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Sinais Vitais

Interação Comunitária I
Sinais Vitais

 Segundo Mozachi (2005,p.28) “são os sinais das funções


orgânicas básicas, sinais clínicos de vida que refletem o
equilíbrio ou desequilíbrio, resultante da interação entre os
sistemas do organismo e uma determinada doença.”
Os sinais vitais são um meio rápido e eficiente para se
monitorar as condições de um paciente ou identificar a
presença de problemas.
Quais são os sinais vitais?

 Temperatura
 Pressão arterial
 Frequência Cardíaca
 Frequência Respiratória
 Dor
Temperatura
 A temperatura corporal é proveniente do calor produzido pela
atividade metabólica. Vários processos físicos e químicos
promovem a produção ou perda de calor, mantendo o nosso
organismo com temperatura mais ou menos constante,
independente das variações do meio externo.
 O equilíbrio entre a produção e a perda de calor deve-se basicamente ao
seguinte mecanismo, controlado pelo HIPOTÁLAMO: quando há
necessidade de perda de calor, impulsos nervosos provocam vasodilatação
periférica com aumento do fluxo sangüíneo na superfície corporal e
estimulação das glândulas sudoríparas, promovendo a saída de calor.

 Quando há necessidade de retenção de calor, estímulos nervosos


provocam vasoconstrição periférica com diminuição do sangue circulante
local e, portanto, menor quantidade de calor é transportado e perdida na
superfície corpórea.
 A temperatura Corporal central, medida internamente, é de
aproximadamente 37°C e varia cerca de 1°C ao longo do dia. É mais
baixa no início da manhã e mais alta no período da tarde e noite.
Mulheres costumam apresentar maior variação da temperatura em
relação aos homens.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA TEMPERATURA

 Em algumas situações, temos fatores que reduzem ou aumentam a taxa


metabólica levando a uma diminuição ou aumento da temperatura
corporal:

 Sono e repouso;

 Idade;

 Exercícios;

 Emoções,

 Fator hormonal;
Fatores relacionados a perda ou não de
calor com o meio externo
 Banhos a temperaturas muito quentes ou frias podem provocar
alterações transitórias da temperatura;

 Agasalhos: provocam menor dissipação de calor e, portanto,


contribuem para o aumento da temperatura;

 Alimentação: há alteração transitória na temperatura corporal


relacionada com a ingestão de alimentos e bebidas muito quentes ou
frias.
Aferição de Temperatura

 O padrão ouro para delimitação da temperatura corporal central é por


verificação na artéria pulmonar, entretanto para realizar essa verificação
se faz necessário a utilização do cateter de Swan-Ganz. Na rotina de
verificação com intuito de aferição dos sinais vitais, não invasiva,
observamos outras localidades no corpo humano para aferição desse sinal
vital como: Região Retal, Região Oral, Região Axilar, na Membrana
Timpânica e Artéria Temporal.
Temperatura Corporal Normal

 Não é possível delimitar a temperatura corporal normal, o que é possível é


delimitar as variações de temperatura dentro de um padrão de normalidade.

 Devido a ausência de instrumentos com dispositivos infravermelhos nas rede de


saúde, os locais mais acessados para aferição como o intervalo de normalidade
são:

 Temperatura axilar: 35,8°C - 37,°C;

 Temperatura oral: 36,3°C - 37,4°C;

 Temperatura retal: 37°C - 38°C.


Como Aferir a temperatura por via Oral?

 Escolha o termômetro de vidro ou digital, lembrando que devido a


proibição de termômetros com mercúrio, existe no mercado opções bio-
ecológicas que substituem o mercúrio, realize a assepsia do termômetro
com solução alcoólica 70%, introduza sob a língua e aguarde o tempo
determinado.

 Precisamos lembrar que caso seja utilizado termômetro de vidro se faz


necessário abaixar a temperatura da coluna do termômetro para menor
que 35ºC.
Como aferir a temperatura retal?

 Para realização dessa técnica é necessário solicitar ao paciente que se


deite em decúbito lateral com o quadril flexionado, lubrifique o dispositivo
e introduza 3 a 4 cm no canal anal com a ponta direcionada para o
umbigo, aguarde o tempo de terminado e retire o termômetro.
Como aferir em região axilar?

