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Sinais Vitais

Prof. Msc. Elter Alves Faria


• Sintomas:
É uma manifestação perceptível no organismo
que indica alterações na saúde física ou
mental.

Num sentido amplo, sintoma pode também


indicar uma ação fisiológica, como no caso
da fome, lactação puerperal, etc....
• Sintomas subjetivos:

São aqueles descritos pelo paciente, não


podendo ser vistos ou sentidos por outros, a
menos que ele se queixe dos mesmos. Ex.:
Náuseas, tonturas, prurido, sensibilidade,
dor, cefaleia.
• Sintomas objetivos ou sinais:
É uma manifestação externa que pode ser
apreendida através dos sentidos do
observador, ou seja, pode-se ver, sentir,
ouvir e cheirar. Muitas vezes esses sinais
são revelados por métodos especiais de
exames. Ex.: Vômitos, edema, presença de
sangramento no curativo cirúrgico, cianose,
etc.....
São os indicadores do funcionamento
fisiológico básico, ou seja, o estado de
equilíbrio térmico, circulatório e
respiratório.
• Temperatura ( T )
• Pulso ( P )
• Respiração (R )
• Pressão Arterial (PA)
Qual o objetivo de se verificar os SSVV?
• Obter informações sobre condições do cliente;
• Auxiliar no diagnóstico e tratamento;
• Auxiliar na avaliação da evolução da doença;
Instrumentos necessários para
verificação dos SSVV

Esfigmomanômetro Termômetro

Estetoscópio Relógio
TEMPERATURA CORPORAL (T)
“ È a diferença entre a quantidade
de calor produzida pelos processos
corporais e a quantidade de calor
perdida para o ambiente externo”
PRODUÇÃO DE CALOR

METABOLISMO AUMENTAR
= METABOLISMO
DIMINUIR
PRODUÇÃO ADICIONAL
=
DIMINUI
PRODUÇÃO
PERDA DE CALOR

Radiação Condução

Convecçã Evaporação
o
PERDA DE CALOR

Condução  É um modo do fenômeno de


transferência térmica causado
por uma diferença de 
temperatura entre duas regiões
em um mesmo meio ou entre
dois meios em contato no qual
não se percebe movimento
global da matéria na escala
macroscópica
PERDA DE CALOR

Convecçã
o

É o processo de transmissão de
calor em que a energia térmica se
propaga através do transporte de
matéria, devido a uma diferença
de densidade e a ação da
gravidade.
PERDA DE CALOR

Radiação
É a radiação eletromagnética
É a radiação
eletromagnética emitida por um
corpo em qualquer temperatura
É a radiação
eletromagnética emitida por um
corpo em qualquer temperatura,
constituindo uma forma de
transmissão de calor, ou seja,
PERDA DE CALOR

Evaporação

É um fenômeno no qual 
átomos É um fenômeno no
qual átomos ou moléculas É
um fenômeno no
qual átomos ou moléculas no
estado líquido (ou sólido, se a
substância sublima) ganham
energia suficiente para passar
PERDA DE CALOR
FISIOPATOLOGIA
Terminologia básica de variações da Temperatura

• HIPOTERMIA: subnormal 36°C a 35°C, Colapso 35°C a 34°C


e Colapso álgido abaixo de 34°C;
• NORMOTERMIA: Temperatura entre 36°C e 36,8°C;
• FEBRÍCULA:Temperatura entre 36,9°C e 37,4°C;
• ESTADO FEBRIL:Temperatura entre 37,5°C e 38°C;
• FEBRE:Temperatura entre 38°C e 39°C;
• PIREXIA OU HIPERTERMIA:Temperatura entre 39,1°C e
40°C;
• HIPERPIREXIA:Temperatura acima de 40°C;
FEBRE
È uma síndrome caracterizada por uma
elevação da T central, de origem endógena, com
as seguintes características:

•mal-estar, •calafrios,
•pulso rápido, •cefalalgia,
•respiração rápida, • sudorese
• dentre outras.
FEBRE
SEMIOLOGIA – MEDICINA - UFF
DEFINIÇÃO

