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APH 04

. MNEMÔNICO SAVC
. OBJETIVO DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA
. SINAIS VITAIS
. ESCALA DE COMA DE GLASGOW – ATUALIZADA
. MANOBRA DE HEIMLICH
. QUEIMADURAS

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O QUE É SAVC?
• O suporte avançado de vida (SAV) ou a reanimação
cardio-respiratória (RCR) assistida, ou (RCRA) consistem
na ressuscitação com uso de equipamento adicional ao
usado no suporte básico ou CAB (Compressão, ventilação
e vias aéreas), podem ser aplicadas técnicas de uso
exclusivo do médico ou pessoal treinado e amparado pela
lei.

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QUAL O OBJETIVO DO SUPORTE BÁSICO
DE VIDA?
• Suporte básico de vida (SBV) é o conjunto de medidas e procedimentos
técnicos que objetivam o suporte de vida à vítima. O SBV é vital até a chegada
do SIV (Suporte intermediário de vida - transporte até o hospital).
• O objetivo principal é não agravar lesões já existentes ou gerar novas lesões
iatrogênicas
• O termo iatrogênica deriva do grego (iatros = médico / gignesthai = Nascer,
que deriva da palavra genesis = produzir) e significa qualquer alteração
patológica provocada no paciente pela má prática médica .

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SINAIS VITAIS: SAIBA COMO
IDENTIFICAR
• O nome já diz! Sinais vitais são as medidas corporais básicas de um
ser humano, essenciais para que ele esteja bem, e devem ser
medidos e acompanhados por profissionais sempre que o indivíduo
desejar saber como vai a saúde, bem como quando não estiver
sentindo-se bem.

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FREQUÊNCIA CARDÍACA E FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA
• É preciso utilizar as mãos. Assim, para avaliar a frequência cardíaca, coloque os
dedos indicador e médio na artéria radial, que está localizada na parte interna do
pulso, próxima ao polegar, e sinta a pulsação. Caso não seja possível, pode verificar
na artéria carótida, localizada na lateral do pescoço, também utilizando os dois
dedos e pressionando. Mas, cuidado para não apertar demais, pois dessa forma
poderá prejudicar a medição. Então, pressione apenas o suficiente para sentir o
batimento.
• Os batimentos devem ser verificados durante um minuto ou por 30 segundos.
Geralmente, adultos em condições normais tem entre 60 e 80 batimentos cardíacos
por minuto. Para verificar a frequência respiratória, ponha a mão próxima às narinas
do paciente para sentir se há entrada e saída de ar. Outra forma é encostar a cabeça
no tórax do paciente e sentir os movimentos.
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FREQUÊNCIA CARDÍACA (PULSO)
• Frequência: número de pulsações por minuto;
• Ritmo: Pode ser regular ou irregular, quando os intervalos não são
sempre iguais; e
• Amplitude: O quanto a artéria se enche de sangue.
• Acima ou abaixo disso os seguintes valores podem ser sinal de:
• Frequência correta: Entre 60 e 90 bpm
• Bradicardia: Cifras abaixo de 60 bpm
• Pulso acelerado: Entre 90 e 100 bpm, como exceção para
adolescentes;
• Taquicardia: Acima de 110 bpm.

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PULSO: FC OU BPM
• O pulso radial é habitualmente o mais verificado.
Média normal do pulso:
Lactentes: 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)
Abaixo de 7 anos: 80 a 120 bpm
Acima de 7 anos: 70 a 90 bpm
Puberdade: 80 a 85 bpm
Homem: 60 a 70 bpm
Mulher: 65 a 80 bpm
Acima dos 60 anos: 60 a 70 bpm

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RESPIRAÇÃO: FR OU IRPM
• A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigênio
e retirar o excesso de dióxido de carbono.
Valores normais:
Homem: 16 a 18 mpm (movimentos por minuto)
Mulher: 18 a 20 mpm
Criança: 20 a 25 mpm
Lactentes: 30 a 40 mpm