 Escolha o termômetro de vidro ou digital, com um algodão seco retire o


excesso de suor presente na axila, realize a assepsia do termômetro com
solução alcoólica 70%, posicione na axila do paciente oriente sobre não
movimentar o braço o período que o termômetro estiver na axila e
aguarde o tempo determinado.
TERMINOLOGIA

 Hipotermia - temperatura abaixo do valor normal. Caracteriza-se


por pele e extremidades frias, cianose e tremores

 Hipertermia - aumento da temperatura corporal. É uma


condição em que se verifica: pele quente e seca, sede, secura
na boca, calafrios, dores musculares generalizadas, sensação de
fraqueza, taquicardia, taquipnéia, cefaléia, delírios e até
convulsões.
TIPOS DE HIPERTERMIA
 CONTÍNUA: mantém-se elevada com poucas oscilações.

 INTERMITENTE: quando ocorre regularmente alternância entre um


período de hipertermia e um período de temperatura normal ou
subnormal.

 REMITENTE: é a hipertermia que oscila em vários graus, porém, sem


nunca chegar ao patamar normal.
TIPOS DE HIPERTERMIA
 RECRUDENTE OU RECORRENTE: após um período normal de
temperatura, há nova manifestação de hipertermia.

 FEBRÍCULA OU ESTADO SUBFEBRIL: variações de temperatura entre


37°C a 37,5° C.

 F.O.I.: febre de origem indeterminada


TEMPO DE PERMANÊNCIA DO TERMÔMETRO
NO PACIENTE

 ORAL: 3 minutos

 AXILAR: 05 à 10 minutos

 RETAL: 3 minutos
Frequência Cardíaca
 PULSO - Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo
esquerdo para a AORTA, a pressão e o volume provocam
oscilações ritmadas em toda a extensão da parede
arterial, evidenciadas quando se comprime
moderadamente a artéria contra uma estrutura dura.
 Determinados fatores podem provocar alterações passageiras
no pulso, como emoções, exercícios físicos, alimentação, drogas
etc. Quando se realiza o controle, é necessário ter atenção em
relação ao ritmo e ao volume de pulso.
LOCAIS PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO

 Normalmente, faz-se a verificação o pulso sobre a artéria radial,


entretanto as artérias mais calibrosas como a carótida e femoral
poderão facilitar o controle. Outras artérias, como a temporal,
braquial, poplítea, pediosa entre outras também possibilitam a
verificação do pulso.
Como devo aferir o pulso?

 Comprima a artéria de sua escolha com a polpas dos dedos indicadores e


médio até detectar a pulsação máxima, se o ritmo for regular e a
frequência parecer normal conte-a durante 30 segundos e multiplique por
02.

 Em caso de ritmo irregular conte por 60 segundo.


Valores de Referência

 Recém-nascido 120 a 140 bpm;

 Lactente 100 a 120 bpm;

 Segunda infância e Adolescência 80 a 100 bpm;

 Adulto 60 a 100 bpm;


VOLUME

 O volume de cada batimento cardíaco é igual em condições


normais. Quando se exerce uma pressão moderada sobre a
artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é
denominado cheio, porém, se o volume é pequeno e a artéria
fácil de ser obliterada tem-se pulso fraco ou fino;
RITMO

 O intervalo de tempo entre os batimentos em condições


normais é igual, e o ritmo nestas condições é denominado
normal ou rítmico. O pulso irregular é denominado arrítmico.
TERMINOLOGIA
Utilizamos como referencial paciente adulto

 Normocardia: frequência cardíaca normal - 60 a 100 bpm;

 Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal - abaixo


de 60 bpm;

 Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal - acima de


100 bpm;

 Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;

 Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico.


Frequência Respiratória
 A respiração constitui uma das funções vitais do organismo. Por meio da
respiração é que se efetua a troca de gases dos alvéolos, transformando o
sangue venoso rico em dióxido de carbono e o sangue arterial rico em
oxigênio. O tronco cerebral é a sede do controle da respiração automática,
porém recebe influências do córtex cerebral, possibilitando também, em
parte, um controle voluntário.
Frequência Respiratória
 Certos fatores, como exercícios físicos, emoções, choro, variações
climáticas, drogas podem provocar alterações respiratórias. O controle da
respiração compreende a verificação da freqüência e outras
características, como ritmo e profundidade.
 O processo da respiração consta de três fases.

