Você está na página 1de 52

Preparatório Concurso FMS

AULA DE CONHECIMENTO ESPECÍFICO


Data: 08/03/23
Sinais vitais
• São os sinais clínicos de vida;
• Refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante
das interações entre os sistemas do organismo e
uma determinada doença.

Temperatura
Pulso
Freqüência respiratória
Pressão arterial
Dor
RECOMENDAÇÕES PARA VERIFICAÇÃO
DE SSVV
• Durante a admissão hospitalar;
• De acordo com as prescrições médicas escritas;
• Uma vez ao dia, quando o paciente estiver
estável; No mínimo de 4 em 4 horas, quando
um dos sinais mostram-se anormais;
• A cada 5 ou 15 min, quando um paciente
estiver instável ou correr risco de mudanças
fisiológicas rápidas;
• Antes, durante e após uma transfusão
sanguínea;

• Antes da administração de medicamentos


capaz de afetar qualquer um dos sinais
vitais e, em seguida, para monitorar o
efeito da droga.
Temperatura
Equilíbrio: Calor produzido / Calor eliminado
Hipotálamo(Termostato Corpóreo)

Fatores que alteram a temperatura:

• Ingesta alimentar, a idade, o clima, o sexo, o


exercício e as atividades, o ritmo circadiano, as
emoções, as doenças ou traumas, e os
medicamentos.
• TIPOS DE TERMÔMETROS:

De vidro
Eletrônicos
Timpânicos
Químicos
Digitais
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO-
TEMPERATURA
Oral:

• O termômetro de uso oral deve ser


individual e possuir bulbo alongado e
achatado;

• Posicionar sob a língua e deve ser mantido


firme com os lábios fechados, por 3
minutos.
• CI (AFERIÇÃO ORAL)

• Esse método é contra-indicado em


crianças, idosos, doentes graves,
inconscientes, com distúrbios mentais,
portadores de lesões orofaríngeas e,
transitoriamente, após o ato de fumar e
ingestão de alimentos quentes ou frios.
TEMPERATURA- AFERIÇÃO ORAL

• OBS: Caso o pct esteja mascando


chiclete, tenha fumado um cigarro ou
consumido alimento ou bebida frios
ou quentes

Deve-se aguardar 30 min.


TEMPERATURA-AFERIÇÃO RETAL

• O termômetro retal é de uso individual e


possui bulbo arredondado e proeminente;

• Deve ser lubrificado e colocado no paciente em


decúbito lateral, inserido cerca de 3,5cm, em
indivíduo adulto, permanecendo por 3 minutos.

• É contra-indicada em pacientes submetidos a


intervenções cirúrgicas do reto e períneo,
e/ou que apresentem processos inflamatórios
locais.
• INGUINAL: é mais comumente
verificada em recém-nascidos.

• AXILAR: CI em casos de processos


inflamatórios locais.

• RETAL: CI nos casos de cirurgias no


reto ou períneo e com processos
inflamatórios locais.
• AURICULAR: Mais fidedigna.
• Variações de temperatura
• NORMAL: 36°C a 37°C

 Hipotermia: temperatura abaixo do valor normal


 Leve: Entre 32°C e 35°C
 Moderada : Entre 28°C e 32°C
 Grave : Abaixo de 28°C

 Hipertermia: temperatura acima do valor normal


 Estado febril: 37,2°C- 37,8°C
 Febre: 37,9°C- 39°C
 Pirexia: 39,1°C- 40,9°C
 Hiperpirexia = febre alta. A PARTIR DE 41°C
• Tipos de febre

• Intermitente: a temperatura corpórea aumenta em


algum período durante o dia, mais retorna ao normal
em 24 horas. Ex: malária.
• Remitente: permanece elevada por um dia ou mais, a
oscilação ultrapassa 2°C. Ex: abscessos, septicemias.
• Contínua: oscilação diária sem grandes alterações, não
ultrapassando 1°C. Ex: dengue e pneumonia.
• Recorrente: é caracterizada por períodos de febre
durante alguns dias, alternando – se com vários dias de
temperatura normal. Ex: neoplasias malignas.
PULSO
• É a onda provocada pela pressão do
sangue contra a parede arterial em cada
batimento cardíaco.
• AVALIAÇÃO
Quanto:
• Freqüência.
• Ritmo.
• Volume: forte e cheio, fraco e fino
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DO PULSO
• Habitualmente, faz-se a verificação do pulso na
artéria radial.
PULSO PEDIOSO PULSO TIBIAL POSTERIOR

PULSO POPLÍTEO
CARACTERÍSTICA DO PULSO
FREQUÊNCIA
NORMAL: 60 A 100 bpm

Normocárdico: número de pulsações


normais;
Bradicárdico: abaixo de 60 bpm;
Taquicárdico: acima de 100 bpm;
Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;
Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico.
• Volume:

 Pulso cheio
 Pulso fino ou filiforme

• Ritmo:

 Rítmico ou regular: o período entre os


batimentos se mantém constante;
 Arrítmico ou irregular. interrupção na
seqüência de sons cardíacos sucessivos.
• VALORES DO PULSO:

LACTENTE: 110 a 130 bpm


ABAIXO DE 7 ANOS: 80 a 120 bpm
ACIMA DE 7 ANOS: 70 a 90 bpm
PUBERDADE: 80 a 85 bpm
HOMEM: 60 a 70 bpm
MULHER: 65 a 80 bpm
ACIMA DOS 60 ANOS: 60 a 70 bpm
ADULTO: 60 a 80 bpm, 60 a
100 bpm
FATORES QUE INTERFEREM NO PULSO

• Idade;

• Ritmo circadiano: o pulso reduz pela


manhã e aumenta no final da tarde;

• Sexo: a média da frequência entre as


mulheres é cerca de 7 a 8 bpm mais
rápida;
• Estrutura física: pessoas altas e magras
possuem pulso mais lento se comparadas a
pessoas baixas e mais robustas;

• Estresse e emoções: aumentam o pulso;

• Volume de sangue: perda excessiva de


sangue aumenta o pulso.
• Exercício e atividade:
a frequência de pulsação aumenta com o
exercício e diminuem em repouso;
Aqueles que são fisicamente ativos
apresentam frequência de pulso mais baixa,
mesmo durante o exercício;

• Temperatura do corpo;

• Drogas: digitálicos diminuem o pulso.


Cafeína, nicotina aumentam o pulso.
PULSO APICAL
• Localizar o quinto espaço intercostal na linha
medioclavicular.
• Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o
ápice cardíaco e auscultar.

IMPORTANTE!!!

• Não se deve controlar o pulso no braço


onde se fez cateterismo cardíaco ou em
presença de fístula para hemodiálise
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA-
SINAIS VITAIS

• Normalmente é realizada seguida ao


controle do pulso, para evitar que o
paciente perceba e altere o resultado;

• Deve-se contar o número de respirações


no período de um minuto;
Freqüência respiratória

TIPOS DE MOVIMENTOS
RESPIRATÓRIOS

• Torácico ou costal: efetuado principalmente


pelos músculos costais do tórax, comum em
mulheres.

• Abdominal ou diafragmático: efetuado


pelos músculos abdominais, mais comum em
homens
ALTERAÇÕES DOS PADRÕES
RESPIRATÓRIOS
• APNÉIA: parada respiratória

• BRADIPNÉIA: respiração lenta e superficial.



Está associada à hipertensão
intracraniana, a outros danos cerebrais
e à overdose de drogas depressoras do
SNC

• TAQUIPNÉIA: respiração rápida e superficial.


Comum nos pacientes com pneumonia, edema
pulmonar, tromboembolismo, choque e acidose
metabólica, dor intensa e fratura das costelas
• EUPNEIA: presente no indivíduo que
respira normalmente

• DISPNÉIA: respiração difícil, que exige


esforço aumentado e uso de músculos
acessórios.

• ORTOPNEIA: dispnéia em decúbito,


aliviada pelo menos parcialmente ao
sentar, ou pela elevação parcial do tronco
• RESPIRAÇÕES CHEYNE – STOKES

• Caracteriza-se por aumento gradual na


profundidade das respirações, seguido
de decréscimo gradual dessa
profundidade, com período de apnéia
subsequente (APNÉIA REGULAR);
• RESPIRAÇÃO DE BIOT

• respiração com profundidade e freqüência


variadas, seguidas de período de apnéia,
irregular.
Freqüência respiratória
• VALORES
RN: 30 – 60 movimentos
respiratórios por minuto, (mrpm).

LACTENTE: 30-40 mrpm

ADULTO: 12 – 20 movimentos
respiratórios por minuto.
Valores de Referência segundo a Organização
mundial de saúde (OMS)
PRESSÃO ARTERIAL
 É a pressão que o sangue
exerce na parede das
artérias

 Pressão máxima ou
sistólica: momento em
que o ventrículo esquerdo
ejeta sangue através da
artéria aorta;
 Pressão mínima ou
diastólica: pressão
presente nas artérias na
fase de relaxamento do
músculo cardíaco
• A pressão arterial depende de 5 fatores:

FORÇA CONTRÁTIL DO CORAÇÃO: fraca


contração da bomba cardíaca leva a uma
queda na PA, pois diminui o débito cardíaco;

RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA:


quando o calibre dos vasos periféricos torna-
se reduzido (vasoconstrição) a pressão se
eleva, devido ao aumento da resistência;
VOLUME DO SANGUE CIRCULANTE:
quanto maior a quantidade de sangue no
interior dos vasos, maior será a pressão
exercida sobre estes;