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RESPIRAÇÃO
• Nessa análise são levados em conta 3 aspectos
• Frequência de deslocamento respiratório por minuto
• Ritmo: Regular ou irregular
• Intensidade: profunda ou superficial
• Conforme se observam alterações nos movimentos respiratórios, essas situações são
• Classificadas de diferentes maneiras segundo uma terminologia:
• Apneia: Parada respiratória;
• Bradipneia: Respiração lenta;
• Taquipneia: Respiração acelerada;
• Dispneia: Dificuldade para respirar;
• Ortopneia: Só é possível respirar com a coluna ereta.
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PRESSÃO ARTERIAL
• Neste caso, a pressão arterial pode ser medida com aparelhos específicos. Em
locais especializados em saúde, há equipamentos automáticos e instrumentos
manuais para fazer a medição.
• O paciente deverá ficar em repouso, quieto e sem que tenha acabado de
realizar algum esforço físico, mesmo que mínimo. É considerada normal uma
leitura menor que 120/80 (ou 12/8). Valores maiores que esses são classificados
como hipertensão (pressão alta) e o paciente deve procurar auxílio. Ela também
pode ser medida fora dessas condições em pacientes que estão sendo
resgatados de situações de urgência ou emergência.

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PRESSÃO ARTERIAL
• É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a
verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica.
• A pressão arterial normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não fica
sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos
da seguinte forma:
• PRESSÃO ARTERIAL NORMAL – pacientes com pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão
diastólica menor que 80 mmHg.
• PRÉ-HIPERTENSÃO – pacientes com pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre
80 e 89 mmHg.
• HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 – pacientes com pressão sistólica entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica
entre 90 e 99 mmHg.
• HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 – pacientes com pressão sistólica acima de 160 mmHg ou pressão diastólica
acima de 100 mmHg.
• CRISE HIPERTENSIVA – pacientes com pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima
de 110 mmHg.
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O QUE É A FEBRE
• A febre é uma elevação da temperatura
normal do corpo que pode ocorrer em
função de diversos fatores. Trata-se de um
mecanismo de defesa do organismo que é
ativado quando há algo de anormal em
seu funcionamento. O aumento da
temperatura busca destruir invasores,
geralmente vírus e bactérias.

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TEMPERATURA
• A melhor forma para medir a temperatura do paciente é por meio de um
termômetro. Há diversas opções no mercado, de vidro, digital, de ouvido,
entre outros. Ele também pode ser utilizado de forma oral, retal ou debaixo
da axila. Higienize o aparelho com álcool antes de utilizá-lo e caso seu
termômetro seja a pilha, veja se há bateria, pois poderá comprometer o
resultado.
• Temperatura elevada acima de 38º apresenta quadro febril e, a melhor
forma é procurar um profissional. Estar febril é um indicativo de que algo não
está funcionando bem. Por isso, fique atento.

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TEMPERATURA
• Axila: 35,8º C a 37º C
• Boca: 36,3 º C a 38º C
• Reto: 37º C a 38º C
• Temperaturas alteradas
• Entre 37,6º C e 38,9º C: Febre
• Acima de 39º C: Hiperpirexia
• Abaixo de 36,5 º C: Hipotermia

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DOR
• A intensidade da dor pode ser
medida em diferentes escalas:
numéricas, visuais ou com uma
classificação entre suportável e
insuportável.
Com essa escala respondida
pelo próprio paciente, o médico
ou enfermeiro consegue avaliar a
gravidade da situação. Escala
que vai de 01 a 10.
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SINAIS VITAIS EM BEBÊS
• Frequência cardíaca: Entre 100 e 160 bpm
• Respiração: 30 a 60 mrpm
• Pressão arterial: Sistólica entre 104 e 127 mm Hg, e a diastólica
entre 67 e 82 mm Hg;
• Temperatura: Acima dos 37º C é considerada febre.

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O QUE É UMA PESSOA RESPONSIVA E
IRRESPONSIVA?
• Que reage ou responde de forma esperada ou
apropriada em determinada situação (ex.: o linfoma
foi responsivo ao tratamento; site responsivo).

• Irresponsivo: Que ou quem não responde. [Figurado]


Que ou quem não coopera

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ESCALA DE COMA DE GLASGOW
• A qualidade da consciência de um paciente é o parâmetro mais básico e mais crítico que
exige avaliação. O nível de consciência de um paciente e de resposta ao ambiente é o
indicador mais sensível de disfunção do sistema nervoso.

A escala de coma de Glasgow foi publicada oficialmente por Teasdale e Jennet em 1974, na
revista Lancet, como uma forma de se avaliar a profundidade e duração clínica de
inconsciência e coma.

