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SINA

IS
VITA
IS
Sinais
Vitais
É um dos procedimentos que a Enfermagem mais realiza no
seu dia a dia.

As alterações das funções corporais se refletem: Na


temperatura corporal, na pulsação, na respiração e na
pressão, podendo indicar enfermidades. Por essa razão, são
chamados de Sinais Vitais (SSVV).

Objetivo: Auxiliar no diagnóstico, tratamento e no


acompanhamento da evolução do quadro clínico.
Diretrizes para Aferição
de Sinais Vitais

A aferição e o registro completo continua sendo um


grande desafio para a equipe de enfermagem e aos
serviços de saúde.

As falhas nas anotações dos SSVV em prontuários


prejudicam a veiculação das informações,
comprometendo a avaliação dos resultados das
intervenções de enfermagem e a perspectiva de
cuidado do paciente (SBC, 2017).
CONCEITO

Os sinais vitais são medidas de várias estatísticas


fisiológicas utilizadas por diversos profissionais de
saúde para avaliar as funções corporais básicas.

A avaliação dos SSVV faz parte do exame físico e a


obtenção dos dados como:

Pulso = Frequência cardíaca: (FC);


Pressão arterial sanguínea: (PA);
Frequência respiratória: (FR);
Temperatura: (T.)
Dor
Saturação de O2: (SpO2)
Quando aferir os SSVV?

• Na admissão do paciente;
• De acordo com a rotina,
• Conforme prescrição de enfermagem ou
médica;
• Antes e depois de procedimentos cirúrgicos
ou invasivos;
• Antes, durante e depois da administração de
medicamentos que podem alterar os SSVV;
• Quando o cliente está com a condição clínica
alterada.
O que pode alterar os Sinais Vitais ?

• PESSOAIS: Exercícios, tensão, alimentação.


• AMBIENTAIS: Temperatura e umidade.
• EQUIPAMENTOS: Inapropriado e/ou mal
calibrados.
• PROFISSIONAL: Erro na técnica de aferição,
erro nas anotações.
Procedimentos Gerais de Aferição de Sinais Vitais

• Higienizar as mãos antes e após o término do procedimento;


• Realizar a colocação sequencial dos EPIs, conforme o caso;
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;
• Posicionar o paciente de forma confortável;
• Certificar-se que esteja em repouso;
• Higienizar bandeja, materiais e equipamentos antes e após o uso;
• Comunicar alterações;
• Imediatamente após a aferição, registrar os dados na Folha de
registro “Cuidados de Enfermagem”;
Registrando os Cuidados

• Registrar no prontuário do paciente:


• Com data e hora do procedimento;
• Dados aferidos;
• Queixas; estado geral do paciente;
• Intercorrências e providências adotadas;
• Nome completo e registro profissional do
responsável pelo procedimento.
Temperatur
a
É a medida do calor do corpo, o equilíbrio
entre: Calor produzido e calor perdido.
• Instrumento usado para medir a temperatura do
paciente é por meio de um termômetro.
• Realizado para acompanhar a curva de
variação da temperatura;
• Alertar para possível presença de infecção ou
outras reações sistêmicas.
Qual Indicação?

• Clientes hospitalizados;
• Clientes com alterações frequentes dos níveis de
temperatura corporal;
• Antes e após transfusões de hemocomponentes
e hemoderivados;
• Antes e após alguns procedimentos e cirurgias;
• Antes e após administração de alguns fármacos
específicos.
Temperatura
Locais de Verificação:

• 35.8°c a 37ºc (Axilar)


• 36,3°c a 37,4ºc (Oral)
• 37°c a 38ºc (Retal)
• 37°C (Timpânica)

(VOLPATO; PASSOS, 2015)


VALORES NORMAIS E ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA

Hipotermia: temperatura abaixo de 35°C


Afebril: 36,1 a 37,2°C
Estado febril/subfebril: 37,3 a 37,7°C
Febre/hipertermia: 37,8 a 38,9°C
Pirexia: 39 a 40°C.
Hiperpirexia: acima de 40°C.

(CARMAGNANI, 2009)
Terminologias

• Afebril: Temperatura em valor normal.


• Hipotermia: Temperatura abaixo do valor normal.

Sinais e sintomas: Pele e extremidades frias, cianose e tremores;


Agir: Aquecer, caldos quentes, repouso.
Terminologias

• Hipertermia: Temperatura acima do valor normal.

• Agir: Roupas leves, hidratação, compressas frias


(água em temperatura ambiente), banho de
aspersão e repouso.
Materiais Utilizados

• Termômetro digital clínico ou c/ Infravermelho;


• Álcool a 70%;
• Algodão;
• Papel para anotação e Caneta;
• Vaselina, lidocaína geleia ou gel hidrossolúvel
(VR);
• EPIs: Luvas de procedimento; Máscara cirúrgica;
• Papel toalha e recipiente de descarte (se a
verificação da temperatura for por via retal).
Conhecendo um termômetro
Temperatura - Materiais
Utilizados

Termômetro Digital:

• Colocar a ponta metálica na:


Axila, ânus ou boca em contato direto com a
pele ou as mucosas e esperar até ao sinal
sonoro, para verificar a temperatura e anotar.
Temperatura - Materiais Utilizados

• Termômetro infravermelho: apontar a ponta do


termômetro para a testa ou para o interior do canal
auditivo e apertar o botão.

