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DA SUCESSÃO EM GERAL
3ª fase: a contemporaneidade:
Direito francês (século XVIII) : le mort saisit le vif- o morto dá posse ao vivo
-Propósito: res derelicta (coisa abandonada) e res nullius (coisa sem dono)
-Os beneficiados:
Os legatários - são sucessores mas não são herdeiros, uma vez que
recebem legado, ou seja, bem certo e determinado e não uma cota parte do
bem deixado pelo autor da herança. (art. 1923, § 1º, CC).
Hipóteses:
- Espécies de sucessores:
1. A aceitação da herança
• Exemplos:
Ex: Morre o pai de João. Este receberá a titulo de legítima (ovh) 20% da
herança. Todavia, o pai de João deixa em testamento a ele um carro. Desta
forma, João poderá, por ex., aceitar os 20% da herança (suc. a titulo
universal) e recusar a sucessão testamentária (legado- carro)
Exemplo: Morre o pai de João. Este receberá a titulo universal, pela ordem
de vocação hereditária, uma cota parte da herança (ex: 25 por cento) e
ainda foi beneficiado com outra cota parte deixada por seu pai em
testamento (ex: 10 por cento da herança). Sendo assim, João poderá
aceitar o patrimônio proveniente da legítima e recusar o patrimônio
proveniente da testamentária.
- As espécies de aceitação:
Expressa:
Por declaração escrita – escrito público ou particular ou ainda por termo nos autos.
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração
escrita; quando tácita, há
de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
Tácita
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração
escrita; quando tácita, há
de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do
finado, os meramente
conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da
herança, aos demais
coerdeiros.
2. A renúncia da herança
Agente capaz
- Espécies de renúncia:
IMPORTANTE!
- Efeitos da renúncia:
- Na sucessão testamentária:
Exemplo: Pedro falece e deixa três filhos. Um de seus filhos, Gustavo, possui
dois filhos, portanto, netos de Pedro. Se Gustavo recusar a herança de seu
pai, seus filhos, netos de Pedro, não poderão receber a parte que Gustavo
rejeitou. Isto porque, a cota parte recusada irá para os herdeiros da mesma
classe que Gustavo, ou seja, seus irmãos.
Exemplo: Pedro falece e deixa três filhos. Um de seus filhos, Gustavo, morre
antes de aceitar ou recusar a herança de seu pai. Mesmo Gustavo tendo mais
dois irmãos, o direito de aceitar ou recusar a herança passará aos filhos de
Gustavo, por direito de representação quanto à deliberação da herança.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o
coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
2º. Gláucia renuncia a sua quota a qual é recebida por Higor por direito de
acrescer.
Pergunta-se: esta quota recebida por Higor como direito de acrescer entra
na cessão de direitos hereditários que Higor celebrou em beneficio de X?
Art. 1793,§ 2º,CC - É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário
sobre qualquer bem da herança considerado singularmente.
Art. 1.794. O coerdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa
estranha à sucessão, se outro coerdeiro a quiser, tanto por tanto.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I — alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis (HERANÇA)
- QUESTÃO
João é casado com Renata e com ela teve três filhos durante o casamento que
perdurou até maio do corrente ano, momento em que João falece. Um dos filhos
de João deseja ceder seus direitos hereditários de forma onerosa para um de seus
irmãos. Todavia, é casado com Ana sob o regime da comunhão parcial de bens.
Diante disso, é possível afirmar que Ana deverá autorizar a cessão de direitos
hereditários a ser praticada pelo filho do autor da herança?
- RESPOSTA
Se consideramos a herança como bem imóvel conforme preceitua o art. 80, II, CC,
a depender do regime de bem haverá necessidade de autorização conjugal para
cessão de direitos hereditários, assemelhando tal situação com a que ocorre com
o art. 1647, I, CC que determina que exceto se os cônjuges forem casados sob o
regime da separação convencional de bens , haverá necessidade de outorga
conjugal para atos de alienação de bens imóveis. Sendo assim, este dispositivo
legal poderá também ser aplicado, pelos motivos acima expostos em caso de
cessão de direitos hereditários feita de forma onerosa ou gratuita.
Art. 1815. § 2º. Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem
legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário.
- Eventual sucessão indireta dos bens que o indigno fora excluído - impossibilidade
- Forma:
- Observação!
Recebe a deixa testamentária mas pode ser excluído quanto a legítima, se for
herdeiro necessário
(Sucessão testamentária)
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser
ordenada em testamento.
Aplicação analógica
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança
será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em
testamento, ou em outro ato autêntico. Parágrafo único. Não havendo reabilitação
expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador,
ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição
testamentária.
Perdão expresso – expressa menção ao perdão em testamento ou
escritura pública.
Perdão tácito – existência de testamento posterior sem inserir cláusula de
deserdação