Essa escala permite ao examinador classificar objetivamente as três principais respostas do
paciente ao ambiente: abertura dos olhos, verbalização e movimento. Em cada categoria, a
melhor resposta recebe uma nota. O escore total máximo para uma pessoa totalmente
desperta é de 15. Um escore mínimo de 3 indica um paciente completamente não
responsivo. Um escore geral de 8 ou menor está associado ao coma. Essa escala não é útil
como um guia de avaliação de pacientes em comas prolongados, ou durante recuperação
prolongada de lesão encefálica grave.
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ESCALA DE COMA DE GLASGOW:
CONFIRA O QUE MUDOU
• A Décima Edição do Advanced Trauma Life Suport (ATLS 10), trouxe mudanças no uso da
escala.

• A Escala de Coma de Glasgow (ECG), publicada pela primeira vez em 1974, até hoje é
usada como medida clínica objetiva da gravidade da lesão cerebral em pacientes,
incluindo os politraumatizados. A Décima Edição do Advanced Trauma Life Suport (ATLS
10), trouxe mudanças no uso da escala.

• Pontuação ECG = (O [4] + V [5] + M [6]) = Melhor pontuação possível 15; pior pontuação
possível 3. Se uma área não puder ser avaliada, nenhuma pontuação numérica será dada
àquela região e será considerada “não testável”.

APH Resgate – Primeiros Socorros


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ECG ORIGINAL ESCALA REVISADA PONTUAÇÃO
Abertura ocular (O) Abertura ocular (O) OCULAR

Espontânea Espontânea 4
Ao estímulo verbal Ao estímulo verbal 3
Ao estímulo doloroso À pressão 2
Nenhuma Nenhum 1
Não testável NT

Resposta verbal (V) Resposta verbal (V) VERBAL


Orientado Orientado 5
Conversa confusa Confuso 4
Palavras inapropriadas Palavras 3
Sons incompreensíveis Sons 2
Nenhuma Nenhuma 1
Não testável NT
Resposta motora (M) Resposta motora (M) MOTORA
Obedece a comandos Obedece a comandos 6
Localiza dor Localizando 5
Movimento de retirada Flexão normal 4
Flexão anormal
Flexão anormal 3
(decorticação)
Extensão (descerebração) Extensão 2
Nenhum (flácido) Nenhuma 1 ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR - APH
Não testável NT Instrutor Enf. Cristiano - Coren 514.697
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MANOBRA DE HEIMLICH
OBSTRUÇÃO GRAVE EM
PACIENTE RESPONSIVO
• Posicionar-se por trás do paciente, com seus braços à altura da crista ilíaca;
• Posicionar uma das mãos fechada, com a face do polegar encostada na parede
abdominal, entre apêndice xifóide e a cicatriz umbilical;
• Com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprimir o abdome em
movimentos rápidos, direcionados para dentro e pra cima (em j)
• Repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não responsivo.
• Obs: Em pacientes obesas e gestantes no último trimestre, realize as compressões
sobre o esterno (linha intermamilar) e não sobre o abdome.

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OBSTRUÇÃO GRAVE EM BEBÊ RESPONSIVO
• O profissional deve sentar-se para realizar a manobra;
• Posicionar o bebê em decúbito ventral sobre o antebraço do
profissional,
que deve apoiar a região mentoniana do bebê com os dedos em
fúrcula;
• Apoiar o antebraço que suporta o bebê sobre sua coxa, mantendo a
cabeça em nível discretamente inferior ao tórax;
• Aplicar ciclos repetidos de cinco golpes no dorso (entre as escápulas
e com o calcanhar da mão), seguidos de cinco compressões torácicas
logo abaixo da linha intermamilar, até que o objeto seja expelido ou o
bebê torne-se irresponsivo.
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MANOBRA DE HEIMLICH EM
CADEIRANTE QUE ESTÁ
ENGASGADO/SUFOCADO
MANOBRA DE HEIMLICH EM CADEIRANTE
QUE ESTÁ ENGASGADO/SUFOCADO
• Se a pessoa engasgada estiver em uma cadeira de rodas, isso não irá impedi-lo de
auxiliá-lo na desobstrução das vias aéreas, você precisará somente se agachar por trás
da vítima, adaptando a manobra Heimlich.
• É importante ressaltar que existem 2 tipos de engasgo/obstrução:
• Se for uma obstrução leve ou parcial – a pessoa está consciente e ainda consegue
respirar – a vítima então deve ser acalmada e incentivada a tossir vigorosamente (se a
mesma já for capaz de entender), o estímulo da tosse é o meio mais eficaz para que
ocorra o desengasgo. Se a obstrução se mantiver e a pessoa ainda conseguir respirar
deve ser encaminhada ao pronto socorro.
• Se for uma obstrução grave ou total – quando a pessoa não consegue mais tossir, nem
falar, nem respirar – você deve fazer a manobra de desobstrução de vias aéreas
(Manobra de Heimlich).
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• Siga os passos a seguir:
• Peça ajuda: Se houver mais de uma pessoa no local, peça para que acione o
socorro especializado 192 ou 193. Se você estiver sozinho peça ajuda pelo seu
celular utilizando o recurso viva a voz.
• Não deixe a vítima sozinha!
• Trave os freios da cadeira de rodas se possível, para que a cadeira não
escorregue.
• Fique agachado atrás da vítima e envolva seus braços ao redor das costelas,
cerre o punho com uma das mãos e com a outra mão abrace o punho.
Posicione as mãos logo abaixo do osso esterno, na altura do estomago (ver
figura). Em seguida, puxe o corpo da vítima para junto do seu corpo e
comprima vigorosamente fazendo o movimento para dentro e para cima sem
parar, até que o desengasgo aconteça.
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• Se a pessoa engasgada perder a consciência enquanto você
presta o atendimento, deite-a no chão e inicie as manobras
de reanimação cardiopulmonar.

