucessor, na qualidade de perpetuador do grupo familiar, tornava-se titular da


totalidade do patrimônio do de cujus.

- A sucessão testamentária surge diante da ausência de descendentes. Nesse caso a família


poderia extinguir-se com a morte do pater famílias. Se assim o fosse, o culto dos deuses lares
(antepassados) não subsistiria e, com isso, deixaria de existir a própria família.

- Na idade moderna, conjugando-se a tradição germânica da propriedade familiar e a


sucessão testamentária romana, passaram a coexistir a sucessão legal ou legitima e a sucessão
testamentária. Esse sistema foi adotado pelo CC16 e permanece em vigor até hoje no Brasil.

II) Conceito:

- A palavra “suceder” tem o sentido genérico de virem os fatos e fenômenos jurídicos uns
depois dos outros. Sucessão é a respectiva seqüência.

- No vocábulo jurídico, toma-se a palavra na acepção própria de uma pessoa inserir-se na


titularidade de uma relação jurídica que lhe advém de outra pessoa, ocorrendo a transferência de
direitos (sub-rogação).

- Diz-se sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas à titularidade das relações jurídicas
patrimoniais de uma pessoa falecida e a consequente devolução dos bens que a esta pertenciam
(vide art. 2024 do CC português);

III) Fundamento do direito sucessório:

- O direito sucessório constitui-se em ramo do direito civil-constitucional a enfeixar um


conjunto de regras de ordem pública, imperativas, bem como, em menor proporção, de regras
dispositivas (supletivas da vontade).

- Encontra fundamento na vontade do legislador (vontade presumida do hereditando em


amparar o núcleo familiar) e na liberdade de dispor do patrimônio acumulado em vida.

a) - Sucessão hereditária em sentido objetivo: Apresenta-se como o patrimônio transmitido pela


morte real ou presumida do autor da herança aos seus sucessores (universalidade de bens, direitos
e obrigações). A esse patrimônio dá-se o nome de herança, acervo hereditário, monte
hereditário, monte mor, monte partível ou acervo comum.

- O direito de herança é considerado direito fundamental (art. 5º, XXX da CRFB 88),
constituindo-se em cláusula pétrea. Só se admite sua entrega ao Poder Público se não for
reconhecida a existência de vocacionados a receberem-no (arts. 1819 e 1844 do CCB).
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- Natureza jurídica da herança: Universalidade de direito (universitas iuris – artigo 91 do CCB).
A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os seus herdeiros (art. 1791 do
CCB), sendo considerada bem imóvel para efeitos legais (artigo 80, II do CCB).

- Incluem-se na herança: bens imóveis (e seus respectivos compromissos de compra e venda e


cessões), direitos possessórios, quantias em dinheiros (inclusive em moeda estrangeira), aplicações
financeiras (CDB, poupança, ações, quotas em sociedades, títulos do tesouro, etc.), créditos e
débitos em geral (inclusive os oriundos de relação decorrente de cargo, emprego ou função) e os
direitos de autor.

- O que será distribuído entre os sucessores não é a herança bruta e sim a herança líquida
(bens, direitos e créditos, menos os débitos e as dívidas de funeral – ver artigo 1998 do CCB). Pode
assim ocorrer o fenômeno conhecido como herança negativa, gerador do que se convencionou
denominar inventário negativo (arts. 19 e 20 do CPC – ação declaratória).

- Casos especiais:

• VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): Tecnicamente é um seguro de vida. O dinheiro


correspondente deve ser disponibilizado ao beneficiário indicado no contrato, sem entrar
no inventário ou partilha de bens. Entretanto tal prática não pode ser utilizada para burlar os
direitos de herdeiros legítimos necessários (arts. 1845/1846 do CCB), em especial quando
ocorre a alienação de bens e sua transformação em tais espécies, em favor de algum ou
alguns poucos beneficiários, herdeiros ou não do estipulante;

• Seguro de vida: No caso de seguro de vida o filho confere (arts. 2002 e ss.) as prestações ou
anuidades com que a favor dele entrou o progenitor. Foram estas quantias que saíram do
patrimônio do ascendente em proveito do descendente. Não o prêmio pago pela
companhia. Esse o beneficiário recebe iure próprio (vide artigo 794 do CCB);