Não existe acordo sobre os limites da temperatura


variações individuais
- Variações fisiológicas (Ritmo circadiano) ⃰
- Temperatura ambiental
- Ciclo menstrual (+ até 0,6ºC na 2º metade do ciclo)
- Digestão dos alimentos
- Gravidez (principalmente no 1º trimestre)
- Exercícios físicos
- Estresse emocional
- Desidratação
⃰ Ritmo circadiano ou ciclo circadiano (do latim circa cerca de + diem dia) designa o período de aproximadamente 24 horas sobre
o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz,
temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite
DEFINIÇÃO

• No hemisfério norte: mede-se rotineiramente a temp. oral


Febre uma temperatura - Matinal > 37,2ºC
- Vespertina > 37,7ºC

• No hemisfério sul: temp axilar (Limites 0,5ºC mais


baixos)

Febre uma temperatura - Matinal > 36,7


- Vespertina > 37,2
DEFINIÇÃO
• Hipertermia habitual: algumas pessoas normais apresentam
temperaturas vespertinas de até 37,7ºC na ausência dos fatores
termogênicos

• A idade: influencia na temperatura basal e na resposta febril:


- Lactentes - apresentam grandes variações de temperatura
com fatores ambientais
-Recém-nascidos (especialmente prematuros) e idosos -
podem não desenvolver febre, ou mesmo apresentarem
hipotermia, na vigência de infecções graves.

• Doenças: Uremia, insuficiência hepática, desnutrição

• Medicamentos: Corticoterapia
ABORDAGEM CLÍNICA DO PACIENTE COM QUEIXA DE
FEBRE

• Identificar se aguda ou prolongada


• Documentar (Prolongada): medir-se a temperatura corporal no
pico (18h) e no nadir (6h) do ciclo circadiano durante vários dias
• Construir a curva térmica
• Identificar manifestações associadas (calafrios, sudorese,
taquicardia, tremores musculares, piloereção): Ausência -
“Febre benigna”
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
ASSOCIADAS À FEBRE
DOENÇAS QUE PRODUZEM
CALAFRIO + TREMORES MUSCULARES+ PILOEREÇÃO
• Septicemias bacterianas
• Malária
• Endocardite bacteriana
• Brucelose
• Leptospirose
• Influenza
• Neoplasias (leucemias, linfomas, hepatoma e
hipernefroma)
• Febres medicamentosas
ALGUMAS DOENÇAS PODEM CURSAR COM
BRADICARDIA

• Febre tifóide
• Brucelose

• Leptospirose

• Febres medicamentosas
• Distúrbios de condução cardíaca
PADRÕES CLÁSSICOS DE CURVAS FEBRIS
• Contínuo: ↑ sustentada da temp por ≥ 2 dias
Ex: Febre por drogas
• Remitente: ↑ temp, mas c/ quedas diárias (não normal)
Ex: Endocardite, neoplasias
• Intermitente: ↑ > 1ºC q/ retorna ao normal em 24h
Ex: Abscessos piogênicos, malária
• Periódico: ↑ temp por varios dias seguida de apirexia prolongada
Ex: Linfoma
AGENTES MODIFICADORES

•Antipiréticos
•Corticoesteróides
•Antibióticos
Têm pequena especificidade diagnóstica !
PADRÕES FEBRIS PERIÓDICOS QUE TÊM
UTILIDADE CLÍNICA
1) Os da malária em área endêmica

-Febre terçã (febre nos dias 1 e 3, causada pelo P.vivax)

-Febre quartã (febre nos dias 1 e 4, por P.malariae)

2) A febre da neutropenia cíclica

- A cada 21 dias, acompanhada de ulcerações mucosas

3) Febre de Pel-Ebstein

- 3 a 10 dias de duração espaçados por igual período afebril

- Doença de Hodgkin e em outros linfomas


EXEMPLOS DE PADRÕES FEBRIS DA MALÁRIA

Malária terçã:
• Acesso malárico período de 48
horas entre as
febres (P. vivax e
P. ovale)quartã:
Malária
período de 72
horas entre as
febres (P.
malariae)
Malária trópica:
febres altas e
irregulares (P.
falciparum)
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA (FOI)
No conceito clássico de Petersdorf e Beeson (1961)

Definida por 3 critérios:

1)Temperaturas superiores a 38,3ºC (oral) [ou 37,8 (axilar)]


observadas em várias ocasiões

2) Duração mínima de 3 semanas

3) Ausência de diagnóstico etiológico após uma semana de


investigação hospitalar.
REDEFINIÇÃO DA FOI
No novo conceito de DURACK (1991)
Causas