• Importante! Durante as manobras de desengasgo o alimento


ou objeto que causou o engasgo pode aparecer na boca da
vítima, fique de olho para retirá-lo se for possível.

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QUEIMADURAS
• Quando falamos em queimaduras da pele, logo nos vem à cabeça as
queimaduras térmicas, provocadas por fogo ou intenso calor. Porém, não só
o calor é capaz de provocar queimaduras.
• De forma abrangente, as queimaduras ocorrem quando um grande grupo
de células da pele ou de outros tecidos são agudamente destruídas por
calor, descarga elétrica, fricção, frio excessivo, contato com produtos
químicos ou radiação.
• As queimaduras podem ser leves ou profundas, pequenas ou extensas. A
gravidade do quadro depende exatamente desses dois fatores: extensão e
profundidade.

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GRAUS
• As queimaduras são classificadas de
acordo com a sua profundidade e
tamanho, sendo geralmente mensuradas
pelo percentual da superfície corporal
acometida. Classicamente, as
queimaduras são classificadas em 1º, 2º e
3º graus, de acordo com a camada de
pele acometida.

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QUEIMADURAS DE PRIMEIRO GRAU

• Também chamada de queimadura superficial, são aquelas que


envolvem apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele.
• Os sintomas da queimadura de primeiro grau são intensa dor e
vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca.
• A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas.
Geralmente melhoram após 3 a 6 dias, podendo descamar, e não
deixam sequelas.

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Queimaduras de 2º grau
• As queimaduras de segundo grau são atualmente divididas em 2º grau superficial e 2º
grau profundo.
• A queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais
superficial da derme.
• Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau incluindo ainda o aparecimento
de bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar até
3 semanas; não costuma deixar cicatriz mas o local da lesão pode ser mais claro.

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• As queimaduras de 2º grau profundas
são aquelas que acometem toda a
derme, sendo semelhantes às
queimaduras de 3º grau. Como há risco
de destruição das terminações nervosas
da pele, este tipo de queimadura, que é
bem mais grave, pode até ser menos
doloroso que as queimaduras mais
superficiais. As glândulas sudoríparas e
os folículos capilares também podem
ser destruídos, fazendo com a pele
fique seca e perca seus pelos. A
cicatrização demora mais que 3
semanas e costuma deixas cicatrizes

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QUEIMADURAS DE 3º GRAU
• São as queimaduras
profundas que acometem
toda a derme e atinge tecidos
subcutâneos, com destruição
total de nervos, folículos
pilosos, glândulas
sudoríparas e capilares
sanguíneos, podendo
inclusive atingir músculos e
estruturas ósseas. São lesões
esbranquiçadas/acinzentadas
, secas, indolores e
deformantes que não curam
sem apoio cirúrgico,
necessitando de enxertos. ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR - APH
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QUEIMADURA DE 4º GRAU

• Envolvem pele, músculo


e osso. Elas
frequentemente ocorrem
com queimaduras
elétricas e podem ser
mais graves do que
aparentam. Podem
causar complicações
graves e devem ser
tratadas por um médico
imediatamente.

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EXTENSÃO
• Além da profundidade da
queimadura, também é importante a
extensão da lesão. Todo paciente
com lesões de 2º ou 3º grau devem
ser avaliados em relação ao
percentual da área corporal atingida,
de acordo com o diagrama exposto
ao lado. Quanto maior for a
extensão das queimaduras, maiores
serão os riscos de complicações e
morte.