• Após o “bip” o termômetro mostrará a temperatura


imediatamente e esta deverá ser anotada em prontuário.
Temperatura • A temperatura corporal considerada normal
para o bebê e a criança é ligeiramente diferente
em Crianças do adulto, sendo que a temperatura varia entre
os 36ºC e 37ºC.
Temperatura em Crianças
• Cuidados e medicação

• Retirar o excesso de roupa;


• Tomar um banho morninho é uma forma de
baixar a temperatura corporal;
• Uso de compressas com água em temperatura
ambiente pode ajudar;
• Mas quando isso não é suficiente, o médico
pode recomendar o uso de um antitérmico,
também conhecido como antipirético, para
baixar a febre.
Frequência Cardíaca - FC

Conceito
• Frequência cardíaca (FC) é a velocidade do ciclo cardíaco medida pelo
número de contrações do coração por minuto (bpm).

Objetivos
• Avaliar e monitorar as condições hemodinâmicas do paciente;
• Detectar e monitorar arritmias cardíacas;
• Avaliar os efeitos de medicamentos que alterem a FC;
• Verificar a frequência, ritmo e amplitude do pulso.
Frequência Cardíaca - FC
• Esta pulsação é percebida como uma onda de sangue sendo
bombeado na circulação arterial, pela contração do ventrículo
esquerdo.

• Características das pulsações como frequência, qualidade, ritmo, e


volume dão informações sobre a eficácia do coração como uma
bomba e a adequação do fluxo sanguíneo periférico.
Frequência Cardíaca - FC
• Como aferir?

• A FC pode ser aferida sobre artéria periférica, geralmente


pulso radial,

• Ou auscultada com estetoscópio acima do ápice cardíaco,


também chamado de pulso apical ou a pulsação no ápice
do coração.
Avaliação dos
SSVV - Pulso
• Ritmo:
Rítmico
Arrítmico

• Amplitude:
Cheio
Filiforme
Terminologia
s
• Normocardia: FC dentro da normalidade;
• Taquicardia: Aumento da FC acima do normal;
• Bradicardia ou bradisfigmia: Pulso abaixo da faixa normal (FC baixa)
• Pulso cheio: Indica volume normal do pulso periférico, isto é,
enchimento arterial adequado;
• Pulso filiforme, fraco, débil: Termos que indicam redução da força ou
volume do pulso periférico;
• Pulso irregular: Os intervalos entre os batimentos são desiguais;
• Pulso dicrótico: “Impressão” de 2 batimentos.
Materiais

• Relógio ou cronômetro digital;


• Papel e caneta;
• Estetoscópio (se for o caso verificação Pulso apical).
Avaliação dos SSVV - Pulso
Procedimento

• Higienizar as mãos;
• Colocá-lo sentado ou deitado (confortável);
• Braço apoiado e mão voltada para cima;
• Com os dedos médio e indicador, localizar a
artéria radial na face interna do punho, do lado
do polegar;
• Pressionar e avaliar a Frequência Cardíaca/
Pulso: conte o número de batimentos por 1
minuto, repita se necessário.
• Anotar.
OBS: O pulso fraco e fino, também chamado
filiforme, geralmente está associado à diminuição
do volume sanguíneo (hipovolemia).
Avaliação dos SSVV -
Pulso
• Unidade: Batimentos por minuto (bpm)
• Frequência cardíaca (FC) = Pulso pode
ser:
• 60 a 100 bpm (normocárdico);
• < 60 bpm (bradicárdico);
• >100 bpm (taquicárdico).

• Bradisfigmia – Lento (< 60 bpm).


• Taquisfigmia – Acelerado (> 100 bpm).
Aferição da FC no Pulso Apical

• Higienizar as mãos;
• Explicar o procedimento ao usuário;
• Colocar o paciente em posição confortável
preferencialmente sentado;
• Realizar a desinfecção das olivas do estetoscópio
com algodão ou gaze embebida de álcool 70%;
• Introduzir as olivas nos ouvidos com as
extremidades curvas para frente, em direção à
face.
Aferição da FC no Pulso Apical

• Identificar o pulso que será utilizado, imediatamente à


esquerda da linha hemiclavicular no quarto espaço
intercostal esquerdo;
• Coloque o estetoscópio no quinto espaço intercostal, na
linha clavicular média, ou seja, acima do ápice cardíaco,
(no adulto abaixo da linha mamária, na criança na linha
mamilar);
• Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o local;
• Aproximar o cronômetro ou relógio do local;
• Realizar a contagem dos batimentos cardíacos por 1
minuto.
Aferição da FC no pulso apical

• Observar o ritmo e a qualidade do som;


• Comunicar ao usuário ou acompanhante sobre
o resultado;
• Realizar a higienização das mãos;
• Fazer as orientações pertinentes;
• Realizar os registros necessários.
Frequência Respiratória -
FR
• A frequência respiratória é o número de
respirações que uma pessoa realiza por
minuto.