• Arquivos digitais: Desde que valorados economicamente são passíveis de serem herdados
nos moldes da legislação em vigor (ex. e-books, músicas e softwares, aplicativos, jogos e
cursos on line), salvo manifestação de vontade contrária do seu titular. A mesma regra deve
se dar em relação a tudo aquilo que está em aberto nas redes sociais, fotos, mensagens e
vídeos públicos, que foram compartilhados sem restrição. Constituem herança digital.
Conversas em redes sociais e troca de e-mails que compõem a esfera da
intimidade/privacidade não devem ser passíveis de serem herdadas, haja vista que se
enquadram no campo dos direitos da personalidade, salvo se contarem com expressa
anuência do titular. Quando se tratar de menor de 16 anos, pessoa incapaz de testar ou de
realizar sozinho atos da vida civil (arts. 1857 e 1860), qualquer herdeiro poderá solicitar em
juízo a não destruição do conteúdo digital do falecido e a respectiva determinação de
entrega aos sucessores vocacionados, ficando a critério do Juiz a análise do pleito (posição
doutrinária de Luiz Paulo Vieira de Carvalho);

• Alienação onerosa de parte ou totalidade do patrimônio formado de bens situados no Brasil


e/ou no exterior e criação de um “Trust” (administrado por um curador para o benefício de
alguém ou finalidade específica). Determinação de que por ocasião da morte se transfira
esse patrimônio a favor de apenas um ou alguns dos herdeiros necessários, ou mesmo
a favor de um estranho à sucessão hereditária. Validade. Correntes:

- 1ª) Em regra a lei que rege a sucessão no espaço é a do domicílio do testador (art. 10, caput da Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), cabendo tão só ao juiz brasileiro realizar o inventário
e a partilha de bens situados no Brasil (art. 23 do CPC). Entretanto, em caso de ocorrer fraude a
legítima dos herdeiros, pode o Juiz determinar, para fins de cálculo da legítima, a inclusão de
todos os bens, situados no Brasil e no exterior (ver artigo 618 do CPC e 1771 do CCB – Ver A.I N.º
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55.17/97 – 8ª Câmara Cível do TJRJ e REsp 275.985/SP, 4ª Turma do STJ). Os bens situados no
exterior, entretanto, devem ser partilhados pela autoridade do país onde se localizam;

- 2ª) Partilhados os bens deixados em herança no estrangeiro, segundo a lei sucessória da situação,
descabe a justiça brasileira computá-los na quota hereditária a ser partilhada no país em detrimento
do princípio da pluralidade dos juízos sucessórios (ver REsp 397.769 – 3ª Turma do STJ).

• Transmissibilidade dos alimentos em sede sucessória: A matéria é atualmente disciplinada


pelo artigo 1700 do CCB (a obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do
devedor na forma do artigo 1694). O STJ pacificou, acerca do tema, o entendimento de que
cabível a pretensão alimentar em face do espólio do devedor quando, antes da abertura da
sucessão, esteja comprovado acordo ou condenação alimentar ente o credor e o agora ex-
devedor dos alimentos, seja no que diz respeito a parcelas vencidas, como também em
relação as parcelas vincendas (muito embora exista julgado constante do REsp 1354693, de
26/11/2014, no sentido de que cabe ao espólio recolher tão somente as parcelas vencidas e
não pagas até a data do óbito). De qualquer forma, seja qual for o entendimento, o limite é o
disposto no artigo 1792 do CCB;

- A herança ou espólio, nos termos do artigo 75, VII do CPC, é uma pessoa formal (ente
despersonalizado portador de capacidade jurídica), podendo estar representado pelo
administrador provisório (art. 1797 do CCB) ou pelo inventariante (artigos 617 a 619 do CPC).

- Bens intransmissíveis por herança: Direitos personalíssimos (v.g direitos da personalidade,


honra, imagem, intimidade, privacidade, recato, etc.), direitos políticos, alguns direitos reais
menores (usufruto, uso e habitação), poder familiar, tutela e curatela, direito potestativo de
investigar a paternidade ou maternidade, salvo se o filho investigante morrer menor ou
incapaz (art. 1606 do CCB), direito a cargo ou função, direito de revogar a doação por
ingratidão do donatário (art. 560 do CCB), salvo na hipótese do art. 561 do CCB; o direito de
prelação (art. 520 do CCB), obrigações personalíssimas (art. 247 do CCB), indenização por
seguro de vida (art. 794 do CCB), etc.

