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Sinais Vitais

PROFª ENFª ANDRÉA GONZALEZ


Sinais Vitais

 São aferições que indicam o estado de saúde, devido sua


importância, elas são referidas como Sinais Vitais.

 Modo eficiente e rápido de monitorar o paciente


– Identificação de problemas
– Avaliação da resposta do paciente frente à um intervenção

 Uma alteração dos SSVV sinaliza uma mudança na função


fisiológica.
Sinais Vitais

 A enfermagem que cuida do paciente é responsável pela verificação


dos sinais vitais;

 Deve conhecer todos os valores de referência;

 Controlar ou minimizar fatores ambientais;

 Analisar e comparar os resultados dos sinais vitais.


Sinais Vitais

 Quando verificar os SSVV:


– Na admissão;
– De acordo com a rotina do setor hospitalar;
• Enfermaria: a cada 6h
• UTI: a cada 2h ou em menor tempo quando necessário
– Conforme prescrição médica ou de enfermagem;
– Antes e após um procedimento cirúrgico;
– Antes, durante e após transfusão de hemoderivados;
– Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias
que afetam as funções de controle cardiovascular, respiratório ou de
temperatura;
– Quando há alteração da condição física geral;
– Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam um sinal
vital;
Sinais vitais

 Modo eficiente e rápido de monitorar as condições do paciente

Temperatura

Pulso

Respiração

Pressão arterial

Dor
Temperatura Corporal

 É a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos do


corpo e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo

Calor produzido – Calor perdido = Temperatura corpórea

 Locais de aferição:
– Axilar;
– Oral;
– Retal;
– Membrana timpânica
Temperatura Corporal

 FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPORAL:


Idade:
- Recém nascido: mecanismos de controle de temperatura são
imaturos.
- Idoso: possui uma faixa de regulação mais estreita, temperatura
oral normal em dias frios 35ºC, corporal 36ºC, deterioração dos
mecanismos de controle.
- Exercícios: Aumenta o metabolismo, atividade muscular (exercícios
enérgicos de longo período. Ex: corrida de longa distancia, podem
elevar a temperatura corporal em até 41ºC temporariamente.
Temperatura Corporal

- Nível hormonal: Variações hormonais durante o ciclo menstrual.


Quando o nível de progesterona esta baixo, a temperatura da mulher se
encontra mais baixa do que o valor basal até que ovulação ocorra
aumentando o nível de progesterona subindo a temperatura para o
nível basal ou superior. Ocorrem também na menopausa ( “ondas de
calor”) devido a instabilidade dos controles de vasodilatação e
vasoconstrição
- Estresse: Estresse físico ou emocional eleva a temperatura do corpo
através de estímulos hormonal e neural. Aumento do metabolismo.
- Ambiente: Ambientes muitos frios ou muito quentes influenciam na
nossa regulação. Lactentes e idosos são os mais afetados, pois seus
mecanismos reguladores estão menos eficientes.
Temperatura Corporal

 Variação da temperatura:
– Média oral/timpânica: 37ºC
– Média retal: 37,5ºC
– Média axilar: 36,5ºC

 Classificação:
– Hipotermia: abaixo de 35,5ºC
– Afebril ou Normotermia: 35,5ºC – 36,9ºC
– Estado Subfebril: 37,0ºC – 37,7ºC
– Febre: 37,8ºC – 39,9ºC
– Febre muito alta ou Hipertermia: acima de
40,0ºC
Temperatura Corporal
 LOCAIS DE AFERIÇÃO:
Oral: 37ºC- leitura lenta (cerca de 7 min.) risco de contaminação por fluidos,
não indicado para pacientes que não colaboram ou inconsciente.
Retal: 37,5ºC- maior precisão, método desagradável, risco de exposição a
fluidos, risco de lesão, contra indicado para RN e pacientes com doenças retal.
Axilar: 36.5ºC - local menos preciso, sudorese pode interferir, longo período
de mensuração.
Timpânica: 37ºC - aferição rápida, custo elevado, presença de cerume pode
interferir na leitura, contra indicado para paciente submetidos a cirurgia
auditiva.
Potter; Perry 2018
Temperatura Corporal
 Mecanismos de Regulação – TERMORREGULAÇÃO
– Controle Neural e Vascular:
• Hipotálamo;
– Sudorese, vasodilatação – Perder calor
– Vasoconstrição, tremor – Produção de calor
– Produção de calor:
• Nutrição – Metabolismo
– Perda de calor:
• Irradiação
• Condução
• Convecção
• Evaporação
Temperatura Corporal
Transferência de calor SEM
Irradiação o contato direto de uma
Perda de calor

superfície com a outra

Transferência de calor de
Condução uma superfície para outra
COM contato direto

Transferência de calor para


Convecção outro lugar pela circulação
do ar

Transferência de calor
Evaporação durante a formação de um
líquido em gás
Temperatura Corporal
Temperatura Corporal
Ciclo
Cardíaco