Inspiração, transporte pela corrente sanguínea mecânicos que


permitem o transporte do ar do exterior do organismo ao seu
interior (inspiração) e vice-versa (expiração).O ar penetra pelas
narinas do nariz, que se abrem na cavidade nasal. Segue em
frente pela faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e
alvéolos pulmonares(onde ocorre a hematose).
 Hematose - O oxigênio passa dos alvéolos aos capilares
pulmonares e o dióxido de carbono se desloca, em sentido
oposto, dos capilares pulmonares ao interior dos alvéolos. Isto
ocorre simplesmente pelo fenômeno físico da difusão (cada
gás vai de uma região onde está mais concentrado a outras de
menor concentração).
VALORES NORMAIS

 Recém-nascido: até 44 IRPM

 Adulto: 14 a 20 IRPM
TERMINOLOGIA

 •Eupnéia: respiração normal

 •Bradpnéia: freqüência respiratória abaixo da normal;

 •Taquipnéia: freqüência respiratória acima do normal;

 •Dispnéia: dificuldade respiratória;

 •Ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical;

 •Apnéia: parada respiratória;


Pressão Arterial
 A pressão arterial reflete a tensão que o sangue exerce nas paredes
das artérias. A medida da pressão arterial compreende a
verificação da pressão máxima ou sistólica e a pressão mínima ou
diastólica, sendo registrada em forma e fração

 A pressão sistólica é a maior força exercida pela batimento


cardíaco; e a diastólica, a menor. A pressão sistólica representa a
intensidade da contração ventricular, e a diastólica, o grau de
resistência periférica.
A pressão arterial depende de:
 •débito cardíaco: representa a quantidade de sangue ejetado
do ventrículo esquerdo para o leito vascular em um minuto.
Decorre do bom funcionamento da bomba cardíaca;

 •resistência, vascular periférica: determinada pelo lúmen


(calibre), pela elasticidade dos vasos e pela viscosidade
sanguínea. Traduz uma força que se opõe ao fluxo sanguíneo;

 •viscosidade do sangue: decorre das proteínas e elementos


figurados do sangue.
 A pressão sanguínea varia ao longo do ciclo vital, assim como
ocorre com a respiração, temperatura e pulso. A pressão
sanguínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao acordar,
podendo ter um ligeiro aumento no final da tarde. Via de regra,
um indivíduo deitado apresenta pressão mais baixa do que
quando está em pé ou sentado. A ingestão de alimentos,
exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e
estresse, aumentam a pressão arterial.
Ruidos de Korotkoff
 chamam-se assim os ruídos ouvidos na artéria umeral quando da tomada da
PA. Ao se elevar a pressão no manguito acima da PA sistólica, a artéria
umeral se colapsa; à medida que a pressão vai diminuindo, a artéria vai se
abrindo. São constituídos de cinco fases:
Ruidos de Korotkoff
 = fase I: ausência de ruídos (colapso arterial)

 = fase II: aparecimento de 2 a 3 ruídos de tom baixo, sincrônicos com o pulso


(abertura mínima da luz arterial) => PAs

 = fase III: aumento brusco dos ruídos (abertura maior da luz arterial)

 = fase IV: amortização súbita dos ruídos (abertura máxima da luz arterial) =>
PAd

 = fase V: ausência de ruídos (fluxo laminar). Em alguns casos, a amortização


continua durante mais de dois ou três ruídos, inclusive, pode a pressão no
manômetro chegar até a zero.
Valores de Referência
Dor

A dor pode ser definida como uma experiência sensorial e emocional


desagradável, a experiência da dor pode ser multifatorial e complexa. A dor
envolve processamento sensorial, emocional, cognitivo, mas também pode
haver uma etiologia física específica.
Como avaliar a dor?

 Para avaliarmos a dor podemos utilizar algumas escalas como método


consistente, iremos utiliar nesse momento a “Faces Pain Scale-Revised”.

 Solicite que o paciente escolha o rosto que melhor descreve a dor que ele
está sentindo.
Como avaliar a dor?
Faces Pain Scale-Revised

 Face 0 – paciente está muito feliz, porque não possui dor.

 Face 2 – expressa que o paciente sente um pouco de dor.

 Face 4 – implica que o paciente sente mais dor.

 Face 6 – expressa que o paciente sente mais dor

 Face 8 – o paciente sente muito mais dor.

 Face 10 – implica que o paciente atingiu o nível máximo de dor que


puder imaginar.

 Quando paciente atinge a face 10 na escala de dor ele não tem a


necessidade de estar chorado.

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