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• O diagrama não tem valor para queimaduras de 1º grau ou queimaduras solares.
Não é preciso entrar em pânico se após um dia de sol você ficar com mais de 50%
do corpo queimado.

• Se as queimaduras não acometem um região inteira do corpo, um modo simples


de calcular a extensão da lesão é usar a área de uma palma da mão como
equivalente a 1% da superfície corporal.

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Queimadura leve

• Menos de 10% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau.


• Menos de 5% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau.
• Menos de 2% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.

Queimadura moderada

• 10 a 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau.


• 5 to 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau.
• 2 to 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.
• Suspeita de queimaduras do trato respiratório por inalação de ar quente.
• Queimaduras leves em pacientes com doenças que predisponham infecções, tais como
imunossupressão, diabetes ou anemia falciforme.
• Queimaduras em formato circunferencial, tipo pulseira, colar ou bracelete.
Queimadura grave

• Mais de 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau.


• Mais de 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º
grau.
• Mais de 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.
• Queimaduras elétricas por alta voltagem.
• Queimaduras comprovadas do trato respiratório por inalação de ar quente.
• Queimaduras significativas na face, olhos, orelhas, genitália ou articulações.
• Outras graves lesões associadas a queimadura, como fraturas e traumas.

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O QUE É UMA QUEIMADURA LEVE?
• A maioria das pessoas pensa que uma queimadura leve ou simples é algo como aquelas
pequenas queimaduras que ocorrem ao se encostar em uma panela quente ou após um
dia de sol sem protetor solar. Na verdade, consideramos queimaduras leves aquelas que
não cursam com risco de morte nem causam alterações metabólicas no organismo que
necessitem de tratamento intra-hospitalar.
• Dentro deste conceito podem estar incluídas queimaduras profundas e com risco de
cicatrização deformante, aquelas que o senso comum nunca chamaria de queimadura
simples.
• A classificação de gravidade da queimadura depende do grau, da causa, do potencial
para haver complicações e, principalmente, da extensão da lesão. A aparência estética da
lesão não serve para definir a gravidade de um queimado. Por isso, você pode até ter
uma pequena queimadura de 3º grau e ainda assim isso ser considerado uma queimadura
leve.
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• Sendo assim, consideramos uma queimadura leve quando ela apresenta as
seguintes características:
• Existem apenas queimaduras de 1º grau.
• As queimaduras de 2º grau acometem menos de 10% da superfície corporal
de um adulto (em torno de 7,5 cm no maior diâmetro).
• As queimaduras de 2º grau acometem menos de 5% da superfície corporal
de uma criança ou idoso.
• As queimaduras de 3º grau acometem menos de 2% da superfície corporal
e não há outras lesões traumáticas associadas.

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• Além dos requisitos acima, para ser considerada uma queimadura simples também são
necessários que:
• A queimadura seja isolada (sem inalação de ar quente ou queimadura por eletricidade)
• Não acometa olhos ou grandes áreas da face, mãos, períneo ou pés.
• Não envolva completamente grandes articulações como joelhos ou ombros, por
exemplo.
• Não envolva uma área do corpo de forma circunferencial (em forma de pulseira, colar ou
anel), pois áreas queimadas ficam inchadas, e queimaduras circunferenciais podem
obstruir o fluxo de sangue para regiões adjacentes.
• Os critérios acima servem para avaliar a necessidade ou não de internação hospitalar.
Entretanto, o fato de uma queimadura não ser considerada moderada ou grave não
obrigatoriamente elimina a necessidade de uma avaliação médica.

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• Qualquer queimadura que destrua a camada superficial da pele ou envolva uma
extensão maior que 1% do corpo (equivalente ao tamanho de uma palma da
mão) deve ser avaliada por um médico. O mesmo vale para qualquer queimadura
elétrica ou por produtos químicos.

• A forma mais comum de queimadura leve é através da exposição solar


exagerada sem a protetor solar. Acidentes na cozinha durante a preparação de
comida também são comuns, principalmente se há fritura com óleo.

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TRATAMENTO
• As primeiras providências após uma queimadura são esfriá-la e limpá-la.
Comece com água corrente fria na lesão por até 15 minutos. Atenção: a
água deve ser fria, não gelada. Nunca coloque gelo nas lesões, pois o
mesmo também pode queimar a pele e agravar o quadro.
• Inicialmente não é preciso nenhum produto de limpeza específico, basta
água e sabão simples. Não aplique nenhuma substância sobre a lesão,
principalmente manteiga, óleos, pasta de dente, café, etc. Essas receitas
caseiras para tratar queimaduras não funcionam, podem agravar a lesão e
ainda aumentam o risco de infecção da ferida.
• Se a pele não estiver intacta, não aplique nenhuma substância que não
tenha sido indicada por um médico. A imensa maioria das receitas caseiras
contra queimadura fazem mais mal do que bem.

