Você está na página 1de 13

g1 ge gshow ASSINE JÁ ENTRAR ›

editorias

MUNDO
política
pop
saúde
trabalho
turismo
& arte
eeviagem
carreira​

primeira página
Vítimas do terremoto enfrentam onda de doenças na Turquia
reforma
cinema
bem
concursos
descubra
estar
dao previdência
brasil
Sobreviventes e médicos criticam governo por falta de instalações sanitárias adequadas em acampamentos para desabrigados. Condições
de higiene nestes locais impulsionam vagas
ccxp
coronavirus
de emprego
propagação de infecções.

diversidade
Por Burcu Karakas, Deutsche Welle
22/02/2023 17h07 · Atualizado há 14 minutos
games
música
tv e séries
lollapalooza
oscar
rock in rio
entre em contato política
papo de política

termos de uso do g1 pop & arte


resumão diário
saúde renata
prazer,
tecnologia
bichos na escuta

grupo globo trabalho


isso está eacontecendo
carreira​
turismo e viagem

Família em frente à barraca coberta com cobertos na região do terremoto na Turquia — Foto: Burcu Karakas/DW

Yasemin Astan, seu marido, Hasan, e seus cinco filhos conseguiram escapar de sua casa em Antakya, na província de Hatay,
no sul da Turquia, antes dela ter sido destruída pelo terremoto que devastou a região em 6 de fevereiro e deixou mais de 46
mil mortos. Agora, ela vive em uma barraca.

Dois dias depois a tragédia que atingiu a Turquia e a Síria, acampamentos foram montadas para abrigar os sobreviventes
que perderam as casas. No entanto, as condições de higiene nestes locais preocupam as vítimas.

"Foi colocado um banheiro químico do outro lado da rua. Mas é quase impossível ver qualquer coisa de noite e é muito difícil
de andar. Como posso deixar minhas crianças sozinhas aqui e andar toda essa distância no escuro para ir ao banheiro?",
pontua Astan.

Barraca pequena abriga 13 pessoas — Foto: Burcu Karakas/DW


A família de Astan divide a barraca com outros sobreviventes. Ao todo, 13 pessoas moram nela, incluindo nove crianças,
apesar do pouco espaço. Além das críticas aos esforços oficiais para prevenir os danos causados por terremotos, os turcos
afirmam que a resposta do governo à tragédia é inadequada.
Desde o terremoto, muitos dos sobreviventes tiveram que renunciar ao banho. Mas esse não é o maior problema dos
residentes do abrigo temporário. O pior, segundo eles, é a falta de banheiros adequados.

Lixo e vazamento de banheiro


Além da falta de banheiros, o lixo se acumula em todos os cantos do acampamento montado para abrigar os sobreviventes.
Um funcionário do Ministério da Família e Serviço Social da Turquia relatou à DW que ligou para cidades distantes, como
Nevsehir e Konya, para solicitar ajuda.

"Pedi que mandassem pelo menos um contêiner para que o lixo não se acumule por onde
as pessoas andam. E, claro, há o grande perigo de propagação de doenças infecciosas",
relata.

O funcionário mostra, então, um banheiro químico que está cheio e começou a vazar. "Tudo neste banheiro vaza. Ele é o
único em toda a área, embora tenhamos pedido às autoridades pelo menos 25", acrescenta.

À noite, a cidade multicultural, que outrora foi agitada, fica deserta. Apenas soldados são vistos nos bairros completamente
destruídos. "Alguns foram evacuados da cidade. Outros ficaram em Hatay porque esperam por funerais ou não têm nenhum
lugar para ir", conta um voluntário de uma organização de ajuda humanitária.

Embora sobreviventes ainda estejam sendo encontrados vivos sob os escombros depois de todo esse tempo, as autoridades
mudaram o foco do trabalho, que agora está concentrado na limpeza da região. Com isso, as ruas estão cobertas de poeira e
sujeira.

Propagação de doenças
Devido à grande quantidade de poeira gerada durante a remoção dos escombros, a população deveria usar máscaras para a
proteção, mas nas ruas quase ninguém faz uso delas. Um voluntário da província de Sakarya afirma que as condições de
higiene são tão ruins, tornando impossível a recuperação de qualquer pessoa.

A Associação Médica Turca montou um contêiner na cidade vizinha de Defne para atender os sobreviventes e doar roupas e
medicamentos. "Estou aqui há seis dias. Nós nos lavamos com lenços umedecidos pois não há como tomar banho", conta
um médico que pediu para não ter o nome divulgado.

Outro médico relata que o esgoto foi direcionado para o rio Asi, trazendo riscos à saúde pública.

"Há banheiros, mas eles não estão limpos e, portanto, são uma fonte potencial de
infecção. É muito triste, mas está começando a acontecer o que todos temíamos aqui:
infecções, diarreia e febre. A água da região precisa ser tratada logo."

