Você está na página 1de 4

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO

NATASHA SANTOS DE CAMPOS - 8676314

IMUNIDADE RELIGIOSA IMUNIDADE PARTIDÁRIA


FUNDAMENTAÇÃO Art. 150, inciso VI, b - CF Art. 150, inciso VI, c - CF
Subjetiva, uma vez que visa Subjetiva, pois objetiva
proteger o exercício da atividade patrimônio, renda ou serviços
FINALIDADE religiosa. dos partidos políticos. Sendo
assim, atua sobre qualquer
tributo.
Geral, pois ambas atuam sobre
ABRANGÊNCIA mais de um tributo.

Impositiva, visto que, abrangem


ESPÉCIE apenas os impostos, não
atingindo as demais espécies
tributárias.
Não autoaplicáveis, pois
dependem de regulação
infraconstitucional para produzir
efeitos, sendo impostos às
APLICABILIDADE instituições religiosas, entidades
sindicais, partidos políticos e
suas fundações, o cumprimento
dos requisitos dispostos no rol do
artigo 14 do Código Tributário
Nacional.
Política, tendo em vista que, não
são consequências necessárias
de determinado princípio, sendo
NATUREZA concedidas para beneficiar estes
que possuem capacidade
contributiva, em prestígio a
outros princípios
constitucionais.
Dentre os direitos e garantias constitucionais, em prol do Estado Democrático de Direitos,
a Carta Magna de 1988, prevê a imunidade tributária, como forma de privilégios sobre
determinados bens e/ou pessoas, que de certa forma, corroboram para o exercício da
democracia no País.

A Constituição prevê um rol taxativo, mas existem situações polêmicas em que se


questionam tais privilégios em determinadas situações, acerca da natureza de alguns
serviços, bens e pessoas.

As pessoas politicas não podem se tributar reciprocamente por meio de impostos proteger
o direito à liberdade religiosa, trazido no rol de direitos fundamentais, foi estabelecida
norma imunizante de impostos não somente aos templos em si, na sua acepção espacial,
mas às atividades inerentes às suas finalidades impedir a incidência de sanções políticas
por via da tributação a imunidade tributária sindical se promove como o sinal verde aos
trabalhadores para se organizarem na luta por melhores condições de trabalho. O
fundamento da Imunidade das instituições de educação e de assistência social é a proteção
da liberdade para estimular os agentes económicos na difusão de informação e
conhecimento sua finalidade de disseminar e proteger a cultura nacional.

A imunidade recíproca, prevista no art.150, VI, 3, CF define que os entes públicos não
poderão cobrar impostos sobre patrimônio, renda ou serviço uns dos outros. Essa
imunidade é extensiva as autarquias e as fundações públicas, mas não o é 3s empresas de
economia mista nem 3s empresas públicas, pois estas se submetem ao regime de direito
privado.

A jurisprudência da Casa assentou o entendimento de que a imunidade recíproca prevista


no art. 150, VI. a 552e3, da Constituição Federal é extensível 3 ECT, prestadora de
serviços públicos essenciais, obrigatórios e exclusivos do Estado, quais sejam, o serviço
postal e o correio aéreo nacional (art. art. 21, X, da CF / 851).

O texto constitucional utiliza a palavra imposto, ao limitar o poder de tributação, mas é


importante fazer uma interpretação mais ampla, que os entes têm limitação de tributar uns
sobre as outros, impedindo que instituam taxas com a justificativa de previsão
constitucional.
A imunidade dos templos de qualquer culto, estabelece que os templos estão dispensados
do pagamento de todos os impostos e não apenas àqueles inerentes ao patrimônio, renda
ou serviços. Essa imunidade é extensiva as atividades estranhas exercidas pelo templo,
desde que se demonstre ser a renda revertida ao próprio templo e aplicada na difusão da
religião.

O que contribuiu para o constituinte legislar sobre esse tema, foi o fato de o Brasil não ter
religião, de tal forma que a lei supracitada inclui todas as religiões o entendimento do
supremo tribunal federal, esclarece que a imunidade aos templos religiosos, carecera de
um serviço essencial a sociedade, não podendo o Estado intervir na liberdade de crenças,
não podendo instigar o seguimento de uma determinação religião em virtude da laicidade
do Estado

A imunidade dos partidos políticos, sindicatos, instituições de educação e entidades de


assistência social sem fins lucrativos, proíbe os entes tributantes de cobrar impostos sobre
o patrimônio, renda ou serviços, apenas, das referidas instituições, devendo as entidades
demonstrar o preenchimento dos requisitos previstos em lei (arts. 9 e 14 CTN).

Importante ressaltar que a lei não incluiu os sindicatos patronais na isenção dos impostos.
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune 30 IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que
o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.

A imunidades de livros, jornais, revistas e do papel destinado à sua impressão, proíbe a


cobrança de impostos sobre a comercialização de livros, jornais, revistas e do papel
destinado a impressão, nos termos da sumula 657 do STF, referida imunidade abrange os
filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. O objetivo
do legislador é fomentar a cultura nacional, estimulando a cultura nacional e a propagação
de ideias.

Segundo o STF, a imunidade tributária se estende aos livros eletrônicos e aos suportes
utilizados exclusivamente para sua leitura, ainda que possuam outras funções acessórias.
Não se estende, contudo, a suportes eletrônicos que não possuam a leitura como função
exclusiva, ainda que seja possível o acesso a livros eletrônicos por eles.
A imunidade dos impostos de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no
Brasil foi criada com a finalidade de proteger a música brasileira frente a obras
internacionais, incentivando o artista brasileiro. Observando que é possível que a norma
beneficie alguns artistas ou produtores internacionais, atendendo a requisitos legais,
possam ser beneficiados com a imunidade.

A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte


de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante para a verificação
da existência do consentimento constitucional a repercussão econômica do tributa
envolvido.

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu limites ao poder de tributar, com o objetivo


de regrara Invasão ao patrimônio do contribuinte. São regras de freio, para proteção de
segurança jurídica e do patrimônio dos contribuintes.

Tais ferramentas são os princípios constitucionais tributários e as imunidades tributárias.


As imunidades, previstas no artigo 150, VI, CF, é a exclusão imposta pela Constituição
Federal ao poder de tributar. E dirigida ao legislador, que fica impedido de exercer a
competência tributária nos casos especificados no texto constitucional, é aplicável
somente a impostos.

As imunidades tributárias tratadas no artigo 150, inciso V, da CF, tem um caráter de


protecionismo, pois entidades que recebem dinheiro através de doações ficam isentas de
pagarem tributos, uma vez que a União não tem um controle amplo sobre o destino das
receitas recebidas pelas empresas ou instituições, o que pode contribuir com o aumento
de entidades políticas ou religiosas, por exemplo, com possível desvio de finalidade,
considerando os frequentes casos de corrupção no Brasil.

Desta forma, as hipóteses de imunidade tributária, mais que um direito e garantia


fundamental de proteção tributária a determinados bens e pessoas, é uma verdadeira
proteção à manutenção do Estado Democrático de Direito, para garantir a liberdade
religiosa, de ideias, política, de trabalho e de serviços públicos essenciais à população.

Você também pode gostar