 O Ciclo Cardíaco é constituído por eventos cardíacos que ocorrem


desde o inicio de um batimento cardíaco ate o inicio do batimento
seguinte;
 Sístole: o sangue bombeado pelos ventrículos, enche as aterias
pulmonares e sistêmicas (contração)
 Diástole: os ventrículos relaxam e se enchem de sangue.
Fluxo
Sanguineo

 É a quantidade de sangue que passa por um vaso em um


determinado período de tempo;
 Fatores que interferem no fluxo:
- Tamanho do vaso (lúmen): quanto maior o diâmetro do vaso, maior o
fluxo;
- Viscosidade: quanto maior a viscosidade do sangue, menor o fluxo;
- Comprimento: quanto maior o comprimento do vaso, menor o fluxo.
Circulação
Arterial

 A função mais importante da circulação é a manutenção e o controle


da Pressão Arterial (PA), que depende do débito cardíaco(DC) e da
resistência vascular periférica (RVP).
 Débito Cardíaco: o volume de sangue bombeado pelo coração em
um minuto. Depende da FC e do volume ejetado (VE) pelo coração
em cada sístole.
Pulso
 Delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em vários
pontos do corpo
Pulso
 Artérias palpáveis:
Pulso
 Locais para aferição:
Pulso
 Frequência Cardíaca: quantos batimentos em um minuto

 Variações da Frequência Cardíaca:


– Recém-nascido/ lactentes: 120 –
160bpm
– Criança até 4 anos: 90 – 140bpm
– Pré-escolar: 80 – 110bpm
– Escolar: 75 – 100bpm
– Adolescente: 60 – 90bpm
– Adulto: 60 – 100bpm
Pulso
 Classificação da FC:
– Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal
– Normocardia: frequência cardíaca normal
– Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal
– Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico
– Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico

 Características do pulso:
– Frequência – pulsações em um minuto
– Amplitude – grau de enchimento da artéria (cheio ou
filiforme)
– Ritmo – sequencia de pulsações (intervalos) –
regular ou irregular
Pulso
Pulso
 Fatores que afetam a frequência cardíaca:
– Exercício;
– Temperatura;
– Emoções;
– Fármacos;
– Hemorragia;
– Mudanças posturais;
– Condições pulmonares;
Pulso
 Técnica de verificação:
– Contar o pulso por 1 minutos
– Atentar-se para o ritmo e amplitude
– Anotar no prontuário
– Unidade de medida: BPM (batimentos por minutos)

– Material:
• Relógio
Respiração
 Entrada de oxigênio da célula e saída de dióxido de carbono;
 Respiração: mecanismo do corpo para troca gasosa.
– Ventilação: Circulação de gases para dentro e para fora dos
pulmões.
– Difusão: Movimento do oxigênio e do dióxido de carbono entre os
alvéolos e as hemácias.
– Perfusão: Distribuição das hemácias para os capilares
pulmonares.
Respiração
 Frequência respiratória: Quantos movimentos respiratórios por minuto
 Deve se analisar a frequência, profundidade e ritmo

 Classificação:
– Bradipneia: abaixo de 12 rpm
– Eupneico: 12 – 20 rpm
– Taquipneia: acima de 20 rpm
– Taquidispneia: acima de 20 rpm + desconforto
respiratório
– Apneia: Respiração cessa por alguns segundos
– Hiperpneia: respiração aumentada em
profundidade e frequência. Ocorre
normalmente durante o exercício físico
Respiração

 Frequência respiratória:
– Recém-nascido: 30 – 60 rpm
– Lactente: 30 – 50 rpm  Saturação de oxigênio:
– Toddler (6m – 2 a): 25 – 32 rpm
– 95% - 100%
– Criança: 20 – 30 rpm
– Adolescente: 16 – 20 rpm
– Adulto: 12 – 20 rpm
Respiração

 Analise da eficiência respiratória:


- Ventilação – frequência ( numero de movimentos por minutos)
- Profundidade: Profunda, Superficial ou Normal
- Ritmo: Regular e irregular

