Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE DIREITO
Brasília - DF
2021
FLÁVIO ROBERTO TEIXEIRA RAMOS
Brasília – DF
This paper aims to demonstrate the challenge faced by the State in combating the
concentration of income with emphasis on the institution of a new tax (Tax on large
fortunes - IGF). A challenge to the state to solve the equation that aims to reduce
inequalities. In this perspective, we approach the importance of this tax as a means
of obtaining resources, coming from a portion of the population seen as privileged,
given its financial and patrimonial conditions well above the average of the other
social classes.
Keywords: taxes, tax principles, IGF, tax jurisdiction, income concentration, social
justice, results.
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
TRIBUTOS
(4) que não constitua sanção por ato ilícito: tributo não se confunde com
a penalidade pecuniária decorrente do inadimplemento da obrigação tributária. Ou
seja, tributo não é multa, e a multa não é tributo. Logo, tributo não pode ser
confundido com a multa uma vez que esta decorre do inadimplemento de uma
obrigação tributária, não consistindo no objeto da obrigação principal, qual seja o
pagamento do tributo em si.
TRIBUTOS EM ESPÉCIES
CLASSIFICAÇÃO
1. Imposto
2. Taxa
3. Contribuição de melhoria
I - impostos;
4. Empréstimo compulsório
IMPOSTO
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Exemplos:
Caso seja feita vinculação fora das exceções prevista na CF, haverá
provável crime de responsabilidade.
VI - a lei orçamentária;
7 impostos da União:
Imposto de Importação (II),
TAXA
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como
fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto
à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato
gerador idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser calculada em função do
capital das emprêsas.
A taxa ser um tributo vinculado também implica que o Estado não pode
cobrar a taxa sem prestar um serviço ou o Poder de Polícia.
(...)
Exemplos
Todas as taxas têm por trás de si uma atividade Estatal que aproveita aos
indivíduos divisivelmente (uti singuli), ou seja, é possível auferir quem aproveitou
do serviço prestado e quando o fez, pois é possível aproveitar do serviço de forma
individualizada. Não é como funciona a iluminação de vias públicas, por exemplo, a
qual não permite que se individualize quem foram as pessoas a usar o serviço.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Este tipo de tributo existe para cobrir uma serie de despesas que o
Estado tem, mas não conseguia aferir receita através das outras modalidades
tributárias.
Dito isso, parece que o imposto sobre grandes fortunas aparece como
uma solução para auxiliar o Brasil na busca pela diminuição da desigualdade social.
A questão que resta é: pode-se considerar a tributação de apenas parte da
sociedade como justa?
Por isso, a realidade social vivida em nosso país, com uma das maiores
cargas tributárias, um dos piores índices de desenvolvimento humano e de
redistribuição de renda, exige que sejam tomadas medidas visando proteger as
necessidades vitais dos indivíduos para que sejam tratados como seres humanos e
não apenas como contribuintes, a fim de atender aos dispositivos constitucionais.
Mas, será que há observância do princípio da dignidade humana e busca da justiça
social na tributação pátria?
Pelo que podemos observar, há muitos anos, o Brasil é considerado um
dos países mais desiguais do mundo. É inconteste a necessidade de redistribuição
de renda no país. O direito, como instrumento de realização de justiça e
aperfeiçoamento da sociedade, possui papel vital para que os objetivos
fundamentais esculpidos no art. 3o da Constituição Federal de 1988 (CF/1988) se
tornem realidade. A legislação tributária tem papel primordial para se construir uma
sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; bem
como promover o bem de todos, sem qualquer tipo de discriminação.
CONCLUSÃO
O alcance da justiça fiscal deve ser objetivo a ser buscado pelo Estado
Democrático de Direito. Outrossim, a instituição do IGF figura como um possível
instrumento capaz de atingir a justa tributação. A regulamentação desta figura
tributária seria tão somente dar efetividade aos desejos referentes à justiça fiscal
Portanto, vê-se que a redução das desigualdades históricas que marcam
o Brasil está atrelada à busca pelo alcance da justiça fiscal e esta engloba variadas
questões, entre elas a instituição do IGF. Dessa forma, a regulamentação do IGF
figura como um importante vetor na busca pela justiça fiscal.
Famílias com até dois salários mínimos no ano de 2020 arcaram com um
ônus de 53,9% de sua renda total, enquanto que famílias que recebem acima de 30
salários mínimos foram oneradas em 29% de sua renda total. A tributação
progressiva do patrimônio apresenta-se como um instrumento de reforma e
regulação da desigualdade no capitalismo. No caso brasileiro, a tributação sobre as
grandes fortunas aparece como uma possibilidade de reforma fiscal aberta pela
Constituição de 1988, contrapondo-se a um sistema tributário calcado na tributação
indireta e regressiva, que onera a população de menor poder aquisitivo em um dos
países com maior concentração de renda do mundo. Em termos efetivos, os projetos
em torno do Imposto sobre Grandes Fortunas representam ainda um momento
embrionário para a melhoria da progressividade da tributação brasileira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
Disponível em:
<http://www.un.org/spanish/Depts/dpi/portugues/Universal.html> Acesso em: 05 de
abr 2021