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• Se a queimadura for simples, pequena e superficial,
pode não ser necessário atendimento médico e, após o
devido resfriamento e limpeza da ferida, pode-se aplicar
um hidratante a base de Aloe Vera (babosa ou aloés) ou
vaselina.

• Na maioria dos casos, as queimaduras de 1º grau saram


espontaneamente após 3 a 6 dias.

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QUEIMADURAS MAIS PROFUNDAS
• Se a pele estiver danificada, envolva a lesão com compressas ou gazes úmidas (estéreis de
preferência). Não use materiais que possam ficar aderidos à pele, como algodão, por
exemplo. Se precisar usar ataduras, tome cuidado para que ela não faça compressão sobre a
queimadura. Sempre procure proteger a pele sem pressioná-la.
• Retire qualquer tipo de roupa ou objeto que esteja sobre a lesão. Se os mesmos estiverem
aderidos, não force para não lesionar ainda mais a pele; deixe que um médico resolva o
problema.
• Se houver bolhas, nunca as estoure; se houver pele pendurada, não a arranque. Se houver
sinais de pele carbonizada ou morta, deixe o médico decidir como proceder. Tenha cuidado
na hora de limpar a ferida.
• Se não houver contra-indicações, o paciente pode tomar um analgésico,
como paracetamol ou dipirona para o controle da dor. Queimaduras de 1º grau ou 2º grau
superficiais são muito dolorosas. Se a queimadura for grande, muitas vezes é necessário um
analgésico opioide para alívio da dor, como tramadol, por exemplo.
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• Mais uma vez, se a lesão for
extensa ou houver dano da
camada superficial da pele,
procure atendimento
médico.

• Todo paciente com


queimaduras que
provoquem exposição das
camadas mais profundas
da pele deve receber
vacina contra tétano

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COMPLICAÇÕES
• A pele é o maior órgão do nosso corpo, serve de barreira contra a invasão de germes do
exterior e contra a perda de calor e líquidos, sendo essencial para o controle da
temperatura corporal. Qualquer paciente com critérios para queimaduras moderadas ou
graves deve ser internado para receber tratamento imediato, pois há sério risco de
complicações.
• O primeiro problema das queimaduras é a quebra da barreira de proteção contra germes
do ambiente, favorecendo a infecção das feridas por bactérias da pele e o
desenvolvimento da sepse.
• Outra complicação é a grande perda de líquidos dos tecidos queimados. Quando a
queimadura é extensa, a saída de água dos vasos é tão intensa que o paciente pode
entrar em choque circulatório. A insuficiência renal aguda também é uma complicação
grave nos grandes queimados, assim como a hipotermia por incapacidade do corpo em
reter calor devido a granes áreas de pele queimada.

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• Quando a área do tórax e do pescoço são acometidas por queimaduras mais
profundas, a cicatrização torna a pele muito rígida e retraída, o que pode
atrapalhar os movimentos da respiração. Neste caso é necessária a escarotomia,
uma incisão cirúrgica da pele de modo a impedir a que a falta de elasticidade da
mesma cause compressão das estruturas internas. Como as mãos são áreas de
intensa articulação e movimento, cicatrizações de queimaduras podem ser muito
limitantes. Por isso, este tipo de queimadura deve sempre ser avaliada por um
médico.

• Queimaduras circunferenciais são perigosas pois há risco de compressão de


estruturas internadas devido ao inchaço que qualquer queimadura provoca. No
membros podem comprimir nervos e vasos. No pescoço podem comprimir as vias
aéreas.

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• Outra grave complicação é a queimadura por inalação de ar
quente que pode impedir o paciente de conseguir respirar
adequadamente, seja por lesão direta dos pulmões ou por
edema e obstrução das vias aéreas.

• Quando as lesões são de 3º grau a pele não é capaz de se


curar sozinha, sendo necessária a implantação de enxertos
de pele para que o interior do organismo não fique exposto
ao meio externo. Também é essencial a vacinação contra
o tétano.

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•“Acredite em si próprio, e
chegará um dia em que os
outros não terão outra
escolha, senão acreditar com
você” Cynthia Kersey.

FIM

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