VISCOSIDADE SANGUÍNEA: quanto


mais viscoso, mais alta será a PA;

ELASTICIDADE DA PAREDE DOS


VASOS: quanto menos elástica for a
parede do vaso, maior será a resistência
oferecida por ele e maior a PA.
• FATORES QUE AFETAM A PRESSÃO ARTERIAL
Idade: a PA tende a aumentar com a idade
devido a arteriosclerose e aterosclerose;
Ritmo circadiano: a PA tende a ficar mais baixa
após a meia-noite, começando a elevar-se em
torno de 4 ou 5h da manhã;
Sexo: as mulheres tendem a ter PA mais baixa do
que os homens da mesma faixa etária;
Exercício e atividade: a PA aumenta durante o
exercício e a atividade. Exercícios regulares
ajudam a manter a PA NORMAL.
MEDIÇÃO DA PA
• Preparo do paciente:
 Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo
em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo.
Deve ser instruído a não conversar durante a
medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas
antes ou depois do procedimento.
Certificar-se de que o paciente NÃO:
 Está com a bexiga cheia;
 Praticou exercícios físicos há pelo menos 60-90
minutos;
 Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
 Fumou nos 30 minutos anteriores.
O paciente deve estar sentado, com pernas
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso
recostado na cadeira e relaxado;
Braço: na altura do coração (nível do ponto
médio do externo ou 4º espaço intercostal),
apoiado, com a palma da mão voltada para cima
e o cotovelo ligeiramente fletido;
Manguito: distância de 2 a 3 cm acima do fossa
anti- cubital do braço;
LARGURA: 40% da circunferência
COMPRIMENTO: 80%
Etapas para a realização da medida da Pressão
arterial

1. Determinar a circunferência do braço no ponto


médio entre o acrômio e o olécrano.

2.Selecionar o manguito de tamanho adequado ao


braço.

3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm


acima da fossa cubital.

4. Centralizar o meio da parte compressiva do


manguito sobre a artéria braquial
Etapas para a realização da medida da Pressão
arterial
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial.

6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a


campânula ou o diafragma do estetoscópio sem
compressão excessiva.

7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30


mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação

8.Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2


mmHg por segundo).
Etapas para a realização da medida da Pressão
arterial
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som
(fase I de Korotkoff) e, depois, aumentar
ligeiramente a velocidade de deflação.

10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons


(fase V de Korotkoff).

11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do


último som para confirmar seu desaparecimento e,
depois proceder, à deflação rápida e completa.
Etapas para a realização da medida da Pressão
arterial

12. Se os batimentos persistirem até o nível zero,


determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV
de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero.
Observações
• No consultório A PA deve ser medida em toda
avaliação por médicos de qualquer
especialidade e demais profissionais da saúde
devidamente capacitados.

• Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a


cada dois anos para os adultos com PA ≤
120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com
PA > 120/80 mmHg e < 140/90 mmHg.
Observações

• Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos,


nos diabéticos, idosos e em outras situações em
que a hipotensão ortostática possa ser
frequente ou suspeitada.

• Medir a pressão em ambos os braços na


primeira consulta e usar o valor do braço onde
foi obtida a maior pressão como referência
Observações

• A medição da PA em crianças é recomendada


em toda avaliação clínica após os três anos de
idade, pelo menos anualmente, como parte do
atendimento pediátrico primário, devendo
respeitar as padronizações estabelecidas para os
adultos.
ATENÇÃO
• A posição recomendada para a medida
da pressão arterial (PA) é a sentada.

• Entretanto, a medida da PA na posição


ortostática deve ser feita pelo menos na
primeira avaliação, especialmente em
idosos, diabéticos, alcoólicos e
pacientes em uso de medicação anti-
hipertensiva
Cálculo de
Medicação
FÓRMULAS DE GOTEJAMENTO
Nº gotas/min= Vt(mL)
T(h) x 3

Microgotas/minuto= Vt(mL)
T(h)

Nº gotas/min = V X 20
T(min)
Cálculo de medicamentos

1 ML

1 GOTA

3 MICROGOTAS
Cálculo de medicamentos

Nº de microgotas = Nº de gotas x 3

1 ml = 60 Microgotas
Cálculo de medicamentos

• COLHER DE SOPA= 15 ml
• COLHER DE SOBREMESA=10 ml
• COLHER DE CHÁ=5 ml
• COLHER DE CAFÉ=3 ml
INSULINOTERAPIA

• O frasco e a seringa disponíveis na unidade


podem não ser proporcionais. Deve-se
proceder ao seguinte cálculo:

UI a serem aspirados = P x S
F

P = Quantidade de UI prescrita
S = Graduação da seringa disponível
F = Concentração do frasco disponível

Você também pode gostar