• Mudanças profundas na prática médica (com maior


ênfase e rapidez na investigação ambulatorial)

• Mudanças no perfil nosológico da população


- Expansão de pacientes imunossuprimidos
- Infectados pelo HIV
- Submetidos a quimioterapia
- Submetidos terapia intensiva
CLASSIFICAÇÃO DAS FEBRES DE ORIGEM
INDETERMINADA
A causas de febre
de origem
indeterminada
estão
distribuídas em
praticamente
todos os sistemas
orgânicos.
As doenças
graves mais
freqüentes
e potencialmente
tratáveis estão
assinaladas em
vermelho.
TIPOS ESPECIAIS DE FOI
“FOI BENIGNA”
• São aquelas não associadas a síndromes clínicas específicas, que são as
causas clássicas de FOI (doenças infecciosas, inflamatórias e
neoplásicas).

• O termo “benigno” não implica em valor prognóstico, que pode ser


sombrio em algumas doenças neurológicas ou psiquiátricas associadas a
febre.

• Ele apenas indica que, nestes casos, o diagnóstico da FOI geralmente


pode ser feito por medidas simples, que dependem mais da suspeição
clínica do que de métodos complexos de investigação subsidiária.
FEBRES
BENIGNAS
FEBRE MEDICAMENTOSA
Qualquer medicamento possa causar febre, os freqüentemente implicados são:

- ATB/quimioterápicos (b-lactâmicos, penicilinas e cefalosporinas, sulfonamidas e


antituberculosos)
- Antiarrítmicos (quinidina e procainamida)
- Anticonvulsivantes (hidantoinatos)
- Antihipertensivos (metildopa)
- Antitireoidianos (propiltiouracil)

Digitálicos - parecem não ter o potencial de induzir febre

• Regride 2 a 3 dias após a interrupção da droga suspeita - demora mais tempo,


dependendo da vel. de metabolização (até 3-4sem p/compostos iodados)
• Defervescência com à suspensão da droga confirma a febre medicamentosa
• Hipersensibilidade (citopenias, dermatite esfoliativa, vasculite, anafilaxia)
MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL

Temperatura Média Normal: 36,2°C a


Via Oral ou Bucal 37ºC
Posição: Sentado, semi-sentado ou
deitado
Tempo de permanência do termômetro: De 5 a 7
min
Cuidados:
Contra –indicações:
Dar água natural;
Pct inconscientes e crianças;
Termômetro individual;
Após ingerir bebidas quentes ou
Descer a coluna abaixo de
frias;
34°C
Cirurgias da boca ou exodontia;
Inflamações
PS: Mais baixo que a retal (2 a 2,5 décimos) e Mais eficiente que a
Via Axilar
Temperatura Média Normal: 36,8°C
Posição: Sentado, semideitado ou
deitado
Tempo de permanência do
termômetro: de 7 a 10min
Cuidados:
Secar a axila
Descer a coluna abaixo de
34,5°C Contra indicações:
Queimaduras de tórax;
Fraturas de MMSS;
Furúnculos na axila.
PS: Mais baixa que a retal (4 a 5
décimos) e
sofre interferência de fatores externos
Via Retal
Temperatura Média Normal: 36,4°C a 37,2°C

Tempo de Permanência do
Termômetro: de 5 a 7 min

Contra indicações:
Intervenções cirúrgicas
Posição: Sims
Na região anal ou períneo
Cuidados:
Preparo psicológico;
Não expor o paciente
desnecessariamente PS: É a mais
Termômetro individual; eficiente pois não
Baixar a coluna 34,5ºC; sofre
interferências do
meio externo.
MATERIAL PARA TOMADA DA TEMPERATURA

• Bandeja;
• Termômetro;
• Bolas de algodão ou papel
absorvente;
• Recipiente para receber material
usado;
• Lubrificante;
• Material para anotação;
PULSO ( P )
• É a contração e dilatação alternada de uma
artéria quando a onda sanguínea é impelida
através desta, pela contração do ventrículo
esquerdo.