DIFUSÃO E PERFUSÃO PODEM SER AVALIADAS AO SE


DETERMINAR O NIVEL DE SATURÃÇÃO DE OXIGÊNIO
Respiração

 Alterações no padrão respiratório:


– Hiperventilação: FR e profundidade aumentada;
– Hipoventilação: FR e profundidade diminuída;
– Respiração de Cheyne-Stokes: FR e profundidade
irregulares – períodos de apneia e hipoventilação;
– Respiração de Kussmaul: Profundidade anormal e FR
aumentada;
– Respiração de Biot: Superficial anormal e períodos de
apneia.
Respiração
 Técnica de verificação:
– Não conte para o paciente que está verificando a frequência
respiratória;
– Conte a FR por um minuto;
– Observe as características da respiração;
– Anote no prontuário
– Unidade de medida: RPM (respirações por minuto)

– Material:
• Relógio
Pressão arterial
 É a força exercida sobre as paredes das artérias para circular o
sangue para o pulmão e corpo.

 PAS – Pressão arterial sistólica (máxima)


 PAD – Pressão arterial diastólica (mínima)
 PAM – Pressão arterial média

PAM: PAS + 2PAD


3
Pressão arterial
 Fisiologia:
– Débito cardíaco: Volume de sangue bombeado pelo coração em
um minuto;
– Resistência vascular periférica: Resistência ao fluxo sanguíneo
determinada pelo tônus da musculatura vascular e o diâmetro
dos vasos sanguíneos
Pressão arterial
Pressão arterial
 Fatores de riscos:
– Idade;
– Estresse;
– Etnia
• Negros
– Sexo
• Mulheres
– Medicamentos;
– Sedentarismo
– Obesidade
– Tabagismo
– Má alimentação
– Genética
– Diabéticos
Pressão arterial
 Técnica de verificação:

 Largura do manguito: 40% da circunferência braquial


 Comprimento do manguito: 80% do comprimento do braço
Pressão arterial
– Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3
a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não
conversar durante a medição.

 Posicionamento:
– Deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no
chão, dorso recostado na cadeira e relaxado;
– O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma
da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o
membro.
Pressão arterial

 Certificar-se de que o paciente NÃO:


– Está com a bexiga cheia;
– Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
– Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
– Fumou nos 30 minutos anteriores.
Pressão arterial
1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e
Olécrano;

2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço

3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;

4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria


braquial;

5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial;


Pressão arterial
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o
diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva;

7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS


obtido pela palpação;

8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);

9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e,


após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação;

10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);


Pressão arterial
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;

12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no


abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero;

13. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor


do braço onde foi obtida a maior pressão como referência;

14. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e

15. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA


foi medida.
Pressão arterial
 Locais de verificação da PA
Pressão arterial
 Materiais:
– Esfigmomanômetro
– Estetoscópio
– Fita métrica*
Dor
 Por ser um evento subjetivo, complexo e multidimensional, a dor
deve ser avaliada e mensurada por meio de autoregistros.
 Objetivo:
- Identificar a intensidade e classificar a dor;
- Melhorar a qualidade de vida do paciente;
- Proporcionar conforto ao paciente e controle da dor.
 Realizar corretamente o gerenciamento de dor;
– Dor leve: gerenciamento a cada 6 horas no mínimo
– Dor moderada e intensa: gerenciamento a cada 1 hora
Dor
 Técnicas:

- Perguntas e abordagens: Quando iniciou a dor? De que forma ela


apareceu? A dor é continua? Ou intermitente? Qual o período do dia em
que ela piora? Como é sua dor? Qual a intensidade da dor? Onde dói?
Que fatores aliviam a dor? Que fatores pioram?
Escala verbal numérica

 Indicação:
– Pacientes orientados;
FACES

 Indicação:
– Pacientes orientados;
– Pode ser utilizado em crianças
PAINAD

 Indicação:
– Pacientes com demência;
– Desorientado;
– Problemas cognitivos
PAINAD
BPS

 Pacientes críticos, em ventilação mecânica e sob sedação. Consiste


na avaliação da expressão facial, movimentos corporais e tolerância
à ventilação mecânica. Valores de 3 a 12.
NIPS

 Aplicável em crianças prematuras e recém nascidos. Avalia a


expressão facial, choro, respiração, movimentação corporal e estado
de alerta.
Referências:

 Diretriz de HAS.
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO
_ARTERIAL.pdf
 Livro – Potter, Patrícia. Fundamentos de enfermagem. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018. 1568p.

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