O médico conta que mais de 100 pacientes dos pelo menos 250 que atendeu tinham alguma doença infecciosa.
"Observamos o aumento de doenças ginecológicas, como infecções bacterianas e fúngicas. O motivo é que ninguém aqui
pode tomar banho", acrescenta. Ele relata ainda que crianças estão sofrendo de diarreia e já há casos de irritações na pele
devido ao uso da mesma roupa por dias.

Pacientes com câncer que procuram ajuda são mandados de volta, pois não há os medicamentos adequados para tratá-los,
conta o médico.
Frio torna a situação mais complicada
Muitos dos resgatados dos escombros têm que lutar com um outro problema: o frio. Um médico relata que muitos
sobreviventes morreram de hipotermia nos dois dias depois do terremoto.

"Havia dois soldados com a perna quebrada. A ortopedia era meio longe e não havia macas para transportá-los para lá.
Rasguei uma cortina para cobrir os dois. Foi buscar algo e voltei correndo, mas eles morreram nesse meio tempo. Morreram
de hipotermia", conta o médico que estava trabalhando na emergência pediátrica de um hospital em Hatay no dia do
terremoto.

A situação é ainda mais preocupante em vilarejos da região. Integrantes de um grupo que coopera com o Crescente
Vermelho turco estiveram em vilas perto de Kirikhan. Apesar dos poucos danos estruturais, esses locais enfrentam escassez
de alimentos e medicamentos, principalmente para crianças.

"Mesmo se tivéssemos remédios, precisaríamos de ajuda para distribuí-los. Estamos


diante de um grande problema organizacional", diz um voluntário.

Apesar dos relatos, o ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca, afirma que o sistema de saúde na região atingida está
funcionado e que medidas para prevenir a propagação de doenças foram tomadas, como o envio de vacinas contra tétano e
raiva. O ministro destacou também que farmácias móveis estão funcionando nestas regiões e que os vilarejos ainda têm
acesso a cuidados de saúde. "Nossos centros de saúde estão ajudando a fornecer produtos de higiene", acrescentou.
A tragédia no litoral de SP e a questão da moradia
O Assunto

00:00 25:52

TURQUIA

Veja também
G1 MT

Vídeo mostra dupla matando seis pessoas em bar em MT


Vídeo mostra dupla matando seis pessoas em bar em MT
21 de fev de 2023 às 20:26

Próximo

Mais do G1
AO VIVO

ASSISTA: Imperatriz segue na liderança na reta


final da apuração no Rio
Há 48 minutos — Em Carnaval 2023 no Rio de Janeiro
Polícia identifica autores de chacina em Sinop
(MT); dupla atirou por perder jogo de sinuca
Sete pessoas foram assassinadas em um bar na tarde de terça-feira (21).
Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos,
foram identificados como os autores do crime. Eles estão foragidos.
Em Mato Grosso

1 min

Morre sétima vítima de chacina em bar de MT;


dupla atirou por perder jogo de sinuca
Crime foi registrado em Sinop, a 500 km de Cuiabá, na terça-feira (21). Elizeu
Santos da Silva foi socorrido no local em estado grave e morreu no hospital.

Em Mato Grosso

18 seg

Carnaval 2023: veja as notas da apuração em SP


A Mocidade Alegre é a grande campeã do carnaval 2023 de São Paulo. Nove quesitos foram julgados com notas que variam de oito até dez, com
uma casa decimal.
Em Carnaval 2023 em São Paulo

Mocidade Alegre vence o carnaval de SP pela 11ª


vez com história do 1º samurai negro
Mancha Verde ficou em segundo lugar, e Império de Casa Verde, em terceiro.
Unidos de Vila Maria e Estrela do Terceiro Milênio foram rebaixadas para o
Grupo de Acesso. 'A vitória vem da luta, a luta vem da força e a força, da
união'. afirmou Solange Cruz, presidente da Mocidade.

Em Carnaval 2023 em São Paulo

1 min

Tragédia no Litoral Norte de SP: Saiba quem são


as vítimas do temporal devastador
Chuva fez vítimas em São Sebastião, cidade mais afetada, e em Ubatuba.

Em Vale do Paraíba e Região


Homens perdem jogo em bar, voltam armados e
matam seis pessoas em MT
De acordo com a Polícia Militar, entre os mortos está uma adolescente de 12
anos. Uma outra pessoa foi socorrida em estado grave. Caso foi registrado em
Sinop, a 504 km de Cuiabá.

Em Mato Grosso

11 seg

Governo de SP e Prefeitura de São Sebastião


foram avisados de risco de desastre 2 dias antes,
diz diretor de órgão nacional de monitoramento
Moradores relatam, porém, que não foram alertados sobre o perigo de
deslizamento. Ministro da Integração e governador de São Paulo reconhecem
falha no sistema; prefeitura não se manifestou.

Em São Paulo
2 min
VEJA MAIS

últimas notícias Globo Notícias

© Copyright 2000-2023 Globo Comunicação e Participações S.A. princípios editoriais política de privacidade minha conta anuncie conosco

Você também pode gostar