Pode ser sentido quando a artéria


é
pressionada sobre uma
saliência óssea ou músculo.
Fatores que alteram a pulsação
• Idade; • Hemorragia;
• Sexo; • Distúrbios pulmonares;
• Mudanças posturais; • Medicamentos ( estimulantes
• Exercícios; cardíacos, vasoconstrictores e
• Emoção; vasodilatadores, sedativos)
• Temperatura corporal e
do ambiente;
Características do pulso quanto a:

Freqüência: batimentos por minutos - bpm

NORMAL: 60 a 100 bpm


HOMEM: 60 a 70 bpm
MULHER: 70 a 80 bpm
CRIANÇAS > 2 anos: 120 bpm
RN: 140 a 160 bpm
Características do pulso quanto a:

Ritmo: Regularidade entre batimentos

REGULAR: o tempo é o mesmo


IRREGULAR: o tempo é diferente

Volume ou amplitude: cheio ou fraco


TERMINOLOGIA

• Bradisfigmia: pulso lento;


• Taquisfigmia: pulso rápido;
• Bradicardia: abaixo de 60 bpm
• Taquicardia: acima de 100 bpm
Métodos e locais de verificação:
PALPAÇÃO: Pulsos periféricos
(carotídeo,
Temporal,braquial,radial,ulnar,femoral,
poplítea,Dorsal do pé e tibial posterior)

AUSCULTA: pulso apical (ictus cordis)


Métodos e locais de verificação:
RESPIRAÇÃO ( R )
É o processo de troca de gases entre
o organismo e o meio externo. Através
da Inspiração (absorção de 02) e a
Expiração (eliminação de C02).

•INSPIRAÇÃO (processo ativo)- movimentos pulmonares, parede


torácica,diafragma
•EXPIRAÇÃO ( processo passivo)- relaxamento do diafragma e
músculos acessórios
CLASSIFICAÇÃO PARA VERIFICAÇÃO

FREQUÊNCIA: Incursões respiratória em um minuto-


IRpm

IDOSOS: 14 a 18 IRpm
ADULTOS: 16a 20 IRpm
CRIANÇAS: 20a 36 IRpm
LACTENTES RN: 40 a 46 IRpm
RITMO

A respiração normal é regular e ininterrupta


Apnéia – ausência periódica da
respiração

Eupnéia – Freqüência respiratória


normal

Taquipnéia –Freqüência respiratória anormalmente rápida,


com regularidade

Bradipnéia - Freqüência respiratória anormalmente lenta,


mas regular
Amplitude

Observar o grau de expansão ou movimento da parede torácica


Ex: superficial, profunda ou normal

Procedimento: Palpação
do tórax
Causas que alteram a Respiração

Aumentam Exercícios,emoções,
banho frio
FISIOLÓGICAS
Diminuem Sono e repouso, banho
quente

Doenças nervosas,
doenças cardíacas,
Aumentam pneumonia, afecções
PATOLÓGICAS cerebrais.

Diminuem Drogas deprimentes,


coma diabético, coma
urémico.
Técnica de verificação
Contar os movimentos respiratórios em um minuto

Equipamento Relógio com ponteiros

Implementação

•Não deixar que o paciente perceba a contagem;


•Suspender a contagem se perceber que o paciente está modificando
o ritmo;
•Colocar o paciente em posição adequada, nos casos de ritmo
anormal;
PRESSÃO ARTERIAL ( PA )

È a força exercida pelo sangue contra


a parede do vaso, produzido pelo
bombeamento cardíaco de sangue sob
elevada pressão para as artérias.

È medido em mmHg que indica o ponto


até o qual a pressão sanguínea pode
elevar
a coluna de mercúrio
PRESSÃO SISTÓLICA

É o pico de pressão máxima (Mx) quando


o ventrículo esquerdo bombeia sangue para
a aorta (100 a 120 mmHg)

PRESSÃO DIASTÓLICA

Queda de pressão mínima


(Quando os ventrículos relaxam - 60 a
80mmHg)

PRESSÃO ARTERIAL = P.SISTÓLICA X P. DIASTÓLICA


Pressão de Pulso
ou Pressão Diferencial

È a diferença entre os valores sistólico e diastólico, e varia de


30 a 40 mmHg

Os valores sistólico e diastólico se


CONVERGENT aproximam, a diferença é menor
E que 30mmHg

Os valores sistólico e diastólico se


DIVERGENTE distanciam, a diferença é maior
que 40mmHg
Fatores que afetam a PA
Aumentam Idade,gravidez, hora do dia, digestão,
exercícios físicos,emoções, ansiedade,
medo, alterações hormonais.
FISIOLÓGICOS
Diminuem Sono e repouso

Aumentam Infecções,doenças nervosas,doenças


cardíacas, afecções cerebrais, dor,
PATOLÓGICOS convulsão e alteração renal.