- Situações excepcionais:

• Quando alguém é ofendido moralmente em vida e ajuíza a pretensão compensatória: tal qual
ocorre em relação ao dano patrimonial, vindo o autor a falecer no curso da demanda e sendo
esta vitoriosa, o crédito daí decorrente fará parte da herança do ofendido. Pode ocorrer,
ainda, a sucessão processual (art. 110 do CPC);

• Mesmo não tendo sido ajuizada a ação reparatória, o conteúdo patrimonial da ofensa moral à
personalidade do falecido transfere-se aos seus sucessores, por integrarem a herança como
crédito do espólio (direito eminentemente obrigacional – art. 943 do CPC). Transfere-se o
direito à indenização por dano moral e não o próprio dano moral (carecerá de prova de sua
ocorrência). Tese controvertida na jurisprudência. Ver em sentido positivo o REsp 978.651
da 1ª Turma do E. STJ. No mesmo caminho o Enunciado 454 da V Jornada de Direito Civil
CEJ/JF-STJ. A legitimação indenizatória, nesse caso, caberá ao espólio;

• Na parte geral temos o disposto nos artigos 12 e 20 do CCB (medidas acautelatórias e/ou
reparatórias em face daqueles que venham a ofender a memória do falecido – a projeção da
personalidade se espraia para além da vida, merecendo proteção jurídica);

• Temos ainda a possibilidade de ajuizamento de pretensão reparatória pelos herdeiros do


falecido em nome próprio, no sentido da obtenção de verba concernente ao dano material e
moral advindo da morte do autor da herança (dano reflexo ou ricochete), nos termos do
artigo 948, incisos I e II do CCB.
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b) - Sucessão hereditária em sentido subjetivo: Direito de recolher a herança (quem serão os


sucessores legais e/ou testamentários do falecido). Herdeiros legais ou legítimos (arts. 1790 e 1829),
legitimários (arts. 1845 e 1846) ou facultativos, e testamentários (art. 1857). Sobre o companheiro
sobrevivente ver Res 646721 e 878694)

- Herança e Meação: Não se confundem. A meação está vinculada ao regime patrimonial de


bens dos consortes/conviventes. A herança regula-se pelo direito das sucessões. Os encargos
fiscais aplicam-se somente a herança. Em alguns casos o cônjuge/convivente além de ser meeiro
também será herdeiro.

- Designação sucessória e vocação hereditária: A primeira ocorre antes da abertura da


sucessão, podendo ser definida como a indicação de sucessível(eis) por força de lei (art. 1829 do
CCB) ou da vontade (testamento ou codicilo). Aqui ainda estamos no plano da expectativa de
direitos (gozam da possibilidade de suceder, mas ainda não sucederam).

- A designação é naturalmente instável, sujeita a modificações (v.g morte do herdeiro antes do


autor da herança, revogação do testamento, etc.). Com a morte do hereditando a designação torna-
se imutável, convertendo-se em vocação hereditária. Pode a vocação hereditária ser definida,
assim, como o chamamento à sucessão no momento da morte do de cujus, do titular da designação
sucessória prevalente. Para a vocação se aperfeiçoar em definitivo o sucessor deve sobreviver ao de
cujus (princípio da coexistência, previsto no art. 1798 do CCB) e ter legitimação passiva para
recolher o direito sucessório (ex. não ser indigno ou deserdado).

IV) Modalidades de Sucessão:

a) Conforme a sua extensão: SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL e a TÍTULO SINGULAR.

b) A Sucessão pode ocorrer por ATO DE VONTADE (Testamentária) ou POR DETERMINAÇÃO


DA LEI (Legal ou legítima).

- A sucessão legítima ou legal é a herança deferida às pessoas designadas na lei. Ocorre mais
comumente quando o autor da herança morre ab intestato.

- Princípio da sobra (art. 1788 do CCB): Na falta de testamento, no todo ou em parte, havendo
remanescente patrimonial, recolherão a herança os sucessores legítimos do falecido. O mesmo
acontece nos termos do art. 1966 do CCB.

- Regra básica: A classe e o grau de herdeiros mais próximos excluem os herdeiros mais
remotos, salvo na eventualidade de ocorrer direito de representação (arts. 1851 e ss. do CCB).

- A sucessão legítima ou legal é o gênero, enquanto a sucessão legitimária uma das espécies
(vide arts. 1845 e ss. do CCB).

- A sucessão legal e a legítima não são formas excludentes entre si, podendo coexistir na
mesma herança (sucessão mista).

c) Pode ainda verificar-se em vida – INTER VIVOS – ou pela morte – CAUSA MORTIS.

- A primeira ocorre no campo do direito das obrigações, do direito das coisas, do direito de
família, etc. Em regra tem sua fonte nos negócios jurídicos (contratos em geral). A segunda tem por
causa a morte da pessoal física ou natural.

- Segundo Beviláqua, a sucessão causa mortis é “a transmissão dos direitos e obrigações de


uma pessoa morta à outra sobreviva, por virtude da lei ou da vontade expressa do transmissor”.
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- Como se denomina a pessoa do transmissor: morto, falecido, prefalecido, defunto, autor da


herança, inventariado, hereditando, transmitente de cuius, de cujo(s), entre outras denominações.

- Como se denomina a pessoa que irá receber os bens: herdeiros (legais ou testamentários) e
legatários.

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