Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Chiquinha Gonzaga foi a primeira maestrina brasileira, e uma mulher a frente do seu
tempo.
Com um talento único para compôr e tocar piano, subverteu as convenções sociais de sua
época, tornando-se um dos nomes femininos mais respeitados da música brasileira. Neste
artigo, selecionamos 16 curiosidades sobre a sua vida que abalou as estruturas da
sociedade da época.
José Basileu de Neves Gonzaga, pai de chiquinha, e Rosa Maria de Lima, mãe de chiquinha, segurando a maestrina com apenas um ano
de idade
Nascida no Rio de Janeiro em 1847, quando país ainda era uma monarquia, seu pai era um
militar ilustre do Império e a mãe a simples filha de uma mulher escravizada.
PUBLICIDADE
A sua família paterna demorou a aceitar a menina, mestiça, por preconceito com a origem
da mãe. O pai, tardiamente, assumiu a educação da criança, que cresceu em um ambiente
refinado, tendo acesso à aprendizagem da escrita, leitura, catolicismo, matemática, prendas
tradicionais femininas, e... A música.
PUBLICIDADE
Jacinto Ribeiro do Amaral, seu marido, quase 10 anos mais velho, não gostava do fato do
Chiquinha continuar dedicada ao piano. Depois de dois anos de casada e já com três filhos
nos braços, Chiquinha decide separar-se, uma atitude inaceitável para a época.
Ficou com a guarda apenas do filho mais velho, João Gualberto, já que o ex-marido a
proibiu de ficar com os outros dois: Maria do Patrocínio e Hilário.
PUBLICIDADE
A família encarou como uma provocação, e fazia questão de destruir as partituras da
música que eram vendidas nas ruas pelos escravos. Atualmente, Atraente é considerada
um clássico da música instrumental nacional.
Compôs mais de 2 mil músicas em gêneros variados como: valsas, polcas, choros e
serenatas, tangos, e outros. Uma curiosidade é que a maestrina gostava de dar nomes
indígenas às suas composições: Tupã, Tupi, Aguará, Caobimpará, Ary, Aracê, Timbira,
Tamoio e Tupiniquins são algumas de suas composições.
7. Mais um divórcio para a conta: Chiquinha Gonzaga separa-se pela segunda vez
Além de enfrentar as constantes desaprovações sociais pela sua vida pública e arcar com
as consequência de ter renegado uma vida do lar, Chiquinha também sofreu no segundo
casamento. Seu segundo esposo, João Batista, a traía constantemente e, mesmo tendo
com ele uma filha, Alice, a artista decidiu se separar novamente.
Mais uma vez, foi proibida de ter a guarda da criança, e continuou vivendo apenas com o
seu primogênito.
Na época, o instrumento não era considerado nobre e muito menos adequado para a
ocasião, mas Chiquinha mais uma vez causou polêmica e inovou sua forma de apresentar.
Uma das curiosidades mais faladas de sua biografia é o fato de ter comprado a alforria de
José Flauta, um escravo músico que queria como companheiro artístico.
Chiquinha Gonzaga aos 47 anos, usando o broche contendo os primeiros compassos de sua valsa Valquíria, presenteado por colegas.
Chiquinha viveu em uma época em que a música nacional não era considerada arte. Os
burgueses apreciavam composições europeias e torciam o nariz para qualquer expressão
cultural que expressasse alguma brasilidade.
O tango, intitulado Gaúcho, mas conhecido como Corta-jaca, ganhou uma letra e foi
regravado por gerações e gerações.
Foto de João Batista Fernandes Lage e Chiquinha Gonzaga tirada em 1925, ele aos 42 anos e ela então com 78 anos
Para evitar mais um escândalo em sua vida, Chiquinha adotou informalmente João Batista
Fernandes Lage como seu filho, e poucas pessoas sabiam que na verdade ele era seu
amante. Viveram juntos por 36 anos, até a morte da maestrina.
14. Foi a primeira mulher a lutar por direitos autorais dos compositores
Em 1999, a mesma Rede Globo exibiu uma minissérie com base na vida da artista. Foram
38 episódios com Regina Duarte e Gabriela Duarte no papel da maestrina.
Uma das últimas fotos tiradas de Chiquinha Gonzaga, aos 85 anos, em 1932
Os versos conhecidos por praticamente todos os brasileiros foi composto por Chiquinha na
virada do século, em 1899. Na época, ela não sabia que havia composto a primeira canção
carnavalesca brasileira, mas hoje a música é consagrada como um hino do carnaval.
Chiquinha faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro, bem no início do Carnaval
de 1935.
Quer saber mais sobre a vida de Chiquinha Gonzaga? Acesse a sua biografia completa.
Veja também
PUBLICIDADE
© 2000 - 2023 7Graus Todos os direitos reservados.
MENU
eBiografia: biografias de famosos, resumo da vida, obras, carreira e legado.