Diminuem Drogas depressoras do SNC, anemia,


hemorragia, desidratação
Material para verificação da PA
Esfigmomanômetro
Válvula Pêra

Coluna de Mercúrio
Manguito Manômetro
Estetoscópio

Diafragma

Ogivas

Campânula
Técnica de Verificação da PA

Local de
MMSS (braços) MMII (coxas)
verificação

PA MMII é superior
PS 20mmHg
PD 10mmHg
Método para verificação
Palpatório

Palpa-se o pulso radial, insufla-se o manguito, desinsufla


lentamente e continua palpando o pulso até sentir
reaparecer as batidas

Obs: Só é possível sentir a PS


CONCEITO
“A pressão arterial é o produto do debito
cardíaco multiplicado pela resistência
periférica."
(Brunner e Suddarth, 2010)

63
ANATOMIA BASICA (coração)

64
ANATOMIA BASICA (Veias e Artérias)

As artérias - são os vasos por onde o


sangue corre vindo do coração.

As veias - são os vasos sanguíneos que


trazem o sangue, agora cheio de
impurezas, de volta ao coração

Fonte: NETTER, Fank H. Altas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

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CAB nº 37 (2013)
CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Normal <130 e < 85

Limítrofe 130-139 e/ou 85-89

Hipertensão leve (estágio 1) 140-159 e/ou 90-99

Hipertensão moderada
160-179 e/ou 100-109
(estágio 2)

Hipertensão grave (estágio 3) ≥ 180 e/ou ≥ 110

Hipertensão sistólica (isolada) ≥ 140 e < 90


7ª Diretriz Brasileira de HAS (SBC, 2016)
CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Normal ≤ 120 e ≤ 80
>18 anos

Pré-hipertensão 121-139 e/ou 81-89

Hipertensão estágio 1 140-159 e/ou 90-99

Hipertensão estágio 2 160-179 e/ou 100-109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110


Diretriz de prevenção, detecção, avaliação e
gestão de HAS em adultos (AHA, 2017)

CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Normal < 120 e < 80

Elevada 120-129 e <80

Hipertensão estágio 1 130-139 e/ou 80-89

Hipertensão estágio 2 ≥ 140 e/ou ≥ 90


Classificação PA
Diretriz de prevenção, detecção,
7ª Diretriz Brasileira de HAS
Classificação avaliação e gestão da HAS
(SBC, 2016)
(AHA, 2017)

Normal PA ≤ 120 e 80 mmHg PA < 120 e 80 mmHg

PA entre 121-139 e/ ou 81-89


Pré-hipertensão/Elevada PA entre 120-129 e < 80 mmHg
mmHg

PA entre 140-159 e/ou 90-99 PA entre 130-139 e/ou 80-89


Hipertensão estágio 1
mmHg mmHg

PA entre 160-179 e/ou 100-109


Hipertensão estágio 2 PA ≥ 140 e ou 90 mmHg
mmHg

Hipertensão estágio 3 PA ≥ 180 e/ou 110 mmHg Não existe


Seguimento de acordo com AHA (2017)

Níveis
Seguimento
Pressóricos

Avaliar anualmente, incentivar mudanças de estilo


Normal
de vida saudável para manter a PA normal

Recomendar alterações de estilo de vida saudável e


Elevada
reavaliar em 3 e 6 meses
Seguimento de acordo com AHA (2017)
Níveis
Seguimento
Pressóricos

Avaliar o risco de doença cardíaca e AVE em 10 anos:


•Se o risco for inferior a 10%, começar com recomendações de estilo de
vida saudável e reavaliar em 3 a 6 meses;
•Se o risco for superior a 10% ou o paciente tiver conhecimento de
doença cardiovascular (DCV), DM ou DRC, recomendar mudanças de
Hipertensão
estilo de vida e medicação para baixar PA (1 medicamento), reavaliar em
estágio 1
1 mês para eficácia da terapia de medicação:
-Se o objetivo for atingido depois de 1 mês, reavalia em 3 a 6 meses;
-Se o objetivo não for cumprido depois de 1 mês, considerar diferentes
medicações ou titulação;
-Continuar o acompanhamento mensal até o controle ser alcançado
Seguimento de acordo com AHA (2017)
Níveis
Seguimento
Pressóricos

