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TRIBUTO

Conceito: Artigo 3º do CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Espécies de tributos:
Impostos: De competência privativa de cada ente, que tem por Fato Gerador uma
situação relativa ao contribuinte, independentemente de qualquer atividade estatal
específica (Art. 1).
Taxas: são tributos de competência comum e tem o seu fato gerador vinculado a uma
serviço público ou ao exercício do poder de polícia,

Contribuições de melhoria: à semelhança das taxas é um tributo de competência


comum, cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições. Sendo instituída para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado.
Emprestimo compulsório: é um tributo “sui generis” de competência exclusiva da
União, sendo instituído mediante lei complementar:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência; ou
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
 Imunidade tributária recíproca
Tem como finalidade impedir que um ente federativo exija o pagamento de
impostos sobre renda, patrimônio ou serviços de outro ente, encontrando sua
previsão no artigo 150, inciso VI, alínea “a” da CF. A imunidade recíproca decorre
do Princípio da Isonomia dos entes constitucionais, sendo expressão do pacto
federativo.
Destaca-se que essa limitação também se aplica às autarquias e fundações instituídas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (art. 150, parágrafo
segundo da CF).
 Imunidade tributária religiosa
Dispõe o artigo 150, inciso VI, alínea “b” da CF que é vedada a instituição de
impostos sobre templos de qualquer culto, estando esta garantia alinhada ao
princípio constitucional de liberdade religiosa
Segundo o STF (STF, RE 562.351), a maçonaria não está imune ao pagamento dos
impostos
 Imunidade tributária condicional
A imunidade condicional recai sobre partidos políticos, sindicatos dos trabalhadores,
entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos, tendo como finalidade
garantir o pluralismo político, a educação e a assistência social.
Dentre os requisitos exigidos no artigo 14 do CTN, para que seja aplicada a
imunidade condicional destacamos a necessidade “de manterem escrituração de
suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar
sua exatidão” (Art. 14, inciso III CTN).

 Imunidade tributária de imprensa


Dispõe o artigo 150, inciso VI, alínea “d” da CF que é vedada a instituição de
impostos sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão
(imunidade objetiva).
Tem como escopo a proteção da cultura e da liberdade de informação.
 Imunidade tributária musical
Segundo o artigo 150, inciso VI, alínea “e” da CF, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios a incidência de impostos sobre:
“Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas
por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a
laser”.
A imunidade musical tem como objetivo garantir a proteção à cultura e o
combate à pirataria. Assim como a imunidade de imprensa, esta também se trata
de uma imunidade objetiva, afastando apenas a incidência dos impostos reais sobre
os bens elencados no artigo.

PRINCÍPIOS

Princípio da Legalidade

1.O Art. 150 da Constituição Federal determina que a União, os estados e os municípios
não podem criar ou aumentar o valor de tributos sem uma lei específica que permita
isso.

Assim, o Princípio da Legalidade impossibilita a aplicação abusiva de tributos sem que


haja uma destinação clara, impedindo que o Poder Executivo arrecade tributos sem o
aval do Poder Legislativo, responsável pela criação da lei.
Ou seja, por meio dele, há maior transparência na forma com que os tributos são
arrecadados e direcionados.

2. Princípio da Isonomia Tributária

Previsto no Inciso II do Art. 150 da Constituição Federal, o Princípio da Isonomia


institui que não haja tratamento desigual entre os contribuintes, independentemente da
função profissional exercida, dos títulos ou dos direitos.

Isto é, pessoas em pé de igualdade não devem receber tratamento desigual.

3. Princípio da Irretroatividade

Este princípio dita que não é lícito cobrar impostos sobre uma atividade ocorrida no
passado, mesmo com lei específica de tributação sobre ela no presente.

Basicamente, uma pessoa não pode ser tributada por algo passado, em que não havia
legislação indicando recolhimento.

4. Princípio da Anterioridade

O Princípio da Anterioridade é responsável por proteger o contribuinte de arcar


automaticamente com um novo tributo, ou com o aumento de um já existente no
momento da sua criação, ou alteração.

5. Princípio do Não Confisco

Presente no Inciso IV do Art. 150, este princípio determina que o Estado não pode
utilizar a tributação para confiscar bens ou propriedades do contribuinte.

6. Princípio da Liberdade de Tráfego

O Princípio da Liberdade de Tráfego estabelece que não é permitido aplicar uma


tributação que limite o direito de ir e vir do contribuinte.

7. Princípio da Capacidade Contributiva

Previsto no Parágrafo 1º do Art. 145 da Constituição Federal, aponta que os tributos


devem ter caráter pessoal, considerando a capacidade econômica do contribuinte sempre
que possível.

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