• Portanto, é importante verificar os valores


de cada grupo antes de realizar qualquer
registro.
Avaliação dos SSVV –
Frequência Respiratória

• A Frequência Respiratória (FR) deve ser


monitorada imediatamente após a avaliação
do pulso:
• Mantenha os dedos sobre a artéria radial;
• Conte o número de incursões respiratórias,
observando a elevação e o abaixamento da
caixa torácica;
• Avalie a frequência: conte o número de
incursões durante 1 minuto.
• Compare com os valores normais.
Frequência Respiratória
OBSERVAÇÕES

• Durante o procedimento:
• Orientar que o paciente não fale;
• Não dizer que observará a
respiração;
• Em alguns pacientes a respiração é +
abdominal, em outros, + torácica.
Avaliação da FR
• Recém nascidos: 30 a 40 irpm;
• Adolescentes e adultos: 12 a 20 irpm;
• 12 – 20 irpm (eupneia)
• < 12 irpm (bradipneia)
• > 20 irpm (taquipneia)

OBS: preocupante:
• Bradipneia < que valores normais;
• Taquipneia > que valores normais;
• Dispneia: dificuldade respiratória;
• Apneia: parada respiratória;
• Eupneico: parâmetros normais.
Procedimento
Colocar a mão no pulso do cliente, simulando verificar o
pulso, para evitar alterações na FR;

Avaliação Observar os movimentos de abaixamento e elevação do


tórax; os dois movimentos (inspiratório e expiratório)
da FR somam um movimento respiratório;
Contar os movimentos respiratórios por 1 minuto;

Anotar o valor obtido no impresso próprio;

Deixar o cliente confortável e a unidade em ordem.


Frequência Respiratória - FR

• Taquipneia
• Hiperpneia
• Bradipneia
• Apneia
• Dispneia suspirosa
• Ritmo de Cantani
• Respiração de Kussmaul
• Ritmo de Biot
• Ritmo de Cheynes-
Stockes
• Taquipneia
• Consiste no aumento do número de incursões
respiratórias em relação à unidade de tempo.
ALTERAÇÕES • Condições fisiológicas de repouso em adultos, a FR fica
DA FR em torno de 12 a 20 incursões respiratórias por minuto
(irpm).
• Dessa maneira, uma frequência superior a isso, se
enquadra na denominação de taquipneia.
Hiperpneia

• É a elevação da ventilação alveolar secundária não apenas o


ALTERAÇÕES aumento da FR, mas também, o aumento da amplitude dos
movimentos respiratórios.
DA FR • Dentre as situações que podem cursar com hiperpneia, temos:
a vigência de acidose metabólica, febre, crises de ansiedade,
dentre outros.
ALTERAÇÕES
DA FR • Pode surgir por diversas situações, sendo assim, como
o seu “oposto”- a taquipneia - um achado não
específico do exame físico.
• Apneia é a interrupção dos
movimentos respiratórios por
um período prolongado.

• Não devemos confundir o


conceito de apneia com o de
hipopneia.

• Isso porque, enquanto a


hipopneia é a redução menos
acentuada do fluxo de ar, de
mais de 30%, já a apneia,

ALTERAÇÕES DA significa a completa obstrução


do fluxo de ar para os
pulmões.
FR
VIDEO-AULA
Atividade
1. Descrever os locais de aferição e os valores normais e as alterações da
Temperatura.

2. Descrever os locais de aferição do Pulso/FC e seus


valores de referência.

3. Descrever as técnicas para a avaliação da


respiração e seus valores normais e alterações.

4. Reunir em dupla, fazer a aferição dos SSVV e


anotar.

5. Faça uma anotação de enfermagem dos SSVV aferidos.


• Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de
enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde / Secretaria da
Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS,
2014. 162 p. – (Série Enfermagem) 1. Administração da saúde. 2.
Atenção básica. 3. Enfermagem/ normas. 4. Serviços de saúde. I.
Atenção básica. II. Título: Manual de Normas, Rotinas e
procedimentos de Enfermagem. III. Série Enfermagem.
• POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7. ed.
São Paulo: Elsevier, 2009

Referência Carvalho T, Milani M, Ferraz AS, Silveira AD, Herdy AH, Hossri CAC,
et al. Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular – 2020. Arq
Bras Cardiol. 2020; 114(5):943-987.2020. Disponível em:

s 11405022.pdf (cardiol.br)
• UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO. Procedimento operacional padrão. Verificação da
frequência respiratória em recém-nascidos. Disponível em:
www.hu.ufsc.br.

• CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio; et al. Procedimentos


de Enfermagem - Guia Prático. Guanabara Koogan, 08/2009.

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