Recomendar alterações de estilo de vida e medicação para baixar


a PA (2 medicamentos de diferentes classes); reavaliar em 1 mês
para eficácia;
Hipertensão •Se o objetivo for atingido depois de 1 mês, reavaliar de 3 a 6
estágio 2 meses
•Se o objetivo não for cumprido depois de 1 mês, considerar
diferentes medicamentos e titulação
•Continuar acompanhamento mensal até o controle ser alcançado.
MÉDIA DA PRESSÃO ARTERIAL NORMAL

Idade Pressão (mmHg)

Recém nato 60/40

1 mês 85/55

1 ano 95/65

6anos 105/65

10 -13 anos 110/65

14 – 17 anos 120/75

Adulto médio 110/60 até 130/85

Idoso Até 140/90

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MATERIAIS PARA AFERIÇÃO
•Peças e acessórios para
Estetoscópio

•Ângulo com Mola;


•Tubo "Y";
•Auscultador Adulto;
•Auscultador Infantil;
•Membrana para Auscultador Adulto;
•Membrana para Auscultador Infantil;
•Oliva.

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MATERIAIS PARA AFERIÇÃO
• Peças e acessórios para
• Esfigmomanômetro

• Manômetro;
• Braçadeira com Manguito
Fecho
• Velcro - Adulto;
• Pêra;
• Válvula para Pêra.

76
DESCRIÇÃO DOS PASSOS

1. Preparar o material necessário para o procedimento numa bandeja.


2. Realizar a higienização das mão
3. Explicar o procedimento ao paciente.
4. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º
espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o
cotovelo ligeiramente fletido.
5. Realizar assepsia, com algodão embebido em álcool etílico a 70% nas olivas e
no diafragma do estetoscópio.
6. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.
7. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3
cm.
8. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial
9. Colocar o mostrador do manômetro aneroide de modo que fique bem visível ou
posicionar os olhos ao nível da coluna de mercúrio.
10. Solicitar ao paciente que não fale durante a mensuração.
11. Palpar a artéria braquial e colocar o estetoscópio sobre ela sem comprimi-la
excessivamente.

77
DESCRIÇÃO DOS PASSOS
12. Insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso para estimação do nível da
PAS- Palpatória. Desinsulflar o manguito, aguardar 30 segundos e reinsulflá-lo
novamente o manguito até ultrapassar 20 à 30 mmHg o nível estimado da
pressão sistólica (ponto de desaparecimento do pulso radial).
13. Proceder à deflação lentamente
14. Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de
Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar
ligeiramente a velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no
desaparecimento do som (fase V de Korotkoff).
15. Auscultar cerca de 20 à 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa.
16. Informar o valor de pressão arterial medido ao paciente.
17. Checar e anotar os valores inteiros e o membro no qual foi aferido.
18. Realizar assepsia com álcool etílico a 70% nas olivas e no diafragma do
estetoscópio
19. Realizar a higienização das mãos.

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Auscultatório

A pressão exercida pelo tensiômetro faz com que as


paredes das artérias se colabem devido a força externa
–FE- (do manguito) ser maior que a força interna –FI-
(da artéria).

•Na abertura da válvula, o ar escapa e a FI>FE


( ouve-se a 1ª batida da bulha na sístole);
•Quando as FI e FE se igualam os batimento
desaparecem e a ultima batida corresponde a diástole.
Cuidados Importantes:
• O cliente deve ser mantido sentado ou deitado; posicionar o
braço do cliente ao nível do coração;

• A artéria braquial deve ser palpada e o diafragma do


estetoscópio deve ser posicionado sobre a artéria braquial.
Posicionar o manguito 2,5cm acima do local da pulsação
braquial.

• Palpar a artéria radial ou braquial com a ponta dos dedos


de uma das mãos enquanto infla o manguito rapidamente a
uma pressão de 30mmHg acima do ponto em que o pulso
desaparece;
REFERÊNCIAS

BETTENCOURT, et al. Verificação De Pressão Arterial. Disponível em:


<http://www.unifesp.br/hsp/testealfa/arquivos/hsp/assist/geral/verifpresart.pdf>.
Acesso em 24 jul.

BRUNNER e SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 10a ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.

NETTER, Fank H. Altas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

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